
wilson Quase 150 toneladas de soja e 75 cabeças de gado são apreendidas no Pará
Cargas somam mais de R$ 500 mil e foram retidas por falta de documentação adequada. A apreensão de soja ocorreu em Santana no Araguaia, no sudeste do estado, e a apreensão de gado foi em Cachoeira do Piriá, no nordeste paraense. Gado apreendido no Pará durante fiscalização. Sefa PA Quase 150 toneladas de soja e 75 cabeças de gado foram apreendidas por fiscais da Secretaria de Estado da Fazenda do Pará (Sefa) neste sábado (24). As cargas somam mais de R$ 500 mil e foram retidas por falta de documentação adequada. A apreensão da soja ocorreu em Santana no Araguaia, no sudeste do estado, e a apreensão do gado foi em Cachoeira do Piriá, no nordeste paraense. De acordo com os agentes, o transporte da soja não estava amparado pela documentação exigida para a operação de exportação. Por conta da irregularidade, foram emitidos seis Termos de Apreensão e Depósito (TADs) que totalizaram R$ 57.608,97 em tributos e multas, que foram pagos, e a mercadoria liberada. 📲 Acesse o canal do g1 Pará no WhatsApp Já as 75 cabeças de gado eram transportadas com nota fiscal irregular. A carga, segundo a Sefa, saiu de Marajá do Sena (MA) com destino a São Francisco do Pará, mas apresentou inconsistências documentais. “O veículo transportava gado com nota fiscal datada de 22 de maio, mas que já havia sido registrada no sistema da Sefa no dia 23. Após solicitação de nova nota, foi emitido outro documento fiscal, desta vez informando apenas 45 animais. Na conferência física, foram encontradas 75 cabeças de gado, o que evidenciou a divergência”, relatou o coordenador da unidade, Gustavo Bozola. Por causa da irregularidade, a fiscalização não aceitou os documentos apresentados e calculou o valor da carga a partir do Boletim de Preços Mínimos da Sefa, o que resultou em R$ 218.337,75. A Sefa informou que foi emitido um TAD no valor de R$ 74.671,51 e que a carga foi encaminhada à Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), responsável pelos procedimentos de fiscalização sanitária e agropecuária. VÍDEOS com as principais notícias do Pará Confira outras notícias do estado no g1 Pará. Fonte: G1


henrique_bastos63 Avião que 'empinou' em embarque em Viracopos é seguro e caso é comum, mas peso incorreto pode oferecer risco de queda
Segundo companhia, causa foi "questão de balanceamento" e passageiros foram realocados. Especialista diz que situação pode ocorrer no carregamento, quando carga não está na posição final. Aeronave da Azul tocou a cauda no solo durante embarque de passageiros em Viracopos, em voo que seguiria para o Rio de Janeiro na sexta (23) Reprodução O desbalanceamento da carga que fez com que um avião da Azul "empinasse", no Aerorpoto de Viracopos, é comum, mas cuidados devem ser tomados para que aeronaves não decolem com distribuição de peso incorreta e corram risco de queda. É o que explica James Waterhouse, professor de engenharia aeronáutica da USP São Carlos. Ele ressalta que o Cessna Grand Caravan, o avião que empinou, é seguro e que aeronaves bem maiores podem passar pelo mesmo problema durante o carregamento. Entenda abaixo. 📲 Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp Segundo Waterhouse, todas as aeronaves podem tombar para trás durante o carregamento, mas isso é mais comum em aviões pequenos e de carga, pois o peso é significativo em relação ao veículo. "O embarque de passageiros em aeronaves grandes não causa problemas pois o peso de poucas pessoas é muito pequeno em relação ao peso da aeronave. Mas, mesmo em aeronaves grandes de carga, quando os pallets de carga são carregados de forma incorreta, isso acontece", explica Para evitar esse problema, aviões menores ou de carga possuem uma haste colocada na cauda para impedir que empinem. "Isso é apelidado de Pau de Carga e, nesse caso, é provável que tenham feito o embarque sem o uso desse dispositivo", diz o professor. Waterhouse ressalta que aeronaves bem maiores que a Caravan possuem a haste, ou seja, o desbalanceamento não é um problema só de aeronaves menores e também não está relacionado a riscos de vôo da aeronave. Isso porque o tombamento acontece durante o carregamento, quando uma carga grande entra pela porta traseira e ainda não foi deslocada para sua posição final. Porém, decolar com a aeronave desbalanceda pode causar quedas. "Isso é tão importante que existe um profissional cujo trabalho é fazer a correta distribuição de peso na aeronave, o Despachante Operacional de Voo (DOV)", diz o professor. "Depois, o comandante confere os cálculos do DOV. Então, pelo menos dois profissionais conferem se o balanceamento está ok antes da decolagem", afirma Waterhouse. Existe também o risco da carga se mover durante o vôo e, de acordo com o professor, vários acidentes com aeronaves grandes ocorreram por esse motivo. A distribuição correta do peso também é feita em aeronaves de passageiros, durante a distribuição dos assentos. "É por essa razão que, em vôos com poucos passageiros, os mesmos estão distribuídos de uma forma que às vezes parece irracional, mas é devido ao balanceamento", explica. Segurança da aeronave A Azul começou a operar há um ano a rota entre Campinas e o aeroporto de Jacarepaguá, no Rio, com aeronaves Cessna Grand Caravan, monomotor turboélice para até 9 passageiros. O professor Waterhouse afirma que a Caravan é uma aeronave de transporte de passageiros e carga monomotora extremamente conhecida e a mais utilizada no mundo nessa categoria. " É considerada bastante segura e tem velocidades de pouso e decolagem bastante baixas, possibilitando pousos de emergência em locais bem apertados", avalia. De acordo com o professor, empinar a aeronave durante o processo de carregamento nessa categoria de avião é bastante comum. Passageiros realocados Um avião da Azul ficou "empinado", tocando a cauda no solo durante embarque no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), na sexta-feira (23). Segundo a companhia, o problema com a aeronave do voo AD5144, que seguiria para o Rio de Janeiro (RJ), ocorreu por questões técnicas de balanceamento. "A aeronave foi estabilizada e passará por inspeção. Os clientes desembarcaram em total segurança, sendo reacomodados em outros voos. A companhia ressalta que adota medidas preventivas como essa para conferir a segurança de suas operações, valor primordial da Azul", informou a empresa, em nota. Segundo a concessionária que administra Viracopos, o incidente ocorreu por volta de 17h30 de sexta, não prejudicou a operação dos voos. VÍDEO: Avião com destino a Dubai tem falha técnica, dá cinco voltas sobre Ubatuba e volta a SP Avião com destino a Dubai tem falha técnica, dá cinco voltas sobre Ubatuba e volta a SP VÍDEOS: saiba tudo sobre Campinas e Região q Veja mais notícias da região no g1 Campinas Fonte: G1


linnpy Mulheres morrem em acidente com caminhão em Jales
Acidente ocorreu na Rodovia Elyeser Montenegro Magalhães (SP-463) na noite de sábado (24). Caminhoneiro não ficou ferido e fez o teste de bafômetro que deu negativo. Roberta Segan, de 25 anos, e Camila Freitas, de 28, morreram no local. Camila Freitas (à esquerda) e Roberta Segan (à direita) morreram após acidente em Jales (SP) Reprodução/Facebook Duas mulheres morreram em uma batida frontal contra um caminhão no sentido contrário na Rodovia Elyeser Montenegro Magalhães (SP-463) na noite de sábado (24) em Jales (SP). 📲 Participe do canal do g1 Rio Preto e Araçatuba no WhatsApp Segundo a Polícia Rodoviária, Roberta Segan, de 25 anos, e Camila Freitas, de 28, morreram no local. Com a batida, o carro em que elas estavam ficou completamente destruído e perdeu o capô. Veja a foto abaixo. Os corpos serão velados no Auditório Azizi, da PIB Jales, a partir das 13h neste domingo (25). O sepultamento será realizado no Cemitério Municipal Nossa Senhora da Paz. O caminhoneiro não ficou ferido e fez o teste de bafômetro que deu negativo. O caminhão tombou no acostamento e a carga de transformadores ficou espalhada, mas a pista não precisou ser interditada. As causas do acidente são desconhecidas. Carro em que mulheres estavam ficou completamente destruído após acidente em Jales (SP) Arquivo pessoal Confira os destaques do g1 g1 em 1 minuto: jovem é encontrado morto em Salto Veja mais notícias da região em g1 Rio Preto e Araçatuba. VÍDEOS: confira as reportagens da TV TEM Fonte: G1

linnpy Os empresários dos EUA que pedem a Trump que flexibilize política migratória
A repressão do governo Trump à imigração já está tendo um impacto na economia. Muitas empresas do país agora estão tendo mais dificuldade para encontrar trabalhadores. Manolo Betancur é um dos empresários americanos em apuros devido à política de imigração de Donald Trump. Arquivo pessoal O endurecimento das políticas de imigração do presidente Donald Trump nos Estados Unidos não está apenas colocando muitos estrangeiros no país sob pressão. Muitas empresas dos EUA estão tendo mais dificuldade para encontrr trabalhadores, o que prejudica seus negócios. E elas estão tentando convencer o presidente a corrigir a situação. Trump prometeu na campanha realizar a "maior operação de deportação da história dos EUA" e o medo de ser preso fez com que muitos tivessem receio de sair de casa para trabalhar. Mas em meio a manchetes sobre estrangeiros sendo deportados para prisões em El Salvador e alegações de que o governo está deportando ou negando acesso ao país a pessoas com documentos adequados, a incerteza está se espalhando entre as empresas sobre o que o governo Trump pretende fazer com os programas que canalizam a imigração legal, da qual muitos dependem. Leia mais: A fábrica secreta dos EUA que expõe contradição em planos de Trump Harvard: Justiça dos EUA derruba proibição de governo Trump a alunos estrangeiros na universidade Trump ameaça Apple com taxa de 25% caso iPhones não sejam fabricados nos EUA O presidente afirmou que quer permitir a imigração legal para os EUA, mas seu governo parece muito mais focado em prisões e deportações do que em abrir e ordenar canais de imigração legal ou regularizar os mais de 8 milhões de imigrantes sem documentos que, segundo estimativas, estão trabalhando no país. O problema é real e urgente para muitas empresas. "Temos cerca de 1,7 milhão de empregos não preenchidos e os empregadores estão preocupados com a escassez de mão de obra, o que aumenta a inflação para as famílias americanas", disse à BBC Mundo Rebecca Shi, da American Business Immigration Coalition (ABIC), uma associação que defende a reforma das leis de imigração dos EUA. A associação de Shi está fazendo lobby para o que ela chama de "uma política de migração sensata". Seus membros se reuniram em Washington em março passado com o objetivo de fazer com que sua voz fosse ouvida pelos membros do Congresso. O presidente da ABIC, Bob Worsley, é proprietário de uma empresa de construção no Arizona que frequentemente sofre com a falta de trabalhadores e, em 2012, conquistou uma cadeira na legislatura estadual pelo Partido Republicano do presidente Trump. Worsley e outros empresários que trabalham com ele acreditam que, mais do que deportações, os Estados Unidos e suas empresas precisam de uma política de imigração que garanta caminhos ordenados para a imigração legal. "É como uma represa onde a água vai encontrar seu caminho pela força pura. Você pode proteger a fronteira, mas se não resolver a questão da imigração para que as pessoas possam vir legalmente, vai acontecer de novo", disse ele ao The New York Times. Muitas empresas estão tendo problemas para preencher vagas nos Estados Unidos. Getty Images Mas a reforma abrangente da imigração é uma questão que vem sendo adiada há anos pela incapacidade dos democratas e republicanos de chegarem a um acordo, e não há nenhuma indicação de que essa seja uma das prioridades de Trump. Para algumas empresas, a política de imigração do presidente se tornou um problema quase diário. "As batidas de imigração são frequentes em minha área e sei que, quando houver uma, meus funcionários não aparecerão porque ficarão em casa protegendo suas famílias", disse à BBC Mundo Manolo Betancur, cidadão colombiano naturalizado americano que comprou uma pequena padaria latina na cidade de Charlotte, Carolina do Norte, anos atrás e agora tem quatro estabelecimentos e 70 funcionários, todos imigrantes. A primeira de suas empresas está localizada na área da Central Avenue de Charlotte, uma das áreas mais centrais e diversificadas da cidade, e um alvo regular da ICE, a agência federal responsável pela aplicação das leis de imigração. Manolo tenta persuadir as autoridades locais a se manifestarem contra as políticas do governo federal. "Nossos políticos acham que estão apenas prendendo criminosos e isso é uma grande mentira", diz ele, apontando para o clima que foi criado desde que Trump recuperou a presidência. "Nossos próprios líderes têm medo de ir contra o governo", ele reclama. O caso da Manolo's Bakery não é excepcional. "Os empregadores nos dizem que seus funcionários estrangeiros estão preocupados porque muitos estão trabalhando com permissões de trabalho de programas legais que estão prestes a expirar e a incerteza de não saber o que vai acontecer com eles está causando muito estresse", diz Shi. "Em colaboração com seus colegas americanos, eles fornecem um trabalho especializado que não é fácil de cobrir". Embora, a julgar pelas estatísticas disponíveis, o ritmo das deportações tenha sido até agora apenas um pouco maior do que nos últimos meses do governo de Joe Biden, o governo Trump ordenou o fim de alguns dos programas de proteção temporária que permitiram que os imigrantes que chegaram nos últimos anos trabalhassem legalmente. Indispensável em setores críticos A agricultura é um dos setores que mais precisa de trabalhadores migrantes. Getty Images Setores críticos, como agricultura e saúde, perderam trabalhadores por medo de serem impedidos de trabalhar. De acordo com dados da ABIC, cerca de 40% dos funcionários do setor de saúde nos EUA são estrangeiros, um número que sobe para 73% no caso de trabalhadores agrícolas. A hotelaria é outro setor que emprega um grande número de estrangeiros e uma pesquisa com empresas hoteleiras em 2024 constatou que 67% não conseguiam encontrar os trabalhadores de que precisavam. "Sabemos que os problemas se tornarão mais graves à medida que se aproxima a época da colheita e o pico da temporada de turismo", diz Shi. Donald Trump alega que suas políticas reavivarão a economia dos EUA, mas muitas empresas só viram danos até agora. Getty Images Mais trabalho infantil A escassez levou vários estados a aprovar medidas que flexibilizam as restrições ao trabalho infantil. Ohio reduziu a idade em que os funcionários podem servir bebidas alcoólicas, de modo que os menores podem preencher a lacuna em bares e restaurantes; Iowa permite que os menores realizem trabalhos que antes eram considerados perigosos ou inadequados para eles, como demolição ou fabricação de tijolos; enquanto a legislatura da Flórida está debatendo um projeto de lei que reduz os limites de trabalho de crianças em idade escolar e, se aprovado, permitirá que elas trabalhem a partir dos 14 anos. Para Shi, as consequências são graves para a economia, mas não se limitam a isso. "Os EUA se tornaram um importador líquido de alimentos. Se não produzirmos alimentos suficientes, isso será um problema de segurança nacional", diz ele. O setor de hotelaria e bufê é outro setor que emprega muitos migrantes e é afetado pela escassez de mão de obra. Getty Images Incerteza sobre o plano do governo Alguns dos estados mais afetados são aqueles mais envolvidos com a agricultura, como a Califórnia ou a Flórida, que todos os anos recorrem a milhares de estrangeiros com vistos de trabalhadores temporários, o H-2A e o H-2b, cujo futuro não foi garantido pelo governo. O governo Trump não confirmou se os empregadores ainda poderão usar esses programas para preencher vagas rejeitadas pelos locais, mas o Projeto 2025, uma proposta de plano governamental elaborada por um grupo conservador, defende a restrição desses programas para reduzir a imigração. A BBC Mundo não recebeu resposta a um pedido de informações sobre o assunto enviado à Casa Branca. Trump se desvinculou do Projeto 2025 durante a campanha, mas os críticos apontam que, como presidente, ele o está seguindo. Além de sua promessa de deportações, seu polêmico acordo com o governo de El Salvador para enviar estrangeiros expulsos dos EUA para lá e o fim dos programas de proteção temporária, a política de imigração de Trump ainda é uma incógnita. O presidente e os membros de seu governo insistem que os EUA estão sofrendo uma "invasão" de "estrangeiros criminosos", mas as estatísticas mostram que as entradas irregulares nos EUA estavam caindo significativamente nos últimos meses da presidência de Biden e foram reduzidas ao mínimo com o retorno de Trump à Casa Branca. "Agora que a fronteira foi protegida, o que deve ser feito é garantir que haja mão de obra suficiente", defende Shi. Estudos também questionam a criminalização da população estrangeira. Um estudo atualizado recentemente pela American Sociological Association concluiu que as cidades com maiores populações de imigrantes tendem a ter taxas de criminalidade mais baixas. Um de seus autores, Ramiro Martinez, da Northeastern University, disse que "comunidades, cidades e condados com mais imigrantes têm menos homicídios e violência". Outro estudo realizado por Anthony Peguero, com foco nas escolas dos EUA em áreas violentas, mostrou que os imigrantes sem documentos cometem menos crimes do que os nativos. Com esses dados, Shi acredita que "é hora de reconhecer a contribuição vital dos estrangeiros para a economia e abrir caminhos para que eles permaneçam legalmente no país". Manolo Betancur, um estrangeiro que conseguiu prosperar e obter a cidadania, acredita que sua história mostra o valor dos migrantes para um país que já é o seu. Ele veio da Colômbia fugindo do conflito que devastou seu país e iniciou uma empresa familiar que cresceu e agora emprega dezenas de pessoas. "É assustador dizer certas coisas hoje em dia, mas os Estados Unidos entrariam em colapso sem os imigrantes. "Mais do que deportações, o que este país e suas empresas precisam é de uma reforma imigratória", conclui. Justiça americana suspende ordem de Trump de proibir alunos estrangeiros em Harvard Fonte: G1


vanessa_santana Oscar deixa jogo do São Paulo com dores na coxa e passará por avaliação
Veja mais acessando o Link Fonte original: https://ge.globo.com/futebol/times/sao-paulo/noticia/2025/05/24/oscar-deixa-jogo-do-sao-paulo-com-dores-na-coxa-e-passara-por-avaliacao.ghtml

linnpy VÍDEOS: Inter TV Rural desse domingo, 25 de maio de 2025
Inter TV Rural desse domingo, 25 de maio de 2025 Inter TV Rural desse domingo, 25 de maio de 2025 Fonte: G1


webradio016 Família não consegue embarcar pela 2ª vez com cão de serviço e criança autista sofre com a falta do animal
'Ontem ela estava na expectativa da chegada dele e teve outra crise', lamentou o pai da menina de 12 anos com espectro autista. Companhia aérea TAP se recusou a cumprir a decisão judicial que determinava o embarque do animal. Tedy, o cão de serviço, no setor de embarque do Aeroporto do Galeão, no Rio Álbum de família O cão de serviço Tedy foi impedido de embarcar pela segunda vez em um voo da empresa TAP com destino a Portugal neste sábado (24). Após ficar esperando no aeroporto Galeão por mais de 12 horas, Hayanne Porto teve voltar para casa para tentar uma nova decisão judicial. Em Portugal, a família enfrenta problemas com uma criança autista de 12 anos, que está em Lisboa há 1 mês e meio e aguardava pela chegada de Tedy. Segundo o médico Renato Sá, pai da menina, ela é autista não-verbal e tem crises de agressividade e ansiedade. A função do cachorro é justamente amenizar as crises da criança. “Ontem ela estava na expectativa da chegada dele e teve outra crise”, lamentou Renato. A viagem da família para Portugal não foi de turismo, mas em razão de trabalho. "Recebi um convite da universidade de Lisboa e vim para trabalhar aqui. Não posso sair daqui nesse momento", afirmou o pai da criança. A companhia aérea TAP se recusou a cumprir a decisão judicial que determinava o embarque do animal. Um gerente da empresa chegou a ser autuado pela Polícia Federal por desobediência. A TAP informou à família que não transportaria o cão na cabine e sugeriu que o animal fosse no bagageiro, mas a passageira não concordou. O primeiro voo estava marcado para decolar às 15h40 e foi cancelado. Um segundo voo deveria ter deixado o Galeão às 20h25, mas atrasou e só decolou na madrugada deste domingo (25). Hayanne disse que a companhia conseguiu uma liminar para que o segundo voo decolasse. Como o cão não foi autorizado, ela não embarcou nesse voo. "Voltamos para casa. Na segunda feira entraremos com mais um pedido", explicou. O g1 entrou em contato com a TAP, que informou que a prioridade da empresa é com a segurança dos passageiros e a pessoa que embarcaria no voo não é a que necessita de acompanhamento do animal. “A pessoa que necessita de acompanhamento do referido animal não realizaria a viagem neste voo de hoje. Sendo o animal acompanhado por passageira que não necessita do referido serviço. A TAP lamenta a situação, que lhe é totalmente alheia, mas reforçamos que jamais poremos em risco a segurança dos nossos passageiros, nem mesmo por ordem judicial”, alegou a companhia aérea. Tedy é cão de serviço de uma criança autista e foi proibido pela empresa aérea TAP a embarcar em voo com destino a Portugal Arquivo pessoal Criança se comunica por aplicativo De acordo com a família, a menina de 12 anos não se comunica verbalmente, o que dificulta o real entendimento do que está acontecendo, provocando ainda mais ansiedade na menina. "Temos dificuldade de extrair dela o que está acontecendo. Ela se comunica através de um aplicativo. A gente vai explicando que foi um imprevisto, mas não dá para explicar essa situação de liminar e o real motivo do cachorro não ter embarcado", diz o pai. A validade do Certificado Veterinário Internacional (CVI), que também autoriza a viagem do animal, expirou neste domingo (25). Hostilidade de outros passageiros O pai, que está com uma filha sofrendo com a falta do animal e a outra tentando embarcar em um voo com o animal para ficar com a família, também ficou apreensivo porque a decisão da empresa de cancelar um voo e atrasar outro provocou tensão e hostilidade em outros passageiros no aeroporto. "A gente já começa a ficar com medo porque não sei o nível de hostilidade. Fiquei com medo dela ser hostilizada", disse Renato. Segundo Hayanne, outros passageiros estavam irritados com a demora. "Preferimos nos retirar porque os demais passageiros lesados com a situação estavam nos assediando com fotos e comentários ofensivos", disse a jovem. Voo das 15h40 deste sábado (24), da companhia TAP, cancelado pela empresa Álbum de família Decisão judicial O imbróglio da família e de Tedy começou em 8 de abril. Na ocasião, os pais, a criança e o animal chegaram ao aeroporto para embarcar para Portugal. O pai, médico, foi trabalhar em Lisboa. Nesta ocasião, a TAP recusou o embarque do cão. Em 16 de maio, o juiz Alberto Republicano de Macedo Júnior, da 5ª Vara Cível de Niterói, no Rio de Janeiro, concedeu um mandado de intimação determinando que Tedy embarque para Portugal em voo junto com Hayanne, irmã da criança com espectro autista. Tedy deveria viajar junto de Hayanne dentro da cabine, mas a empresa chegou a propor à tarde que o cão viajasse no compartimento de cargas. Desde então, um oficial de Justiça, representantes da companhia aérea e da PF tentam encontrar uma solução para o caso. STJ autoriza que companhia aérea recuse transporte de animais de suporte emocional Cão treinado Essa não seria a primeira viagem de Tedy para o exterior. O cão já acompanhou a criança com espectro autista em uma viagem a Orlando, nos Estados Unidos. Para isso, Tedy foi treinado a ficar horas sem comer, por exemplo. "Eles só precisam cumprir a liminar", afirmou a advogada Fernanda Lontra. Fonte: G1