

webradio016 Isabelle Nogueira lota Arena da Amazônia com shows e ação solidária no Festival da Cunhã
Com shows, convidados famosos e ingresso solidário, evento idealizado por Isabelle Nogueira uniu cultura amazônica e ação social na Arena da Amazônia. Isabelle Nogueira na abertura do Festival da Cunhã Alcides Netto / Divulgação Idealizado pela ex-BBB e cunhã-poranga do Boi Garantido, Isabelle Nogueira, o Festival da Cunhã transformou a Arena da Amazônia, em Manaus, em um vibrante palco de cultura, música e solidariedade na noite deste sábado (24). A primeira edição do evento reuniu milhares de pessoas e nomes conhecidos do entretenimento nacional, com destaque para o show de Maiara & Maraisa, que levantou o público com sucessos do sertanejo. Manauara e conhecida por exaltar suas raízes culturais, Isabelle criou o festival com o objetivo de unir arte e impacto social. Por meio do ingresso solidário, o público doou alimentos que serão destinados a comunidades ribeirinhas afetadas pela cheia dos rios. "Esse festival é um sonho realizado. Eu queria que a nossa cultura fosse vivida de verdade, que tivesse espaço, visibilidade e que também ajudasse quem mais precisa. Ver tudo isso acontecendo é emocionante", disse Isabelle durante o evento. O evento também atraiu influenciadores e artistas de todo o Brasil, que, entre os dias 22 e 23 de maio, participaram de uma imersão na cultura amazônica e celebraram a diversidade cultural do Amazonas durante o festival. Festival da Cunhã lota Arena da Amazônia Alcides Netto / Divulgação Maiara & Maraisa se apresentam no Festival da Cunhã Alcides Netto / Divulgação Isabelle Nogueira reuniu artistas locais no Festival da Cunhã Alcides Netto / Divulgação Isabelle Nogueira apresentou o Festival da Cunhã Alcides Netto / Divulgação Fonte: G1


webradio016 Ah o Facebook, onde postar foto de bikini poder ser removida, mas antissemitismo é tranquilo
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regina_borges92 Saiba quem era Carlos Aguiar, comunicador de Mococa que capotou carro e morreu em MG
Ele chegou a ser socorrido na MG-449, em Arceburgo, mas não resistiu aos ferimentos. Causas do acidente ainda não foram esclarecidas. Carlos Aparecido de Aguiar era conhecido pela religiosidade Arquivo Pessoal O comunicador e membro da pastoral de uma pároquia de Mococa (SP) Carlos Aparecido de Aguiar era considerado uma figura querida e conhecida na cidade. A morte dele em um acidente na MG-449, que liga a cidade paulista a Arceburgo (MG), na manhã de sábado (24), pegou amigos e familiares de surpresa e causou comoção. 📲 Participe do canal do g1 São Carlos e Araraquara no WhatsApp As causas do acidente ainda não foram esclarecidas pelas autoridades, mas o veículo que ele dirigia foi encontrado capotado em uma área de difícil acesso. LEIA TAMBÉM: Comunicador de Mococa morre em acidente na MG-449 Na manhã anterior à fatalidade, Aguiar, um homem muito sorridente e religioso, chegou a fazer uma postagem aos seguidores desejando boa noite com a seguinte frase: "Que você descanse no colo materno de Nossa Senhora Aparecida". Uma amiga, então, escreveu nas redes sociais: "Seu último stories ontem à noite e hoje quem descansou nos braços da Senhora Aparecida foi você, meu amigo. Grande homem, grande comunicador! Nos falamos domingo passado na Santa Missa, vai deixar saudades." A esposa dele também fez uma homenagem nas redes sociais. "Amor, você se foi numa tragédia, estou sem acreditar até agora, não caiu a ficha. Obrigada pelos ensinamentos, conselhos, por tudo. Mesmo com a vida difícil, agora sei que você está em um bom lugar. Sentiremos sua falta. Amo você", escreveu Cida Zanetti. O g1 apurou que ele costumava ter jornadas como motorista de aplicativo, mas ainda foi confirmado se estava a trabalho quando o acidente aconteceu. Aguiar era conhecido pela capacidade de comunicação, inclusive fazia leituras na Paróquia Santa Luzia, em Mococa. "Carlos nos deixa para morar junto ao Pai na eternidade. Que Deus conforte a família do nosso irmão e que sua alma descanse em paz", publicou a paróquia, em um perfil na internet. A idade de Aguiar ainda não foi confirmada à reportagem, mas, em sua página no Facebook, há a informação de que ele faria aniversário na próxima quinta-feira (29). O acidente Carlos Aparecido de Aguiar sofreu acidente neste sábado e morreu (24) Gabriel Delena /Jornal Meio Dia e Arquivo Pessoal Depois de encontrarem o veículo capotado na MG, o Corpo de Bombeiros de Mococa fez o resgate. Aguiar chegou a ser socorrido para uma unidade de pronto-atendimento da cidade, mas não resistiu aos ferimentos. O corpo da vítima está no Instituto Médico Legal (IML) de São João da Boa Vista e ainda não foram definidos os detalhes do velório e enterro. Aguiar era casado e tinha um filho. MAIS NOTÍCIAS DA REGIÃO: ACIDENTE: Saiba quem era Juninho Popó, músico e servidor que morreu após capotamento de caminhão-pipa INVESTIGAÇÃO: Vereador de Rio Claro Dalberto Christofoletti é preso suspeito de liderar esquema de desvio de R$ 814,9 mil CRIME: Mulher é resgatada após ser mantida em cárcere pelo marido por 3 meses em Rio Claro VEJA TAMBÉM: Charreteiro sofre traumatismo craniano após acidente com ônibus em Mococa REVEJA VÍDEOS DA EPTV: Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara Fonte: G1


linnpy A polêmica proposta na Escócia de tornar crime pagar por sexo com prostitutas: 'Meu corpo vai virar cena do crime'
Projeto de lei apresentado no parlamento escocês prevê tornar ilegal pagamento por serviços sexuais. Defensores da medida afirmam que 'comprar acesso sexual de um ser humano é uma forma de violência masculina', enquanto críticos alertam que ela pode aumentar insegurança das mulheres. Se projeto de lei for aprovado, pagar por serviços sexuais passará a ser crime na Escócia BBC Quando tinha 17 anos de idade, Alice (nome fictício) foi demitida de seu emprego em uma central de atendimento telefônico. Em casa, o ambiente era difícil. Ela não tinha um currículo e suas opções de emprego eram poucas. Uma amiga havia se envolvido em trabalho sexual e ganhava "muito dinheiro". Por isso, Alice decidiu trilhar um caminho parecido. Agora na casa dos 30 anos, ela ainda está trabalhando com isso, apesar de dividir essa rotina com outras oportunidades de emprego. Mas Alice acredita que uma possível mudança na legislação da Escócia pode deixá-la "terrivelmente" insegura. A parlamentar escocesa Ash Regan está apresentando um projeto de lei para criminalizar o pagamento por serviços sexuais. A proposta segue o chamado "modelo nórdico". Regan é ex-candidata à liderança do Partido Nacional Escocês. Ela defende que confrontar a demanda dos homens pela prostituição ajudará a proteger as mulheres. Para a parlamentar, "comprar acesso sexual de um ser humano é uma forma de violência masculina". Por isso, ela está determinada a fazer com que a lei seja alterada. Atualmente, o pagamento por sexo não é ilegal na Escócia. Mas algumas atividades correlacionadas são, como administrar bordéis, circular em locais públicos para comprar ou vender sexo ou convencer alguém a praticar a prostituição. Também no Brasil, não é ilegal se prostituir de forma autônoma ou pagar por sexo, quando este envolve maiores de idade. Inclusive, a prostituição é reconhecida pelo Ministério do Trabalho como uma ocupação profisisonal. Entretanto, é crime explorar o trabalho sexual de terceiros (cafetinagem) ou promover essa atividade de forma organizada — em bordéis, por exemplo. Regan deseja que as mulheres que se prostituem na Escócia recebam "alternativas de saída" e o direito legal à assistência. Além disso, ela propõe a revogação de eventuais condenações anteriores por atos relacionados à prostituição. Mas suas propostas dividem as pessoas que desejam garantir a segurança das profissionais do sexo. Alice explica que a internet mudou o cenário do que ela chama de "profissionais do sexo em serviço integral" (que trocam sexo por dinheiro). Ela conta que, agora, as pessoas que vendem sexo têm mais oportunidades de "selecionar" possíveis clientes. Elas podem pedir para ver fotos da cédula de identidade de um cliente antes de se encontrar com ele, links para suas redes sociais ou até solicitar referências de outras profissionais do sexo. Este processo não é 100% seguro, mas pode ajudar a verificar se as pessoas realmente são quem elas afirmam ser. O receio dos opositores do projeto é que sua aprovação aumente a insegurança entre as profissionais do sexo na Escócia Getty Images via BBC Alice está preocupada com a possível mudança das leis escocesas, especialmente por questões ligadas a segurança. Ela defende que "existe uma diferença entre bons e maus clientes". E teme que, se a compra de sexo passar a ser crime, os "bons clientes" irão desaparecer. "Você irá ficar apenas com as pessoas que não se preocupam com você, já que não se preocupam em desrespeitar a lei", afirma. "Imagino que uma pessoa que infringe a lei provavelmente é perigosa." Ela receia que a mudança na legislação possa dificultar a seleção dos clientes. Afinal, alguém que está disposto a comprar sexo ilegalmente provavelmente não irá fornecer seus detalhes pessoais. Alice desabafa que todos estes fatores combinados farão com que, se a proposta de Ash Regan for aprovada, ela se sinta "terrivelmente" menos segura. "Meu corpo se tornaria uma cena de crime, certo? Por que eu iria para a polícia? Não procuro a polícia nem mesmo agora", explica ela. Alice acredita que aumentar a descriminalização é o que de fato faria com que ela se sentisse mais segura. Esta medida propiciaria maior proteção e permitiria um melhor relacionamento entre ela e a polícia. Mas a proposta de Regan é oferecer uma saída do trabalho sexual para pessoas como Alice. Será que esta perspectiva a atrai? Alice é cética a este respeito. Para ela, a proposta parece trocar o trabalho sexual por um emprego com salário mínimo. Esta mudança, segundo ela, "realmente não altera os motivos por que as pessoas acabam preferindo trabalhos sexuais." Ash Regan não está disposta a tolerar o status quo. Ela defende que este é fundamentalmente "um sistema de exploração e violência" que afeta as mulheres mais vulneráveis da sociedade. A parlamentar define seu projeto de lei como "abandono da prática fracassada de descriminalizar o comércio sexual, sem abordar a causa e as consequências da transformação dos seres humanos em mercadorias: a demanda". A forma mais eficaz de resolver a questão, segundo ela, é criminalizar as pessoas que pagam por sexo. "Precisamos deslocar a balança da criminalidade em direção àqueles que perpetuam este sistema de desigualdade e violência, que são os compradores. E os compradores são, quase sempre, homens", declarou Regan ao programa de rádio Good Morning Scotland, da BBC. "Os dados demonstram que, se você implementar e executar esta lei, ela irá reduzir o mercado da prostituição, o que fará com que menos mulheres sejam prejudicadas." Debate polêmico Para a parlamentar escocesa Ash Regan, comprar sexo é uma forma de violência masculina PA Media via BBC Regan afirma que os dados de outros países europeus são "muito claros". Na Suécia, o modelo nórdico foi implementado 25 anos atrás. Nenhuma mulher que trabalha na prostituição foi morta no país, segundo ela. A parlamentar comparou o caso sueco com a Alemanha, onde a descriminalização foi adotada em 2022. Regan afirma que esta medida levou à morte de 99 profissionais do sexo e à tentativa de assassinato de outras 60. Ela prometeu "confrontar diretamente a injustiça da exploração sexual comercial". Para isso, ela afirma que conta com o apoio de diversos grupos de mulheres. Mas, entre profissionais do sexo que manifestam preocupação com a sua própria segurança, existe também uma campanha criada especificamente para combater suas propostas. O debate sobre as leis relativas à venda de sexo é polêmico. Algumas pessoas refutam a expressão "profissional do sexo", incluindo Regan. E todos os envolvidos neste mundo terão sua própria história e circunstâncias pessoais. É raro encontrar alguém disposto a conceder entrevista e falar com tanta franqueza, como fez Alice. Mas ela não fala em nome de todos os profissionais do sexo da Escócia, e Regan conta com o apoio de outros indivíduos que se envolveram com trabalho sexual no passado. Todas estas questões destacam como este debate pode se tornar sensível entre diferentes grupos que acreditam fortemente que sua postura é a correta. No Reino Unido Se o projeto de lei for aprovado, a Escócia não será o primeiro lugar do Reino Unido a criminalizar a compra de sexo. Pagar por sexo é crime na Irlanda do Norte desde 2015. Mas uma análise independente da Universidade Queen's de Belfast, realizada em 2019, concluiu que a lei não parece ter tido o efeito desejado. Apesar do endurecimento da legislação, profissionais do sexo relataram aumento da demanda pelos seus serviços. A pesquisa também encontrou aumento da quantidade de anúncios online. Os pesquisadores destacaram que as profissionais do sexo se sentiam "ainda mais marginalizadas e estigmatizadas". O relatório concluiu que as mudanças na legislação da Irlanda do Norte trouxeram "efeitos mínimos para a demanda por serviços sexuais". Existem pessoas, como Ash Regan, que acreditam que a reforma pode eliminar a demanda, aumentar a segurança das mulheres e fornecer oportunidades de emprego alternativas. Mas este é um debate que, em última análise, pode não ter andamento no futuro próximo. Afinal, os projetos que não completarem sua tramitação até as próximas eleições escocesas, previstas para 2026, serão deixados de lado. A oposição a este projeto de lei permanece. Os parlamentares, agora, precisarão analisar qual será sua posição sobre o tema, caso ainda não tenham uma opinião definida. Mas o tempo poderá ser seu maior obstáculo. Quanto mais mulheres sobem na vida, casar 'para baixo' vira única saída? Por que governo socialista da Espanha quer criminalizar prostituição Bélgica é o primeiro país a garantir direitos trabalhistas para prostitutas Fonte: G1

r011 Carreta faz zigue-zague na BR-364 e assusta motoristas em RO
Manobrando foi feita próximo ao "Pare e Siga", trecho interditado parcialmente em Candeias do Jamari (RO). Carreta faz zigue-zague e atrapalha fluxo em Candeias do Jamari Uma carreta foi flagrada fazendo zigue-zague na noite da última sexta-feira (23), na BR-364, próximo ao "Pare e Siga" de Candeias do Jamari (RO), trecho interditado parcialmente por obras. Motoristas que trafegavam pela pista ficaram assustados com o comportamento. (veja vídeo acima). Ao g1, a mulher que gravou o vídeo contou que ela e sua família saíam de Porto Velho em direção a Candeias. Em determinado momento, a carreta à frente começou a fazer manobras que impediam a passagem. Carreta faz zigue-zague e bloqueia BR-364 em Candeias do Jamari Reprodução/redes sociais “Está um perigo! [...] Se esse rapaz tombasse esse caminhão seria pior o tráfego ou até uma tragédia maior!”, relatou a mulher O g1 entrou em contato com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para saber se houve alguma denúncia ou se o caso está sendo investigado. A polícis informou que não teve conhecimento do incidente. LEIA TAMBÉM: Jornal é transmitido de ponte interditada há quatro meses em RO Policial atira no próprio pai pra salvar mãe de feminicídio em RO Fonte: G1


linnpy Mulher tenta entrar em penitenciária com maconha no ânus e é presa no interior de SP
Policiais penais identificaram imagem suspeita no scanner corporal. Jovem de 24 anos faria visita na unidade de Casa Branca. Mulher usou embalagem para colocar droga em parte íntima em Casa Branca (SP) Divulgação / Polícia Civil Uma jovem de 24 anos foi presa ao esconder 81 gramas de maconha no ânus e tentar entrar para uma visita na Penitenciária de Casa Branca (SP). A situação aconteceu na manhã deste domingo (25). Os policiais penais desconfiaram assim que ela passou pelo aparelho de scanner corporal. Depois de a equipe suspeitar das imagens, a própria mulher confessou que estava com drogas no corpo. De acordo com as informações da ocorrência, ela recebeu atendimento médico e expeliu o entorpecente, que estava embalado. A ocorrência foi apresentada no plantão policial da cidade e o delegado Thiago Freitas Rubim a autuou por tráfico de drogas. A maconha foi apreendida e a jovem encaminhada à Cadeia Pública de São João da Boa Vista (SP). MAIS NOTÍCIAS DA REGIÃO: CRIME: Homem é preso por estupro de jovem de 23 anos com deficiência intelectual em Santa Lúcia ACIDENTE: Comunicador de Mococa capota veículo e morre no Sul de Minas OUTRO ACIDENTE: Saiba quem era Juninho Popó, músico e servidor que morreu após capotamento de caminhão-pipa VEJA TAMBÉM: Homem é preso com drogas no CDHU em São Carlos REVEJA VÍDEOS DA EPTV: Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara Fonte: G1


webradio016 Malária: doença que acometeu Sebastião Salgado ainda mata meio milhão de pessoas por ano no mundo
O Brasil, porém, registra número menor que a média global, com cerca de 40 mortes por ano. Isso ocorre porque aqui predomina um protozoário menos letal do que em outras partes do mundo Sebastião Salgado: conheça a história do mestre da fotografia que retratou dramas do mundo Sebastião Salgado, falecido nesta sexta-feira (23), aos 81 anos, foi um dos maiores fotógrafos do nosso tempo. Com suas lentes carregadas de sensibilidade, capturou por mais de 40 anos retratos emblemáticos e inesquecíveis da degradação da condição humana e dos ataques sistemáticos ao meio ambiente, sem nunca abrir mão de uma estética visual rigorosa e original. Mesmo sem a confirmação da causa exata de sua morte até a madrugada deste sábado, a notícia de que Salgado conviveu com complicações da malária e tomou medicamentos para tratá-la por cerca de 15 anos aumentou temporariamente o interesse no Brasil, na França e no mundo por essa febre infecciosa, considerada ainda hoje um grave problema de saúde pública no mundo. O maior fotógrafo brasileiro de todos os tempos teria contraído a doença em 1990, durante uma das viagens que fez a regiões isoladas do mundo para a elaboração de um de seus livros mais famosos, Gênesis. Uma doença com números globais De acordo com a Organização Mundial da Saúde, em 2023 foram registrados em 263 milhões de casos de malária em 83 países endêmicos, ante 252 milhões no ano anterior. Nesse mesmo período, as mortes pela doença recuaram de cerca de 600 mil para 597 mil. A maioria dos casos e mortes ocorrem na África Subsaariana. No entanto, as regiões no Sudeste Asiático, Mediterrâneo Oriental, Pacífico Ocidental e nas Américas delimitadas pela Organização Mundial da Saúde também estão em risco. LEIA MAIS Sebastião Salgado: veja fotos que marcaram a carreira do fotógrafo Serra Pelada: a história da fotografia mais famosa de Sebastião Salgado Fãs se despedem de Sebastião Salgado em última exposição do artista em vida no país: 'Parecia alguém próximo a mim' A malária é uma doença infecciosa febril, aguda e potencialmente grave. Ela é causada por protozoários parasitas que são transmitidos pela picada de mosquitos Anopheles (também chamado de “mosquito prego”) infectados por uma ou mais espécies de protozoários do gênero Plasmodium. Existem cinco espécies de parasitas do gênero Plasmodium que causam malária em humanos, e duas delas — P. falciparum e P. vivax — constituem a maior ameaça. São responsáveis, respectivamente, pelas formas mais graves e mais prevalentes da doença. No Brasil, a partir de 2019, o número de casos começou a cair e assim foi até 2023, quando foram registrados 140.265 casos no país, o que correspondeu a um aumento de 8,8% em comparação ao ano anterior (153.28 casos autóctones). O país registrou, em 2023, 63 mortes por malária, cerca de 10% a menos do que no ano anterior. A maioria dos casos ocorre em áreas remotas, especialmente em regiões da Amazônia. Do total de casos registrados no país em 2023, mais de 80% foram de malária por P. vivax e outras espécies. A P. falciparum responde por poucos episódios no país. A rede de diagnóstico rápido do Sistema Único de Saúde (SUS) oferece detecção em até 48 horas após o aparecimento dos primeiros sintomas e o tratamento. Há também vigilância farmacológica do Ministério da Saúde dos casos em que o parasito se torna resistente aos medicamentos administrados. Alguns grupos populacionais correm um risco consideravelmente maior de contrair malária e desenvolver doenças com maior gravidade do que outros: bebês, crianças com menos de 5 anos de idade, mulheres grávidas e doentes com HIV/AIDS, bem como migrantes não imunes, populações em trânsito e viajantes. Os programas nacionais de controle da malária precisam tomar medidas especiais para proteger esses grupos populacionais, levando em consideração suas circunstâncias específicas. Como a doença se instala no organismo Após a picada do Anopheles, inicia-se um período de incubação de cerca de uma semana antes do aparecimento dos primeiros sintomas. Em geral, o quadro inicial apresenta febre alta intermitente acompanhada de calafrios intensos, sudorese, cefaleia e dores musculares. Em alguns casos, pode haver taquicardia, aumento do baço(esplenomegalia) e episódios de delírio. Mas como o protozoário infecta e se reproduz no organismo? A picada da fêmea infectada do mosquito Anopheles injeta, na corrente sanguínea do ser humano, uma forma do parasita chamada esporozoíto (estágio do Plasmodium capaz de alcançar e invadir células do fígado). Sebastião Salgado em imagem de 2017 REUTERS/Jorge Silva/Arquivo Esses esporozoítos migram até células do fígado responsáveis pelo metabolismo de nutrientes, síntese de proteínas e desintoxicação (os hepatócitos) e ali realizam um processo assexuado de reprodução em se dividem repetidamente para gerar centenas de merozoítos (estágio do Plasmodium que corresponde a uma pequena célula com núcleo único com capacidade de invadir as células vermelhas do sangue, as hemácias). Quando o hepatócito se rompe, centenas de merozoítos são liberados na circulação e aderem aos glóbulos vermelhos por meio do reconhecimento molecular entre proteínas específicas do parasita e receptores na membrana da célula hospedeira (da pessoa infectada). Após essa ligação, o parasita forma uma rede de túbulos membranosos no glóbulo vermelho que funciona como um invólucro protetor para o seu desenvolvimento. Nessa fase, o parasito adota a forma de anel. Dentro desse invólucro, o parasita digere a hemoglobina (proteína dos glóbulos vermelhos responsável pelo transporte de oxigênio), usando-a como fonte de aminoácidos. Enquanto cresce, o parasito modifica a permeabilidade da membrana do glóbulo vermelho para captar nutrientes e eliminar resíduos, mantendo a célula íntegra. Essa membrana é uma estrutura fina que envolve o glóbulo vermelho, mantém sua forma bicôncava e flexibilidade — fundamentais para a passagem pelos capilares (vasos sanguíneos muito finos) — e regula o transporte de íons, gases e outras moléculas entre o interior da célula e o plasma sanguíneo (a parte líquida do sangue). Em cerca de 48 horas, cada ciclo produz de 8 a 32 novos merozoítos. Quando o glóbulo vermelho se rompe, a nova geração de parasitas é liberada na corrente sanguínea, reiniciando o ciclo. Assim a doença se instala. Quando a malária se torna crônica A malária pode evoluir para um quadro crônico principalmente devido à capacidade de algumas espécies, como P. vivax e P. ovale, de gerar hipnozoítos — formas latentes que permanecem no fígado e podem reativar meses após a infecção inicial. Além disso, o diagnóstico tardio, tratamentos incompletos e a resistência aos antimaláricos favorecem a persistência do parasita no organismo. Em áreas endêmicas, a exposição repetida e o desenvolvimento de imunidade parcial também levam a infecções assintomáticas de longa duração, reforçando o caráter crônico da doença. A principal causa de morte em malária crônica é a forma grave da doença, especialmente a que é causada pelo Plasmodium falciparum. Ela pode levar a complicações como encefalopatia (lesão cerebral com chance de evoluir para coma e morte), insuficiência renal ou hepática, choque por queda da pressão arterial e edema pulmonar, que dificulta a respiração. O diagnóstico e tratamento tardios, a falta de profissionais familiarizados com a malária em áreas não endêmicas e a ocorrência de coinfecções também contribuem para a mortalidade. Outros desfechos adversos incluem anemia grave, trombose e embolia, síndrome do desconforto respiratório do adulto e ruptura do baço, que leva a uma hemorragia interna grave e pode ser letal. Já a A “febre da água negra” (do inglês blackwater fever) é uma forma grave e rara de malária, quase sempre associada ao P. falciparum. É chamada assim porque na fase aguda, a urina fica muito escura por causa da eliminação maciça de hemoglobina pelos rins. Na prática, enquanto se mantiverem as desigualdades socioeconômicas e ambientais, a malária continuará sendo um desafio prioritário das nações mais pobres. Sobretudo uma doença de países de baixa renda, demanda recursos para que sejam feitos avanços em pesquisa translacional, aprimoramento das redes de vigilância epidemiológica e consolidação de protocolos de tratamento baseados em evidências, garantindo distribuição equitativa de terapias eficazes. Apenas com investimentos consistentes em ciência, políticas de saúde integradas e cooperação internacional será possível interromper os ciclos de infecção crônica e reduzir a mortalidade por essa doença centenária. Eduardo Massad não presta consultoria, trabalha, possui ações ou recebe financiamento de qualquer empresa ou organização que poderia se beneficiar com a publicação deste artigo e não revelou nenhum vínculo relevante além de seu cargo acadêmico. Fonte: G1