
r011 Caso do idoso morto após levar voadora no litoral de SP completa um ano e está 'prestes a ser julgado'
Tiago Gomes de Souza deu uma voadora em Cesar Fine Torresi na frente do neto dele, de 11 anos, em 8 de junho de 2024. Agressor foi preso em flagrante e, atualmente, aguarda o julgamento na Penitenciária Tremembé II. Preso por matar idoso com 'voadora' chora em reconstituição do crime em Santos (SP) Silvio Luiz/A Tribuna Jornal e Arquivo Pessoal O caso do idoso, de 77 anos, morto após levar uma voadora na frente do neto, de 11, aconteceu há exatamente um ano. O empresário Tiago Gomes de Souza foi detido em flagrante e, atualmente, aguarda o julgamento na Penitenciária Tremembé II, conhecida por receber presos de crimes de repercussão. Por outro lado, a família de Cesar Fine Torresi busca Justiça enquanto vive o luto. ✅Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp Em 8 de junho de 2024, Cesar e o neto atravessaram a Rua Pirajá da Silva, no bairro Aparecida, entre os carros porque o trânsito estava parado. Segundo o boletim de ocorrência, Tiago freou bruscamente o veículo e o idoso se apoiou no capô, momento em que o agressor saiu do carro e golpeou a vítima. Desde o dia do crime, o caso teve uma série de desdobramentos, que repercutiram em todo o país. Inclusive, ao decorrer da ação criminal, o juiz da Vara do Júri de Santos, Alexandre Betini, destacou a rapidez do processo, que "já está prestes a ser julgado". O júri popular ainda não foi marcado devido ao julgamento de um pedido do advogado de Tiago para que ele seja realizado em outra cidade. A defesa acredita que a repercussão do caso pode influenciar a opinião dos jurados de Santos, que devem ter uma conduta imparcial. O g1 reuniu os principais acontecimentos em uma linha do tempo. Confira abaixo: ➡️8 de junho de 2024 - Morte e prisão Vídeo mostra prisão de homem que levou idoso à morte com 'voadora' no litoral de SP O episódio gerou revolta e motivou discussões de pessoas que passavam pelo local. Diante da situação, o suspeito fugiu para um mercado nas proximidades, mas foi localizado pela Polícia Militar e preso em flagrante. O idoso estava desacordado e foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Em seguida, Cesar foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Leste, onde foi entubado, teve três paradas cardíacas e morreu. ➡️9 de junho de 2024 - Prisão convertida em preventiva Um dia após o crime, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) converteu a prisão em flagrante de Tiago em preventiva. ➡️11 de junho de 2024 - Habeas corpus negado O desembargador Hugo Maranzano, da 3ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP, negou a liminar de habeas corpus solicitada pela defesa de Tiago. No dia seguinte, a Polícia Civil indiciou o agressor pelo crime de lesão corporal seguida de morte. Ainda em 11 de junho, foi descoberto que o agressor já havia sido detido anteriormente. Em 31 de dezembro de 2021, Tiago se envolveu em uma discussão na Ponta da Praia, quando chamou policiais de "medíocres". Ele foi algemado e levado à Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos. ➡️13 de junho de 2024 - Reconstituição do crime Tiago Gomes Souza, de 39 anos, que deu a 'voadora' em idoso, chorou na reconstituição do crime em Santos (SP) Matheus Croce/TV Tribuna A reconstituição do crime foi realizada com a presença de Tiago, o advogado Eugênio Malavasi, um promotor do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e autoridades policiais. Bruno Cesar Fine Torresi, que é filho da vítima e pai do neto que presenciou a agressão, também participou. Dezenas de pessoas acompanharam a reconstrução da cena criminal no local e, em grande comoção, pediram por Justiça. Tiago se jogou no chão, chorou e se ajoelhou pedindo desculpas durante o procedimento. ➡️14 de junho de 2024 - Laudo necroscópico e 'ataque de fúria' O g1 teve acesso às informações do laudo necroscópico preliminar de Cesar. De acordo com a delegada Liliane Lopes Doretto, o idoso morreu vítima de um trauma cranioencefálico (TCE) e um edema no pericárdio (membrana que envolve o coração). Cesar sofreu o traumatismo cranioencefálico ao cair para trás, enquanto o edema causado no coração dele poderia ter estourado o órgão por conta da força do chute do agressor. No mesmo dia, Tiago confessou a agressão e relatou que faz uso de medicamentos prescritos por um psiquiatra. A defesa alegou que o acusado teve um 'ataque de fúria' diante da atitude de Cesar em adverti-lo por ter avançado com o carro. ➡️16 de junho de 2024 - Denúncia por homicídio qualificado O MP denunciou o empresário pelo crime de homicídio qualificado. O juiz Alexandre Betini recebeu a denúncia no dia 16 de junho e autorizou a expedição de ofício para que estabelecimentos próximos fornecessem imagens das câmeras de segurança. O juiz também negou a concessão de prisão domiciliar solicitada pela defesa de Tiago. ➡️18 de junho de 2024 - Vídeo da agressão Câmera de monitoramento registra homem dando a 'voadora' que matou idoso Uma câmera de monitoramento registrou o momento em que Tiago agrediu o idoso. O vídeo obtido pela equipe de reportagem foi a primeira imagem que a Polícia Civil recebeu do caso. No mesmo dia, foi divulgada a audiência de custódia do acusado. ➡️27 de junho de 2024 - Alegação de transtorno bipolar O g1 teve acesso a informações que revelavam um novo pedido da defesa de habeas corpus, que foi indeferido pelo desembargador Hugo Maranzano. Na ocasião, o advogado de Tiago solicitou a conversão da prisão preventiva em domiciliar, alegando que o cliente sofre de transtorno bipolar, depressão e é pai de três filhos, sendo um deles diagnosticado com Síndrome de Down, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e apraxia da fala. ➡️27 de março de 2025 - Júri popular confirmado O TJ-SP manteve, em segunda instância, a decisão para que Tiago seja levado a júri popular. O desembargador Hugo Maranzano destacou que o acusado aderiu à possibilidade de concretização do homicídio "numa postura de indiferença". ➡️27 de maio de 2025 - Indenização por danos morais Bruno Cesar Fine Torresi é filho do idoso morto após levar voadora em Santos, SP Arquivo pessoal O filho de Cesar processou o agressor por danos morais no dia 18 de março, solicitando uma indenização de 40 salários mínimos, o equivalente a R$ 60.720. Dois meses depois, a 2ª Vara Cível de Santos determinou que Tiago pague o valor estipulado. Cabe recurso da decisão. Bruno pretende destinar o dinheiro da indenização que receberá do agressor para as despesas médicas do filho que presenciou o crime. ➡️3 de junho de 2025 - Pedido de alteração O MP foi contra o pedido da defesa de Tiago para que o júri popular seja realizado em outra cidade. O promotor de Justiça Fabio Perez Fernandez deixou um aviso ao réu na manifestação: "Você pode correr, mas não pode se esconder!". O pedido do advogado foi feito com a justificativa de que o caso foi amplamente divulgado e gerou indignação na população. De acordo com a defesa, estes fatores podem influenciar a opinião dos jurados de Santos, que devem ter uma conduta imparcial. VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos Fonte: G1


webradio016 Natanzinho Lima estreia no São João de Campina Grande neste domingo (8); Santanna e Taty Girl também se apresentam
Maior São João do Mundo acontece de 30 de maio a 6 de julho no Parque do Povo. Expectativa é que mais de 3 milhões de pessoas passem pela festa. Natanzinho Lima estreia no São João de Campina Grande neste domingo (8) TV Bahia O cantor Natanzinho Lima estreia no São João de Campina Grande neste domingo (8). Além dele, Santanna o Cantador e Taty Girl também sobem ao palco principal do Parque do Povo. O São João 2025 de Campina Grande acontece de 30 de maio a 6 de julho, o que totaliza cinco dias a mais que no ano anterior. Esta é a 42ª edição da festa, que recebeu em 2024 recebeu 2,93 milhões de pessoas, segundo a prefeitura da cidade. A expectativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da cidade é que mais de 3 milhões de pessoas passem pelo Parque do Povo, um aumento de cerca de 10% em relação ao quantitativo de 2024. O aumento de 10% também é esperado para a movimentação econômica do evento, que ano passado ficou de R$ 673 milhões. Os shows no palco principal do Parque do Povo acontecem de 19h às 2h, nas quartas e quintas-feiras, e das 19h às 3h nas sextas, sábados e domingos. No palco cultural, os shows começam às 18h. Ao todo, mais de 200 atrações musicais devem passar pelos palcos principal e cultural ao longo da festa. Shows do São João de Campina Grande neste domingo (8) Natanzinho Lima Taty Girl Forró Pegado Santanna 'Maior São João do Mundo' O São João de Campina Grande recebeu o título de maior festa junina do país, concedido pelo Instituto Ranking Brasil em julho de 2022. Para o instituto, os números da festa são impressionantes, o que a consolidou como a maior do país. A festa teve início no dia 4 de junho de 1983 de forma improvisada em uma palhoça montada na área, onde hoje é o Parque do Povo, para que as pessoas dançassem forró. Em cinco anos, a festa já estava incluída no calendário turístico do Brasil. Com o sucesso da festa nos três primeiros anos, em 1986 a prefeitura começou a construir o Parque do Povo, local onde a festa permanece acontecendo. Cinco anos depois da criação, o São João de Campina Grande já era uma festa de grande proporção pelo nome e pelo tempo de duração. Por isso, em 1987 o “Maior São João do Mundo” foi incluído no calendário oficial do Instituto Brasileiro de Turismo. Na última edição da festa, em 2024, mais de 2,93 milhões de pessoas passaram pelo Parque do Povo durante o evento. Do número, mais de 80 mil eram turistas, e cerca de 245 mil excursionistas que viajaram para conhecer a festa. A expectativa é que o público total do São João 2025 de Campina Grande passe de 3 milhões de pessoas. Parque do Povo, em Campina Grande, onde acontece O Maior São João do Mundo Divulgação Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba Fonte: G1


wilson Serras Gerais: conheça destino paradisíaco no Tocantins apontado pela polícia como rota do tráfico de drogas
Veja alguns atrativos da região que fica no sudeste do estado. Operação policial cumpriu mandados no Tocantins e em outros cinco estados. Lagoa da Serra, Cânion Encantado e Lagoa do Japonês ficam na região das Serras Gerais Arte g1: Kaliton Mota/TV Anhanguera; Thiago Sá/Governo do Tocantins; Flávio Cavalera/Governo do Tocantins A região das Serras Gerais, no Tocantins, recentemente foi cenário de uma investigação que desmantelou um suposto esquema de tráfico de drogas que usava rotas aéreas. No entanto, antes de ganhar destaque por este episódio, a região já era bastante conhecida como um paraíso natural de rara beleza, que encanta turistas e amantes da natureza com suas paisagens exuberantes, praias cristalinas e cachoeiras. A operação Serras Gerais foi realizada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Tocantins (FICCO/TO), que cumpriu mandados de prisão temporária, busca e apreensão. Segundo a investigação, suspeitos compraram fazendas em locais isolados e construíram pistas de pouso clandestinas, por onde movimentavam pelo menos 500 kg de cocaína em cada viagem aérea. Os nomes dos investigados não foram divulgados e o g1 não conseguiu contato com a defesa deles. A região das Serras Gerais é composta atrativos que estão em municípios a leste e ao sul do estado, entre eles Almas, Arraias, Aurora do Tocantins, Dianópolis, Natividade, Paranã, Pindorama, Rio da Conceição e Taguatinga. Conheça algumas características e atrativos da região que deu nome à operação policial: Clique aqui e siga o perfil do g1 Tocantins no Instagram. Rio Azuis Rio Azuis, em Aurora do Tocantins Thiago Sá/Governo do Tocantins Aurora abriga um dos menores rios do Brasil, o Azuis. Possui apenas 143 metros de extensão e a característica que mais chama a atenção que de quem o conhece é a cor da água, azul-esverdeada. O atrativo recebe os turistas, diariamente, inclusive aos feriados, das 8h às 18h. Mas a entrada só é liberada até as 17h30. Crianças até 10 anos não pagam a taxa de entrada de R$ 10 por pessoa e de R$ 20 pra acessar a nascente. O pagamento é feito na portaria da Associação de Moradores (AMAA). Praia do Pequizeiro Praia do Pequizeiro, em Aurora do Tocantins Ana Paula Rehbein/TV Anhanguera A Praia do Pequizeiro do Pequizeiro também fica localizada Aurora do Tocantins. O local é formado por águas cristalinas, sendo muito procurada principalmente nos feriados prolongados. O acesso é por uma fazenda da zona rural, com horário de funcionamento das 8h às 17h. A praia também oferece área de camping e alimentação conforme agendamento. Lagoa do Japonês Lagoa do Japonês é uma atração turística em Pindorama Flávio Cavalera/Governo do Tocantins Localizada em uma fazenda de Pindorama do Tocantins, a Lagoa do Japonês também tem como característica águas cristalinas, mas também uma gruta submersa que atrai muitos turistas. Por lá, além de apreciar a bela vista, também é possível fazer diversas atividades como mergulho e tirolesa. Também há serviços de passeios de barco e redário. O atrativo funciona todos os dias, das 8h às 18h, inclusive nos feriados. Cânion Encantado Cânion Encantado fica na região sudeste do Tocantins Thiago Sá/Governo do Tocantins O Cânion Encantado, localizado no município de Almas, tem uma vista com paredões e uma cachoeira de 74 metros de altura, que realmente encantam os visitantes. Cachoeira de borda infinita Série 35 anos do Tocantins: conheça paraíso escondido nas Serras Gerais Na região de Paranã, uma cachoeira diferente atrai mais turistas pela beleza. Após percorrer aproximadamente 115 km de estrada de chão e 10 km de caminhada marcada por paredões e vegetação nativa, a cachoeira com uma 'borda infinita' revela a beleza das Serras Gerais. A região chamada complexo Águas Lindas também conta com outras cachoeiras, como a do Engenho e a Esmeralda, que como o nome diz, tem águas em tom esverdeado. Fortaleza dos Guardiões Fortaleza dos Guardiões, em Dianópolis Flávio Cavalera/Governo do Tocantins Em Dianópolis, formações rochosas formam a chamada Fortaleza dos Guardiões. De acordo com a Secretaria de Turismo, as pedras foram esculpidas ao longo do tempo e o pôr do sol é de tirar o fôlego. O acesso é pela Rodovia Joaquim Aires Cavalcante, na direção entre Dianópolis/Mateiros. Após percorrer cerca de 50 km, o visitante chegará a uma trilha para acesso ao atrativo. Conforme o governo, o local tem visita somente guiada, conforme orientação da Secretaria de Turismo. Lagoa da Serra Lagoa da Serra é um dos atrativos do Parque Estadual do Jalapão Kaliton Mota/TV Anhanguera Rio da Conceição também tem praias cristalinas e com vistas impressionantes das Serras Gerais. A Lagoa da Serra é uma delas, e o acesso é pela TO-476. O atrativo atende diariamente os visitantes. O local possui estrutura de quiosques e atividades de stand up padle e de banho. LEIA TAMBÉM: Operação cumpre 50 mandados contra suspeitos de transportar drogas em aviões usando rota das Serras Gerais Suspeitos compraram fazendas no TO e construíram pistas de pouso clandestinas para transportar drogas, aponta investigação Serras Gerais: praias cristalinas e cachoeiras atraem turistas para 'recarregar as energias' no carnaval Operação Serras Gerais Os policiais da FICCO cumpriram 35 mandados de busca e apreensão e 15 de prisão temporária no dia 29 de maio. O alvo da Operação Serras Gerais é um grupo criminoso suspeito de transportar grandes remessas de drogas em transportes aéreos. No Tocantins, os alvos eram de Palmas, Almas, Dianópolis e Formoso do Araguaia. Também houve ações em Goiás, Bahia, São Paulo, Maranhão e Pará. De acordo com a investigação, que começou em 2024, duas grandes facções criminosas movimentaram cerca de R$ 70 milhões em apenas oito meses. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados e o g1 não conseguiu contato com as defesas até a última atualização desta reportagem. A operação também cumpriu medidas cautelares de sequestro e bloqueio de bens e valores contra 35 pessoas físicas e jurídicas, totalizando R$ 64.289.476,00. Entre os bens apreendidos estão fazendas na região das Serras Gerais, que eram utilizadas como base logística para o tráfico, além de caminhões, carretas, veículos de luxo, aeronaves e embarcações. 📱 Participe do canal do g1 TO no WhatsApp e receba as notícias no celular. Operação cumpre mandados contra suspeitos de transportar drogas em aviões Veja mais notícias da região no g1 Tocantins. Fonte: G1


linnpy Best Of Blues And Rock - shows de Deep Purple, Alice Cooper, Dave Matthews Band, Black Pantera e mais no Parque Ibirapuera, dias 7, 8, 14 e 15 de junho.
Veja mais acessando o Link Fonte original: https://guia.folha.uol.com.br/shows/2025/06/best-of-blues-and-rock-tem-shows-de-dave-matthews-band-veja-como-chegar-e-o-que-levar.shtml


webradio016 Quadrilha evangélica? Veja como funciona celebração que troca padre por um pastor
A quadrilha Busca Fé, de Brasília, é a primeira quadrilha junina evangélica do Brasil, com 20 anos de história. Com pastor no lugar de padre, quadrilha evangélica une dança e fé A quadrilha Busca Fé, de Brasília, se prepara com até quatro ensaios por semana para o concurso estadual e uma maratona de apresentações. Mas essa não é uma quadrilha qualquer: é a primeira quadrilha junina evangélica do Brasil, com 20 anos de história. Veja no vídeo acima. “Existe uma tradição de ter o padre dentro da quadrilha. No nosso caso, não tem padre, tem pastor, que também é o marcador”, explica Bruno Anderson, pastor e fundador da quadrilha. Apesar do foco religioso, o grupo mantém o colorido, os passos e o figurino lembram as festas juninas. A diferença está na inspiração: todas as histórias encenadas vêm da Bíblia. Neste ano, o enredo da quadrilha vai abordar a vida de João Batista. “95% dos quadrilheiros não sabem quem é São João”, explica Bruno, um dos líderes do grupo. O espetáculo, segundo ele, terá até ilusionismo. “Minha cabeça vai cair no palco, literalmente”. A sede da quadrilha é a própria igreja do grupo. Durante a semana, os ensaios tomam conta do espaço. Aos domingos, tudo é limpo para receber o culto. Quadrilha evangélica? Veja como funciona celebração que troca padre por um pastor Reprodução/TV Globo Paixão que atravessa gerações Luzia Alves, de 46 anos de quadrilha, é considerada a dançarina mais antiga do movimento junino. “Todo ano eu digo que não vou mais dançar. Mas quando chega a época, estou aqui de novo. É amor mesmo”, confessa. Outro apaixonado pela quadrilha é o pastor Raí Rafael. Ele é o cantor que acompanha o grupo. Raí mora na Argentina, mas não perde uma apresentação da Busca Fé. “Cresci ouvindo Luiz Gonzaga. A música fala de amor. Por que não pode ser gospel também?”, questiona. Figurino que conta história Os figurinos também impressionam. Cheios de pedrarias e feitos à mão, demandam trabalho intenso. Fé e cultura de mãos dadas A coreógrafa Andréa Maciel, natural do Pará, leva para o grupo sua bagagem cultural do carimbó e do boi-bumbá de Parintins. “As danças conversam entre si. Essa marcaçãozinha do pé, por exemplo, é muito característica do carimbó e também está presente aqui”, explica. Confira as últimas reportagens do Globo Repórter: Fonte: G1


linnpy Pai solo adota 5 filhos e evita separação de irmãos em SC: 'Sem esperar uma circunstância perfeita'
Francisco Luis Koch se tornou pai pela primeira vez em 2012, com a vida de duas crianças. Sete anos depois, adotou mais três irmãos em uma atitude que ele considerou "corajosa e contrarracional". Francisco Luis Koch optou pela adoção e se tornou pai solo de cinco crianças em SC Arquivo pessoal Ter filhos era um desejo antigo do empresário Francisco Luis Koch, 48 anos. Solteiro, o morador de São José, na Grande Florianópolis, recorreu à adoção e se tornou, de uma só vez, pai solo de dois. Ele só não imaginava que, sete anos depois, viraria pai novamente... de mais três. A ideia de criar sozinho cinco crianças sequer passava pela cabeça dele antes de conhecer os filhos, mas se tornou a única opção para não separar irmãos biológicos. "Foi uma das atitudes mais corajosas e contrarracionais que eu já tomei em toda a minha vida", declarou. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp O processo de adoção começou em novembro de 2011. Sem restrições de idade, gênero ou condição de saúde, ele abriu seu coração para duas crianças que precisavam de um lar: Cristiano e Cristiny passaram a fazer parte da vida dele com 14 e 9 anos, respectivamente, em junho de 2012. Em 2019, a Justiça o convidou para conhecer Mayra, uma menina de 8 anos que estava em um abrigo. Lá ele descobriu que ela tinha dois irmãos: Andriw e Iago. Mesmo com dificuldades financeiras, tomou a decisão definitiva de acolher os três e garantir que permanecessem juntos. Hoje os três têm 16, 14 e 12 anos, respectivamente. "Quando eu fui conhecer a Mayra, me falaram que ela tinha mais dois irmãos e eu os conheci também. Quando fui almoçar, eu decidi que iria adotar os três, que não iria separá-los, mesmo sabendo que teria que vender algo com certa frequência, pois a minha renda não comportava manter dois adolescentes e mais três crianças", comentou. Francisco nasceu em Curitiba (PR) e, aos 23 anos, já sabia que queria ser pai. Perto dos 30, começou a pensar em possibilidades para tornar isso possível. Viu na quantidade de crianças precisando de um lar uma oportunidade. "Como sou gay, imaginei em alugar uma barriga fora do país, ter um filho com uma amiga ou adotar. A adoção pareceu que seria o caminho mais justo e o melhor". Hoje, ele defende a importância da adoção de crianças mais velhas e da preservação de laços entre irmãos. “Minhas adoções foram a construção de uma família, com todos os desafios e alegrias que isso implica”, enfatiza. Segundo o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), há mais de 33 mil crianças e adolescentes acolhidos e 36.324 pretendentes cadastrados para adotar. A preferência de muitas famílias por bebês, no entanto, faz com que crianças e jovens passem anos em abrigos, na espera de uma adoção que às vezes não chega. Leia também: Adoção de adolescentes no Brasil: entenda como funciona o processo e quais os desafios Crianças adotadas e devolvidas por famílias em SC serão indenizadas em até R$ 30 mil "Para mim, a idade nunca foi um fator determinante — o vínculo, sim. Foi uma experiência transformadora, que me ensinou que o amor não precisa de tempo para se construir, apenas de abertura para existir. Nós como adultos mudamos o tempo todo, crianças e adolescentes conseguem mudar ainda mais e de forma mais consistente", diz. Francisco Luis Koch e seus cinco filhos Arquivo pessoal Francisco enfrentou preconceito por ser gay e ter adotado crianças mais velhas. Apesar desses desafios, que incluem também sobrecarga e limitações financeiras, ele diz que tem uma boa rede de apoio e avalia que é um ótimo pai. "Com o tempo, ficou claro que eu não precisava esperar por uma circunstância perfeita, um relacionamento ideal, ou uma vida impecavelmente planejada. Eu só precisava estar disposto a amar, a acolher, e a ser o porto seguro de alguém", disse. Dia Nacional da Adoção: duzentas crianças e adolescentes esperam por um lar em SC ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias Fonte: G1


larissa_miranda Da aristocracia ao arraial: conheça a história inesperada das quadrilhas juninas até virarem a alma do São João
Com elementos típicos de um baile na roça, a tradição tem origem nas danças de salão das cortes europeias, e foi adaptada no Brasil com influências indígenas e africanas. Pesquisadora Cibele Barbosa, da Fundaj, explica as origens das quadrilhas juninas "Anarriê!", "alavantu!", "balancê!", "olha a cobra!", "é hora do passeio na roça!"... Mesmo quem não é do Nordeste certamente já ouviu, ao menos, uma dessas expressões que animam as festas de São João país afora (veja vídeo acima). Cada uma com seu significado, elas servem para um simples (e fundamental) objetivo: "puxar" as quadrilhas juninas. 📲 Siga o perfil do NE1 no Instagram Divididos em pares, esses grupos, que podem reunir até mais de 200 pessoas, são a "alma" de uma festa junina. Isso porque carregam todos os elementos típicos de um baile na roça, com casais fazendo vários movimentos, conduzidos por um puxador, ao som de uma batida de forró. Antes vistas como uma brincadeira de família restrita a pequenas comunidades, as quadrilhas cresceram ao longo do tempo e hoje promovem grandes espetáculos, que disputam torneios interestaduais, como o Festival de Quadrilhas Juninas da TV Globo. Mas você sabe de onde vem e como surgiu essa tradição? Faltando pouco mais de duas semanas para uma das maiores festas populares do país, o g1 ouviu especialistas e representantes de agremiações para entender o que é essa manifestação cultural e como ela evoluiu ao longo da história. O que é uma quadrilha junina? Uma quadrilha é composta por pares que se juntam num grande círculo para dançar forró de forma sincronizada. Em geral, a coreografia simula um baile de casamento matuto. A depender do tamanho e da organização do evento, há brincantes com papéis específicos, incluindo noivo, noiva e padre. Uma figura essencial em qualquer quadrilha é o puxador, que conduz os casais, dizendo quais movimentos os participantes vão fazer. Entre eles, estão: "Alavantu!" — comando para que os casais, separados em duas filas, fiquem de frente um do outro no centro do salão; "Anarriê!" — outro comando para que todos os brincantes retrocedam, retornando para onde estavam antes do "alavantu"; "Balancê!" — os pares dançam juntos, balançando o corpo; "Passeio na roça" — os casais seguem passeando em um grande círculo, com um par atrás do outro; "Olha a chuva!" — os participantes ficam de costas para o seu par e os dois dão as mãos, simulando um formato de guarda-chuva; "Olha a cobra!" — os brincantes pulam e gritam como se uma cobra tivesse entrado no arraial; "Olha a foto!" - os brincantes ficam parados por alguns segundos, como estátuas, como se estivessem se preparando para uma foto. Nas últimas décadas, a brincadeira folclórica se profissionalizou a partir de grupos que começaram a montar grandes espetáculos, disputando campeonatos com temas e enredos. Nesses festivais, as agremiações tem, geralmente, entre 25 e 30 minutos para se apresentarem ao público, numa estrutura que lembra os desfiles de escolas de samba no carnaval. "O casamento é um elemento crucial. Então, a figura do padre, o religioso, a figura oficial da noiva, do noivo, são componentes que vão dando essa identidade para a quadrilha, seja ela numa versão mais contemporânea, estilizada, seja ela mais tradicional", explica a historiadora Cibele Barbosa, pesquisadores da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Como surgiram as quadrilhas? O nome "quadrilha" tem origem na palavra "quadrille", termo francês usado para designar um conjunto de danças de salão praticadas pelas cortes europeias, como polca, valsa e mazurca. Trazidas ao Brasil pelos portugueses, elas foram adaptadas à medida que se popularizavam, ganhando releituras com influências indígenas e africanas, numa época em que havia poucas cidades e a maior parte da população vivia nas zonas rurais. "Quando a corte vem para o Brasil, com João 6º, também traz consigo seus hábitos, incluindo aí as danças da corte, no caso, a quadrilha, que era o nome. Tanto que, praticamente, todos os nomes que se usam nas quadrilhas hoje são adaptações do francês, exatamente por conta dessa origem da dança. Então, vem 'alavantu', que é 'en avant tous' ou 'todos para a frente'; 'balancê', que vem do mesmo verbo francês de balançar", afirma Cibele Barbosa. De acordo com o professor Hugo Menezes, do Departamento de Sociologia, Antropologia e Museologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), as quadrilhas se disseminaram nas festas juninas, que originalmente, na Europa, celebravam a fartura no solstício de verão no hemisfério norte e que, depois, foram incorporadas pela Igreja Católica. Daí, a homenagem a São João. "Essa quadrilha no campo é apropriada pelas bases rurais brasileiras e chega às cidades por meio da migração [...]. As cidades se urbanizam no começo do século 20 e uma leva grande da experiência rural passa a ser acionada pela nova experiência urbana, especialmente para lembrar ao povo da cidade que a experiência rural é de oposição à experiência da cidade", conta. Raio de Sol, campeã do Festival de Quadrilhas Juninas da TV Globo em 2024 Brenda Alcântara/Divulgação Identidade nordestina Mas foi somente em meados do século 20, entre as décadas de 1930 e 1960, que o forró foi incorporado às festas juninas e se popularizou, com o trabalho de artistas como Luiz Gonzaga, o que ajudou a consolidar as quadrilhas como uma marca cultural do Nordeste — região que só foi delimitada oficialmente em 1969. "Acho que a gente teve uma experiência muito peculiar na região Nordeste de processo migratório. E as quadrilhas e as festas juninas são festas de migrantes, que falam sobre a migração campo-cidade, sobre a reafirmação do campo na cidade e sobre elementos simbólicos que compõem uma identidade regional, espalhados no Brasil", afirma o professor Hugo Menezes. Como lembra o especialista, esse é um processo bastante recente do ponto de vista histórico. "Ao mesmo tempo em que o forró foi apropriado, ganhou vulto nas festas juninas, ele também compõe o Nordeste. O forró é responsável pela ideia de ser nordestino. Isso quem fala é o historiador Durval Muniz, que tem um livro chamado 'A invenção do Nordeste'. Ele fala que o forró é um vetor para essa invenção. É a partir do forró, das músicas de Luiza Gonzaga que se espalharam no Brasil inteiro, que o Brasil inteiro conhece o 'luar do Sertão' mesmo sem nunca ter ido ao Sertão", analisa o pesquisador. Lumiar traz elementos da xilogravura para apresentação no São João 2025 Viana Santos/Divulgação Tradição e inovação Ao longo dos anos, a festa recebeu inovações, adquirindo novas linguagens por meio de espetáculos cada vez mais elaborados, com mudanças que foram sendo incorporadas há, relativamente, pouco tempo. Vandré Cechinel participa há 19 anos da quadrilha Raio de Sol, de Águas Compridas, em Olinda, que foi a vencedora regional do Festival de Quadrilhas Juninas da TV Globo em 2024. Depois de vários ciclos juninos desfilando como brincante, ele é hoje um dos integrantes da direção artística da agremiação, e viu de perto as transformações. Fundada em 1996 como uma quadrilha mirim de uma escola de bairro, a Raio de Sol é um exemplo de grupo que cresceu e se "profissionalizou". "Era uma época em que tinha muito mais grupos de quadrilha junina. Os arraiais eram mais longos. Já cheguei a dançar em vários arraiais numa noite. Tanto porque os arraiais terminam mais tarde como porque os arraiais eram muito próximos um do outro [...]. As quadrilhas não eram tão aprimoradas e eram arraiais pequenos, em praças ou ruas", recorda. Outro exemplo de grupo que acompanhou essas inovações é a quadrilha Lumiar, criada no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife, em 1994, e que venceu a etapa estadual do concurso, também em 2024. Para o diretor executivo da agremiação, Fagner Valadares, esse crescimento permitiu aprimorar as apresentações do ponto de vista artístico. "Ela [a Lumiar] vem de uma quadrilha extremamente tradicional para uma quadrilha hoje dita estilizada, recriada. Ela passa por essas interfaces no período de São João, em que ela consegue desmistificar as barreiras dentro do movimento junino. Ela deixa os longos vestidos para dançar com bambolês [...], quando foram incluídas as primeiras damas trans. A Lumiar tem um comprometimento com a questão social, de inclusão do público LGBTQIA+", diz. Segundo Vandré Cechinel, da Raio de Sol, os espetáculos são maiores, porém concentrados em poucos eventos, que contam com uma estrutura mais cara. "Um aspecto positivo são espetáculos dignos de apresentações artísticas profissionais, que podem ir para o palco e serem vistas no Brasil todo. Por outro lado, houve um encarecimento das quadrilhas [...]. Mas enfrento muito o discurso de que não é mais quadrilha. Isso, para mim, é uma discussão bastante ultrapassada porque nenhuma manifestação é igual a como era 20 anos atrás. Houve apenas uma atualização, uma linguagem mais urbana", afirma. De toda forma, as modernizações, em diálogo com as tradições, ajudam a manter o movimento relevante, como atesta Fagner Valadares, da Lumiar. "Venho de quadrilhas juninas desde 1999. E lá tínhamos 100, 120 quadrilhas dentro dos festivais. E atualmente a gente não tem. A gente percebe que o brinquedo vem perdendo força, mas a gente permanece nessa situação de resistência. As quadrilhas perderam seus espaços nos bairros. Não se tem mais aquele 'palhoção' tradicional, com bandeirinhas e balões na comunidade. São pouquíssimos agora. Agora são quadras, arenas. E poucas", avalia. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias Fonte: G1