

linnpy Do papel à tela: digitalização revela a memória política de Juiz de Fora desde 1950
Foram digitalizados 45 livros de atas de reuniões ordinárias e extraordinárias que, entre decisões que abriram ruas, cassações políticas na ditadura e outras pautas, guardam os bastidores da 'Manchester Mineira'. Digitalização revela a memória política de Juiz de Fora desde 1950 Decisões que abriram ruas, cassações políticas na ditadura, pautas que moldaram a cidade: as atas da Câmara Municipal de Juiz de Fora guardam há décadas os bastidores da "Manchester Mineira" e registros fundamentais para a construção da cidade, que completou 175 anos no sábado (31). ▶️ Clique aqui e siga o perfil g1 Zona da Mata no Instagram Desde março, quando o Legislativo celebrou 172 anos de história, parte do acervo com documentos de 1950 a 2002 foi digitalizada e está disponível para consulta pública. Ao todo, foram digitalizados 45 livros de atas de reuniões ordinárias e extraordinárias, totalizando 21.843 páginas. O projeto foi idealizado pela Divisão de Arquivos da Câmara, em parceria com o Centro de Conservação da Memória da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). “Esses registros documentam momentos únicos e representam uma fonte riquíssima de pesquisa e conhecimento sobre nossa história”, destaca a superintendente de Preservação Institucional e Memória da Câmara, Nilma Ferreira de Sá. Atas da Câmara Municipal de Juiz de Fora foram digitalizadas e estão disponíveis no site da Câmara Câmara Municipal de Juiz de Fora/Divulgação Documentos que contam a história da cidade Atas da Câmara Municipal de Juiz de Fora foram digitalizadas e estão disponíveis no site da Câmara Câmara Municipal de Juiz de Fora/Divulgação Ao longo das décadas, esses documentos registraram decisões que definiram os rumos de Juiz de Fora, desde processos políticos até homenagens e debates emblemáticos. Entre os episódios mais marcantes, destacam-se: Em 15 de dezembro de 1950, foi lido um documento informando que o vereador Lindolfo Hill, respondia a um inquérito policial. Seu suplente foi então convocado. A sessão secreta de 7 de maio de 1964, que selou a cassação de quatro vereadores do PTB durante a ditadura militar: Peralva de Miranda Delgado, Nery de Mendonça, Francisco Afonso Pinheiro e Jair Reihn. Homenagens a nomes como Olympio Mourão Filho, general juiz-forano que deu o pontapé inicial no golpe de 64. O debate sobre a revogação do título de cidadão honorário de Leonel Brizola, às vésperas do golpe. Ata da sessão secreta de 7 de maio de 1964, que selou a cassação de quatro vereadores do PTB durante a ditadura militar Câmara Municipal de Juiz de Fora/Divulgação “É uma documentação democrática, bruta, sem filtros, que permite entender a temperatura política de cada época”, analisou o historiador e mestrando Bernardo Inácio Netto, que também participou do projeto. “Essas atas são uma janela aberta para a história institucional e social de Juiz de Fora", concluiu. Preservação e acessibilidade A digitalização foi feita com um scanner a laser de última geração, garantindo imagens em 1200 dpi (quatro vezes acima da exigência oficial). Essa alta resolução assegura a legibilidade e longevidade dos documentos. Segundo Isabela Ferreira, estudante de arquivologia que participou da iniciativa desde o início, a proposta surgiu da necessidade de preservar livros em deterioração avançada. “Higienizamos folha por folha antes de escanear. O trabalho foi árduo, mas saber que esses documentos estão acessíveis para qualquer cidadão me dá muito orgulho”, conta. Para ela, o impacto vai além da preservação física e mostra o crescimento da cidade em várias frentes: territorial, demográfica e social. Atas da Câmara Municipal de Juiz de Fora foram digitalizadas e estão disponíveis no site da Câmara Câmara Municipal de Juiz de Fora/Divulgação Memória democrática e transparência Além de preservar documentos raros e frágeis, o projeto também pretende reforçar a transparência pública. “O acesso sempre foi permitido, mas agora qualquer pessoa pode fazer isso de casa. É uma forma de democratizar o conhecimento e incentivar novas pesquisas”, completa Nilma. A digitalização começou em junho de 2024 e foi concluída em março de 2025. Os volumes de 1950 a julho de 1988 pertencem ao Arquivo Histórico da Prefeitura; os demais estão na Câmara Municipal. Todo o conteúdo digitalizado já está disponível no site da Câmara Municipal. 📲 Siga o g1 Zona da Mata no WhatsApp, Facebook e X VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes . Fonte: G1


webradio016 Vídeo viral da Xuxa alimentando morcegos gera alerta de especialistas e autoridades de saúde
Veja mais acessando o Link Fonte original: https://cbn.globo.com/saude/noticia/2025/05/30/video-viral-da-xuxa-alimentando-morcegos-gera-alerta-de-especialistas-e-autoridades-de-saude.ghtml


rafaele.dias Concursos e seleções em Pernambuco têm ao menos 515 vagas com salários de até R$ 35,9 mil; veja como se inscrever
Há oportunidades para cargos de níveis fundamental, médio, técnico e superior. Imagem de arquivo mostra caderno de resposta de provas Eduardo Ribeiro Jr./g1 Pelo menos 515 vagas estão abertas em concursos públicos e seleções simplificadas em diversas cidades de Pernambuco. Há oportunidades em vários cargos de níveis superior, técnico, médio e fundamental, com salários de até R$ 35,9 mil. ✅Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE Confira, abaixo, a lista que o g1 preparou com as principais informações sobre cada processo seletivo: Secretaria de Assistência Social de Moreno Inscrições até 2 de junho; 57 vagas de níveis fundamental, médio e superior; Salários de até R$ 3 mil; Confira o edital. Prefeitura de Caruaru Inscrições até 3 de junho; 36 vagas de níveis médio, técnico e superior; Salários de até R$ 5 mil; Confira o edital. Prefeitura de Bezerros Inscrições até 3 de junho; 306 vagas de níveis médio, técnico e superior; Salários de até R$ 4 mil; Confira o edital. Secretaria de Saúde de Bezerros Inscrições até 9 de junho; 75 vagas para enfermeiros e técnicos de enfermagem; Salários de até R$ 2,3 mil; Confira o edital. Câmara Municipal de Parnamirim Inscrições até 30 de junho; Cinco vagas de níveis fundamental, médio e superior; Salários de até R$ 3.451,64; Confira o edital. Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) Inscrições de 4 de junho a 3 de julho; 36 vagas de nível superior; Salários de até R$ 35,9 mil; Confira o edital. ⬇️ Veja como estudar legislação para concursos: Como estudar legislação para concurso? VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias Fonte: G1


wilson Motociclista morre após bater em carro que fazia retorno na rodovia Everaldo Martins, em Santarém
Acidente aconteceu na manhã deste domingo (1º) próximo à comunidade Campo Novo. Leonardo Pereira Dolzanes morreu no local do acidente. Jovem publicou vídeo da moto horas antes do acidente em Santarém Um motociclista morreu na manhã deste domingo (1º) após ser atingido por um veículo na rodovia Everaldo Martins em Santarém, no oeste do Pará. A vítima, Leonardo Pereira Dolzanes, morreu no local. ✅ Siga o canal g1 Santarém e Região no WhatsApp De acordo com relatos de testemunhas à agentes da SMT, o motorista do carro foi tentar fazer o retorno na rodovia e acabou atingindo a motocicleta. O acidente aconteceu próximo à comunidade Campo Novo, por volta das 6h30 da manhã. Leonardo Pereira Dolzanes morreu no local do acidente Redes Sociais Com a batida, Leo Dolzanes foi arremessado e morreu ainda no local. Uma pessoa que estava na garupa da moto foi socorrida e levada em estado grave para o Pronto Socorro de Santarém. O motorista do carro saiu do local sem prestar socorro às vítimas. Agentes da SMT e equipes da Polícia Militar estiveram no local do acidente para preservar o local do acidente e organizar o trânsito na rodovia. Horas antes do acidente, Leo Dolzanes chegou a publicar nas redes sociais um vídeo da moto que conduzia. Ao g1, familiares de Leo informaram que ele havia adquirido a moto na sexta (30). Foi a última publicação do jovem. (veja o vídeo acima). *colaborou Carlos Farias, do Portal Encontro das Águas; Fonte: G1

r011 Festival Guarnicê divulga lista de curtas selecionados para a 48ª edição
Mostra competitiva reúne 28 curtas-metragens de diversas regiões do Brasil e será realizada em formato híbrido, com exibições presenciais e online. Festival Guarnicê de Cinema Gabriel Jansen O Festival Guarnicê de Cinema, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), por meio da Diretoria de Assuntos Culturais (DAC), anunciou nesta quinta-feira (30) os curtas-metragens que compõem a mostra competitiva da sua 48ª edição. O evento acontecerá de 30 de julho a 6 de agosto, em São Luís (MA). 📲 Clique aqui e siga o perfil do g1 Maranhão no Instagram Foram selecionados 28 curtas-metragens, entre produções maranhenses e de outros estados brasileiros. As obras foram escolhidas entre mais de 1.500 inscrições recebidas nesta edição e irão disputar o Troféu Guarnicê, além de outras premiações concedidas pelo festival e por instituições parceiras. 🔍 A seleção foi realizada por núcleos especializados, com uma equipe dedicada exclusivamente à avaliação dos curtas. O comitê avaliador foi composto por Ângela Gomes, Erly Vieira e Giselle Boussard, profissionais de destaque no cenário audiovisual. A coordenação geral da curadoria ficou sob responsabilidade da jornalista e produtora cultural maranhense Stella Lindoso, que organizou o cronograma e articulou as equipes do festival. Em 2025, o Festival Guarnicê será realizado em formato híbrido: as exibições presenciais ocorrerão em São Luís, enquanto parte da programação poderá ser acessada online, através do site e do aplicativo CineGuarnicê. A programação completa, com datas, horários, locais de exibição e sinopses dos filmes, será divulgada em breve pelos canais oficiais do festival e da UFMA. Confira os curtas selecionados: Curtas-metragens maranhenses: Terecô: a força que vem da raiz – Direção: Eloy Abreu e Reinilda Oliveira (Documentário) Silêncio na boiada – Direção: Luiza Fernandes (Documentário) Um pé de cajú – Direção: Eduardo Marques & Pablo Monteiro (Documentário) CATA – Direção: Lucas Sá (Documentário) Piraí: os cantos da encantaria Akoá Gamella – Direção: Diego Janatã e Djuena Tikuna (Documentário) Aqui – Direção: Raul de Lima (Documentário) Catty Bete – Direção: Mariel Haickel (Ficção) Amor veraneio – Direção: Gabi Miguel (Ficção) A voz que me conduz – Direção: Eduardo Matos (Ficção) A casa centenária – Direção: Mayara Pereira e Geovane Camargo (Ficção) A coluna – Direção: Joaquim Haickel (Documentário) Faro – Direção: Gustavo França (Ficção) Curtas-metragens nacionais: O céu não sabe meu nome – Direção: Carol AÓ (Ficção – SP/BA) Arame farpado – Direção: Gustavo de Carvalho (Ficção – SP) Javyju - bom dia – Direção: Kunha Rete e Carlos Eduardo Magalhães (Ficção – SP) Entre corpos – Direção: Mayra Costa (Ficção – AL) Linda do Rosário – Direção: Vladimir Seixas (Ficção – RJ) Sebastiana – Direção: Pedro de Alencar (Documentário – RJ) Ver céu no chão – Direção: Isabel Veiga e Adeciany Castro (Documentário/Ficção – CE/RJ) Queimando por dentro – Direção: Enock Carvalho e Matheus Farias (Ficção – PE) Cavalo marinho – Direção: Leo Tabosa (Ficção – PE) A mulher invisível – Direção: R.B. Lima, Jamila Facury e Édson Albuquerque (Ficção – PB) Ladeira abaixo – Direção: Ismael Moura (Ficção – PB) A nave que nunca pousa – Direção: Ellen Morais (Ficção Científica/Documental – PB) Boiuna – Direção: Adriana de Faria (Ficção – PA) Meça três vezes antes de cortar – Direção: Zulmí Nascimento (Docdrama Musical – BA/GO) Vípuxovuko - Aldeia – Direção: Dannon Lacerda e Anderson Terena (Ficção – MS) Ruído – Direção: Gui Souza (Ficção – PR) Mala preta – Direção: Áurea Maranhão (Ficção – MA) Sola – Direção: Natália Dornelas (Ficção – ES) Festival Guarnicê de Cinema incentiva a produção de cinema no Maranhão Fonte: G1


webradio016 O britânico acusado de conspirar para exportar tecnologia militar dos EUA para China
John Miller e o chinês Cui Guanghai estão presos na Sérvia e podem ser extraditados para os EUA. John Miller, de 63 anos, e Cui Guanghai, de 43, são acusados pelo FBI de conspiração para "tráfico de tecnologia militar americana sensível" Getty Images/via BBC Um britânico foi indiciado nos Estados Unidos acusado de tentar contrabandear "tecnologia militar americana sensível" para a China, incluindo mísseis, radares de defesa aérea e drones. O britânico John Miller, de 63 anos, e o chinês Cui Guanghai, de 43, são acusados pelo FBI de conspiração para cometer perseguição e conspiração interestadual, contrabando e violações da Lei de Controle de Armas. Miller é residente permanente nos EUA. Ele e Cui foram presos na Sérvia e podem ser extraditados para os EUA. O ministério das Relações Exteriores do Reino Unido confirmou que está prestando assistência consular a um cidadão britânico após sua prisão em abril e que está "em contato com as autoridades locais e sua família". Documentos judiciais sugerem que os dois homens discutiram maneiras de exportar um dispositivo que poderia ser usado para criptografia. Eles teriam pago um depósito de US$ 10 milhões (cerca de R$ 57 milhões) pelo equipamento. Miller e Cui também são acusados de tentar "assediar" um manifestante antigoverno chinês — o que incluiu instalar um dispositivo de rastreamento em seu carro e cortar seus pneus. O procurador-geral adjunto dos EUA, Todd Blanche, acusou ambos de realizar um "ataque flagrante" à segurança nacional dos EUA e aos seus valores democráticos. Ele acrescentou: "Este Departamento de Justiça não tolerará repressão estrangeira em solo americano, nem permitiremos que nações hostis se infiltrem ou explorem nossos sistemas de defesa." Se for considerado culpado, Miller poderá pegar até 20 anos de prisão por violação da Lei de Controle de Exportação de Armas e 10 anos por contrabando. Documentos judiciais detalham como os homens supostamente solicitaram a aquisição de artigos de defesa dos EUA, incluindo mísseis, radares de defesa aérea, drones e dispositivos criptográficos para exportação ilegal para a China. Os documentos dizem que Cui e Miller discutiram com dois indivíduos — identificados como "Indivíduo 5" e "Indivíduo 6" nos documentos judiciais — como exportar um dispositivo criptográfico dos EUA para a China. Os itens que os homens supostamente discutiram usar para contrabandear a tecnologia incluem pequenos eletrônicos, um liquidificador e um motor. A acusação também alega que a dupla alistou dois indivíduos nos EUA para executar um complô que teria impedido uma vítima de protestar contra a presença do presidente chinês Xi Jinping na cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), realizada em Los Angeles em novembro de 2023. Miller e Cui não sabiam que esses dois indivíduos — identificados nos documentos judiciais como "Indivíduo 1" e "Indivíduo 2" — estavam agindo sob as instruções do FBI. "A acusação alega que atores estrangeiros chineses atacaram uma vítima em nosso país porque ela criticou o governo chinês e seu presidente", disse o procurador dos EUA, Bill Essayli, do Distrito Central da Califórnia. "Meu gabinete continuará a usar todos os métodos legais disponíveis para responsabilizar estrangeiros envolvidos em atividades criminosas em nosso território." Um esquema semelhante teria ocorrido na primavera de 2025, quando a suposta vítima anunciou em um vídeo público que planejava revelar duas novas estátuas artísticas que representavam Xi e sua esposa. Cui e Miller pagaram a outros dois indivíduos — identificados nos documentos judiciais como "Indivíduo 3" e "Indivíduo 4" — para tentar dissuadir a suposta vítima de compartilhar sua exibição online de estátuas. Esses indivíduos receberam US$ 36 mil — mas a acusação observa que essas duas pessoas também eram filiadas e agiam sob a orientação do FBI. Os dois homens permanecem na Sérvia e os EUA estão coordenando com autoridades sérvias sobre suas extradições pendentes. "Uma acusação é meramente uma alegação", afirmou o Ministério Público do Distrito Central da Califórnia em um comunicado. "Todos os réus são considerados inocentes até que se prove a sua culpa, além de qualquer dúvida plausível, em um tribunal." Vídeo Abaixo, veja uma reportagem sobre a revogação de vistos de estudantes nos EUA e a postura da China em relação ao assunto. China se opõe à revogação de vistos de estudantes do país anunciada pelos EUA Fonte: G1


linnpy O que é o paradoxo da escolha, que nos deixa descontentes mesmo quando tomamos decisões
Quanto mais opções, mais difícil é escolher, e o resultado da nossa escolha nunca é satisfatório. Para muitos, decisões simples como escolher um par de sapatos pode ser muito difícil. GETTY IMAGES Alguma vez você demorou mais para escolher um filme ou uma série em uma plataforma de streaming do que para assisti-lo? Ou, mesmo depois de pesquisar muito para comprar algo online, ficou com dúvidas se tinha feito a melhor escolha? Em uma sociedade com tantas possibilidades, escolher algo se tornou uma fonte de ansiedade: o que a princípio parecia uma vantagem pode acabar sendo um fardo. A psicologia define isso como "o paradoxo da escolha": quanto mais opções temos, mais difícil é escolher, e menos satisfeitos ficamos com a decisão. Esse fenômeno foi descrito pelo psicólogo Barry Schwartz. Ele defendia que o excesso de liberdade pode ter efeitos adversos sobre o nosso bem-estar. Em vez de nos deixar mais felizes, uma abundância de opções tende a nos bloquear, frustrar e provocar a sensação de que poderíamos ter escolhido melhor. Quando a escolha vira um problema Um estudo de Sheena Iyengar e Mark Lepper demostrou que os consumidores eram menos propensos a comprar geleias quando expostos a uma variedade de 24 sabores do que quando a variedade era de apenas seis. A quantidade de opções não apenas dificulta a decisão, como também reduz a satisfação com o que foi escolhido. Essa padrão não se limita ao consumo. Ele também é observado em decisões importantes, desde a escolha de cursos até relações pessoais. Em contextos universitários e profissionais, o excesso de opções pode gerar uma sensação de paralisia, dúvidas constantes e medo de errar. Dois estilos para a tomada de decisões Os maximisers (ou maximizadores, na tradução livre para o português) são mais propensos a remoer ou se arrepender de decisões tomadas GETTY IMAGES A psicologia identificou diferentes estilos de enfrentamento diante da tomada de decisões. Entre eles, os dois perfis mais estudados são os maximizers (ou maximizadores, na tradução livre para o português) e os satisficers (satisfatores). Essa distinção foi formalizada em um estudo publicado no Journal of Personality and Social Psychology (Jornal de Personalidade e Psicologia Social, na tradução livre para o inglês). Maximizers: em busca da opção perfeita As pessoas com um estilo maximizador tendem a buscar sempre a melhor opção possível. Avaliam muitas alternativas, comparam exaustivamente, pesquisam a fundo e adiam decisões em busca da escolha ideal. Embora esse comportamento pareça racional ou ambicioso, na prática está frequentemente associado a impactos negativos no bem-estar emocional. O estudo citado mostrou que os maximizadores: Sentem mais ansiedade e estresse durante o processo de tomada de decisão; São mais suscetíveis e remoer e se arrepender da decisão que fizeram; Apresentam níveis mais baixos de satisfação com as decisões que tomam, inclusive quando o resultado é bom. Além disso, outros estudos têm associado esse perfil a sintomas depressivos, especialmente quando as decisões são tomadas em contextos completamente incertos. Satisficers: quando o "suficientemente bom" é suficiente Em contraste, o estilo satisfator se baseia em escolher uma opção que atenda a critérios pessoais mínimos ou razoáveis, sem necessidade de compará-la com todas as outras disponíveis. Essas pessoas não buscam o perfeito, mas algo que se alinhe às suas necessidades e valores. Segundo o estudo citado, os satisfators: Decidem mais rápido; Sentem menos arrependimento; Se sentem mais satisfeitos com suas escolhas; Têm mais estabilidade emocional após tomar decisões. A diferença dos perfis influencia não apenas na tomada de decisão, mas como a pessoa lida com as consequências disso. GETTY IMAGES O estilo satisfator não deve ser confundido com conformismo. Trata-se de uma abordagem mais funcional e adaptativa. Como mostram outros estudos, essas pessoas tendem a preservar recursos cognitivos e emocionais, o que as ajuda a lidar melhor com a incerteza e a reduzir a fadiga na hora de tomar decisões. A diferença entre os perfis influencia não apenas como uma decisão é tomada, mas também como se vive o processo e as consequências da escolha. O estilo maximizador pode ser útil em contextos técnicos ou decisões de alto risco, mas a sua aplicação constante na vida diária — onde muitas vezes não existe uma opção claramente melhor — pode prejudicar o bem-estar psicológico de forma significativa. Por outro lado, adotar uma atitude de satisfator permite tomar decisões com mais tranquilidade, assumindo que nenhuma será perfeita, mas muitas podem ser válidas. Em tempos de abundância de opções, essa abordagem parece mais emocionalmente sustentável. LEIA TAMBÉM Por que não se deve usar um linguajar infantilizado quando nos dirigimos aos idosos Chás calmantes: entenda os efeitos da camomila, da erva-cidreira e da flor de maracujá e evite o uso incorreto 'Incompatibilidade genética' de Mariana Rios: como prevenir doenças nos futuros filhos por meio de testes Onde está a armadilha? O paradoxo da escolha se manifesta em múltiplos aspectos da vida cotidiana: Streaming e lazer digital: o menu interminável de séries, filmes e músicas pode provocar fadiga e reduzir o prazer; Compras online: milhares de opções para um mesmo produto pode gerar confusão, dúvidas e arrependimento posterior; Relações interpessoais: a ilusão de infinitas possibilidades em aplicativos de namoro pode dificultar o compromisso e aumentar a insatisfação; Escolhas profissionais ou acadêmicas: a grande variedade de caminhos possíveis gera indecisão, medo de errar e bloqueio psicológico. Consequências psicológicas do excesso de opções Escolher entre muitas alternativas exige recursos cognitivos e emocionais. Quanto maior número de opções, maior a probabilidade de experimentar ansiedade, dúvidas persistentes, arrependimento posterior à decisão, diminuição do prazer com a escolha e fadiga mental. Além disso, em contextos de pressão social ou exigência elevada, essa dificuldade se agrava. A sensação de que "tudo depende de uma escolha correta" pode levar ao estresse crônico ou até à evitação das decisões. O fenômeno da fadiga de decisória também é reconhecido no âmbito clínico. Alguns estudos mostram que o esforço mental acumulado ao tomar muitas decisões reduz a capacidade de autocontrole e aumenta a vulnerabilidade ao estresse. Ter muitas opções para escolher pode gerar ansiedade. GETTY IMAGES Como se proteger? Estratégias para escolher melhor Na psicologia aplicada, diversas estratégias têm sido propostas para reduzir o impacto negativo da abundância de opções. Algumas delas são: Reduzir voluntariamente o número de alternativas: criar filtros prévios ajuda a focar a atenção a acelerar o processo de tomada de decisões; Aceitar a imperfeição: entender que toda escolha implica renúncias e que não existe opção perfeita ajuda a decidir com menos carga emocional; Decidir com base em valores pessoais: priorizar critérios próprios, e não expectativas externas ou modismos, aumenta a satisfação com a decisão tomada; Praticar a autocompaixão: ser menos duro com você mesmo após tomar uma decisão reduz o arrependimento e o desconforto emocional; Automatizar decisões menores: definir padrões para escolhas rotineiras (roupa, café da manhã) pode liberar energia mental para o que realmente importa. Escolher menos, viver mais Em um contexto cultural que associa liberdade com quantidade, pode parecer contraditório que reduzir opções aumente o nosso bem-estar. Contudo, inúmeros estudos confirmam: o excesso de alternativas gera fadiga e frustração. Adotar uma tomada de decisão mais simples, mais conectada com o pessoal e menos centrada em encontrar o "perfeito" pode ajudar a melhorar a saúde mental e a qualidade de vida. Nesse sentido, escolher menos não é se conformar, mas decidir com mais sentido. *Oliver Serrano León é diretor e professor do Mestrado em Psicologia Geral em Saúde da Universidade Europeia de Canarias (UEC). *Este artigo foi publicado no The Conversation e reproduzido sob licença da Creative Commons. Fonte: G1