

webradio016 Quadrilha evangélica? Veja como funciona celebração que troca padre por um pastor
A quadrilha Busca Fé, de Brasília, é a primeira quadrilha junina evangélica do Brasil, com 20 anos de história. Com pastor no lugar de padre, quadrilha evangélica une dança e fé A quadrilha Busca Fé, de Brasília, se prepara com até quatro ensaios por semana para o concurso estadual e uma maratona de apresentações. Mas essa não é uma quadrilha qualquer: é a primeira quadrilha junina evangélica do Brasil, com 20 anos de história. Veja no vídeo acima. “Existe uma tradição de ter o padre dentro da quadrilha. No nosso caso, não tem padre, tem pastor, que também é o marcador”, explica Bruno Anderson, pastor e fundador da quadrilha. Apesar do foco religioso, o grupo mantém o colorido, os passos e o figurino lembram as festas juninas. A diferença está na inspiração: todas as histórias encenadas vêm da Bíblia. Neste ano, o enredo da quadrilha vai abordar a vida de João Batista. “95% dos quadrilheiros não sabem quem é São João”, explica Bruno, um dos líderes do grupo. O espetáculo, segundo ele, terá até ilusionismo. “Minha cabeça vai cair no palco, literalmente”. A sede da quadrilha é a própria igreja do grupo. Durante a semana, os ensaios tomam conta do espaço. Aos domingos, tudo é limpo para receber o culto. Quadrilha evangélica? Veja como funciona celebração que troca padre por um pastor Reprodução/TV Globo Paixão que atravessa gerações Luzia Alves, de 46 anos de quadrilha, é considerada a dançarina mais antiga do movimento junino. “Todo ano eu digo que não vou mais dançar. Mas quando chega a época, estou aqui de novo. É amor mesmo”, confessa. Outro apaixonado pela quadrilha é o pastor Raí Rafael. Ele é o cantor que acompanha o grupo. Raí mora na Argentina, mas não perde uma apresentação da Busca Fé. “Cresci ouvindo Luiz Gonzaga. A música fala de amor. Por que não pode ser gospel também?”, questiona. Figurino que conta história Os figurinos também impressionam. Cheios de pedrarias e feitos à mão, demandam trabalho intenso. Fé e cultura de mãos dadas A coreógrafa Andréa Maciel, natural do Pará, leva para o grupo sua bagagem cultural do carimbó e do boi-bumbá de Parintins. “As danças conversam entre si. Essa marcaçãozinha do pé, por exemplo, é muito característica do carimbó e também está presente aqui”, explica. Confira as últimas reportagens do Globo Repórter: Fonte: G1


linnpy Pai solo adota 5 filhos e evita separação de irmãos em SC: 'Sem esperar uma circunstância perfeita'
Francisco Luis Koch se tornou pai pela primeira vez em 2012, com a vida de duas crianças. Sete anos depois, adotou mais três irmãos em uma atitude que ele considerou "corajosa e contrarracional". Francisco Luis Koch optou pela adoção e se tornou pai solo de cinco crianças em SC Arquivo pessoal Ter filhos era um desejo antigo do empresário Francisco Luis Koch, 48 anos. Solteiro, o morador de São José, na Grande Florianópolis, recorreu à adoção e se tornou, de uma só vez, pai solo de dois. Ele só não imaginava que, sete anos depois, viraria pai novamente... de mais três. A ideia de criar sozinho cinco crianças sequer passava pela cabeça dele antes de conhecer os filhos, mas se tornou a única opção para não separar irmãos biológicos. "Foi uma das atitudes mais corajosas e contrarracionais que eu já tomei em toda a minha vida", declarou. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp O processo de adoção começou em novembro de 2011. Sem restrições de idade, gênero ou condição de saúde, ele abriu seu coração para duas crianças que precisavam de um lar: Cristiano e Cristiny passaram a fazer parte da vida dele com 14 e 9 anos, respectivamente, em junho de 2012. Em 2019, a Justiça o convidou para conhecer Mayra, uma menina de 8 anos que estava em um abrigo. Lá ele descobriu que ela tinha dois irmãos: Andriw e Iago. Mesmo com dificuldades financeiras, tomou a decisão definitiva de acolher os três e garantir que permanecessem juntos. Hoje os três têm 16, 14 e 12 anos, respectivamente. "Quando eu fui conhecer a Mayra, me falaram que ela tinha mais dois irmãos e eu os conheci também. Quando fui almoçar, eu decidi que iria adotar os três, que não iria separá-los, mesmo sabendo que teria que vender algo com certa frequência, pois a minha renda não comportava manter dois adolescentes e mais três crianças", comentou. Francisco nasceu em Curitiba (PR) e, aos 23 anos, já sabia que queria ser pai. Perto dos 30, começou a pensar em possibilidades para tornar isso possível. Viu na quantidade de crianças precisando de um lar uma oportunidade. "Como sou gay, imaginei em alugar uma barriga fora do país, ter um filho com uma amiga ou adotar. A adoção pareceu que seria o caminho mais justo e o melhor". Hoje, ele defende a importância da adoção de crianças mais velhas e da preservação de laços entre irmãos. “Minhas adoções foram a construção de uma família, com todos os desafios e alegrias que isso implica”, enfatiza. Segundo o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), há mais de 33 mil crianças e adolescentes acolhidos e 36.324 pretendentes cadastrados para adotar. A preferência de muitas famílias por bebês, no entanto, faz com que crianças e jovens passem anos em abrigos, na espera de uma adoção que às vezes não chega. Leia também: Adoção de adolescentes no Brasil: entenda como funciona o processo e quais os desafios Crianças adotadas e devolvidas por famílias em SC serão indenizadas em até R$ 30 mil "Para mim, a idade nunca foi um fator determinante — o vínculo, sim. Foi uma experiência transformadora, que me ensinou que o amor não precisa de tempo para se construir, apenas de abertura para existir. Nós como adultos mudamos o tempo todo, crianças e adolescentes conseguem mudar ainda mais e de forma mais consistente", diz. Francisco Luis Koch e seus cinco filhos Arquivo pessoal Francisco enfrentou preconceito por ser gay e ter adotado crianças mais velhas. Apesar desses desafios, que incluem também sobrecarga e limitações financeiras, ele diz que tem uma boa rede de apoio e avalia que é um ótimo pai. "Com o tempo, ficou claro que eu não precisava esperar por uma circunstância perfeita, um relacionamento ideal, ou uma vida impecavelmente planejada. Eu só precisava estar disposto a amar, a acolher, e a ser o porto seguro de alguém", disse. Dia Nacional da Adoção: duzentas crianças e adolescentes esperam por um lar em SC ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias Fonte: G1


larissa_miranda Da aristocracia ao arraial: conheça a história inesperada das quadrilhas juninas até virarem a alma do São João
Com elementos típicos de um baile na roça, a tradição tem origem nas danças de salão das cortes europeias, e foi adaptada no Brasil com influências indígenas e africanas. Pesquisadora Cibele Barbosa, da Fundaj, explica as origens das quadrilhas juninas "Anarriê!", "alavantu!", "balancê!", "olha a cobra!", "é hora do passeio na roça!"... Mesmo quem não é do Nordeste certamente já ouviu, ao menos, uma dessas expressões que animam as festas de São João país afora (veja vídeo acima). Cada uma com seu significado, elas servem para um simples (e fundamental) objetivo: "puxar" as quadrilhas juninas. 📲 Siga o perfil do NE1 no Instagram Divididos em pares, esses grupos, que podem reunir até mais de 200 pessoas, são a "alma" de uma festa junina. Isso porque carregam todos os elementos típicos de um baile na roça, com casais fazendo vários movimentos, conduzidos por um puxador, ao som de uma batida de forró. Antes vistas como uma brincadeira de família restrita a pequenas comunidades, as quadrilhas cresceram ao longo do tempo e hoje promovem grandes espetáculos, que disputam torneios interestaduais, como o Festival de Quadrilhas Juninas da TV Globo. Mas você sabe de onde vem e como surgiu essa tradição? Faltando pouco mais de duas semanas para uma das maiores festas populares do país, o g1 ouviu especialistas e representantes de agremiações para entender o que é essa manifestação cultural e como ela evoluiu ao longo da história. O que é uma quadrilha junina? Uma quadrilha é composta por pares que se juntam num grande círculo para dançar forró de forma sincronizada. Em geral, a coreografia simula um baile de casamento matuto. A depender do tamanho e da organização do evento, há brincantes com papéis específicos, incluindo noivo, noiva e padre. Uma figura essencial em qualquer quadrilha é o puxador, que conduz os casais, dizendo quais movimentos os participantes vão fazer. Entre eles, estão: "Alavantu!" — comando para que os casais, separados em duas filas, fiquem de frente um do outro no centro do salão; "Anarriê!" — outro comando para que todos os brincantes retrocedam, retornando para onde estavam antes do "alavantu"; "Balancê!" — os pares dançam juntos, balançando o corpo; "Passeio na roça" — os casais seguem passeando em um grande círculo, com um par atrás do outro; "Olha a chuva!" — os participantes ficam de costas para o seu par e os dois dão as mãos, simulando um formato de guarda-chuva; "Olha a cobra!" — os brincantes pulam e gritam como se uma cobra tivesse entrado no arraial; "Olha a foto!" - os brincantes ficam parados por alguns segundos, como estátuas, como se estivessem se preparando para uma foto. Nas últimas décadas, a brincadeira folclórica se profissionalizou a partir de grupos que começaram a montar grandes espetáculos, disputando campeonatos com temas e enredos. Nesses festivais, as agremiações tem, geralmente, entre 25 e 30 minutos para se apresentarem ao público, numa estrutura que lembra os desfiles de escolas de samba no carnaval. "O casamento é um elemento crucial. Então, a figura do padre, o religioso, a figura oficial da noiva, do noivo, são componentes que vão dando essa identidade para a quadrilha, seja ela numa versão mais contemporânea, estilizada, seja ela mais tradicional", explica a historiadora Cibele Barbosa, pesquisadores da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Como surgiram as quadrilhas? O nome "quadrilha" tem origem na palavra "quadrille", termo francês usado para designar um conjunto de danças de salão praticadas pelas cortes europeias, como polca, valsa e mazurca. Trazidas ao Brasil pelos portugueses, elas foram adaptadas à medida que se popularizavam, ganhando releituras com influências indígenas e africanas, numa época em que havia poucas cidades e a maior parte da população vivia nas zonas rurais. "Quando a corte vem para o Brasil, com João 6º, também traz consigo seus hábitos, incluindo aí as danças da corte, no caso, a quadrilha, que era o nome. Tanto que, praticamente, todos os nomes que se usam nas quadrilhas hoje são adaptações do francês, exatamente por conta dessa origem da dança. Então, vem 'alavantu', que é 'en avant tous' ou 'todos para a frente'; 'balancê', que vem do mesmo verbo francês de balançar", afirma Cibele Barbosa. De acordo com o professor Hugo Menezes, do Departamento de Sociologia, Antropologia e Museologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), as quadrilhas se disseminaram nas festas juninas, que originalmente, na Europa, celebravam a fartura no solstício de verão no hemisfério norte e que, depois, foram incorporadas pela Igreja Católica. Daí, a homenagem a São João. "Essa quadrilha no campo é apropriada pelas bases rurais brasileiras e chega às cidades por meio da migração [...]. As cidades se urbanizam no começo do século 20 e uma leva grande da experiência rural passa a ser acionada pela nova experiência urbana, especialmente para lembrar ao povo da cidade que a experiência rural é de oposição à experiência da cidade", conta. Raio de Sol, campeã do Festival de Quadrilhas Juninas da TV Globo em 2024 Brenda Alcântara/Divulgação Identidade nordestina Mas foi somente em meados do século 20, entre as décadas de 1930 e 1960, que o forró foi incorporado às festas juninas e se popularizou, com o trabalho de artistas como Luiz Gonzaga, o que ajudou a consolidar as quadrilhas como uma marca cultural do Nordeste — região que só foi delimitada oficialmente em 1969. "Acho que a gente teve uma experiência muito peculiar na região Nordeste de processo migratório. E as quadrilhas e as festas juninas são festas de migrantes, que falam sobre a migração campo-cidade, sobre a reafirmação do campo na cidade e sobre elementos simbólicos que compõem uma identidade regional, espalhados no Brasil", afirma o professor Hugo Menezes. Como lembra o especialista, esse é um processo bastante recente do ponto de vista histórico. "Ao mesmo tempo em que o forró foi apropriado, ganhou vulto nas festas juninas, ele também compõe o Nordeste. O forró é responsável pela ideia de ser nordestino. Isso quem fala é o historiador Durval Muniz, que tem um livro chamado 'A invenção do Nordeste'. Ele fala que o forró é um vetor para essa invenção. É a partir do forró, das músicas de Luiza Gonzaga que se espalharam no Brasil inteiro, que o Brasil inteiro conhece o 'luar do Sertão' mesmo sem nunca ter ido ao Sertão", analisa o pesquisador. Lumiar traz elementos da xilogravura para apresentação no São João 2025 Viana Santos/Divulgação Tradição e inovação Ao longo dos anos, a festa recebeu inovações, adquirindo novas linguagens por meio de espetáculos cada vez mais elaborados, com mudanças que foram sendo incorporadas há, relativamente, pouco tempo. Vandré Cechinel participa há 19 anos da quadrilha Raio de Sol, de Águas Compridas, em Olinda, que foi a vencedora regional do Festival de Quadrilhas Juninas da TV Globo em 2024. Depois de vários ciclos juninos desfilando como brincante, ele é hoje um dos integrantes da direção artística da agremiação, e viu de perto as transformações. Fundada em 1996 como uma quadrilha mirim de uma escola de bairro, a Raio de Sol é um exemplo de grupo que cresceu e se "profissionalizou". "Era uma época em que tinha muito mais grupos de quadrilha junina. Os arraiais eram mais longos. Já cheguei a dançar em vários arraiais numa noite. Tanto porque os arraiais terminam mais tarde como porque os arraiais eram muito próximos um do outro [...]. As quadrilhas não eram tão aprimoradas e eram arraiais pequenos, em praças ou ruas", recorda. Outro exemplo de grupo que acompanhou essas inovações é a quadrilha Lumiar, criada no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife, em 1994, e que venceu a etapa estadual do concurso, também em 2024. Para o diretor executivo da agremiação, Fagner Valadares, esse crescimento permitiu aprimorar as apresentações do ponto de vista artístico. "Ela [a Lumiar] vem de uma quadrilha extremamente tradicional para uma quadrilha hoje dita estilizada, recriada. Ela passa por essas interfaces no período de São João, em que ela consegue desmistificar as barreiras dentro do movimento junino. Ela deixa os longos vestidos para dançar com bambolês [...], quando foram incluídas as primeiras damas trans. A Lumiar tem um comprometimento com a questão social, de inclusão do público LGBTQIA+", diz. Segundo Vandré Cechinel, da Raio de Sol, os espetáculos são maiores, porém concentrados em poucos eventos, que contam com uma estrutura mais cara. "Um aspecto positivo são espetáculos dignos de apresentações artísticas profissionais, que podem ir para o palco e serem vistas no Brasil todo. Por outro lado, houve um encarecimento das quadrilhas [...]. Mas enfrento muito o discurso de que não é mais quadrilha. Isso, para mim, é uma discussão bastante ultrapassada porque nenhuma manifestação é igual a como era 20 anos atrás. Houve apenas uma atualização, uma linguagem mais urbana", afirma. De toda forma, as modernizações, em diálogo com as tradições, ajudam a manter o movimento relevante, como atesta Fagner Valadares, da Lumiar. "Venho de quadrilhas juninas desde 1999. E lá tínhamos 100, 120 quadrilhas dentro dos festivais. E atualmente a gente não tem. A gente percebe que o brinquedo vem perdendo força, mas a gente permanece nessa situação de resistência. As quadrilhas perderam seus espaços nos bairros. Não se tem mais aquele 'palhoção' tradicional, com bandeirinhas e balões na comunidade. São pouquíssimos agora. Agora são quadras, arenas. E poucas", avalia. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias Fonte: G1

r011 Maquiadora trans transforma preconceito em força e conquista espaço no empreendedorismo do AC: 'Protagonista da minha história'
Vitória Bogéa tem 23 anos, trabalha com maquiagem desde os 15 e para além dos cosméticos, empreendedora enxerga a ferramenta como aliada à autoestima. No último ano, ela foi a primeira mulher trans a vencer prêmio voltado aos micro e pequenos negócios no Acre. Vitória Bogéa tem 23 anos, é maquiadora e usa ferramenta de trabalho para melhorar autoestima no Acre Arquivo pessoal No país onde mais se mata trans e travestis pelo 16º ano seguido, viver, para este grupo, tem um significado ainda mais forte: é um ato de coragem, empoderamento e resistência. Ser uma mulher trans no mundo dos negócios, então, é também driblar as tristes estatísticas e fortalecer a luta por inclusão e respeito. Assim pode ser definida a trajetória de Vitória Bogéa, de 23 anos. Ela é acreana, maquiadora desde os 15 e usa esta ferramenta de trabalho como forte aliada à construção da autoestima dela e das clientes. 📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp Em entrevista ao g1, a jovem empreendedora revelou que a paixão pela maquiagem surgiu aos poucos, junto com a mãe dela, ligada ao artesanato. Àquela época, Vitória se interessava pela pintura. No entanto, com o passar do tempo, as tintas deram lugar às paletas de cosméticos. “Comecei maquiando minhas amigas e vizinhas, que gostaram e me indicaram para mais pessoas. Isso me fez fechar turmas de formatura e até começar a trabalhar em salão de beleza”, relembrou. No entanto, em razão da identidade de gênero dela, Vitória sentiu que o fato de ela ser mulher trans chegou a ser uma barreira para conquistar espaço e respeito profissional. “Percebi que a forma de me portar e falar poderia influenciar o modo como as pessoas me tratavam. Foi aí que decidi me empoderar e nunca baixar a cabeça para falas preconceituosas. Muitas pessoas ainda não compreendem a diversidade, então escolhi educar, porque acredito que a educação é a chave para transformar a sociedade”, complementou. LEIA TAMBÉM: 'O retorno vem para a sociedade', diz idealizadora de associação com mais de 300 mulheres empreendedoras no AC Jovem de 18 anos transforma projeto de ensino médio em microempresa no AC: 'Educação mudou a minha vida' No Acre, lei garante uso do nome social em órgãos da administração pública Vitória busca se capacitar e melhorar trabalho como maquiadora no Acre Arquivo pessoal Autoestima e empoderamento Trabalhar com maquiagem, segundo ela, vai além da beleza exterior. Do mais básico ao mais complexo, as cores e formas que vibram nos rostos de quem faz uso das paletas, batons, pincéis e tons de cores variadas, ajudam também na construção e restauração da autoestima. “Como uma mulher trans em processo de transição, a maquiagem foi a minha maior aliada na construção da autoestima. Ela me ajudou não só a embelezar o exterior, mas também a enxergar minha beleza interior. A maquiagem foi um instrumento essencial para eu me reconhecer e me empoderar, mostrando quem eu realmente sou, não apenas fisicamente, mas também espiritualmente”, frisou ela. Muito mais do que expressão de vaidade, a maquiagem é uma arte e o mercado é promissor no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria da Higiene Pessoal (Abihpec), o mercado de beleza no Brasil deve crescer mais de 7% ao ano, alcançando cerca de US$ 40 bilhões até o final de 2027. Além disto, o país é o 4º maior consumidor de maquiagem do mundo. 'Cadê minha vaga': saiba como é o mercado para quem trabalha com maquiagem Para Vitória, ser uma artista no ramo da maquiagem é também poder colocar um sorriso no rosto das pessoas, principalmente em momentos especiais como casamentos e formaturas. “Eu me encontrei não apenas embelezando, mas também ajudando a construir autoestima e empoderamento, especialmente entre as mulheres. Como mulher trans empreendedora, enfrentei muitos obstáculos, principalmente devido à minha identidade de gênero. Mas nunca me deixei abater. Mostrei que não sou apenas um corpo, mas uma pessoa com talento, personalidade e sonhos. Esse foi o meu diferencial: ser protagonista da minha história e não uma vítima”, destacou. Mulher de Negócios No ano passado, o trabalho de Vitória foi destaque no Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, na categoria Microempreendedora Individual (MEI). Ela foi a primeira mulher trans da região Norte a participar da honraria, a ser finalista e a conquistar o segundo lugar no pódio na etapa estadual. A iniciativa, que ocorre em âmbito local, regional e nacional, busca valorizar o empreendedorismo feminino em todo o país e fazer com que as mulheres reconheçam seu potencial, bem como recebam o apoio necessário para ser uma empreendedora de sucesso. Initial plugin text Para Vitória, a conquista representa a importância do apoio à comunidade LGBTQIA+, principalmente para driblar os altos índices de mortalidade ainda existentes no Brasil. “Esse prêmio não é só meu, ele representa a possibilidade de inspirar outras mulheres trans a acreditarem nos seus talentos e sonhos. Fico feliz por ter sido uma porta de entrada para que outras histórias e sonhos da comunidade LGBT e da diversidade possam se concretizar”, celebrou. As inscrições para a próxima edição podem ser feitas até o próximo dia 15 de junho pela internet e são divididas em cinco categorias, sendo: Pequenos Negócios, Produtora Rural, Microempreendedora Individual (MEI), Ciência e Tecnologia e Negócios Internacionais, sendo estas duas últimas inéditas. Prêmio 'Sebrae Mulher de Negócios': inscrições vão até o dia 15 de junho no site do Sebrae Resistir Vitória não venceu o Prêmio Mulher de Negócios à toa. Ela está entre as 55% das pessoas LGBTQIA+ que lideram o próprio negócio. Isto é o que indica um estudo inédito do Sebrae, publicado este ano, que mostra o cenário do empreendedorismo dentro da comunidade. A porcentagem é o equivalente a 3,7 milhões de pessoas. Além disso, dos 15 milhões de brasileiros com 16 anos ou mais e que se identificam como integrantes da comunidade, pelo menos 20% têm intenção de abrir um negócio até 2028. A jovem empreendedora é um exemplo de que, apesar do preconceito que mata, a representatividade é importante para aumentar o percentual de empreendedores LGBT+ no Brasil e no Acre, bem como permitir com que outras mulheres trans e travestis possam se espelhar nela e, para além do mundo dos negócios, que possam ser independentes e protagonistas da própria história. Vitória busca se profissionalizar para melhorar técnicas de maquiagem Arquivo pessoal “No Norte do Brasil, onde a informação sobre diversidade ainda é escassa, ser uma figura pública e mostrar que somos muito mais do que nossa identidade de gênero ou orientação sexual é essencial. Minha visibilidade ajuda a desmistificar o que significa ser trans e inspira outras mulheres trans a se lançarem no empreendedorismo. Vivemos no país que mais mata transexuais e travestis no mundo, então, mostrar nossas histórias e talentos é uma maneira de fortalecer a luta por respeito e inclusão”, complementou. Começar, segundo ela, nunca será fácil. Mas Vitória acredita que o amanhã sempre pode ser mais bonito. “Nada vem fácil, principalmente para nós, mulheres trans, mas isso não significa que não podemos sonhar e conquistar. Se uma pessoa já subiu naquele palco, empreendeu e conquistou, qualquer outra pode também. O importante é acreditar em si mesma e fazer acontecer”, finalizou. Empreendedora desde os 15, Vitória Bogéa transforma o preconceito em resistência e firma nome no mercado de beleza no Acre Arquivo pessoal VÍDEOS: g1 Fonte: G1


wilson Pará de Minas lidera desenvolvimento no Centro-Oeste; Quartel Geral tem pior desempenho
Levantamento da Firjan, com base em saúde, educação e geração de emprego e renda, avaliou municípios de todo o Brasil. Pará de Minas tem o melhor índice de desenvolvimento na região, segundo a Firjan Prefeitura de Pará de Minas/Divulgação Pará de Minas tem o melhor índice de desenvolvimento da região Centro-Oeste de Minas. Quartel Geral tem o pior, segundo o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM). Além de Pará de Minas, apenas Formiga e Divinópolis registraram alto desenvolvimento. Nenhuma cidade da região registrou desenvolvimento crítico. O estudo leva em conta três indicadores: Saúde Educação Geração de emprego e renda ➡️ Clique aqui e siga o perfil do g1 Centro-Oeste de Minas no Instagram Criado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o IFDM mede, desde 2008, o desenvolvimento socioeconômico de todos os municípios do Brasil. O resultado do estudo divulgado em 2025 considera os dados de 2023. O Índice As cidades recebem notas de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento socioeconômico do município. Desenvolvimento Crítico: IFDM entre 0,0 e 0,4 Desenvolvimento Baixo: IFDM entre 0,4 e 0,6 Desenvolvimento Moderado: IFDM entre 0,6 e 0,8 Desenvolvimento Alto: IFDM entre 0,8 e 1,0 O estudo considera aspectos como taxa de desligamentos voluntários, taxa de pobreza (com base no Cadastro Único), PIB per capita, cobertura de pré-natal e vacinal, gravidez na adolescência, matrícula de crianças de até três anos em creches, oferta de educação integral e taxas de abandono escolar, entre outros. Veja abaixo o ranking das dez cidades da região com os melhores índices de desenvolvimento: Pará de Minas: 0.8287 Formiga: 0.8109 Divinópolis: 0.8095 Arapuá: 0.7880 Cláudio: 0.7858 Arcos: 0.7743 Igaratinga: 0.7730 Bom Despacho: 0.7709 Carmo do Cajuru: 0.7667 Itaúna: 0.7616 Veja o ranking das dez cidades com os piores índices de desenvolvimento da região: Quartel Geral: 0.5621 Onça de Pitangui: 0.6025 Doresópolis: 0.6050 Camacho: 0.6136 São Francisco de Paula: 0.6138 Pompéu: 0.6232 Biquinhas: 0.6267 Paineiras: 0.6275 Iguatama: 0.6340 Moema: 0.6356 Metodologia Atualizada em 2025, a metodologia busca retratar com mais precisão a realidade brasileira. O estudo passou a considerar problemas históricos e novos desafios, com revisão de parâmetros, pesos dos indicadores e metas. A nova estrutura também inclui indicadores que vão além de dados da gestão municipal, considerando que o desenvolvimento local depende da ação conjunta das três esferas de governo. Os dados analisados são obtidos exclusivamente de fontes oficiais, possuem periodicidade anual, recorte municipal e abrangência nacional. VEJA TAMBÉM: Ranking elege cidades brasileiras com melhor qualidade de vida Ranking elege cidades brasileiras com melhor qualidade de vida 📲 Siga o g1 Centro-Oeste MG no WhatsApp, Facebook e X VÍDEOS: veja tudo sobre o Centro-Oeste de Minas Fonte: G1


ademar.lopes Escape room na Bienal do Livro transforma leitor em detetive; feira terá lançamento de jogo literário
Evento aposta em experiências imersivas que transformam livros em jogos e colocam o público no centro da investigação. Bienal do Livro Rio 2025 acontece entre 13 e 22 de junho, no Riocentro, na Zona Oeste. Escape room na Bienal do Livro transforma leitor em detetive Divulgação A Bienal do Livro Rio 2025, que acontece entre 13 e 22 de junho, no Riocentro, promete levar o público a um novo nível de imersão literária, transformando leitores em verdadeiros detetives. A novidade é o espaço batizado de Escape Bienal, uma experiência imersiva onde grupos vão desvendar enigmas em salas temáticas, inspiradas em grandes obras da literatura. Elaborado pela empresa Escape 60', pioneira no desenvolvimento de jogos de fuga temáticos no Brasil, o local é parte do conceito de Book Park, a grande aposta da Bienal desse ano. A ideia é apresentar um parque literário com atrações interativas, imersivas e tecnológicas. Clique aqui e siga o perfil do Bom Dia Rio no Instagram Salas inspiradas em livros de suspense No Escape Bienal, os visitantes encontrarão desafios com duração de 10 minutos, uma versão condensada dos tradicionais jogos de 60 minutos da Escape 60'. Na Bienal, o jogo terá capacidade para até 10 participantes por sessão. Cada sala foi meticulosamente criada em colaboração com editoras, convidando os participantes a mergulharem em tramas cheias de suspense, pistas intrigantes, reviravoltas surpreendentes e toda a emoção típica de um escape room. Escape Room literária na Bienal do Livro 2025 Divulgação Os cenários são realistas e as narrativas envolventes, criados por uma equipe própria de cenografia e desenvolvimento de jogos, com cada detalhe pensado para transportar os jogadores e torná-los protagonistas de sua própria aventura. Conheça as salas temáticas da Bienal: "A Empregada" (Editora Arqueiro): Os visitantes assumem o papel de Millie, uma governanta que se vê trancada em seu quarto após um dia de trabalho, tendo apenas um bilhete misterioso como pista para desvendar o quebra-cabeça. "O caso Raphael Montes" (Companhia das Letras): Uma investigação é deflagrada com o desaparecimento do renomado autor Raphael Montes, desafiando os jogadores a vasculharem sua biblioteca em busca de respostas sobre o ocorrido. Vale destacar que Raphael Montes, autor de sucessos como "Suicidas" e "Jantar Secreto", terá uma mesa de discussão sobre o gênero policial na Bienal. "Mistério em cena" (HarperCollins Brasil): O clássico detetive Hercule Poirot ganha reforços em um caso de sala trancada. Madame Scarlet foi assassinada, e o detetive precisa de ajuda para solucionar o crime. "Assassinato na família" (Editora Ediouro): Inspirado nos romances de Cara Hunter, esta sala convida os visitantes a reabrir o caso não resolvido do assassinato de Luke Ryder. Como investigadores forenses, eles terão apenas poucos minutos para desvendar os enigmas e salvar as provas, antes que o principal suspeito, que descobriu a reabertura do caso, entre em ação. Cara Hunter é uma escritora britânica de romances policiais best-sellers, com mais de um milhão de exemplares vendidos globalmente. Para Márcio Abraham, um dos responsáveis pela criação dos jogos e sócio da Escape 60', a atração será uma experiência divertida e emocionante. "Muitas vezes eu dormi pensando numa dinâmica e acordava com o jogo pronto. Quando vi a cenografia pronta pela primeira vez, fiquei muito emocionado", contou Márcio Abraham. Literatura em diferentes formatos Seguindo na linha da literatura em diferentes tipos de mídia, a Bienal do Livro também será palco para o lançamento de uma experiência interativa singular. O "Assassinato no Parque Lage" é o primeiro jogo literário de mistério da Mapa Crime, desenvolvido pela Mapa Lab. A autoria do jogo é da escritora Luciana De Gnone, conhecida por seus romances policiais que mergulham no suspense psicológico e nas ambiguidades da alma humana. O "Assassinato no Parque Lage" é o primeiro jogo literário de mistério da Mapa Crime, desenvolvido pela Mapa Lab. Divulgação Para Luciana, jogos literários e escape rooms são sinais de um novo momento da literatura, que vai além do formato tradicional do livro. "Estamos vivendo um momento muito instigante em que literatura, jogo e experiência sensorial se entrelaçam. A experiência passa a ser mais imersiva e isso não significa abrir mão do texto, mas expandi-lo", comentou a autora. "Jogos literários como Assassinato no Parque Lage exigem leitura atenta, interpretação de documentos, análise de personagens e formulação de hipóteses, todos os elementos clássicos de um bom romance policial, mas agora mediados pela participação ativa do leitor, que se torna protagonista da investigação", completou Luciana De Gnone. A escritora também reforça o conceito de 'narrativa transmídia', muito presente na Bienal do Livro desse ano. "No caso do jogo, permitir que o leitor examine provas, abra envelopes lacrados, confronte mentiras e construa sua própria linha de investigação é, para mim, literatura em estado de ação", disse Luciana. Parque Lage é o cenário O jogo é apresentado como um "livro para jogar", propondo que o leitor se torne um detetive de um crime intrigante ambientado no icônico Parque Lage, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O kit do jogo, inspirado em modelos internacionais, é composto por documentos, pistas visuais, cartas, fotos e anotações que simulam uma investigação criminal real, proporcionando uma imersão total na narrativa. "A escolha do Parque Lage como cenário foi quase inevitável quando recebi a demanda da Mapa Crime. É um espaço carregado de simbolismo, beleza e mistério. A presença da Escola de Artes, o casarão histórico, a vegetação densa e aquela piscina central tão icônica criam um palco naturalmente cinematográfico. Quis trabalhar essa ambiência para que o cenário não fosse apenas pano de fundo, mas parte ativa da trama", explicou Luciana. Parque Lage Reprodução/TV Globo O lançamento de "Assassinato no Parque Lage" na Bienal incluirá sessões interativas de demonstração, encontros com a autora e venda exclusiva da primeira tiragem no espaço da Mapa Lab, na Praça Além da Página. A coleção "mapa crime investiga" busca resgatar o prazer da leitura por meio da experimentação e da participação ativa do leitor, sendo também um tributo à tradição do romance policial, reimaginado como uma experiência coletiva e sensorial. LEIA TAMBÉM: Bienal do Livro: parque e labirinto literários, roda-gigante e 'escape room' são novidades em feira que cresce e aposta em experiências Marcelo Rubens Paiva, Cara Hunter e Lazaro Ramos estão entre os 300 participantes da edição 2025; veja a programação Bienal do Livro surfa na onda do ‘BookTok’ e prepara programação para geração de novos e ávidos leitores Bienal terá aplicativo com mapa interativo e agenda personalizada; saiba como baixar Além de ser a autora do inovador jogo "Assassinato no Parque Lage", Luciana De Gnone terá um papel central na Bienal do Livro Rio 2025 como mediadora de um painel de destaque sobre literatura policial, mistério e investigação. No dia 19 de junho, às 13h, ela estará ao lado dos autores Raphael Montes e Cara Hunter, nomes reconhecidos por prenderem leitores até a última página. Este encontro promete um mergulho nos bastidores da construção de histórias cheias de tensão e surpresas, abordando o papel da investigação, a criação de personagens ambíguos e o impacto das reviravoltas nas tramas. A escritora Luciana De Gnone é autora do livro pra jogar "O Assassinato no Parque Lage", o primeiro jogo literário de mistério da Mapa Crime, desenvolvido pela Mapa Lab. Reprodução redes sociais Autora de seis romances de ficção policial, com protagonistas femininas que enfrentam dilemas éticos, violência de gênero e crimes cercados por reviravoltas, Luciana De Gnone tem entre seus livros mais conhecidos "Evidência 7", "Crimes em Copacabana: Caçada ao Dono da Babilônia" e "Aquilo que Nunca Soube". Fonte: G1

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Saiba se é o seu, ou do seu companheiro. Fonte: Notícias ao Minuto Brasil