

linnpy Prefeitura de SP tem 60 dias para apresentar plano para renomear ruas e espaços ligadas à ditadura militar
A sentença prevê que o processo de renomeação seja feito com transparência, participação da sociedade civil e em consonância com normas internacionais de direitos humanos. É a segunda decisão favorável ao Instituto Vladimir Herzog. Cabe recurso. Ruas de São Paulo homenageiam nomes ligados à ditadura A Justiça de São Paulo determinou que a Prefeitura da capital elabore, no prazo de 60 dias, um plano de ação estruturado para implementar uma política pública de direito à memória, voltada à substituição de nomes de ruas e espaços públicos que homenageiam figuras associadas à repressão durante a ditadura militar (1964-1985). A decisão, proferida na segunda-feira (19) pelo juiz Luis Manuel Fonseca Pires, da 3ª Vara de Fazenda Pública, atende a uma ação civil pública movida pelo Instituto Vladimir Herzog em parceria com a Defensoria Pública da União. A sentença prevê que o processo de renomeação seja feito com transparência, participação da sociedade civil e em consonância com normas internacionais de direitos humanos. Entre os logradouros mencionados está a Rua Trinta e Um de Março, referência à data do golpe militar, e a Rua Dr. Octávio Gonçalves Moreira Júnior, na Zona Oeste da cidade, apontado pelo Instituto como delegado envolvido em torturas e desaparecimentos forçados durante o regime. Ao todo, o juiz cita 11 casos sensíveis que estariam em desacordo com o princípio de reparação histórica. "A paralisação do programa Ruas de Memória implicou em um esquecimento provocado. E, ao inverter seu sentido original — ao substituir homenagens a vítimas da repressão — a Prefeitura incorreu em desvio de finalidade”, afirmou o magistrado na decisão. Essa é a segunda decisão favorável ao Instituto Vladimir Herzog. Em dezembro de 2024, a Justiça já havia concedido uma liminar obrigando a administração municipal a priorizar a análise de homenagens a agentes da repressão. Após recurso da Prefeitura, a medida foi derrubada. Agora, com a nova sentença, as obrigações tornam-se permanentes — ainda cabendo recurso. "Preservar a memória é preservar a democracia", diz Instituto Para o diretor executivo do Instituto Vladimir Herzog, Rogério Sottili, a decisão fortalece a necessidade de políticas públicas que garantam o reconhecimento das vítimas da ditadura. “Mais uma vez, a Justiça reconhece que preservar a memória é parte fundamental da democracia. Cabe agora ao poder público cumprir seu papel, ouvindo a sociedade e garantindo que o passado não seja apagado nem reescrito”, disse. A reportagem procurou a Prefeitura de São Paulo, que ainda não se manifestou sobre a decisão. Como a sentença é de primeira instância, ainda cabe recurso. Veja os endereços que terão os nomes alterados: Crematório Municipal de Vila Alpina – por homenagear o diretor do Serviço Funerário do município de São Paulo que dá nome ao crematório, "pessoa controversa porque viajou à Europa para estudar sistemas de cremação em momento coincidente com o auge das práticas de desaparecimento forçado"; Centro Desportivo na Rua Servidão de São Marcos (Zona Sul) – por homenagear um general chefe do CIE (Centro de Informações do Exército); Marginal Tietê/Avenida Presidente Castelo Branco (Zona Norte/Centro) – Marechal de Exército, foi o primeiro presidente da República após o golpe militar; Ponte das Bandeiras (Zona Norte/Centro) – Nome da via foi alterado para homenagear ex-diretor do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), órgão da repressão política durante a ditadura); Rua Alberi Vieira dos Santos (Zona Norte) – Colaborador do CIE, envolvido em repressão violenta. Rua Dr. Mario Santalucia (Zona Norte) – Médico-legista envolvido em laudos necroscópicos fraudulentos. Praça Augusto Rademaker Grunewald (Zona Sul) – Vice-presidente durante o período mais repressivo da ditadura. Rua Délio Jardim de Matos (Zona Sul) – Militar e um dos principais articuladores do golpe de 1964. Avenida General Enio Pimentel da Silveira (Zona Sul) – Associado ao DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna) e a práticas de tortura. Rua Dr. Octávio Gonçalves Moreira Júnior (Zona Oeste) – Delegado envolvido em torturas e ocultação de cadáveres. Rua 31 de Março (Zona Sul) – Data que marca o golpe de 1964. LEIA TAMBÉM Lista: São Paulo tenta se libertar de nomes de ruas ligados à ditadura, mas alguns persistem Em 2021: Câmara aprova projeto que troca nome rua de 'Sérgio Fleury' para 'Frei Tito' Quem é esse fulano da placa? Consulte as histórias dos nomes das ruas de São Paulo Ruas de SP e a ditadura Rua 31 de Março, na Zona Sul; data marca o golpe de 1964 g1 Em 2017, a capital ainda tinha 39 ruas com nomes ligados à ditadura militar, sendo que 22 homenageavam acusados de crimes contra os direitos humanos. Uma das alterações mais recentes aconteceu em 2021, quando uma rua na Zona Oeste que homenageava o delegado do Dops Sérgio Fleury, apontado como torturador do frei dominicano Tito de Alencar Lima, recebeu o nome do rua Frei Tito, vítima de Fleury. Um levantamento do g1 feito em janeiro de 2024 apontou que ainda restam oito ruas com nomes de pessoas apontadas pela Comissão Nacional da Verdade como responsáveis por crimes cometidos durante a ditadura, além de uma rua que celebra o dia do golpe: 31 de março. Até janeiro do ano passado, a cidade de São Paulo tinha 48.717 endereços registrados no Arquivo Histórico Municipal. Desses, cerca de 27,8 mil (57,2%) têm nomes dados em homenagem a figuras masculinas, como políticos, médicos, padres e militares. As mulheres dão nome a apenas 4,1 mil vias da capital. Ao todo, 610 endereços foram batizados em homenagem a membros das Forças Armadas: Coronéis: 293 endereços Generais: 180 endereços Sargentos: 76 endereços Majores: 61 endereços Fonte: G1


wilson STF é acionado contra lei de RO que 'perdoa' multas por crimes ambientais e legaliza uso de áreas ocupadas em unidade de conservação
Lei Complementar nº 1.274/2025 foi vetada pelo governador de Rondônia, mas os parlamentares derrubaram o veto e promulgaram a lei por conta própria. Para o Partido Verde, a lei representa um grave retrocesso ambiental. Área da Resex Jaci-Paraná, em Porto Velho Marcio Isensee e Sá/Oeco O Partido Verde (PV) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a Lei Complementar nº 1.274/2025, que regulariza a presença de pessoas que vivem ou trabalham de forma irregular na Reserva Extrativista (Resex) Jaci-Paraná, em Rondônia. Na prática, a norma "perdoa" multas por crimes ambientais e cancela processos judiciais relacionados à ocupação. Como argumento para pedir a declaração de inconstitucionalidade da lei, o PV afirma que legislar sobre normas gerais de proteção ambiental, incluindo o uso de unidades de conservação, é competência exclusiva da União, conforme estabelece a Constituição de 1988. Assim, ao criar um regime autônomo, "a lei estadual extrapola sua competência suplementar". Para o Partido Verde, a lei representa um grave retrocesso ambiental. Ao eliminar as consequências legais dos crimes ambientais sob a justificativa de que houve anuência do Estado, a lei cria um ambiente de transgressão, complacência e impunidade. Outro ponto destacado no documento é que, ao autorizar a regularização das ocupações dentro da reserva, a lei não estabelece critérios claros ou mecanismos para a recuperação das áreas já degradadas. 🔎A Reserva Extrativista (Resex) Jaci-Paraná é uma unidade de conservação estadual criada para proteger o meio ambiente e garantir o uso sustentável dos recursos naturais por comunidades tradicionais, como seringueiros e extrativistas. A Lei Complementar nº 1.274/2025 é de autoria do deputado Dr. Luis do Hospital (MDB). Ela foi vetada pelo governador de Rondônia, mas os parlamentares derrubaram o veto e decidiram promulgar a lei por conta própria. Ou seja, ela já está em validade, publicada no Diário Oficial da ALE-RO. Distribuição no STF No STF, a ação foi distribuída ao ministro Cristiano Zanin. O Partido Verde pede a suspensão imediata na lei, além da declaração de inconstitucionalidade, tanto por motivos formais (invasão de competência da União) quanto materiais (violação a direitos fundamentais e retrocesso ambiental). Em despacho publicado no dia 19 de maio, o ministro pediu informações sobre o caso ao Governador e à Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia (ALE-RO). Também devem ser ouvidos Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, a Advocacia-Geral da União e a Procuradoria-Geral da República. Outra ação O Ministério Público de Rondônia (MP-RO) também entrou na Justiça contra a norma. O pedido de medida cautelar foi encaminhado ao Tribunal Pleno do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), que irá decidir, inicialmente, sobre a suspensão imediata da lei. Em seguida, o mérito da ação será julgado, com possibilidade de declaração definitiva de inconstitucionalidade da norma. "A atuação do MP é em defesa da coletividade e da proteção do meio ambiente, principalmente daquela unidade de preservação ambiental, que é patrimônio público. Logo, ela não pode ser utilizada para favorecer determinados grupos, principalmente invasores, que já vêm registrando muitos danos ambientais da RESEX ao longo dos anos", aponta a promotora Dra Edna Capeli. O Ministério Público argumenta que a lei é inconstitucional, fere princípios da Constituição e enfraquece a proteção ambiental no país. Segundo o MP, a norma também vai contra a Lei Federal nº 9.985/2000, que diz que reservas extrativistas devem ser usadas apenas por populações tradicionais, proibindo ocupações irregulares e atividades econômicas com fins comerciais. O que é RESEX Jaci-Paraná Criada em 1996, com cerca de 200 mil hectares, localizada entre os municípios de Porto Velho e Nova Mamoré, a Resex Jaci-Paraná é classificada como unidade de uso sustentável, ou seja, permite a presença humana, mas com regras voltadas à conservação. Foi pensada para proteger comunidades tradicionais e o modo de vida baseado na extração de produtos da floresta, como látex, castanha e açaí. Dados de monitoramento ambiental citados pelo MP apontam que, entre 2012 e 2022, a extensão de áreas ocupadas por atividades agropecuárias na reserva aumentou 239%, enquanto a área de floresta foi reduzida em mais de dois terços. VEJA TAMBÉM: MP-RO busca na justiça inconstitucionalidade de lei relacionada a Resex Jaci Paraná Fonte: G1


webradio016 Montagem do Mossoró Cidade Junina 2025 chega a 90% em alguns polos
Vice-prefeito e equipe da prefeitura fizeram visita técnica ao Corredor Cultural para acompanhar a montagem. Montagem do Mossoró Cidade Junina 2025 atinge 90% Célio Duarte/Prefeitura de Mossoró A montagem das estruturas do Mossoró Cidade Junina 2025 chegou a 80% e 90% de conclusão em alguns pontos. A previsão é que a cidade esteja pronta para receber o público até o fim de maio. A abertura oficial do evento está marcada para o dia 7 de junho, com o tradicional "Pingo da Mei Dia". 📳Participe do canal do g1 RN no WhatsApp O vice-prefeito Marcos Medeiros visitou na última quinta-feira (15) as estruturas montadas no Corredor Cultural, na Avenida Rio Branco, onde estão localizados os principais polos da programação. “Estamos acompanhando in loco a montagem das estruturas para o 'Mossoró Cidade Junina'. Essa é a nossa primeira visita técnica e percorremos o Corredor Cultural para verificar como está o trabalho de montagem dos polos para o evento. A montagem da estrutura está bem avançada”, disse Marcos Medeiros. LEIA TAMBÉM Mossoró Cidade Junina 2025: Confira a programação completa A secretária municipal de Cultura, Janaína Holanda, também participou da visita. Segundo ela, além dos polos, a equipe está concentrada na decoração das avenidas e dos mercados públicos. “Ao longo dos próximos dias faremos outras visitas e já anotamos algumas providências para a próxima”, afirmou. O evento terá polos como Estação das Artes, Arena Deodete Dias, Chuva de Bala no País de Mossoró, Cidadela, Poeta Antônio Francisco e Arraiá do Povo Poeta Zé Lima. A programação começa com o "Pingo da Mei Dia" e termina com o "Boca da Noite". Veja as atrações do Mossoró Cidade Junina Veja os vídeos mais assistidos do g1 RN Fonte: G1

r011 Leitos da UTI pediátrica são ampliados para reforçar rede hospitalar em Três Lagoas
Com a ativação de mais 10 leitos, a unidade agora conta com 20 vagas de terapia intensiva exclusivas para crianças. A unidade agora conta com 20 vagas de terapia intensiva exclusiva para crianças Reprodução O número de leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica do Hospital Regional da Costa Leste Magid Thomé, em Três Lagoas, dobrou nesta última semana, para reforçar a rede hospitalar, diante do aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp Com a ativação de mais 10 leitos, a unidade agora conta com 20 vagas de terapia intensiva exclusivas para crianças. Os novos leitos começaram a operar com quatro internações já nas primeiras horas. Com a ampliação, o hospital totaliza agora 40 leitos de UTI em funcionamento: 10 adultos, 10 na Unidade Coronariana e 20 pediátricos. Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: Fonte: G1

r011 Ser Acessível: saiba o que explica aumento de casos de autismo e qual o impacto na educação
Em Campinas (SP), número de matrículas de alunos com TEA na rede municipal cresceu 1.204% em dez anos. Maior conhecimento e compreensão sobre o comportamento humano tem ampliado diagnósticos, explica médica especialista no tema. #paratodosverem: Ao lado da professora Daniela Berbel, Murilo toca no tablet, na figura que representa o seu nome Ricardo Custódio/EPTV Crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) representam a maior parcela dos estudantes público da educação especial. Número que disparou em um intervalo de 10 anos. Em Campinas (SP), a rede municipal registrou, entre 2014 e 2024, alta de 1.204% nos alunos autistas na educação infantil e no ensino fundamental 1. Mas o que explica esse aumento? Mãe de uma menina autista de 6 anos, a médica Bruna Ituassu, pós-graduada em neurologia pediátrica e especialista em autismo, enfatiza que atualmente a ciência estuda e compreende muito mais sobre o comportamennto humano, e os critérios de diagnósticos se tornaram mais amplos. ☂️ Nesse sentido, o conceito de "espectro" funciona como um "guarda-chuva" que abrange diversas representações do autismo, reduzindo o subdiagnóstico que ocorria anteriormente. Ou seja, comportamentos que antes eram atribuídos a traços de personalidade, como quando uma criança era taxada como "tímida", "estranha" ou com "um jeito dela", e passavam despercebidos, agora são reconhecidos e podem ser nomeados como manifestações do espectro autista. Diretor pedagógico da Secretaria de Educação de Campinas, Luciano Reis observa que grande parte do aumento de alunos autistas ocorreu nos últimos anos, em especial pela facilidade do diagnóstico que não havia antes. 📲 Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp Em nota, o Ministério da Educação (MEC) explica que no período entre 2014 e 2024 a proporção de estudantes com deficiência intelectual caiu de 69% para 48,5%, enquanto as matrículas de estudantes com TEA subiram de 9,3% para 44,2%. "O crescimento está relacionado ao maior reconhecimento social sobre autismo, ampliação dos diagnósticos, atenção precoce e fortalecimento das políticas educacionais voltadas a esse público", defende. Entenda, abaixo, explicações sobre o autismo e como isso impacta a rede de ensino. O conteúdo integra a série "Ser Acessível", coprodução do g1 e EPTV que aborda questões relacionadas a inclusão e acessibilidade na educação básica. Nesta reportagem você vai ler ⬇️ O que 'causa' o autismo? Qual a taxa de crescimento? Qual o impacto na educação? Preocupação com autonomia O que tem sido feito? O que 'causa' o autismo? Bruna Itaussu destaca que não há base científica na ideia de que o autismo se desenvolva após o nascimento: a pessoa nasce ou não dentro do espectro. 🧬A médica explica que o autismo é um transtorno com uma forte base genética, estimada em mais de 96% dos casos. Mas existem alguns fatores, dentro do período gestacional, que podem influenciar. "A gente fala muito sobre epigenética, aquilo que está sobre a genética. Se você tem gene do seu pai e da sua mãe, e eles forem autistas, aumenta a chance de você ser autista", destaca Bruna. Bruna pontua que existem outros fatores que aumentam a chance da criança ser autista, como ser gêmeo e nascer prematuro, por exemplo. Fatores como alimentação da mãe na gestação e a idade paterna também podem influenciar a expressão de genes durante a gestação. ⚠️ E a influência genética não é apenas das mães! Segundo Bruna, homens acima dos 35 anos tem uma incidência maior de filhos autistas. #paratodosverem: Num salão, de frente para nós, há várias pessoas na plateia. Algumas aplaudem batendo palmas e outras em libras (as mãos na altura da cabeça viram pra um lado e outro). Nas poltronas da frente um homem, com fone de ouvido, e uma mulher, a médica Bruna Ituassu, estão com os filhos, Francisco e Havana, no colo Jacson Marçal Qual a taxa de crescimento? De acordo com a especialista, a ciência tem avançado e entendido cada vez mais fatores atrelados ao espectro autista, o que tem ampliado o número de diagnósticos. 📈 Para exemplificar, Bruna Ituassu cita os dados mais recentes do relatório dos Centros de Controle e Prevenção de Doença dos Estados Unidos (CDC), que aponta aumento da prevalência de autismo naquele país, que atualmente é de 1 para 31 crianças - na edição anterior, era de 1 a cada 36. Ser Acessível: Com alta de 1.204% de alunos autistas, matrículas na educação especial em Campinas dobram em dez anos O professor Régis Henrique dos Reis Silva, da Faculdade de Educação da Unicamp, pontua que no cenário da educação, dados nacionais mostram que, em média, 7 de cada 10 estudantes público da educação especial tem autismo ou deficiência intelectual, com taxas de crescimento "acima do natural." "O número de autistas matriculados aumentou em torno de 19 vezes em dez anos. No caso de deficiência intelectual, aproximadamente o dobro. Já os outros públicos, o aumento foi em torno de 17%, o que seria, entre aspas, um número natural, um crescimento natural", avalia Régis. Qual o impacto na educação? Na avaliação de Régis Silva, o crescimento acelerado desse público tem impactos diretos nas escolas, pois exige muito mais em termos pedagógicos e de formação. "Exige muito mais com que aquilo que diz respeito à educação especial se torne orgânico aquilo que é o trabalho pedagógico da escola", analisa. A médica Bruna Ituassu afirma que diante da realidade atual ela considera uma "garantia" que cada sala de aula terá pelo menos um aluno dentro do espectro autista, e que a escola se preparar e os profissionais da educação se capacitarem deixou de ser uma opção mas, sim, uma obrigação. Capacitação necessária para entender e atender às necessidades de cada aluno, de forma individualizada. "Quando a gente fala sobre autismo, a gente não fala sobre igualdade. A gente fala sobre equidade, é oferecer para cada um o que é necessário para que ele se desenvolva. Ser igual não adianta, o igual para todo mundo não vai resolver", defende Bruna. #paratodosverem: Na escola, a professora Daniela Berbel de mãos dadas com garoto Down, Murilo Ricardo Custódio/EPTV Preocupação com autonomia Delma Medeiros, de 46 anos, é mãe do Murilo, adolescente de 14 anos que estuda atualmente na 8ª série do ensino fundamental na Escola Estadual Prof. Luiz Gonzaga Horta Lisboa, em Campinas (SP). O Murilo é uma criança síndrome de down, que nasceu com má formação nos membros inferiores e teve o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA), nível de suporte 3, fechado apenas aos 9 anos. Segundo a mãe, ter o diagnóstico ampliou a possibilidade de tratamentos que o filho tem direito pelo convênio médico, mas algumas intervenções, em especial para a comunicação alternativa, poderiam ter começado antes. Trabalho desenvolvido pela fonoaudióloga que o acompanha, o sistema de comunicação alternativa, que teve início com pranchas de comunicação, por exemplo, agora é feito por um tablet e um software comprados pela família, e no qual Murilo usa na escola, na companhia de sua professora de apoio. Estabelecer a comunicação do Murilo é torná-lo mais independente e mais preparado para o mundo, destaca Delma. "Como ele não conseguia se comunicar, ele se desorganizava, entrava em crise. A partir desse sistema de comunicação, mudou o comportamento, ele se faz entender não só em casa, mas lá fora. O que a gente quer, como mãe atípica, é quando se for, ele esteja preparado para o mundo. Há muito preconceito, falta de apoio, aceitação, e essa é minha preocupação. Quero que ele tenha autonomia", diz Delma. Delma morava em São José dos Campos (SP), e quando a família mudou para Campinas, Murilo estava no 6º ano do ensino fundamental. Ele só iníciou as aulas após a mãe conseguir, via Defensoria Pública, a professora de apoio que acompanha o Murilo - foram dois meses de espera. "Ele precisa do apoio pedagógico, pois o cuidados só fica fora da sala de aula. E a professora de apoio ela se especializa, foi até a fono do Murilo, entedeu o sistema de comunicação, e acompanha toda sua rotina escolar. Ela que trabalha para ampliar o vocabulário do Murilo no tablet", explica Delma. LEIA TAMBÉM Ser Acessível: entenda como atitudes comuns no dia a dia são capacitistas e impedem a inclusão Ser Acessível: TEA, PCD, SRM, criança não oralizada, tecnologia assistiva... glossário explica termos e siglas da educação especial O que tem sido feito? Em Campinas, o diretor pedagógico Luciano Reis aponta que o avanço do diagnóstico ampliou a demanda, e a presença do laudo é preciso garantir o direito que a criança ou adolescente tem. Segundo Reis, há uma avaliação para determinar a necessidade de ações dentros das escolas para o atendimento dos alunos, seja com TEA ou não, de cuidadores a profissionais voltados aos processos inclusivos e pedagógicos. "O foco é para a educação inclusiva e é para todos, para todas as crianças indistintamente", diz. 👩🏫👨🏫 E qual o número de profissionais? O representante da Secretaria de Educação afirma que o número de professores de educação especial saltou de 70 para 234 na rede municipal nos últimos anos, e que o secretário já autorizou a convocação de mais 20 cargos de profissionais para a rede. Reis garante que é realizado um trabalho constante na formação e entendimento das necessidades do público da educação especial, entre eles o aluno com autismo. "Nós temos aprendido muito com essas crianças, temos aprendido como devemos nos reportar. Tem questões delicadas, de coisas simples que podem desregular uma criança, uma crise, então a formação vem ao encontro desse momento, e conseguimos oferecer aos nossos profissionais formação continuada", completa. Ser Acessível: g1 e EPTV lançam série de reportagens em formato visual inédito com o máximo de recursos de acessibilidade Entenda barreiras que impedem inclusão escolar e veja famílias que enfrentaram a exclusão Ser Acessível VÍDEOS: saiba tudo sobre Campinas e Região Veja mais notícias da região no g1 Campinas Fonte: G1

r011 Justiça mantém prisão de falsa médica que atendia crianças com doenças graves no AM
Segundo o Tribunal de Justiça, a prisão foi mantida porque já existia um mandado ativo contra Sophia Livas, e a audiência de custódia confirmou que a prisão foi feita de forma correta. Falsa médica é presa em Manaus por atender crianças cardiopatas A Justiça do Amazonas manteve, nesta terça-feira (20), a prisão de Sophia Livas de Morais Almeida, 32 anos, acusada de atuar como médica no estado, mesmo sem ter formação na área da saúde. Ela atendia principalmente crianças com doenças graves, o que gerou muita indignação. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil. Sophia foi presa enquanto se exercitava em uma academia de alto padrão na Zona Centro-Sul de Manaus. A prisão aconteceu depois de investigações e várias denúncias contra ela. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp Na tarde desta terça-feira, Sophia participou de uma audiência custódia no Fórum Henoch Reis, no bairro São Francisco, em Manaus. Segundo o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), a prisão foi mantida porque já existia um mandado ativo contra ela, e a audiência confirmou que a prisão foi feita de forma correta. O juiz responsável afirmou que o mandado de prisão está válido, foi emitido por autoridade competente e que todos os procedimentos legais foram seguidos. Por isso, decidiu manter a prisão e encaminhar o processo para análise do mérito. Até o momento, o g1 não conseguiu contato com a defesa de Sophia para comentar o caso. Falsa médica presa em Manaus se passava por especialista em crianças cardiopatas em podcast; VÍDEOS Como a Polícia Civil descreve o perfil de Sophia Livas? Sophia Livas de Morais Almeida Reprodução Formada em Educação Física, mas dizia ser médica especializada em crianças e gestantes. Se infiltrou em grupos de profissionais da saúde e foi aceita em programas de atendimento a crianças com doenças graves. Usava jaleco branco, carimbos de médicas reais e receitava medicamentos — inclusive controlados — para crianças autistas. Dava aulas em faculdades como "professora convidada" e era representante de um congresso de neurocirurgia marcado para julho, em Manaus. Publicava fotos em plantões, com pacientes em tratamento contra o câncer e se promovia como uma médica humanizada. Chegou a alegar ser parente do prefeito de Manaus, David Almeida, para ganhar prestígio — informação que foi desmentida pelo próprio gestor em nota enviada pela prefeitura. Segundo a Polícia Civil, ela chegou a registrar um boletim de ocorrência contra pacientes que a denunciaram, tentando inverter a história. Na casa dela, foram apreendidos medicamentos, receituários, jalecos de hospitais públicos e documentos falsificados. A Justiça decretou a prisão preventiva. Sophia é investigada por exercício ilegal da medicina, falsidade ideológica e outros crimes. Duas crianças autistas e trabalhadores que apresentaram atestados falsos estão entre as vítimas. Como ela se infiltrou na área da saúde? Polícia Civil do Amazonas prende falsa médica Durante as investigações, foi descoberto que ela obteve, dentro do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), o carimbo de uma médica verdadeira que compartilhava o mesmo primeiro nome. Com esse carimbo, Sophia passou a realizar consultas de forma independente. "Ela acabou se infiltrando em uma comunidade de médicos que faziam parte de um grupo de pós-graduação. Ganhou a confiança desses profissionais, fazendo com que acreditassem que ela era médica. A partir de então, foi convidada a integrar um programa de assistência e acompanhamento de crianças com cardiopatia grave", afirmou o delegado Cícero Túlio. Em nota, o Hospital Universitário Getúlio Vargas informou que Sophia Livas nunca atuou como médica na unidade e não há registros de atendimentos feitos por ela. Segundo o hospital, ela foi aluna de mestrado na Universidade Federal do Amazonas como educadora física e, após concluir o curso, não mantém qualquer vínculo com a instituição. O HUGV afirmou ainda que está à disposição da polícia para colaborar com as investigações. Na delegacia, Sophia negou ser médica. Porém, nas redes sociais, ela se apresentava como tal e dizia ser sobrinha do prefeito de Manaus, David Almeida — informação falsa desmentida oficialmente pela prefeitura. A Secretaria de Comunicação de Manaus esclareceu que o prefeito não tem qualquer parentesco com Sophia. Além disso, a foto que a falsa médica publicou mostrando o prefeito com uma criança afirmando ser ela é, na verdade, do prefeito com sua filha, Fernanda Aryel. Outra imagem ao lado do prefeito foi uma selfie tirada em local público, comum quando ele é abordado por populares para fotos. Em uma publicação em destaque no Instagram, Sophia aparece atendendo um paciente e celebra um "importante avanço na ciência". Na legenda, afirma: "Hoje iniciamos as coletas do projeto Renomica Brasil, que investiga, por meios genéticos, doenças cardiovasculares hereditárias ou não". Currículo apresentado pela falsa médica No currículo publicado na plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que reúne informações acadêmicas e profissionais de pesquisadores brasileiros, Sophia afirma: Ser especialista em Saúde Coletiva pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); Ter concluído curso de extensão em doenças tropicais pela Fiocruz Ter concluído curso de extensão em saúde pública pela Universidade de São Paulo (USP) Ter concluído curso de extensão em saúde pública pela Unidade de Saúde Pública Arnaldo Sampaio (UPAS), em Portugal. Ela também se apresenta como pesquisadora da Ufam e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Além disso, Sophia destaca o trabalho como professora voluntária na graduação da Ufam e na pós-graduação da Escola Superior Batista do Amazonas (Esbam). Porém, a investigação da polícia revelou que ela possui apenas bacharelado em Educação Física pela Ufam, concluído em março de 2022, mestrado em Ciências da Saúde pela mesma instituição, e que as demais informações em seu currículo Lattes são falsas. Em nota, a USP confirmou que Sophia nunca foi matriculada na instituição e que o curso de extensão que ela alegava ter feito em 2020 foi cancelado. Em nota, a ESBAM informou que Sophia Livas atuou apenas como professora convidada, ministrando dois módulos isolados em cursos de pós-graduação, com base em sua formação em Educação Física, Especialização em Saúde Coletiva e Mestrado em Ciências da Saúde. A documentação apresentada foi analisada e aprovada pela coordenação, sem indícios de irregularidades. A instituição esclareceu que não houve vínculo empregatício nem integração ao corpo docente permanente, e que os conteúdos ministrados não estavam relacionados à área médica. O g1 entrou em contato com as demais instituições citadas, mas não houve resposta até a última atualização desta reportagem. Como a farsa foi descoberta? Educadora física suspeita de atuar como falsa médica em Manaus é presa durante operação Em Manaus, este é o segundo caso recente envolvendo pessoas que atuaram ilegalmente como médicos. No final de abril, Gabriel Ketzel da Silva, de 28 anos, foi preso por se passar por médico, após atuar por cerca de dois anos, principalmente atendendo crianças. As investigações contra Sophia Livas começaram há aproximadamente um mês, como um desdobramento da operação que resultou na prisão de Gabriel. Durante o processo, foram recebidas denúncias contra Sophia, que prestava atendimento a crianças com cardiopatias graves. Essas denúncias levaram à operação que culminou na prisão dela. Pelo menos duas crianças autistas estão entre as vítimas. Segundo a polícia, os pais relataram que receberam receitas com medicamentos controlados emitidas por Sophia. Outros dois pacientes foram demitidos do trabalho após apresentarem atestados falsos emitidos por ela. Ao ser presa, Sophia levou os policiais até a casa onde mora. No local, foram apreendidos jalecos, remédios, receituários do SUS e documentos médicos com nomes de profissionais reais. "Diversos documentos, inclusive preenchidos com nomes de médicos que já tinham relatado à polícia que estavam sendo lesados, também foram encontrados na residência", disse o delegado Cícero Túlio, que coordenou a operação. O Conselho Regional de Medicina do Amazonas (Cremam) informou que, até o momento, não recebeu denúncia formal sobre a atuação de Sophia como falsa médica. O órgão afirmou que, sempre que recebe indícios de exercício ilegal da medicina, repassa as informações às autoridades competentes. O Cremam também orienta que a população pode consultar a regularidade de médicos no site do Conselho Federal de Medicina. A Justiça decretou a prisão preventiva de Sophia. Segundo a Polícia Civil, ela deve ser indiciada pelos seguintes crimes: Falsa identidade Falsidade ideológica Exercício ilegal da medicina Estelionato contra vulnerável Falsidade material de atestado Curandeirismo Charlatanismo Fonte: G1


linnpy Governo afirma que não há registros de casos confirmados de gripe aviária em Minas Gerais
Uma amostra analisada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, apresentou resultado negativo para Influenza Aviária. Seapa afirmou que não há registro de gripe aviária em MG (ILUSTRATIVA) Jornal Nacional/ Reprodução A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) divulgou, nesta terça-feira (20), que não há registros de casos confirmados de gripe aviária em Minas Gerais. No entanto, foi necessário o descarte de 450 toneladas de ovos férteis no Centro-Oeste do estado como medida preventiva contra a gripe aviária. Os ovos foram enviados por uma granja localizada em Montenegro (RS), município onde o Ministério da Agricultura e Pecuária confirmou, no dia 15 de maio, a presença do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade. A decisão foi tomada após uma reunião emergencial realizada no sábado (17) entre representantes da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Governo de Minas descarta 450 toneladas de ovos que vieram do Rio Grande do Sul Sem riscos à saúde De acordo com a Secretaria de Agricultura, a gripe aviária não representa risco à saúde humana, pois não é transmitida pelo consumo de carne ou ovos. O vírus, no entanto, pode levar à morte de aves e comprometer a produção agropecuária. Uma amostra analisada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, apresentou resultado negativo para Influenza Aviária. A ação integra o conjunto de medidas rotineiras PNSA, executado pelo IMA desde 2022, com foco na vigilância ativa e passiva de doenças aviárias. Cabe ressaltar que o episódio em Sabará não está relacionado ao foco detectado no Sul do país. Minas Gerais é o segundo maior produtor de ovos do Brasil e ocupa a quinta posição na produção de galináceos. Vídeos mais vistos no g1 Minas: Fonte: G1