
r011 Curso de Medicina da Univassouras é homenageado pela ANM no Rio de Janeiro
Professor Dr. Pietro Novellino recebe o título de Professor Emérito da Universidade de Vassouras Em uma cerimônia de notável relevância acadêmica, realizada no último dia 15 de maio, a Academia Nacional de Medicina (ANM) — instituição bicentenária e símbolo da excelência científica no país — prestou homenagem ao curso de Medicina da Universidade de Vassouras (Univassouras), celebrando seus 56 anos de história dedicados à formação médica de alta qualidade. No mesmo evento, foi outorgado o título de Professor Emérito da Univassouras ao eminente Professor Doutor Pietro Novellino, uma das mais respeitadas personalidades da medicina brasileira contemporânea e acadêmico da ANM. Prf. Dr. Pietro Novellino recebe cumprimentos – Divulgação/Univassouras A solenidade, realizada na sede da ANM, no Centro do Rio de Janeiro, reuniu autoridades acadêmicas, docentes, discentes e dirigentes da Fundação Educacional Severino Sombra (Fusve), mantenedora da universidade. Estiveram presentes o presidente da Fusve, Dr. Gustavo Oliveira do Amaral, o reitor da Univassouras, Prof. Dr. Marco Antonio Soares de Souza, e o superintendente de Medicina, Prof. Dr. João Carlos de Souza Cortes Junior. Prestigiaram o evento também o superintendente de Infraestrutura da Fusve, Cláudio Medeiros Guimarães e o superintendente de saúde Marcelo Augusto Paiva Rio de Oliveira. Gestores da Fusve e membros da ANM Divulgação/Univassouras Presidente da Fusve Gustavo Amaral em sua apresentação na ANM Divulgação/Univassouras Reitor da Univassouras Marco Antonio Soares de Souza Divulgação/Univassouras A abertura do evento foi conduzida pela presidente da ANM, a acadêmica Dra. Eliete Bouskela. Na ocasião, o Prof. Antônio Rodrigues Braga Neto (Univassouras) fez uso da palavra destacando a memória do fundador da universidade, Prof. Severino Sombra de Albuquerque, e rememorando figuras catedráticas que contribuíram para a consolidação da Faculdade de Medicina de Vassouras como uma referência no ensino superior em saúde. Ao saudar os presentes, o superintendente de Medicina da Univassouras, Prof. Dr. João Cortes Junior, enfatizou a trajetória de excelência do curso de Medicina, que já formou quase 10 mil médicos e se destaca entre as instituições privadas do país. Ressaltou ainda os avanços nos cenários de prática e os indicadores de qualidade obtidos nas avaliações nacionais, com destaque para o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), no qual a Univassouras tem figurado entre as melhores escolas médicas privadas do estado do Rio de Janeiro. “Comemorar o aniversário do curso nesta honrada casa de famosos mestres, que possui quase 200 anos de existência, marca a qualidade e o reconhecimento de um dos melhores cursos do país”, afirmou. Superintendente de Medicina João Cortes Junior Divulgação/Univassouras A cerimônia contou ainda com a presença do acadêmico da ANM e docente da Univassouras, Prof. Dr. Rossano Fiorelli, que conduziu a leitura da saudação oficial ao Prof. Dr. Pietro Novellino, por ocasião da entrega do título de Professor Emérito da Univassouras. Alunos da Univassouras entre os presentes a prestigiar a solenidade Divulgação/Univassouras O Professor Doutor Pietro Novellino é uma das figuras mais notáveis da medicina brasileira, com uma trajetória marcada pela excelência científica, dedicação ao ensino e protagonismo institucional. Ex-presidente da Academia Nacional de Medicina, Novellino é cirurgião de renome, membro de diversas sociedades médicas nacionais e internacionais, e autor de inúmeras contribuições relevantes para a ciência médica. Sua atuação na Univassouras soma-se a uma carreira de professor, além de fundador e primeiro coordenador do Mestrado Profissional em Ciências Aplicadas em Saúde, que alia saber, ética e compromisso com a formação de novas gerações de médicos. O título de Professor Emérito da Universidade de Vassouras foi entregue pelo reitor, Prof. Dr. Marco Antonio Soares de Souza, que em seu discurso ressaltou a magnitude da contribuição da Fusve para o país, com mais de 30 mil profissionais formados em diversas áreas do conhecimento, destacando-se como a maior fundação em educação e saúde do Brasil. Reitor da Univassouras entrega o título ao Prf. Dr. Pietro Novellino Divulgação/Univassouras O presidente da Fusve, Gustavo Amaral, apresentou ao público os projetos estratégicos que estão sendo desenvolvidos pela fundação, com foco na inovação e na expansão da infraestrutura em saúde. Entre eles, destacam-se o novo hospital universitário em Vassouras, o centro oncológico avançado em Maricá e o Instituto de Ciência e Tecnologia Álvaro Alvim, com destaque para a implantação da protonterapia — tecnologia de ponta no tratamento do câncer por meio de feixes de prótons. A fundação já tem um memorando de entendimentos com o Grupo Quirónsalud, mantenedor do centro de Madri e uma pré-seleção com a empresa belga Ion Beam Applications (IBA), precursora da tecnologia, que atualmente comercializa a plataforma Proteus ONE, tecnologia com maior base instalada no mundo. Amaral firma que a protonterapia é uma modalidade de tratamento extremamente precisa e eficaz, utilizando feixes de prótons para atingir as células tumorais com maior exatidão, minimizando danos aos tecidos saudáveis ao redor. Essa tecnologia, considerada uma das mais avançadas no combate ao câncer, ainda não está disponível em nenhum centro de tratamento no Brasil, o que torna o projeto de Maricá uma inovação de grande impacto para o país. A cerimônia foi encerrada com a inauguração do busto do Prof. Dr. Pietro Novellino na galeria de presidentes da Academia Nacional de Medicina, eternizando sua imagem ao lado de outras figuras ilustres da história médica nacional. A homenagem simboliza não apenas o reconhecimento a um percurso singular, mas também o estreito vínculo entre a Univassouras e a mais alta tradição acadêmica do país. Novellino é homenageado com busto na galeria da ANM Divulgação/Univassouras Fonte: G1


webradio016 Na Alap, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás recebe o título de cidadão amapaense
Roberto Ardenghy foi homenageado nesta terça-feira (20) na Assembleia Legislativa do Amapá (Alap). Roberto Ardenghy, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás Alap/Divulgação O presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, foi homenageado nesta terça-feira (20) na Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) e recebeu o título de cidadão amapaense. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 AP no WhatsApp A honraria foi concedida pelos deputados Junior Favacho (MDB) e Rodolfo Vale (PCdoB). “A gente tem realizado junco com as lideranças do Amapá um trabalho muito forte em prol do desenvolvimento do estado, especialmente em relação à pesquisa da produção de petróleo e gás natural na chamada área do "Amapá, águas profundas". Nós apoiamos muito tecnicamente esse trabalho”, disse o presidente do IBP. Roberto Ardenghy é ex-diplomata com mais de 30 anos de experiência em relações governamentais e energia. Como diplomata, trabalhou em diferentes embaixadas e consulados brasileiros no exterior como Washington DC, Buenos Aires, Houston e Nova York. É formado em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria e possui mestrado em diplomacia e relações internacionais pelo Instituto Rio Branco. A cerimônia ocorreu um dia após o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovar o chamado "conceito do Plano de Proteção e Atendimento à Fauna Oleada (PPAF)", apresentado pela Petrobras. A aprovação é considerada o penúltimo passo no processo de licenciamento ambiental para a exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas. LEIA TAMBÉM: Ibama avança uma etapa no processo para exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas Conheça área no centro da discussão sobre a exploração de petróleo na costa do Amapá Governador e senadores do Amapá celebram aprovação de mais uma etapa para exploração de petróleo Presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás recebe o título de cidadão amapaense Fantástico mostra desafios e possíveis impactos da exploração de petróleo na Amazônia 🔔 Tem uma sugestão de pauta? Fale com o g1 Amapá no WhatsApp 📲Siga as redes sociais do g1 Amapá e Rede Amazônica: Instagram, X (Twitter) e Facebook 📲 Receba no WhatsApp as notícias do g1 Amapá Veja o plantão de últimas notícias do g1 Amapá VÍDEOS com as notícias do Amapá: Fonte: G1


linnpy São José do Rio Preto é 8ª cidade mais desenvolvida do país
Município subiu 13 posições em um ano nacionalmente e também é o 4º mais desenvolvido do estado; classificação é do Índice Firjan 2025. São José do Rio Preto se destaca entre as cidades mais desenvolvidas do Brasil, segundo o IFDM 2025 Prefeitura de São José do Rio Preto/Divulgação São José do Rio Preto é a 8ª cidade mais desenvolvida do país e a 4ª do estado de São Paulo, de acordo com o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) 2025. A edição 2025 do IFDM, elaborado pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), avaliou 5.550 municípios brasileiros, que concentram 99,96% da população do país. O IFDM é um estudo que, desde 2008, acompanha o desenvolvimento socioeconômico de todos os municípios brasileiros em três áreas: Emprego & Renda, Saúde e Educação. Nesta edição, o índice reflete os padrões de desenvolvimento observados nos municípios em 2023. O índice tem a seguinte classificação: municípios com IFDM entre 0,0 e 0,4: Desenvolvimento Crítico; entre 0,4 e 0,6: Desenvolvimento Baixo; entre 0,6 e 0,8: Desenvolvimento Moderado; entre 0,8 e 1,0: Desenvolvimento Alto. Avanços de Rio Preto Rio Preto teve um grande avanço em relação à edição 2024 (base de dados 2022), subindo 13 pontos no ranking. No ano passado, o município estava em 21º lugar no ranking nacional e 11.º na classificação estadual. Nesta edição 2025 do IFDM, considerando o ranking estadual, Rio Preto está atrás apenas de Águas de São Pedro, São Caetano do Sul e Americana. Todas as três primeiras colocadas são cidades menores. De acordo com estimativa populacional do IBGE (2024), o município possui 501.597 habitantes, enquanto São Caetano do Sul tem 172.109, Americana tem 246.655 e Águas de São Pedro tem 2829. Considerando o ranking nacional, dentre os municípios à frente de Rio Preto, apenas a capital paranaense, Curitiba, possui mais habitantes. Na edição 2024 do IFDM, Rio Preto tinha os quesitos Educação (0,7690) e Saúde (0,7968) classificados em nível de Desenvolvimento Moderado e Emprego & Renda (0,9750) em nível de Desenvolvimento Alto. Neste ano, Rio Preto avançou nos três quesitos: Educação, que subiu para 0,7996, mantendo-se no nível de Desenvolvimento Moderado; Saúde evoluiu para Desenvolvimento Alto, atingindo 0,8503 e Emprego & Renda que se manteve em 0,9750 em nível de Desenvolvimento Alto. O índice geral do município subiu de 0,8469 para 0,8750 do ano passado para este, mantendo Rio Preto no nível de Desenvolvimento Alto. Em todo Brasil, 20,3% dos municípios têm Desenvolvimento Alto em Emprego & Renda, 7,2% em Educação e apenas 1,9% em Saúde. “O resultado de Rio Preto traduz a força, o nível de desenvolvimento em diferentes áreas, e com isso, a importância do município, que é centro de uma região metropolitana em franco crescimento sustentável”, comemora o prefeito coronel Fábio Cândido. “Além da excelente colocação no ranking, o destaque é que nosso município possui meio milhão de habitantes, enquanto a maioria dos outros primeiros colocados são municípios menores e de gestão menos complexa. Estamos trabalhando para seguir avançando neste e em outros índices e, assim, consolidando São José do Rio Preto cada vez mais como umas das mais importantes cidades do estado e do país”, completa o prefeito. Metodologia Atualizada em 2025, a metodologia retrata com mais precisão a realidade brasileira, contemplando problemas históricos e novos desafios emergentes. Foram revisados parâmetros, peso dos indicadores e metas. A nova estrutura também inclui indicadores que extrapolam a gestão municipal, considerando que o desenvolvimento local depende da ação conjunta das três esferas de governo. Os dados analisados seguem as premissas originais da metodologia: são obtidos exclusivamente de fontes oficiais, possuem periodicidade anual, recorte municipal e abrangência nacional. Nesse contexto, a distribuição dos municípios por faixa de desenvolvimento em 2023 revela um cenário desigual. A maior parcela das cidades brasileiras (48,1% ou 2.669 municípios) registrou desenvolvimento moderado, com pontuação entre 0,6 e 0,8 pontos. No entanto, uma fatia significativa (42,8% ou 2.376 municípios) ainda se encontra na faixa de baixo desenvolvimento, com pontuação entre 0,4 e 0,6 pontos. Nos extremos da distribuição, percentuais similares de municípios apresentaram desenvolvimento alto (4,6% ou 256 cidades) e crítico (4,5% ou 249 cidades). 10 primeiros IFDMs do Brasil 1º SP — Águas de São Pedro 0,8932 2º SP — São Caetano do Sul 0,8882 3º PR — Curitiba 0,8855 4º PR — Maringá 0,8814 5º SP — Americana 0,8813 6º PR — Toledo 0,8763 7º PR — Marechal Cândido Rondon 0,8751 8º SP — São José do Rio Preto 0,8750 9º PR — Francisco Beltrão 0,8742 10º SP — Indaiatuba 0,8723 IFDMs - Quesitos analisados em cada área Emprego & Renda Absorção da mão de obra formal Proporção de desligamentos voluntários PIB per capita Participação dos salários no PIB População pobre ou de baixa renda Diversidade Econômica Saúde Internações por condições sensíveis à atenção básica Óbitos infantis evitáveis Proporção de 7+ consultas pré-natal Médicos a cada mil habitantes Cobertura Vacinal Gravidez na adolescência Internações relacionadas ao saneamento inadequado Educação Taxa de matrículas em creches Adequação da formação docente no Ensino Fundamental e Médio Distorção Idade-Série no Ensino Fundamental e Médio IDEB nos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental Taxa de Abandono no Ensino Fundamental e Médio Educação Integral no Ensino Fundamental e Médio Fonte: G1


gilberto_rezende78 Tanka, o cara diz uma merda sem base nenhuma e já bloqueia pra não tomar invertida
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r011 'Bebês reborn são cópia da exploração de crianças reais por seus pais nas redes sociais'
Para Thaís Basile, cuidar de bonecos hiper-realistas pode ser uma forma de viver na fantasia o ideal inatingível de mãe perfeita; ela também aponta que hobbies masculinos são aceitos, mas mulheres que brincam são chamadas de 'loucas' Bebês reborn: fenômeno é resultado de romantização e sobrecarga da maternidade, diz psicanalista. Douglas Magno/AFP Por que incomoda tanto que mulheres adultas brinquem com bonecas, enquanto hobbies masculinos como vestir-se de herói em encontros de fãs de séries são naturalizados? O questionamento é feito pela psicanalista Thaís Basile diante da repercussão do fenômeno dos bebês reborn — bonecos hiper-realistas que caíram nas graças de algumas mulheres e viraram meme, motivo de piada e de projetos de lei que buscam coibir sua utilização para furar fila ou acessar serviços públicos. Autora dos livros Nossa infância, nossos filhos (Matrescência, 2020) e Atravessando o deserto emocional (Paidós, 2024), Basile afirma que a onda de influencers "mães" de bebês reborn é uma extensão da fetichização de bebês reais, expostos pelos pais nas redes sociais. Ela também defende que esse "retorno ao infantil" seja analisado não sob um ponto de vista individual, mas como manifestação de uma sociedade que impõe às mulheres uma "maternidade compulsória" e as sobrecarrega com tarefas de cuidado. "Somos socializadas para o cuidado e a hiper-responsabilização desde muito cedo, às custas da própria infância. Cuidamos de irmãos, dos próprios pais imaturos, depois dos filhos, dos pets. É um sintoma que estejamos apostando num cuidado imaginário, em que posso fantasiar ser uma cuidadora perfeita para este ser que não me exige nada", afirma. 'Quando falamos de reborn, estamos falando de um cuidado fantasioso e isso toca na ferida do nosso desamparo estrutural', diz psicanalista. Arquivo pessoal Em sua opinião, a sociedade não tolera ver mulheres se permitindo exercer esse papel de forma "imatura". "Enquanto mulheres cuidam de crianças reais, pets e plantas, ainda estão exercendo um cuidado esperado. Quando falamos de reborn, estamos falando de um cuidado fantasioso, e isso toca na ferida do nosso desamparo estrutural", diz Basile. "'Como assim as pessoas que estruturam a sociedade, de quem se espera que sejam maduras, estão agindo de forma tão imatura?' Isso pode ser desorganizador." Para a psicanalista, parlamentares estão "surfando nesta onda" para conseguir visibilidade com projetos que "não trazem nenhum benefício real à população", em vez de criar políticas públicas que ajudem mães de crianças de verdade. "Nós, mulheres, precisamos de leis que tragam apoio e recursos à maternidade real." Leia, a seguir, a íntegra da entrevista: BBC News Brasil - Por que as críticas às mulheres adultas que têm bebês reborn te incomodam? Thaís Basile - Me incomoda, mas não me surpreende, que as críticas estejam sendo a todas as mulheres que brincam de bonecas. Homens sempre puderam se reunir para praticar hobbies dos mais esquisitos, como correr de kart, se fantasiar de heróis em encontros de fãs ou mesmo comunicar-se entre si com um idioma próprio — caso dos fãs da série Star Trek. Isso sem falar no assunto delicado das bonecas que são usadas para simular sexo, que é um mercado advindo da pornografia e é majoritariamente de consumidores homens. Mulheres que cuidam de bonecas estão sendo mais patologizadas do que homens que penetram bonecas. Começaram a patologizar um grupo todo por fazer role play [atuações] nas redes, com situações de parto, de passeios filmados. Precisamos contextualizar um retorno ao infantil, ao idílico, à fantasia de completude e amor absolutos que essa busca das mulheres pode estar revelando, enquanto meninas são hiperssexualizadas e hiperadultizadas cada vez mais cedo. É preciso ler os comportamentos como sintomas e denúncias, e não apenas permanecer na culpabilização pessoal. Um grupo inteiro sendo chamado de "loucas" porque algumas mulheres foram vistas querendo furar a fila do mercado com bebês falsos é apenas misoginia. Para Thaís Basile, cuidar de bonecos hiper-realistas pode ser uma forma de viver na fantasia o ideal inatingível de mãe perfeita. Douglas Magno/AFP BBC News Brasil - O que a popularidade desses bonecos hiper-realistas pode revelar sobre a forma como as mulheres são criadas? Basile - É preciso que a gente traga à consciência o fenômeno da maternidade compulsória, em que nós, mulheres, somos socializadas para o cuidado e a hiper-responsabilização desde muito cedo, às custas da própria infância. Cuidamos de irmãos, dos próprios pais imaturos, depois dos filhos, dos pets. Ao mesmo tempo que o cuidado dignifica e dá algum lugar de reconhecimento às mulheres, ele também exige, sobrecarrega e adoece. É um sintoma que estejamos apostando em um cuidado falso, imaginário, em que o outro não existe de verdade, mas posso fantasiar ser uma cuidadora perfeita para este ser que não me exige nada, que não cresce, não tem necessidades e não entra em conflito. Também podemos ver esse fenômeno como uma denúncia do trauma transgeracional feminino, em que nossas mães tentaram nos transformar em bonequinhas perfeitas porque o patriarcado premia as mães que têm filhas belas, recatadas e do lar e (ainda bem) não conseguiram, porque somos pessoas, complexas, únicas — mas projetamos esse ideal na 'bonequinha da mamãe' que não chora, não sente raiva, é branca (a maioria das reborn são bonecas brancas), é um anjo. BBC News Brasil - Você mencionou em uma publicação nas redes sociais que deveríamos elaborar as paixões suscitadas pelo tema e agir com consciência de classe. Por quê? Basile - Acho que enquanto mulheres cuidam de crianças reais, pets e plantas, elas ainda estão exercendo um cuidado esperado, maduro. Quando falamos de reborn, estamos falando de um cuidado fantasioso, imaginário, e acredito que isso toca na ferida do nosso desamparo estrutural. "Como assim as pessoas que estruturam a sociedade, de quem se espera que sejam maduras, estão agindo de forma tão imatura?". Isso pode ser desorganizador. Quando eu falo de consciência de classe, estou falando que apenas culpar mulheres não leva a lugar algum. É preciso que a gente se conscientize da maternidade compulsória, da raiz da nossa opressão, que está no corpo, na nossa capacidade presumida de gestar e parir. Estamos sendo criticadas por cuidar de objetos inanimados e não de bebês reais. Saiu a notícia do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] agorinha de que, em 2023, o número de nascimentos foi o menor em 45 anos. Por isso temos os incentivos às trad wifes [esposas tradicionais] e igrejas cada vez mais fundamentalistas. A consciência de classe vem quando nos conscientizamos sobre a opressão à maternidade real, em que mais de 70% dos casos de feminicídios são com mães no Brasil, em que as mães, mais ainda as racializadas, sofrem violências obstétrica, precarização financeira, perda de emprego, sobrecarga e violência estatal e vicária quando se separam e têm que se virar com pouca pensão e acusações de alienação. Ser mulher e mãe no Brasil é extremamente sofrido. São mais de 11 milhões de mães solo que precisam de políticas públicas e apoio de rede e não conseguem. O fenômeno de mães de reborn, de pet e de planta eclipsa as opressões das mães de crianças, mas também é uma denúncia sobre o peso do cuidado. É claro que apelar para o cuidado imaginário seria uma saída. BBC News Brasil - A popularização dos bebês reborn pode contribuir para uma romantização da maternidade? Basile - Acho que a rotina com os reborn é uma resposta à romantização da maternidade. É querer viver na fantasia o que é inatingível no real. BBC News Brasil - Você já escreveu que a exposição dos bebês reborn são uma extensão da fetichização de bebês reais, expostos pelos pais nas redes sociais. Poderia falar sobre esse fenômeno? Basile - A precarização da vida materna produz outro fenômeno bastante perigoso: a fetichização dos filhos. Há um mercado enorme para a exposição de crianças, alimentado por mulheres que ficam malucas por bebês e, infelizmente, também por uma rede pedófila que explora sexualmente essas fotos. As mulheres só conseguem algum poder e reconhecimento social na maternidade, e a exposição dos filhos nas redes é um caminho fácil porque o algoritmo premia isso. São crianças usadas pelos pais para subsidiar seu trabalho, sendo envolvidas nas redes sociais, expostas e exploradas. O narcisismo materno é todo jogado sobre a criança, que é vista como extensão dela, não como um sujeito de direitos, que precisa de proteção e privacidade. Isso é inadmissível porque faz a criança trabalhar para essa mãe, para essas famílias que se mostram perfeitas nas redes. É uma vitrine perigosa, que pode ter consequências nefastas para ela. Os bebês reborn são uma cópia fantasiosa desse desejo das mulheres de serem reconhecidas como mães ideais, que têm filhos ideais. Só que esse ideal não tem alteridade, não tem substância, fica tudo no imaginário — e nós estamos na época do imaginário, porque a realidade é muito difícil de encarar. BBC News Brasil - Algumas "mães" de reborn relatam experiências de perda gestacional. Acha que esses bonecos podem ajudar nesses casos? Basile - O que ajuda em uma perda gestacional — aliás, em qualquer perda — são as relações com outros seres humanos. As bonecas são bons recursos lúdicos quando usadas para apoio apenas, quando há também um acompanhamento terapêutico ou em grupo para que aquela perda seja elaborada, para que as emoções difíceis e conflituosas possam aparecer e serem sentidas, integradas. BBC News Brasil - Parlamentares protocolaram projetos de lei contra pessoas que levarem bebês reborn para serem atendidos em hospitais ou para obter lugar preferencial em filas. Esses comportamentos não podem sobrecarregar os serviços públicos? Basile - Parlamentares estão surfando nesta onda para conseguir visibilidade com projetos que não trazem nenhum benefício real à população. Nós, mulheres, precisamos de leis que tragam apoio e recursos à maternidade real, precisamos da revogação da lei da alienação parental, de licença paterna estendida, de garantias sobre proteção contra violências do genitor. São tantas leis e tantas campanhas que poderiam estar sendo criadas, e os nossos parlamentares envolvidos com polêmicas de internet. BBC News Brasil - Também há projetos de lei propondo políticas de acolhimento psicossocial pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para pessoas com vínculo afetivo intenso com bonecas reborn. Esse apego pode configurar uma condição de saúde mental? Basile - Nosso Sistema Único de Saúde já consegue dar conta de acolhimento para quem está em vulnerabilidade social e psicológica — claro, com muito a melhorar. Defendo o SUS com unhas e dentes. Por outro lado, fico me perguntando se essas mulheres ditas adoecidas não são apenas mulheres que já sacaram que a misoginia dá engajamento e se voluntariam para viralizar e tirar algum proveito disso com os vídeos de uma suposta condição mental. BBC News Brasil - Considera que há uma exposição desproporcional desse assunto? Basile - Acho que não é à toa que esse assunto se aprofundou perto do Dia das Mães. Tudo é muito sintomático, as mulheres são responsáveis pelo cuidado físico e emocional da família toda, enquanto metade delas também chefia o lar financeiramente. As mulheres querem brincar, querem ser imaturas, querem a fantasia em vez da realidade, e a gente precisa olhar para esse sintoma como algo social, e não apenas individual. Octávio Guedes comenta projetos de lei sobre bebê reborn: ‘prefiro o boneco Chucky’ Fonte: G1
r011 Vídeos do g1 e TV Subaé - terça-feira, 20 de maio de 2025
Assista aos vídeos do g1 e TV Subaé desta terça. Assista aos vídeos do g1 e TV Subaé desta terça. Fonte: G1


wilson "A Verdadeira Herança" leva educação financeira a jovens de Rio Claro
Espetáculo gratuito será apresentado em escolas públicas, promovendo de forma lúdica e acessível o conhecimento sobre finanças, valores humanos e realização de sonhos Crédito: Divulgação Os jovens de Rio Claro recebem, nos dias 28, 29 e 30 de maio, apresentações do projeto ‘A Verdadeira Herança’, que tem o objetivo de promover a conscientização acerca da responsabilidade financeira. As ações visam promover a educação financeira entre os jovens de forma lúdica e acessível, por meio da arte e da cultura. As apresentações, gratuitas, acontecerão em escolas públicas. Para ampliar o alcance da iniciativa, também serão distribuídas cartilhas informativas que darão acesso a um vídeo exclusivo sobre o tema. Crédito: Divulgação O intuito do projeto é ensinar aos jovens os fundamentos da educação financeira, promover a saúde financeira deles e de suas famílias, integrar valores humanos aos financeiros e proporcionar acesso gratuito a espetáculos teatrais de qualidade em escolas e instituições públicas. Sobre a peça: Lucas, um jovem talentoso em matemática e conhecido por gastar demais, está prestes a se formar no ensino médio quando descobre que herdou um antigo brechó chamado “Paraíso dos Ácaros”, fechado desde a morte de sua tia-avó. Junto com o brechó, surge o fantasma Luz Divina, que apenas ele consegue ver. Ao longo da história, Lucas enfrenta desafios e aprende sobre economia, empreendedorismo e investimentos, transformando sua visão financeira e entendendo o verdadeiro valor da herança deixada por sua tia. Crédito: Divulgação O projeto aborda temas essenciais para o desenvolvimento dos jovens, como a educação financeira e a importância de planejar o presente pensando no futuro. Além dos conceitos econômicos, a iniciativa destaca a valorização dos sentimentos, das relações e dos sonhos individuais, promovendo uma reflexão sobre como os valores humanos e afetivos caminham junto com a construção de uma vida financeira equilibrada e consciente. Lei de Incentivo à Cultura, o projeto 'A Verdadeira Herança' tem a produção da CIA EDU, apoio da Komedi Projetos e Webka, com patrocínio da John Crane e realizado pelo Ministério da Cultura, Governo Federal União e Reconstrução. “A Smiths Brasil – Divisão John Crane, apoia e incentiva esses projetos porque acreditamos nesse trabalho e também acreditamos que a verdadeira herança vai além de patrimônio, questões materiais: É sobre transmitir valores, visão e liderança, ensinando as crianças expostas a uma educação de qualidade, base sólida de conhecimento, ética e valores, para que possam crescer, liderar e prosperar”, comenta Vilde Picolini - Regional HR Business Partner Latin America and HRBP Global Quality, Sustainability and SES. Sobre a John Crane: Com mais de 100 anos no mercado, a John Crane é uma empresa que oferece soluções de missão crítica para energia global e indústrias de processos, liderando o mercado de selos mecânicos, engenharia aplicada e centros de serviços e ajuda nossos clientes a desenvolver inovações necessárias para equipamentos rotativos de missão crítica em ambientes desafiadores. Crédito: Divulgação Sobre o Ministério: A principal ferramenta de fomento à Cultura do Brasil, a Lei de Incentivo à Cultura contribui para que milhares de projetos culturais aconteçam, todos os anos, em todas as regiões do país. Por meio dela, empresas e pessoas físicas podem patrocinar espetáculos – exposições, shows, livros, museus, galerias e várias outras formas de expressão cultural – e abater o valor total ou parcial do apoio do Imposto de Renda. A Lei também contribui para ampliar o acesso dos cidadãos à Cultura, já que os projetos patrocinados são obrigados a oferecer uma contrapartida social, ou seja, eles têm que distribuir parte dos ingressos gratuitamente e promover ações de formação e capacitação junto às comunidades. Criado em 1991 pela Lei 8.313, o mecanismo do incentivo à cultura é um dos pilares do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), que também conta com o Fundo Nacional de Cultura (FNC) e os Fundos de Investimento Cultural e Artístico (Ficarts). Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura. Serviço: “A Verdadeira Herança” em Rio Claro/SP 28/05/2025 Escola Estadual Professor Nelson Stroili 29/05/2025 Escola Estadual Professor Délcio Báccaro 30/05/2025 Escola Estadual Professor Roberto Garcia Losz Fonte: G1