

linnpy 'Pela primeira vez na História, machismo é maior entre mais jovens', diz pesquisadora
Pesquisadora inglesa Laura Bates, autora de projetos sobre violência de gênero, compila relatos de abusos e assédios e alerta para o avanço do discurso misógino entre jovens homens, impulsionado por redes sociais e inteligência artificial. Nos últimos anos, Laura Bates tornou-se uma das principais vozes do feminismo no Reino Unido Getty Images/BBC A escritora e pesquisadora inglesa Laura Bates afirma que testemunhamos hoje um movimento de radicalização em massa de meninos e adolescentes, estimulado pelos algoritmos da internet. "Isso é algo que nunca tínhamos visto. Ao longo de décadas, a parcela da opinião pública que lamentavelmente tem noções do tipo 'lugar de mulher é na cozinha' sempre se concentrava entre os mais velhos", observa ela. "Temos a ideia de que os jovens são mais progressistas e liberais, com um alto grau de tolerância social e mais respeito pelas mulheres." "Mas o que vemos agora, pela primeira vez na História e em diferentes estudos, é que as atitudes mais misóginas, antiquadas e obsoletas em relação às mulheres e às meninas se tornaram mais comuns entre jovens do sexo masculino", complementa Bates. Nos últimos anos, a escritora tornou-se uma das principais vozes do feminismo no Reino Unido e no mundo a partir do lançamento do projeto Everyday Sexism ("Sexismo Diário", em tradução livre), que compila histórias de mulheres que sofreram abusos e assédios. Ela também lançou uma série de livros, como Fix the System, Not the Women ("Conserte o Sistema, Não as Mulheres); Men Who Hate Women ("Homens que Odeiam as Mulheres"); Girl Up (expressão que remete a algo como "empodere-se como garota"); MisogyNation ("Nação Misógina"); e The New Age of Sexism ("A Nova Era do Sexismo"). Em entrevista ao podcast Radical with Amol Rajan, da BBC Radio 4, ela apresenta evidências e argumentos de como a inteligência artificial (IA) pode agravar ainda mais esse cenário — e quais são os caminhos para proteger as pessoas. "Precisamos soar o alarme e dizer que não estamos falando aqui de um risco futuro e distópico em que robôs dominarão o mundo. Isso está acontecendo agora mesmo e é a vida de meninas e mulheres que está em jogo", alerta ela. "Há um risco genuíno de que as novas tecnologias catapultem meninos e homens a uma nova era brilhante — e arrastem meninas e mulheres de volta à idade das trevas." Atenção: a reportagem traz detalhes sobre assédio, abuso e suicídio que podem ser sensíveis para algumas pessoas. 'Semana péssima' Bates conta que não sabia exatamente o que era feminismo até chegar aos 20 anos — e ela só mergulhou de cabeça nesse assunto após uma semana particularmente pesada. "Certo dia, eu estava voltando para minha casa no norte de Londres quando um homem começou a me seguir. Ele fez propostas de cunho sexual de maneira explícita e disse que não aceitaria uma recusa. Me senti muito insegura", lembra ela. "Algumas noites depois, eu estava num ônibus conversando com a minha mãe pelo celular quando um homem sentado ao meu lado colocou as mãos no meio das minhas pernas. Eu fiquei atordoada. As pessoas ao redor viram tudo, mas ninguém fez nada. Apenas desviaram o olhar. "Após alguns dias, estava andando numa rua em plena luz do dia quando passei por um grupo de homens que trabalhava na traseira de um caminhão. Eles começaram a discutir abertamente, em voz alta, o que fariam com certas partes do meu corpo", diz Bates. Ao final dessas três experiências, ela percebeu que precisava fazer algo. "E eu só cheguei a essa conclusão porque os três eventos aconteceram bem próximos uns dos outros. Naquele momento, eu já havia sofrido uma série de outros abusos e assédios na universidade ou nos trabalhos de meio período que tive." "Mas, se a gente não parar para pensar e debater sobre esse assunto, as coisas nunca vão mudar." A escritora destaca as pequenas precauções que as mulheres precisam tomar todos os dias para evitar riscos ainda maiores — como, por exemplo, atravessar a rua ao se deparar com um grupo de homens, usar tênis caso seja necessário correr de alguma ameaça ou não usar o fone de ouvido na rua para ser capaz de escutar caso alguém fale algo que soe perigoso. "De um milhão de maneiras diferentes, nós mulheres aprendemos desde cedo que não estamos seguras", constata ela. Diante desse cenário, Bates considera radicais as iniciativas que dão voz às mulheres e denunciam abertamente casos de assédios e abusos, como o movimento MeToo e o Projeto Everyday Sexism, encampado por ela própria. "Eu não tinha ideia de como isso poderia ser tão comovente e catártico, e ter um grande impacto em meninas e mulheres que tiveram suas histórias ouvidas, para que soubessem que elas não estão sozinhas." "Nós somos condicionadas a permanecer em silêncio desde muito jovens. Sempre aparecem aquelas alegações de que estamos sendo bobas, exagerando na reação ou fazendo muito barulho por nada. Ouvimos perguntas como: 'O que você estava vestindo quando ele fez isso?', 'Mas, também, você bebeu, né?' ou 'Será que você não deu alguma sugestão indevida a ele?'." Bates diz que mulheres precisam se preocupar o tempo todo sobre o risco que correm Getty Images/BBC Um problema que só piora Bates avalia que, apesar de conquistas recentes, como as mudanças em leis que deram mais segurança às mulheres de alguns países, a situação está bem longe do ideal. "Sabemos que mais da metade de todas as mulheres e dois terços das adolescentes já sofreram algum tipo de assédio sexual", estima ela. Assédio moral e assédio sexual: entenda como reconhecer agressões no ambiente de trabalho "E, por mais que em muitos países seja ilegal demitir uma mulher porque ela engravidou, mais de 50 mil trabalhadoras perdem o emprego todos os anos em razão da discriminação maternal no Reino Unido." Na avaliação da pesquisadora, aquele movimento massivo de radicalização de meninos e jovens adultos é catapultado pelas redes sociais. "Não estamos diante de uma geração inerentemente misógina. Trata-se na verdade de uma geração de jovens que acessa determinados sites, aplicativos e outros ambientes online com algoritmos incrivelmente poderosos e treinados para servir conteúdos cada vez mais extremistas", aponta ela. Como mudar o cenário do machismo no futebol? Mas como isso acontece na prática? Bates convida que as pessoas criem um perfil no TikTok com informações que descrevem um menino de 14 anos. "Se você tiver uma conta com esse perfil, em menos de 30 minutos vai receber sugestões de vídeos com conteúdo extremamente misógino diretamente na sua tela", calcula a pesquisadora. "Ninguém precisa procurar por isso, esse material chega até você." TikTok sabe que pode deixar usuários viciados e gerar ansiedade, revelam documentos internos Ela lembra que sempre existiram reações conservadoras à luta pelo direito das mulheres e por justiça social. "Mas agora essa resposta é turbinada pelos algoritmos", diz a autora. Na visão de Bates, as empresas que controlam as grandes plataformas de mídia social costumam tomar duas atitudes dentro desse debate. "Primeiro, eles chamam atenção para as regulamentações internas, que eles próprios costumam desrespeitar com frequência. Em segundo lugar, as companhias sempre dizem que é muito difícil lidar com essa questão, já que milhões de pessoas ao redor do mundo estão produzindo conteúdo massivo, que se prolifera em alta velocidade", relata ela. "Imagina se um conglomerado multinacional que produz alimentos dissesse algo parecido? E se uma empresa desse setor declarasse abertamente que, bem, milhões de pessoas ao redor do mundo ingerem nossa comida. Então, como nosso negócio é muito grande, temos muitas fábricas, não podemos ser responsabilizados se algumas pessoas morrerem em razão de uma infecção bacteriana." Pesquisadora diz que basta 30 minutos no TikTok para que um menino de 14 anos tenha acesso a vídeos com conteúdo misógino Getty Images/BBC O que as empresas dizem? Questionado pela produção do podcast Radical with Amol Rajan, o TikTok declarou que "as contas de adolescentes possuem como padrão as mais altas configurações de segurança e privacidade". Também informou que 98% do conteúdo que pode causar algum dano é removido antes de qualquer usuário levantar alguma reclamação e que a empresa limita o acesso a materiais inapropriados para algumas faixas etárias. Por fim, o TikTok questionou a metodologia do estudo citado por Bates — de que um menino de 14 anos tem acesso a conteúdos misóginos após usar o aplicativo por 30 minutos — e reforçou que "não tolera qualquer discurso de ódio". Já a Meta, grupo que controla Facebook, Instagram e WhatsApp, declarou que "esse tipo de comportamento [que dissemina ódio às mulheres] não tem lugar nas plataformas" e que "realiza continuamente melhorias para lidar com conteúdos potencialmente danosos". ONU critica Meta por afrouxar políticas contra discurso de ódio: 'Regular esse conteúdo não é censura' "A Meta possui ao redor de 40 mil funcionários que trabalham com segurança em todo o mundo e investiu mais de US$ 30 bilhões [R$ 164 bi] nessa área ao longo da última década." Para Bates, a postura das gigantes de tecnologia é "cômica". "Trabalho com dezenas de milhares de adolescentes todos os anos. Outro dia, um menino, que provavelmente está com 12 anos, levantou a mão e me questionou sobre as mulheres que mentem a respeito de casos de estupro e arruínam a vida de homens. Segundo ele, casos como esse acontecem todos os dias." "Perguntei onde ele tinha ouvido essa informação. E a resposta foi o TikTok." "Já nas plataformas da Meta, um estudo recente mostrou que os usuários são expostos a conteúdos com comportamentos abusivos a cada sete minutos, em média." Na visão da escritora, essas empresas deveriam investir mais em uma moderação altamente treinada e com suporte adequado. "Elas têm dinheiro para isso e não podem encarar essa necessidade como um favor que estão fazendo a nós, pelo fato de usarmos os produtos delas supostamente de graça." Para Bates, é necessário aumentar a regulamentação das redes sociais para proteger os mais jovens Getty Images/BBC Como a IA influencia nesse cenário? Na avaliação de Bates, se as redes sociais promovem um "sexismo turbinado", nós estamos prestes a ver o problema ganhar uma escala "um milhão de vezes maior" conforme a IA ganha mais espaço nas nossas vidas. Segundo ela, já é possível ver as implicações práticas disso nos dias de hoje. "Se você se candidatar a uma vaga de emprego, por exemplo. Sabemos que 40% das empresas do Reino Unido usam algum tipo de IA no processo de recrutamento. E algumas dessas ferramentas são comprovadamente discriminatórias contra mulheres", diz ela. Segundo ela, algo parecido também acontece quando a IA é aplicada em setores como crédito e financiamento ou na prestação de serviços de saúde. "Não é que a IA seja abertamente preconceituosa ou sexista, mas essa discriminação está na base da configuração dela." A pesquisadora também chama atenção para os aplicativos capazes de "tirar a roupa" de qualquer pessoa, alguns deles disponíveis abertamente na AppStore (para dispositivos da Apple) e no Google Play (para aparelhos com sistema operacional Android). "Basta você escolher uma foto de qualquer menina ou mulher disponível em sites ou plataformas de redes sociais que, em poucos minutos, o sistema produz uma imagem altamente realista daquela pessoa nua", descreve ela. "As consequências desse tipo de tecnologia são muito palpáveis no mundo real. Estamos voltando à velha discussão de a quem pertence o corpo feminino. A ideia de que você pode escolher qualquer mulher do mundo e transformá-la em seu brinquedo pornográfico cria um senso de posse", analisa Bates. A autora entende que o uso dessas ferramentas de IA vai transbordar e gerar cada vez mais casos de perseguição e abusos no mundo real. 'Foi uma tortura': o trabalho nos bastidores para tirar conteúdo tóxico do robô ChatGPT "Um dos casos que cito no meu livro mais recente é o de um grupo de meninas na Espanha, algumas delas com 11 anos, que tiveram suas imagens usadas para criar vídeos pornográficos hiper-realistas. Esses conteúdos se espalharam feito fogo pela cidade onde moram. Algumas não conseguiam mais sair de casa, não queriam mais ir à escola e tiveram sérios problemas de saúde mental." "A investigação da polícia mostrou que os criadores desses materiais não formavam uma gangue criminosa organizada ou agentes da dark web. Os autores eram meninos que frequentavam a mesma escola", relata Bates. A escritora conta que, nas palestras que costuma fazer nas escolas, ela sempre observa que os educadores não têm noção de como a IA já está sendo usada pelos adolescentes para criar vídeos pornográficos falsos com as alunas ou até mesmo com as professoras. O exemplo positivo de homens mais velhos é essencial para as gerações mais jovens, pontua Bates Getty Images/BBC É possível desatar esse nó? Bates acrescenta que há uma verdadeira crise de saúde mental entre os mais jovens, principalmente entre adolescentes do sexo masculino. "Em alguns lugares do mundo, o suicídio se tornou a principal causa de morte entre menores de 15 anos", constata ela. Para a pesquisadora, isso faz parte do mesmo fenômeno que ameaça a segurança e o bem-estar de meninas e mulheres. Para ela, há uma forma de masculinidade que reprime os homens e os impede de buscar ajuda, falar sobre sentimentos ou mostrar qualquer tipo de vulnerabilidade. "Esse é o mesmo sistema que cria estereótipos de que as meninas são movidas pelos hormônios ou são histéricas", compara Bates. "Há ainda um movimento que acusa o feminismo de ter alienado os meninos. Mas eles estão se sentindo abandonados e incapazes pela ação de influenciadores que justamente reforçam esse tipo masculinidade." "E eles encontram esses conteúdos porque, ao criar uma conta de TikTok, recebem esses conteúdos extremistas em 30 minutos de uso da plataforma. Então precisamos considerar o papel das empresas de mídias sociais nesse processo de radicalização", opina ela. Mas será possível desatar esse nó? Como garantir um futuro mais saudável para todos? Bates propõe a criação de novos modelos de masculinidade. Segundo a pesquisadora, eles já existem em muitos homens atuais, como grandes nomes do esporte, das artes e de outras áreas. "A questão é que esses homens magníficos não são promovidos pelos algoritmos das redes sociais da mesma maneira", lamenta ela. Mas esse exemplo também pode estar mais perto de casa. "Pais, tios, professores, treinadores esportivos, líderes comunitários, enfim, todas essas figuras têm um enorme impacto nos meninos", acrescenta Bates. "Há uma enorme oportunidade para que esses homens, que em sua maioria querem coisas boas, tenham um espaço na educação dos mais jovens e deem todo o suporte nesse processo", propõe ela. A escritora acredita que o caminho passa diretamente pela comunicação aberta e franca. "É preciso estabelecer conversas com as crianças, mesmo as mais novas. Não podemos estigmatizar ou ficar em silêncio num mundo onde a pornografia online mostra abertamente mulheres sendo estupradas", diz ela. "As crianças precisam saber o que significa ter relações sociais e sexuais saudáveis." Bates também observa que, muitas vezes, os pais se deparam com o dilema de dar ou não um smartphone para os filhos. "É uma decisão impossível de tomar. De um lado, manter a criança longe do celular evita que ela tenha acesso a todos os perigos do mundo online. Do outro, ela não vai poder desenvolver as habilidades digitais que são vitais para viver hoje", pondera ela. "Mas o que ninguém fala é que existe uma terceira possibilidade aqui: a regulamentação das empresas de tecnologia, de modo que os mais jovens tenham ferramentas digitais realmente seguras." Embora veja o cenário com bastante pessimismo, com muitos perigos e ameaças, Bates enxerga algum espaço para esperança. "Há acadêmicos incríveis que trabalham duro nesse ambiente. Há a construção de um movimento, de uma voz coletiva, que está cada vez mais preparado para denunciar os sexismos diários e modificar essa realidade", comemora ela. Passados alguns anos desde aquela semana terrível que despertou Bates para o feminismo, ela continua a refletir sobre tudo o que viveu naqueles dias. "Sempre penso no homem que colocou a mão entre minhas pernas, mas não exatamente pelo que ele fez comigo. Sempre imagino o próximo ônibus que ele pegou e o que pode ter acontecido com a outra jovem mulher que resolveu sentar-se ao lado dele", diz ela. "É por isso que conversas sobre esse assunto precisam envolver todo mundo. Não é apenas sobre as vítimas ou os perpetradores." "Gostemos ou não, seremos cidadãos digitais no mundo da IA. E será ainda mais importante que as pessoas reconheçam a importância de falar sobre esse assunto, mesmo que elas não sejam diretamente afetadas por ele", conclui Bates. Mulheres no Mercado Financeiro: o machismo e assédio Natuza Nery: Por que chamar senadora de ‘descontrolada’ é ato de machismo Fonte: G1


wilson Brasileiros gastam quase R$ 15 bilhões em encomendas internacionais em 2024, novo recorde
Com a taxação das remessas internacionais, incluindo as multas, o governo arrecadou R$ 2,88 bilhões no ano passado, alta de 45% na comparação com 2023. 'Taxa das blusinhas' contribuiu para o resultado. Os consumidores brasileiros gastaram quase R$ 15 bilhões em cerca de 190 milhões de encomendas internacionais em 2024, segundo a Receita Federal. O valor representa novo recorde histórico. Em 2023 – maior volume registrado até então – foram gastos R$ 6,42 bilhões em cerca de 210 milhões de encomendas. O aumento do dólar explica parte do crescimento do volume importado por meio de remessas postais. Na cotação média, a moeda norte-americana teve uma alta de cerca de 8% em 2024 (R$ 5,39), na comparação com o ano anterior (R$ 4,99). Mas a variação cambial não explica todo o crescimento. Mesmo em dólar, o volume cresceu de US$ 1,28 bilhão, em 2023, para US$ 2,75 bilhões no ano passado. Quase R$ 3 bilhões de arrecadação Com a taxação das remessas internacionais, o governo arrecadou R$ 2,88 bilhões em todo ano passado, com crescimento de 45% na comparação com 2023 (R$ 1,98 bilhões). Portanto, a alta, em 2024, foi de R$ 900 milhões. O valor inclui o que foi arrecadado com a aplicação de multas. Em agosto do último ano, o governo passou a cobrar imposto de importação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50, que até então estavam isentas para empresas dentro do programa Remessa Conforme. Dados da Receita Federal divulgados em janeiro deste ano apontam que, somente com a taxação das encomendas abaixo de US$ 50 – a chamada "taxa das blusinhas" – foram arrecadados R$ 670 milhões entre agosto e dezembro do ano passado. "O aumento da arrecadação vai ao encontro da criação do Programa Remessa Conforme e o estabelecimento, pelo Congresso Nacional, da tributação sobre todas as remessas, independentemente do valor da importação", informou a Receita Federal, em janeiro. O valor ficou próximo do estimado pelo órgão, que havia projetado um incremento de R$ 700 milhões com essas encomendas. O Fisco observou, ainda, que também subiu a arrecadação de remessas internacionais para encomendas acima de US$ 50 em 2024. Para essas, a alíquota de importação é maior, de 60%. De acordo com a Receita, isso também ajuda a explicar a alta na receita total com o imposto. Correios inauguram Centro de Encomendas Internacionais em Valinhos Remessa Conforme Criado em 2023, o Remessa Conforme é um programa para regularizar a importação de mercadorias. O imposto que incide sobre essas compras ficou conhecido popularmente como a "taxa da blusinha". No começo, compras até US$ 50 dólares eram isentas do imposto de importação, mas tinham que ser declaradas à Receita. Até então, o índice de mercadorias declaradas era considerado pequeno. Ainda em 2023, no entanto, os estados instituíram um ICMS de 17% para essas compras. Em agosto de 2024, o governo brasileiro, em conjunto com o Congresso Nacional, instituiu uma alíquota de 20% para as compras do exterior de até US$ 50. Ao mesmo tempo, dez estados elevaram sua tributação, por meio do ICMS, também para 20%, com validade de abril deste ano em diante. Proteção aos empregos no país Centro de distribuição dos Correios em Campinas Reprodução/ EPTV Em janeiro deste ano, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) avaliou que o aumento do imposto de importação para 20% em agosto do ano passado, para encomendas abaixo de US$ 50, contribuiu para a manutenção de milhares de empregos de trabalhadores no país. "Os bons resultados decorrentes da taxação de 20% das remessas internacionais de até U$ 50 demonstram a pertinência da isonomia tributária e regulatória", informou a Abit, por meio de nota, na ocasião. De acordo com a entidade, a taxação também não impediu os brasileiros de menor renda de comprar roupas e acessórios. "A indústria e varejo nacional seguem suprindo amplamente o mercado, com produtos de qualidade e preços acessíveis", acrescentou. A Abit avaliou, ainda, que a medida trouxe "resultados positivos" para os cofres públicos. "A implementação do programa, que tem sido referência para outras aduanas ao redor do mundo, proporcionou ganhos relevantes para a melhor identificação das operações de remessas", afirmou. Fonte: G1


wilson Banco Central eleva a taxa de juros para 15%; é a taxa mais alta dos últimos 19 anos
Veja mais acessando o Link Fonte original: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/06/18/banco-central-eleva-a-taxa-de-juros-para-15percent-e-a-taxa-mais-alta-dos-ultimos-19-anos.ghtml
r011 VÍDEOS: EPTV 1 Sul de Minas de sexta-feira, 20 de junho de 2025
Fonte: G1


webradio016 Gavião-carijó é flagrado ao predar serpente em zona rural de Minas Gerais
Ave tem papel crucial no equilíbrio da cadeia alimentar Uma câmera trap instalada em uma propriedade particular na zona rural de Além Paraíba (MG), registrou uma cena impressionante da natureza: um gavião-carijó (Rupornis magnirostris) capturando uma serpente viva. O flagrante ocorreu próximo ao bairro Marinópolis e chamou atenção pelo comportamento determinado da ave de rapina diante da resistência da presa. A imagem foi registrada no dia 28/04 por um observador da fauna local, que desde pequeno cultiva o interesse pela vida selvagem e atualmente dedica-se, de forma amadora, à instalação de armadilhas fotográficas para documentar animais em seu habitat natural. Gavião-carijó é flagrado predando cobra e sapo em Minas Gerais “O mais impressionante foi ver o gavião já com a serpente nos pés, bem em frente à câmera. A cobra ainda tentava se defender e chegou a dar alguns botes no gavião, que se manteve firme, segurando-a com as garras. Foi uma cena intensa e rara de se registrar”, conta Matheus Galo, responsável pelo flagrante. Apesar de já ter presenciado outros encontros semelhantes entre aves e serpentes, esta foi a primeira vez que ele conseguiu captar o comportamento em vídeo. A emoção foi inevitável ao conferir as imagens: “Fiquei muito surpreso e emocionado. São momentos raros que reforçam o quanto a natureza é incrível”. Segundo Matheus, o local onde o registro foi feito é frequentemente visitado pelo mesmo gavião, que já havia sido flagrado em outras ocasiões caçando rãs e até pequenos animais, como caranguejos. Sobre a ave O gavião-carijó (Rupornis magnirostris) é uma das aves de rapina mais comuns do Brasil e pode ser encontrado desde o México até a Argentina, ocupando praticamente todos os tipos de ambientes, de campos abertos a áreas urbanas. O gavião-carijó ocorre em quase todo o país. Allisson Cafeseiro Considerado o “terror dos galinheiros”, o carijó possui hábitos alimentares generalistas: alimenta-se de insetos, anfíbios, répteis, pequenos mamíferos e até outras aves. Sua dieta variada e seu papel como predador o tornam um importante regulador ecológico, ajudando no controle populacional de diversas espécies e contribuindo para o equilíbrio da fauna local. Apesar de sua fama e presença constante em áreas abertas, é menos comum em florestas densas. Ainda assim, sua capacidade de adaptação garante à espécie um lugar de destaque na avifauna brasileira e, como mostra o flagrante feito em Minas Gerais. Outros registros O ponto onde o momento de predação foi flagrado não é novidade quando o assunto é encontro com animais nativos. No mesmo local, a câmera já registrou outro momento marcante: a aparição de uma onça-parda (Puma concolor), um dos maiores felinos das Américas. Câmera trap flagra onça-parda em Minas Gerais “O registro da onça-parda foi emocionante. Depois de meses acompanhando a área com câmeras-trap, ver esse grande felino em vídeo foi surpreendente. É um indicativo claro de que ainda existe equilíbrio ecológico na região, e ao mesmo tempo, um presente para quem ama a natureza. Um daqueles momentos que renovam o fôlego pra seguir com o projeto”, conta Matheus Galo. *Texto sob supervisão de Lizzy Martins Veja mais conteúdos sobre a natureza no Terra da Gente Fonte: G1

linnpy Meta lança novos óculos inteligentes com a Oakley que gravam até em 3K
Fonte: Nilton Cesar Monastier Kleina


wilson O que saber sobre o BTS agora que todos os integrantes do grupo K-pop retornam do serviço militar
Todos os sete membros do BTS concluem o serviço militar obrigatório; grupo sul-coreano se aproxima de reencontro oficial. BTS de volta? Cantores são liberados do Exército e fãs estão ansiosos com retorno do grupo É oficial. Todos os sete integrantes do popular grupo de K-pop BTS completaram o serviço militar obrigatório na Coreia do Sul. O rapper Suga foi o último dos integrantes da banda a ser dispensado na quarta-feira (21) de suas funções como agente de serviço social, uma alternativa ao serviço militar que ele teria escolhido devido a uma lesão no ombro. Isso marca o retorno oficial de todos os sete membros de suas funções de alistamento. Os outros seis, RM, V, Jimin, Jung Kook, Jin e J-Hope, serviram no exército. No início deste mês, quatro membros do BTS — RM, V, Jimin e Jung Kook — foram dispensados do serviço militar obrigatório da Coreia do Sul. Jin, o membro mais velho do BTS, recebeu alta em junho de 2024 , assim como J-Hope em outubro . Jin, do BTS, recebe dispensa do serviço militar na Coreia do Sul Yonhap via Reuters A expectativa é que o BTS se reúna ainda este ano. Antes desse tão aguardado retorno, aqui está o que você precisa saber sobre o grupo. A ascensão do BTS BTS no Grammy 2022 Amy Sussman / Getty Images via AFP BTS — abreviação de Bangtan Sonyeondan, ou "Escoteiros à Prova de Balas" em coreano — estreou em junho de 2013 pela Big Hit Entertainment, agora conhecida como HYBE. O grupo de sete integrantes é composto por RM, Jin, Suga, J-Hope, Jimin, V e JungKook. O grupo foi lançado em 2013 com o álbum single de hip-hop "2 Cool 4 Skool", lançando três projetos completos antes de realmente ganhar força com seu álbum de 2016 "Wings". Seu sucesso global veio em 2017, quando "DNA" entrou na Billboard Hot 100, tornando o BTS a primeira boy band coreana a alcançar tal feito. O sucesso da música foi seguido por uma apresentação no American Music Awards, impulsionando ainda mais sua base de fãs internacional. A banda é amplamente reconhecida por levar o K-pop ao cenário internacional, e com razão. Em sua discografia, o BTS quebrou barreiras e recordes: em 2020, eles lançaram o cinco vezes platina "Dynamite", seu primeiro single totalmente em inglês, que estreou em primeiro lugar na Billboard Hot 100 — a primeira vez para um ato musical totalmente sul-coreano. No auge de sua popularidade, o BTS não era apenas o maior grupo de K-pop do planeta, mas a maior boy band em geral. Apelo global Na verdade, eles já receberam disco de platina diversas vezes, segundo a Associação da Indústria Fonográfica da América. Seus sucessos de platina incluem: “Mic Drop” de 2018; “Mapa da Alma: 7”, “Ame-se: Resposta” e “Ídolo” de 2020; “Be” de 2021 e a música do verão “Butter”; e colaborações de alto nível “My Universe” com Coldplay e “Boy With Luv” com Halsey. O BTS também foi indicado a cinco prêmios Grammy. O primeiro, por "Dynamite", na categoria de melhor performance de dupla/grupo pop, marcou a primeira vez que um artista de K-pop recebeu uma indicação ao Grammy. À medida que sua popularidade global crescia, o septeto também se tornou um defensor internacional da justiça social. O discurso de 2018 na Assembleia Geral das Nações Unidas lançou a campanha “Love Myself” em parceria com a UNICEF para combater a violência, o abuso e o bullying, ao mesmo tempo que promove a autoestima entre os jovens. O compromisso do grupo com o ativismo pelos direitos humanos continuou em 2020, quando doaram US$ 1 milhão ao movimento Black Lives Matter , denunciando a discriminação racial e a violência. Sua base de fãs, conhecida mundialmente como ARMY, respondeu doando o mesmo valor em 24 horas. Seu duplo impacto na música e em causas sociais culminou em 2022, quando foram convidados à Casa Branca para discutir crimes de ódio antiasiáticos com o presidente Joe Biden. Idosa fã de k-pop viraliza com festa de aniversário surpresa com tema do BTS O serviço militar obrigatório do BTS gera debate Na Coreia do Sul, todos os homens fisicamente aptos com idade entre 18 e 28 anos são obrigados por lei a cumprir de 18 a 21 meses de serviço militar sob um sistema de recrutamento criado para impedir agressões da rival Coreia do Norte. A lei concede isenções especiais a atletas, músicos clássicos e tradicionais, e bailarinos e outros dançarinos, caso tenham obtido os principais prêmios em certas competições e sejam considerados como tendo prestígio nacional elevado. Estrelas do K-pop e outros artistas não estão sujeitos a tais privilégios. No entanto, em 2020, o BTS adiou seu serviço até os 30 anos depois que a Assembleia Nacional da Coreia do Sul revisou sua Lei de Serviço Militar, permitindo que estrelas do K-pop adiassem seu alistamento até os 30 anos. Houve um acalorado debate público em 2022 sobre se deveriam ser oferecidas isenções especiais do serviço militar obrigatório para os membros do BTS, até que a agência de gestão do grupo anunciou em outubro de 2022 que todos os sete membros cumpririam suas obrigações. O intervalo permite tempo para projetos solo O BTS escalonou seus alistamentos, dando tempo suficiente para seus membros se concentrarem em projetos solo enquanto o grupo estava em pausa. Jin lançou dois EPs, "Happy" em 2024 e "Echo" em maio deste ano. Suga lançou seu primeiro álbum solo, "D-Day", em 2023, sob o pseudônimo de Agust D. Também em 2024, RM lançou seu segundo álbum solo, o elástico e experimental “Right Place, Wrong Person” , e j-hope lançou um EP, “Hope on the Street Vol. 1”. No início deste ano, j-hope embarcou em sua primeira turnê solo. Jimin lançou dois projetos, "Face", de 2023, e "Muse", de 2024. O álbum de estreia de V, o suave R&B alternativo "Layover", chegou em 2023, assim como a estreia retro-pop de Jung Kook, "Golden". Sucesso mundial, banda BTS vai parar na bolsa de valores 3 fatos que você precisa saber sobre Alex Warren Fonte: G1