
r011 Fase da Lua hoje: 26/07/2025
Qual fase a Lua está hoje, 26 de julho de 2025? Confira e veja o calendário completo para o mês de julho de 2025 O post Fase da Lua hoje: 26/07/2025 apareceu primeiro em Olhar Digital. Fonte: Olhar digital


linnpy Expofeira acontece de 7 a 14 de setembro em Feira de Santana; evento reúne animais e cultura regional
Expofeira será realizada entre os dias 7 a 14 de setembro em Feira de Santana Jorge Magalhães A 46ª edição da Exposição Agropecuária de Feira de Santana (Expofeira) será realizada entre os dias 7 e 14 de setembro, no Parque de Exposições João Martins da Silva. Considerada uma das maiores do Nordeste, a informação foi divulgada pela prefeitura municipal na sexta-feira (25). Exposições de animais e máquinas, leilões, feira de agronegócios, campeonatos e cultura regional compõem os demais atrativos da Expofeira. Segundo a prefeitura municipal, durante os oito dias o evento contará com uma estrutura que já está sendo montada nos 180 mil m² do Parque de Exposições João Martins da Silva. Além disso, a expectativa é receber um público diário de cerca de 50 mil pessoas. Clique aqui e receba no seu celular notícias de Feira de Santana e região Neste ano, a Expofeira também abrigará cerca de mil animais, distribuídos entre galpões e baias. Esses espaços deverão receber bovinos, equinos, caprinos e ovinos. As pessoas interessadas em leilões e oportunidades de negócios, podem acompanhar a estrutura e programação pelo site. O evento também disponibilizará estandes comerciais e institucionais com a presença de empresas públicas e privadas que oferecem produtos e serviços destinados ao agronegócio. Além disso, haverá uma área de lazer com parque de diversões, pista de equitação, charretes, e comercialização de produtos típicos. A programação completa do evento, segundo a gestão, será divulgada em breve. Expofeira reúne animais, competições e atrações durante oito dias em Feira de Santana Daniely Cerqueira LEIA MAIS: Música, cavalgada e teatro: confira o que fazer em Feira de Santana e região no fim de semana Feira de Santana recebe maior feira de beleza e cosméticos do interior entre 24 e 26 de agosto Festa de Vaqueiros vai reunir tradição e cultura em Riachão do Jacuípe; confira programação da 39ª edição Veja mais notícias de Feira de Santana e região. Dezenas de pessoas participam da tradicional festa do vaqueiro no norte Bahia Assista aos vídeos do g1 e TV Subaé 💻 Fonte: G1


wilson Acidente em rali na França mata 2 espectadores; 'tragédia', diz governo local
Carro levanta poeira em corrida de rali na França. Andreas Solaro/AFP/Arquivo Duas pessoas morreram em um rali na França neste sábado (26) após serem atingidas por um carro que saiu da pista durante um rali automobilístico, informaram autoridades francesas. A prefeitura local afirmou que "vários" espectadores foram atingidos no acidente, mas sem especificar quantos. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp As vítimas assistiam à corrida, nas proximidades da cidade de Ambert, na província de Puy-de-Dôme, quando o carro perdeu o controle. O acidente ocorreu, por volta das 5h no horário de Brasília, 10h no horário local. Um terceiro espectador ficou em estado grave após ser atingido e foi levado ao hospital, segundo a prefeitura local. Em comunicado, a prefeitura de Puy-de-Dôme chamou o acidente de "tragédia" e afirmou estar prestando atendimento às vítimas. "Na manhã de hoje, um trágico acidente ocorreu durante o Rallye de la Fourme d'Ambert. Após a saída de pista de um veículo participante da corrida, vários espectadores foram atingidos (...) Nossos pensamentos estão com as vítimas, seus familiares e todas as pessoas afetadas por esta tragédia", afirmou a prefeitura local. "Várias pessoas" que estavam no local no momento do acidente ficaram em estado de choque e estão recebendo atendimento no local, disse uma autoridade da prefeitura local à agência de notícias AFP. O prefeito de Puy-de-Dôme, principal autoridade local, dirigiu-se ao local do rali para prestar apoio às vítimas do acidente, informou seu gabinete. Fonte: G1

wilson Feriado de Adesão do Maranhão à Independência: veja o que abre e o que fecha em São Luís
Rua Grande, principal centro de comércio de São Luís. Adriano Soares/ Grupo Imirante O feriado de Adesão do Maranhão à Independência, celebrado nesta segunda-feira (28), deve alterar o funcionamento de serviços públicos, privados e estabelecimentos comerciais em São Luís. 💡ENTENDA: O dia 28 de julho marca a adesão do Estado à Independência do Brasil, ocorrido em 1823, quase um ano após a proclamação oficial, em 7 de setembro de 1822. De acordo com pesquisadores, o Maranhão demorou a reconhecer a independência por causa dos fortes laços que tinha com Portugal. 📲 Clique aqui e se inscreva no canal do g1 Maranhão no WhatsApp Por conta do feriado, o g1 listou as principais alterações na rotina e nos serviços nesta segunda-feira (28). Veja abaixo: Agências bancárias O Sindicato dos Bancários do Maranhão (Seeb-MA) informou que as agências bancárias estarão fechadas nesta segunda-feira (28). Boletos com vencimento no feriado podem ser pagas na terça-feira (29). O atendimento bancário e pagamentos podem ser feitos pelo Internet Banking ou na terça-feira (29). Comércio O comércio de rua e shoppings centers localizados na Grande Ilha (São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa) estão autorizados a funcionar durante o feriado desta segunda-feira (28), segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA). O acordo firmado entre a entidade, os sindicatos empresariais e de comerciários, por meio da Convenção Coletiva de Trabalho, prevê que os estabelecimentos de rua, avenidas, galerias e centros comerciais podem funcionar das 8h às 18h. Já os shoppings centers funcionam das 10h às 22h. As condições não se aplicam a estabelecimentos considerados serviços essenciais como farmácias e supermercados, que seguem regras específicas. Supermercados Os supermercados devem funcionar normalmente durante todo o dia nesta segunda-feira (28). Órgãos públicos Em virtude do feriado estado, apenas serviços considerados essenciais devem funcionar em repartições públicas do Estado durante a segunda-feira (28), segundo a Secretaria de Estado da Administração (Sead). A Prefeitura de São Luís informou que na segunda-feira (28), os órgãos e autarquias da administração municipal irão funcionar de forma diferenciada, em regime de plantão. Ficam mantido o funcionamento de serviços essenciais e de urgência como saúde, limpeza pública, Guarda Municipal, fiscalização de trânsito e transporte público. Fonte: G1

wilson VÍDEOS: Bom Dia Sábado, 26 de julho
Confira os vídeos do programa. Fonte: G1


nicole.domingues Capital Inicial fecha terceiro dia de shows no Moto Week neste sábado no DF; g1 transmite
Capital Inicial, em imagem da turnê 'Capital Acustico: 25 anos' Divulgação - Fernando Schlaepfer Pratas da casa e figurinhas frequentes no Capital Moto Week, os músicos do Capital Inicial são a grande atração do festival neste sábado (26).🎶🏍️🤘🏽 Ao todo, vinte bandas e artistas se revezam entre os seis palcos montados na "Cidade da Moto", na Granja do Torto. O festival começou na quinta-feira (24) e vai até o próximo dia 2. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. Dinho Ouro Preto (vocais), os irmãos Fê (bateria) e Flávio Lemos (baixo) e o guitarrista Yves Passarell trazem, desta vez, o show da turnê "Capital Acústico: 25 anos" – que homenageia o CD de maior sucesso da banda, "Acústico MTV", lançado em 2000. 💻 O g1 transmite o show do Capital Inicial ao vivo a partir das 23h40 (horário previsto). Dinho Ouro Preto fala sobre nova turnê do Capital Inicial Também se apresentam nesta noite as bandas Trampa e Amazing (veja programação completa abaixo). Ao todo, o Capital Moto Week oferece 10 dias de experiências em uma verdadeira "Cidade da Moto" com mais de 320 mil metros quadrados. Clique aqui para comprar ingressos no site do festival. Confira line-up completo dos shows. O que acontece neste sábado (26 de julho)🎸 Os portões abrem às 9h, e a programação do palco principal tem começo previsto para as 20h. Os estandes e praças de alimentação começam a funcionar às 12h. A programação musical prevê: PALCO PRINCIPAL: Capital Inicial Trampa Amazing MOTO BAR SPATEN Banda Zero10 The Reds Birinaite Banda Lavi DJ Leo Machado ROCK SALOON ROYAL ENFIELD The Fishes Band Gigio Teixeira Country Revival West Helmets PRAÇA PEPSI Edu Hessen Banda Gedai & Os Ets Bandokê com Banda Lâmina LADY BIKERS SEBRAE Rock 101 - School of Rock 127 BPMs PALCO KAMIKAZES Goatz Black Rainbow Detrito Federal Como chegar Conheça o Capital Moto Week, festival de Brasília que une negócios e diversão O Parque de Exposições da Granja do Torto fica a 12 km do centro de Brasília. Os acessos ao festival estão logo após o balão do Torto. Basta seguir em frente e virar à esquerda para acessar as entradas e saídas de motos sem garupa. Mais à frente estão o acesso de motos com garupa, o estacionamento rotativo (E1) e o estacionamento público, onde está a entrada de pedestres e bilheteria (E2). A Cidade da Moto funciona 24 horas por dia. A bilheteria e a entrada do público rotativo funcionarão a partir das 14h na quinta e sexta-feira, e a partir das 9h aos sábados e domingos. A entrada no complexo é gratuita de segunda a sexta-feira, das 12h às 14h. Já a entrada para a Vila do Bem, de segunda a quarta-feira, é liberada mediante a retirada do ticket online, pelo site. Acessibilidade Sthéfanie e John no Capital Moto Week. Reprodução O CMW está preparado para receber pessoas com deficiência. As ruas e dependências possuem rampas e sinalização. Um comitê de boas-vindas atua desde o estacionamento exclusivo e entrada no festival ao atendimento humanizado. Há tradução em libras dos shows das atrações principais e Camarote Solidário para esse público, em frente ao palco principal, com estrutura de piso elevado. Kits sensoriais são disponibilizados para pessoas neurodivergentes. Interessados podem fazer o credenciamento PCD e receber orientações no Concierge de Atendimento PCD na entrada principal e no estacionamento rotativo privado (E1). Para garantir a gratuidade do ingresso, os interessados devem apresentar o laudo atualizado ou a carteirinha PCD. O que pode e o que não pode levar? Não é permitida a entrada com bebidas e qualquer item que seja considerado perigoso pela organização. Atenção ao transitar nas ruas. Motos e pedestres precisam e podem conviver em segurança. O pagamento de bebidas e alimentos é feito por meio do cartão de consumo do festival. Confira as condições de uso pelo site. Ingressos Palco principal do Capital Moto Week 2024 CMW/Divulgação Ainda há ingressos disponíveis para todos os dias. A compra presencial pode ser feita na loja do CMW no Iguatemi Brasília e na bilheteria do Parque de Exposições da Granja do Torto. 🎟️ Motociclistas sem garupa e pilotando não pagam. Motos com garupa entram grátis de segunda a sexta-feira até 18h e, aos sábados e domingos, até 15h. PCD tem acesso gratuito com direito a acompanhante. Meias-entradas são concedidas aos beneficiários previstos pela lei. Crianças de até 12 anos não pagam, desde que acompanhadas de responsável. Menores de 16 anos só podem entrar no evento acompanhados de responsável legal. Ingresso solidário (preço promocional) é concedido para quem levar lixo eletrônico ou 1kg de alimento não perecível. Programe-se Capital Moto Week 🗓️ Quando: de 24 de julho a 2 de agosto 📍 Local: no Parque de Exposições, na Granja do Torto 📡 Transmissão: TV Globo, g1 e Globoplay 🎫 Ingressos: à venda no site oficial 🎫 Entrada gratuita: para motociclistas sem garupa e pilotando; pessoas com deficiência e acompanhante; e crianças até 12 anos. Motos com garupa entram de graça de segunda a sexta-feira até as 18h, e aos sábados e domingos até as 15h Capital Moto Week LEIA TAMBÉM: NA PRAIA 2025: veja line-up completo do festival que vai de junho a setembro FÉRIAS DE JULHO: veja o que fazer com crianças durante o recesso Veja o que fazer em Brasília no g1 DF. Fonte: G1


linnpy Tarifaço de Trump ameaça futuro da Taurus: 'Significa inviabilidade total'
Exportadores deixam de enviar mercadorias aos EUA para evitar entregas sob impacto do tarifaço; transporte em navios leva cerca de 14 dias Reprodução/TV Globo Setor beneficiado durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e que vê no ex-presidente um aliado, a indústria de armas e munições está entre as que mais podem ser afetadas pelas tarifas de 50% impostas pelo presidente americano Donald Trump contra o Brasil. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), os Estados Unidos foram o destino de 61% das exportações brasileiras de armas e munições em 2024, com 53% dessas vendas partindo do Rio Grande do Sul e 47% de São Paulo. As tarifas de 50% foram anunciadas por Trump em 9 de julho e devem passar a valer a partir de 1º de agosto. O presidente americano citou como motivo para a taxação o tratamento dado a Bolsonaro pela Justiça brasileira no processo em que o ex-presidente é acusado de tramar um golpe de Estado. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp CEO da Taurus diz que empresa estuda transferir produção para os EUA, caso tarifa seja mantida, o que resultaria na perda de até 15 mil empregos no Rio Grande do Sul. Getty Images via BBC Antes de ser proibido de usar redes sociais pelas medidas cautelares impostas por Alexandre de Moraes, Bolsonaro disse não se alegrar com as tarifas, mas condicionou o fim delas a sua anistia. "Em havendo harmonia e independência entre os Poderes nasce o perdão entre os irmãos e, com a anistia também a paz para a economia", escreveu Bolsonaro, em postagem no X (antigo Twitter) em 13 de julho. Maior fabricante de armas de fogo do Brasil e uma das maiores fornecedoras de pistolas para o mercado americano, a Taurus Armas afirma que, caso a tarifa seja mantida, poderá transferir toda a sua operação do Brasil para os EUA. Segundo o presidente-executivo da empresa, Salesio Nuhs, isso resultaria na perda de até 15 mil empregos no Rio Grande do Sul, sendo 3 mil deles diretos, gerados pela fábrica da companhia no município de São Leopoldo (RS). "Se realmente perdurar essa questão da taxação de 50%, várias empresas e vários segmentos no Brasil ficarão inviabilizados. Ela não significa simplesmente diminuir margem. Significa inviabilidade total. Não existe margem que possa cobrir uma taxação de 50%", afirmou Nuhs, em entrevista ao programa Tá na Hora, do site jornalístico local Berlinda. 'Nossa maior preocupação é a falta de habilidade do governo brasileiro em negociar com os Estados Unidos', diz Salesio Nuhs, CEO global da Taurus Armas Divulgação/Taurus O executivo, no entanto, culpa a inabilidade do governo federal em negociar as tarifas com Trump pela possível perda de empregos no país. "A nossa maior preocupação é a falta de habilidade do governo brasileiro em negociar essa situação com os Estados Unidos", disse Nohls. "Essa falta de habilidade está trazendo uma insegurança jurídica muito grande para os empresários do Brasil e uma insegurança para o trabalhador, que pode perder seu emprego simplesmente porque o governo não conseguiu negociar", completou. A BBC News Brasil pediu entrevista a Salesio Nuhs ou um comentário oficial da Taurus sobre o impacto das tarifas de Trump para a empresa, mas os pedidos não foram atendidos até a publicação desta reportagem. O mercado brasileiro de armas e os EUA No ano passado, o Brasil exportou US$ 528 milhões (R$ 2,9 bilhões) em armas, munições, suas partes e acessórios para 85 países. Desse total, US$ 324 milhões resultaram das exportações para os Estados Unidos, que representam 61,3% das vendas externas do setor, seguidos de longe pelos Emirados Árabes Unidos (5,3%), Holanda (4,7%), Reino Unido (2,4%) e Burkina Faso (2,4%). A elevada participação dos EUA nas exportações brasileiras de armas e munições faz dos setor o terceiro mais dependente do mercado americano para suas vendas externas, atrás apenas do segmento de materiais de construção como pedra, gesso, cimento e amianto (65,4%) e do setor de aeronaves e aparelhos espaciais (61,7%), onde atua a Embraer. A Taurus é a principal exportadora brasileira de armas. Em 2024, de cada 100 armas vendidas pela fabricante gaúcha, 87 foram comercializadas no mercado americano. Com isso, as vendas para os EUA representaram 83% da receita líquida da companhia em 2024. "A Taurus estabeleceu plantas industriais nos EUA ainda no início dos anos 1980, fortalecendo sua presença direta naquele mercado", lembra o pesquisador Mateus Tobias Vieira, que estudou o mercado brasileiro de armas de fogo em seu doutorado na Unesp. "Enquanto isso, o mercado brasileiro oscilava entre ciclos de abertura e retração, como é o caso do Estatuto do Desarmamento, de 2003, e do referendo [sobre a proibição da comercialização de armas de fogo] de 2005, o que contrastava com a estabilidade institucional, a previsibilidade normativa e a escala de consumo do mercado norte-americano, que se afirmava, assim, como eixo privilegiado de expansão e rentabilidade para a indústria bélica nacional", afirma o sociólogo, sobre os motivos que levaram a Taurus a se voltar para os EUA como seu principal mercado. Atualmente, a Taurus possui fábricas no Brasil (em São Leopoldo), nos EUA (em Bainbridge, no estado da Geórgia) e uma joint-venture na Índia, que começou a produzir no ano passado. A empresa estuda ainda instalar uma operação industrial na Arábia Saudita. Já a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), controladora da Taurus desde 2015, tem uma fábrica de munições em Ribeirão Pires (SP) e outra, de armas longas e cartuchos, em Montenegro (RS). Mas, apesar de os EUA representarem quase 90% do volume de vendas de armas da Taurus, a companhia produz apenas 24% dessas armas na fábrica em Bainbridge. Apesar de os EUA representarem quase 90% das vendas da Taurus, a companhia produz apenas 24% dessas armas na fábrica em Bainbridge, na Geórgia Divulgação/Taurus E mesmo essa produção em solo americano depende de peças importadas do Brasil e, portanto, poderá também ser afetada pelas tarifas de 50% de Trump, alerta Fabiano Vaz, sócio-analista da Nord Investimentos, que acompanha de perto as ações da Taurus. "Claro que precisamos ver se isso realmente vai se tornar efetivo, mas essas tarifas vindo realmente a ser impostas a partir de agosto, é uma notícia péssima para a Taurus", diz Vaz. "Ela tem cerca de 20 a 30% da produção lá nos EUA, mas a Taurus lá é uma montadora. Ela fabrica as partes aqui no Brasil e leva para os EUA, onde faz a montagem final e põe a estampa das marcas dela no mercado americano para vender. Levando esses produtos, mesmo não acabados para os EUA, eles acabariam sofrendo com as tarifas", observa o analista. Marco Saravalle, analista-chefe da MSX Invest, considera muito difícil para a Taurus redirecionar as vendas hoje voltadas ao mercado americano para outros países. "Esse é o maior mercado mundial, um mercado de altíssima qualidade, que a companhia demorou muito para conquistar", diz Saravalle, lembrando que a Taurus é hoje a empresa não americana que mais vende nos EUA no segmento de armas curtas, competindo diretamente com fabricantes americanas tradicionais, como Ruger e Smith & Wesson (S&W). "Então não tem substituição [ao mercado americano]", afirma o analista. "O que pode acontecer, e isso já foi dito pelo presidente global da companhia, é simplesmente a empresa mudar toda sua produção para lá, perdendo centenas ou até milhares de empregos no Brasil." Segundo o Berlinda, site jornalístico de São Leopoldo, município onde está localizada a fábrica da Taurus que poderia ser fechada com essa mudança, a possível saída da empresa traria efeitos catastróficos para a economia local. "Estima-se que R$ 520 milhões em exportações da cidade estejam diretamente ligados ao mercado americano, o que representa 4,7% do PIB municipal. Uma redução ou paralisação dessas atividades pode gerar uma recessão regional com demissões em massa", afirma o site. A BBC News Brasil pediu entrevista à secretária municipal de Desenvolvimento Econômico de São Leopoldo, Regina Caetano, para comentar os possíveis efeitos de um eventual fechamento da fábrica da Taurus para a economia do município, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. Analistas veem plano da Taurus de deixar o Brasil com ceticismo O presidente global da Taurus, Salesio Nuhs, disse que o plano em estudo pela empresa, de possivelmente transferir sua produção para os EUA, não é uma ameaça, mas sim uma medida de sobrevivência diante da inviabilidade econômica causada pela taxação. No entanto, analistas veem essa possibilidade com descrença. Isso porque o principal chamariz da Taurus no mercado americano são seus preços baixos, vantagem que poderia se perder com a transferência da produção para solo americano. Principal chamariz da Taurus no mercado americano são seus preços competitivos, vantagem que poderia se perder com transferência da produção para os EUA. Getty Images via BBC "A Taurus tem um preço super competitivo em relação aos competidores no mesmo segmento, muito por conta de ter essa parte de manufatura aqui no Brasil e levar para os EUA", diz Fabiano Vaz, da Nord Investimentos. Segundo Vaz, ao transferir a produção para os EUA, a Taurus teria que arcar com custos de mão de obra mais altos, o que comprimiria as margens da empresa. Em seu balanço de 2024, por exemplo, a fabricante destacou que sua margem bruta (uma medida de lucratividade) foi de 36% no quarto trimestre de 2024, comparado a margem de 24% da S&W e de 23% da Ruger, suas principais competidoras no mercado americano. Além disso, a Taurus perderia a vantagem de toda a sua estrutura no Rio Grande do Sul, onde mantém sua área de pesquisa e inovação, e tem uma estrutura produtiva bastante verticalizada, com a integração das áreas de metalurgia e siderurgia. "Esses são pontos que, nos EUA, eles ainda não têm, ou vão precisar ter, caso isso [a transferência da produção] ocorra realmente", diz Vaz. O pesquisador Mateus Tobias Vieira, da Unesp, também vê o plano da Taurus como improvável. "Após quase um século de incentivos estatais, a indústria consolidou um parque produtivo robusto, com elevada capacidade técnica e produção em escala, além de um know-how acumulado e difícil de ser replicado no curto prazo", diz Vieira. "Some-se a isso o fato de que o mercado consumidor doméstico, ampliado nos últimos anos, segue ativo e em busca de legitimidade, compondo um espaço de circulação que, embora mais restrito do ponto de vista legal, continua a mobilizar significativos volumes de demanda, de modo que, ao menos na minha opinião, a saída da Taurus [do Brasil] é pouco realista." Vendas em queda mesmo antes do tarifaço Mesmo antes do anúncio das tarifas de Trump, as vendas de armas pela Taurus já vinham encolhendo nos últimos anos. A companhia viu suas vendas dobrarem entre 2018 e 2021, de 1,2 milhão de unidades para 2,3 milhões, impulsionadas por um forte aumento da demanda nos EUA durante a pandemia e, em menor escala, pela flexibilização das regras para compra de armas no Brasil durante o governo Bolsonaro. As vendas da Taurus no Brasil mais do que triplicaram durante o governo Bolsonaro, mas período também foi marcado pela abertura do mercado interno a importações Getty Images via BBC No mercado brasileiro, as vendas da Taurus passaram de 102 mil para 372 mil unidades, um crescimento de 265% entre 2018 e 2021. "Entre 2019 e 2022, as vendas de armas e munições no mercado interno bateram recordes", lembra Vieira. "Ocorre que, essa inflexão foi acompanhada da quebra da relativa reserva de mercado que protegia a indústria nacional desde a Era Vargas. O governo Bolsonaro facilitou a entrada de armas estrangeiras, tentou zerar as alíquotas de importação de armas (medida suspensa pelo STF) e rompeu com uma longa tradição de protecionismo à indústria armamentista brasileira", observa o pesquisador. Desde 2021, as vendas da Taurus voltaram a encolher e, em 2024, haviam retornado ao patamar de 1,2 milhão de unidades no ano, com a normalização da demanda no mercado americano após o pico pandêmico e a introdução de novas regulamentações no mercado brasileiro após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para seu terceiro mandato. Para Vieira, a situação atual impõe desafios significativos para os fabricantes brasileiros de armas de fogo, como a Taurus. Se, por um lado, o governo Bolsonaro rompeu com a política histórica de proteção à indústria nacional, desarticulando o regime de reservas de mercado e permitindo o ingresso facilitado de armamentos estrangeiros, por outro, diz o pesquisador na Unesp, não foi capaz de organizar um arcabouço jurídico estável e coerente com a abertura que propôs. "Assim, as empresas se veem diante de uma dupla restrição: por um lado, enfrentam o recrudescimento do controle interno promovido pela terceira gestão Lula, historicamente associada a políticas restritivas no tema das armas; por outro, vislumbram crescente dificuldade nas exportações, dadas as taxações propostas pelo governo Trump e, em alguma medida, estimuladas pela própria família Bolsonaro", avalia o pesquisador. "Em alguma medida, se olharmos o quadro como um todo, o governo Bolsonaro, que aparece como um grande aliado do mercado de armas de fogo, é o maior responsável pelas dificuldades enfrentadas agora por essa indústria tanto no âmbito interno, quanto externo", opina Vieira. Fonte: G1