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wilson Pará de Minas lidera desenvolvimento no Centro-Oeste; Quartel Geral tem pior desempenho

Levantamento da Firjan, com base em saúde, educação e geração de emprego e renda, avaliou municípios de todo o Brasil. Pará de Minas tem o melhor índice de desenvolvimento na região, segundo a Firjan Prefeitura de Pará de Minas/Divulgação Pará de Minas tem o melhor índice de desenvolvimento da região Centro-Oeste de Minas. Quartel Geral tem o pior, segundo o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM). Além de Pará de Minas, apenas Formiga e Divinópolis registraram alto desenvolvimento. Nenhuma cidade da região registrou desenvolvimento crítico. O estudo leva em conta três indicadores: Saúde Educação Geração de emprego e renda ➡️ Clique aqui e siga o perfil do g1 Centro-Oeste de Minas no Instagram Criado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o IFDM mede, desde 2008, o desenvolvimento socioeconômico de todos os municípios do Brasil. O resultado do estudo divulgado em 2025 considera os dados de 2023. O Índice As cidades recebem notas de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento socioeconômico do município. Desenvolvimento Crítico: IFDM entre 0,0 e 0,4 Desenvolvimento Baixo: IFDM entre 0,4 e 0,6 Desenvolvimento Moderado: IFDM entre 0,6 e 0,8 Desenvolvimento Alto: IFDM entre 0,8 e 1,0 O estudo considera aspectos como taxa de desligamentos voluntários, taxa de pobreza (com base no Cadastro Único), PIB per capita, cobertura de pré-natal e vacinal, gravidez na adolescência, matrícula de crianças de até três anos em creches, oferta de educação integral e taxas de abandono escolar, entre outros. Veja abaixo o ranking das dez cidades da região com os melhores índices de desenvolvimento: Pará de Minas: 0.8287 Formiga: 0.8109 Divinópolis: 0.8095 Arapuá: 0.7880 Cláudio: 0.7858 Arcos: 0.7743 Igaratinga: 0.7730 Bom Despacho: 0.7709 Carmo do Cajuru: 0.7667 Itaúna: 0.7616 Veja o ranking das dez cidades com os piores índices de desenvolvimento da região: Quartel Geral: 0.5621 Onça de Pitangui: 0.6025 Doresópolis: 0.6050 Camacho: 0.6136 São Francisco de Paula: 0.6138 Pompéu: 0.6232 Biquinhas: 0.6267 Paineiras: 0.6275 Iguatama: 0.6340 Moema: 0.6356 Metodologia Atualizada em 2025, a metodologia busca retratar com mais precisão a realidade brasileira. O estudo passou a considerar problemas históricos e novos desafios, com revisão de parâmetros, pesos dos indicadores e metas. A nova estrutura também inclui indicadores que vão além de dados da gestão municipal, considerando que o desenvolvimento local depende da ação conjunta das três esferas de governo. Os dados analisados são obtidos exclusivamente de fontes oficiais, possuem periodicidade anual, recorte municipal e abrangência nacional. VEJA TAMBÉM: Ranking elege cidades brasileiras com melhor qualidade de vida Ranking elege cidades brasileiras com melhor qualidade de vida 📲 Siga o g1 Centro-Oeste MG no WhatsApp, Facebook e X VÍDEOS: veja tudo sobre o Centro-Oeste de Minas Fonte: G1

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ademar.lopes Escape room na Bienal do Livro transforma leitor em detetive; feira terá lançamento de jogo literário

Evento aposta em experiências imersivas que transformam livros em jogos e colocam o público no centro da investigação. Bienal do Livro Rio 2025 acontece entre 13 e 22 de junho, no Riocentro, na Zona Oeste. Escape room na Bienal do Livro transforma leitor em detetive Divulgação A Bienal do Livro Rio 2025, que acontece entre 13 e 22 de junho, no Riocentro, promete levar o público a um novo nível de imersão literária, transformando leitores em verdadeiros detetives. A novidade é o espaço batizado de Escape Bienal, uma experiência imersiva onde grupos vão desvendar enigmas em salas temáticas, inspiradas em grandes obras da literatura. Elaborado pela empresa Escape 60', pioneira no desenvolvimento de jogos de fuga temáticos no Brasil, o local é parte do conceito de Book Park, a grande aposta da Bienal desse ano. A ideia é apresentar um parque literário com atrações interativas, imersivas e tecnológicas. Clique aqui e siga o perfil do Bom Dia Rio no Instagram Salas inspiradas em livros de suspense No Escape Bienal, os visitantes encontrarão desafios com duração de 10 minutos, uma versão condensada dos tradicionais jogos de 60 minutos da Escape 60'. Na Bienal, o jogo terá capacidade para até 10 participantes por sessão. Cada sala foi meticulosamente criada em colaboração com editoras, convidando os participantes a mergulharem em tramas cheias de suspense, pistas intrigantes, reviravoltas surpreendentes e toda a emoção típica de um escape room. Escape Room literária na Bienal do Livro 2025 Divulgação Os cenários são realistas e as narrativas envolventes, criados por uma equipe própria de cenografia e desenvolvimento de jogos, com cada detalhe pensado para transportar os jogadores e torná-los protagonistas de sua própria aventura. Conheça as salas temáticas da Bienal: "A Empregada" (Editora Arqueiro): Os visitantes assumem o papel de Millie, uma governanta que se vê trancada em seu quarto após um dia de trabalho, tendo apenas um bilhete misterioso como pista para desvendar o quebra-cabeça. "O caso Raphael Montes" (Companhia das Letras): Uma investigação é deflagrada com o desaparecimento do renomado autor Raphael Montes, desafiando os jogadores a vasculharem sua biblioteca em busca de respostas sobre o ocorrido. Vale destacar que Raphael Montes, autor de sucessos como "Suicidas" e "Jantar Secreto", terá uma mesa de discussão sobre o gênero policial na Bienal. "Mistério em cena" (HarperCollins Brasil): O clássico detetive Hercule Poirot ganha reforços em um caso de sala trancada. Madame Scarlet foi assassinada, e o detetive precisa de ajuda para solucionar o crime. "Assassinato na família" (Editora Ediouro): Inspirado nos romances de Cara Hunter, esta sala convida os visitantes a reabrir o caso não resolvido do assassinato de Luke Ryder. Como investigadores forenses, eles terão apenas poucos minutos para desvendar os enigmas e salvar as provas, antes que o principal suspeito, que descobriu a reabertura do caso, entre em ação. Cara Hunter é uma escritora britânica de romances policiais best-sellers, com mais de um milhão de exemplares vendidos globalmente. Para Márcio Abraham, um dos responsáveis pela criação dos jogos e sócio da Escape 60', a atração será uma experiência divertida e emocionante. "Muitas vezes eu dormi pensando numa dinâmica e acordava com o jogo pronto. Quando vi a cenografia pronta pela primeira vez, fiquei muito emocionado", contou Márcio Abraham. Literatura em diferentes formatos Seguindo na linha da literatura em diferentes tipos de mídia, a Bienal do Livro também será palco para o lançamento de uma experiência interativa singular. O "Assassinato no Parque Lage" é o primeiro jogo literário de mistério da Mapa Crime, desenvolvido pela Mapa Lab. A autoria do jogo é da escritora Luciana De Gnone, conhecida por seus romances policiais que mergulham no suspense psicológico e nas ambiguidades da alma humana. O "Assassinato no Parque Lage" é o primeiro jogo literário de mistério da Mapa Crime, desenvolvido pela Mapa Lab. Divulgação Para Luciana, jogos literários e escape rooms são sinais de um novo momento da literatura, que vai além do formato tradicional do livro. "Estamos vivendo um momento muito instigante em que literatura, jogo e experiência sensorial se entrelaçam. A experiência passa a ser mais imersiva e isso não significa abrir mão do texto, mas expandi-lo", comentou a autora. "Jogos literários como Assassinato no Parque Lage exigem leitura atenta, interpretação de documentos, análise de personagens e formulação de hipóteses, todos os elementos clássicos de um bom romance policial, mas agora mediados pela participação ativa do leitor, que se torna protagonista da investigação", completou Luciana De Gnone. A escritora também reforça o conceito de 'narrativa transmídia', muito presente na Bienal do Livro desse ano. "No caso do jogo, permitir que o leitor examine provas, abra envelopes lacrados, confronte mentiras e construa sua própria linha de investigação é, para mim, literatura em estado de ação", disse Luciana. Parque Lage é o cenário O jogo é apresentado como um "livro para jogar", propondo que o leitor se torne um detetive de um crime intrigante ambientado no icônico Parque Lage, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O kit do jogo, inspirado em modelos internacionais, é composto por documentos, pistas visuais, cartas, fotos e anotações que simulam uma investigação criminal real, proporcionando uma imersão total na narrativa. "A escolha do Parque Lage como cenário foi quase inevitável quando recebi a demanda da Mapa Crime. É um espaço carregado de simbolismo, beleza e mistério. A presença da Escola de Artes, o casarão histórico, a vegetação densa e aquela piscina central tão icônica criam um palco naturalmente cinematográfico. Quis trabalhar essa ambiência para que o cenário não fosse apenas pano de fundo, mas parte ativa da trama", explicou Luciana. Parque Lage Reprodução/TV Globo O lançamento de "Assassinato no Parque Lage" na Bienal incluirá sessões interativas de demonstração, encontros com a autora e venda exclusiva da primeira tiragem no espaço da Mapa Lab, na Praça Além da Página. A coleção "mapa crime investiga" busca resgatar o prazer da leitura por meio da experimentação e da participação ativa do leitor, sendo também um tributo à tradição do romance policial, reimaginado como uma experiência coletiva e sensorial. LEIA TAMBÉM: Bienal do Livro: parque e labirinto literários, roda-gigante e 'escape room' são novidades em feira que cresce e aposta em experiências Marcelo Rubens Paiva, Cara Hunter e Lazaro Ramos estão entre os 300 participantes da edição 2025; veja a programação Bienal do Livro surfa na onda do ‘BookTok’ e prepara programação para geração de novos e ávidos leitores Bienal terá aplicativo com mapa interativo e agenda personalizada; saiba como baixar Além de ser a autora do inovador jogo "Assassinato no Parque Lage", Luciana De Gnone terá um papel central na Bienal do Livro Rio 2025 como mediadora de um painel de destaque sobre literatura policial, mistério e investigação. No dia 19 de junho, às 13h, ela estará ao lado dos autores Raphael Montes e Cara Hunter, nomes reconhecidos por prenderem leitores até a última página. Este encontro promete um mergulho nos bastidores da construção de histórias cheias de tensão e surpresas, abordando o papel da investigação, a criação de personagens ambíguos e o impacto das reviravoltas nas tramas. A escritora Luciana De Gnone é autora do livro pra jogar "O Assassinato no Parque Lage", o primeiro jogo literário de mistério da Mapa Crime, desenvolvido pela Mapa Lab. Reprodução redes sociais Autora de seis romances de ficção policial, com protagonistas femininas que enfrentam dilemas éticos, violência de gênero e crimes cercados por reviravoltas, Luciana De Gnone tem entre seus livros mais conhecidos "Evidência 7", "Crimes em Copacabana: Caçada ao Dono da Babilônia" e "Aquilo que Nunca Soube". Fonte: G1

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webradio016 Sempre discutindo! Os signos que costumam perder a calma no amor

Saiba se é o seu, ou do seu companheiro. Fonte: Notícias ao Minuto Brasil

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r011 Centralia: a cidade que está em chamas há 60 anos, seguirá queimando por décadas e inspirou filme de terror

Em 1962, um incêndio subterrâneo se espalhou por minas de carvão e condenou a cidade do leste dos EUA. Dos mais de 1.200 moradores que viviam no local, apenas cinco permanecem. Conheça a cidade dos EUA que está pegando fogo há mais de 60 anos Era véspera do feriado do Memorial Day na pequena cidade de Centralia, a 180 km da Filadélfia, nos Estados Unidos. Dezenas de famílias se preparavam para visitar o cemitério local e homenagear soldados americanos mortos em combate, uma tradição local. Mas havia um problema: o mau cheiro de um lixão vizinho. Foi então que funcionários públicos decidiram queimar uma pilha de lixo no aterro para evitar que o fedor atrapalhasse a homenagem. Ninguém esperava que aquela chama daria início a um incêndio subterrâneo que já dura mais de 60 anos — e transformaria Centralia em uma cidade-fantasma. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A região ficou conhecida por suas minas de carvão. A extração mineral começou em 1842 e fez Centralia crescer aos poucos. Na década de 1960, cerca de 1.200 pessoas viviam na cidade, em uma comunidade pequena e pacata. Tudo começou a mudar em 1962. O fogo, iniciado para "limpar" a área antes das homenagens do Memorial Day — comemorado sempre na última segunda-feira de maio —, por si só não seria capaz de causar um desastre. Mas havia uma mina de carvão abandonada abaixo do lixão, que foi atingida pelas chamas. Isso foi o suficiente para deflagrar um desastre subterrâneo jamais controlado. Com o tempo, o fogo foi avançando pelos túneis das minas de carvão, lançando gases tóxicos, abrindo crateras e tornando a área cada vez mais instável. Centralia acabou condenada ao abandono. 📉 A população caiu de 1.200 para apenas 5 pessoas. 💸 O governo gastou mais de US$ 40 milhões para combater o incêndio e realocar os moradores. 😔 O solo rachou em diversos pontos e chegou a engolir um garoto em 1981 — ele foi salvo pelo primo, mas sofreu com traumas ao longo da vida. 🔥 O fogo continua ativo até hoje e pode queimar por mais de 200 anos, segundo estimativas. 🌡️ A temperatura no subsolo de Centralia pode ultrapassar os 500 °C. 😱 A história inspirou o filme de terror "Silent Hill", adaptação para o cinema de um videogame com o mesmo nome. O longa mostra uma cidade coberta por névoa e presa em uma realidade paralela após um incêndio em uma mina de carvão. Conheça a história de Centralia mais abaixo. Do feriado ao caos Imagem mostra o antes e o depois da cidade de Centralia, nos Estados Unidos David DeKok/Centralia Photo Archive A queima do lixo para acabar com o mau cheiro e não atrapalhar o Memorial Day é a hipótese mais provável para o desastre de Centralia, segundo o governo da Pensilvânia. A mina que estava abaixo do local havia sido abandonada em 1935 e, provavelmente, não havia sido vedada corretamente. O jornalista David DeKok, autor de dois livros sobre a história de Centralia, explica que o aterro estava sobre um antigo poço de mineração a céu aberto. "O problema era que, como muitos poços de mineração a céu aberto, havia buracos que iam para a rede de minas abandonadas sob a cidade. E então, quando eles atearam fogo ao lixo, por acidente, ele se espalhou por um desses buracos para a rede de minas abandonadas", afirma. "Em poucos dias, havia vapor branco saindo das laterais daquele poço. E eles estavam praticamente certos de que um incêndio na mina havia começado. Claro, eles não tinham ideia do tamanho que se tornaria ou da dificuldade que seria para apagar." O efeito foi devastador. O fogo avançou sobre o carvão e se espalhou rapidamente no subsolo de Centralia. A partir daí, teve início uma manobra milionária — e que fracassou — para conter o incêndio. Veja a linha do tempo da cidade de Centralia Bruna Azevedo/g1 Operação milionária Autoridades americanas iniciaram uma operação para tentar controlar as chamas. Segundo o governo da Pensilvânia, num primeiro momento, os brigadistas tentaram usar água e até mesmo argila para sufocar o fogo. Não funcionou. Em novos esforços, o governo passou a fazer escavações para isolar o incêndio, além de preencher os túneis com materiais como areia e rocha britada. Também não funcionou. DeKok afirma que as autoridades não previram o quão caro seria apagar o fogo, o que se tornou um grande problema. As operações para extinguir as chamas foram interrompidas várias vezes por falta de recursos. "Eles começavam o trabalho, começavam a escavar para conter o fogo, mas ficavam sem dinheiro e precisavam parar. E então eles voltavam cerca de um ano depois. Mas, nesse ponto, o incêndio estava ainda maior. Tornou-se uma situação impossível", explica. Em pouco mais de 15 anos, os governos estadual e federal gastaram US$ 3,3 milhões para controlar o incêndio. A administração da Pensilvânia admite que os efeitos foram limitados. "O que tornou o incêndio tão difícil de controlar foi a geologia subterrânea de Centralia. Você tem que pensar nas veias das minas de carvão. Elas meio que sobem e descem. São como tigelas empilhadas umas sobre as outras", diz DeKok. Imagem mostra fumaça saindo do chão durante incêndio subterrâneo em Centralia David DeKok/Centralia Photo Archive Escalada do perigo Em 1969, famílias que moravam em três casas precisaram abandonar seus lares. Segundo DeKok, gases tóxicos começaram a invadir as residências, tornando a permanência no local perigosa. Ainda assim, Centralia tentava levar uma vida normal. Enquanto o governo procurava conter as chamas, na década de 1970, a população seguia com sua rotina diária. Com o tempo, no entanto, o solo da cidade ficou instável, e as emissões de gases tóxicos se tornaram cada vez mais frequentes. Em 1981, uma tragédia quase aconteceu. DeKok relembra que um adolescente de 12 anos estava caminhando pelo jardim da casa da avó quando avistou o que parecia ser fumaça saindo do chão. "Ele foi investigar o que era e desapareceu de vista em um buraco aberto pelo incêndio da mina. Ele se salvou ao se agarrar à raiz de uma árvore e gritar por socorro. Por sorte, seu primo de 14 anos estava por perto. Conseguiu alcançá-lo, segurou-o pelo casaco de inverno e o puxou para fora", conta. O jornalista conta que o menino foi levado ao hospital para fazer exames e se recuperou fisicamente. Por outro lado, o trauma ficou. DeKok diz que o jovem passou a sofrer de estresse pós-traumático. "Quando o entrevistei, cerca de 20 anos depois do acidente, ele contou que tinha pesadelos recorrentes com o que aconteceu. Nos sonhos, pedalava pela calçada da cidade, que de repente se abria e o engolia. Ou seja, ele não saiu ileso daquilo." Mais tarde, já adulto, a vítima passou a se envolver com o uso de opióides e morreu aos 51 anos — provavelmente por complicações causadas pelo uso prolongado das drogas, segundo DeKok. "Eu tenho quase certeza de que há, sim, alguma ligação entre o uso de drogas e o transtorno de estresse pós-traumático que ele desenvolveu — e o fato de a vida dele, com o tempo, ter desmoronado. Então, sim, eu atribuiria isso ao acidente", afirma o jornalista. Adeus, Centralia Imagem mostra fumaça de incêndio em Centralia, nos EUA Arquivo/TV Globo Na década de 1980, a permanência em Centralia passou a ser insustentável. Naquela época, o Escritório de Mineração de Superfície estimou em US$ 663 milhões os gastos para acabar com o incêndio, e o governo optou por retirar os moradores da área. O Congresso dos Estados Unidos aprovou um repasse de US$ 42 milhões para a desapropriação de imóveis prejudicados pelo incêndio e para a realocação de famílias e comércios para outras regiões. DeKok afirma que as famílias foram assentadas num raio de cerca de 20 km de Centralia, já que muitos queriam continuar com acesso a escolas e hospitais da região. Ainda assim, a saída não foi tranquila. "A situação ficou bastante tensa por volta de 1982. Dois terços da cidade queriam ser realocados, e um terço era contra. Isso gerou muitos conflitos entre os moradores", conta. O jornalista afirma que, entre os moradores que não queriam deixar a cidade, estavam aqueles que acreditavam que o fogo não era tão grave quanto as autoridades diziam ou que viviam em áreas consideradas mais seguras. "Eventualmente, a maior parte do grupo que resistia acabou aceitando a saída, mas com relutância. Foram embora porque todos estavam indo, e porque o valor das indenizações aumentou com o tempo. Foi uma combinação de fatores, mas no fim quase todos deixaram Centralia." Atualmente, apenas cinco proprietários continuam morando em Centralia. Os imóveis abandonados foram demolidos, e a cidade passou a ser um amontoado de quadras com ruas vazias. Legado e impacto cultural A Graffiti Highway, em Centralia David DeKok/Centralia Photo Archive A decadência de Centralia despertou a curiosidade pública e teve impacto até no cinema. Em entrevista ao site francês "Ecranlarge", o diretor Christophe Gans afirmou que Centralia serviu como referência para o filme de terror "Silent Hill", lançado em 2006. Segundo Gans, o roteirista Roger Avary conhecia a história da cidade e resolveu se inspirar no que tinha acontecido para ambientar o filme. Avary, por sua vez, deu várias entrevistas falando sobre o processo de pesquisa e a ligação com Centralia. O longa é uma adaptação para o cinema de um jogo de videogame também chamado Silent Hill, lançado no fim da década de 1990. No filme de 2006, a cidade aparece isolada por uma névoa densa e coberta por cinzas que caem do céu, resultado de um grande incêndio em uma mina de carvão. A trama também mostra Rose, uma mãe que decide levar a filha até a cidade depois que a menina começa a mencionar o local durante episódios de sonambulismo. No caminho, as duas sofrem um acidente e atravessam um portal para a realidade paralela de Silent Hill. Logo após o acidente, Sharon desaparece misteriosamente, e Rose inicia uma busca desesperada pela cidade, que está repleta de criaturas sobrenaturais. Já na vida real, um dos grandes símbolos do legado do incêndio em Centralia é a chamada "Graffiti Highway" — ou "Rodovia do Grafite". O local é um trecho da Rota 61 que foi interditado após as chamas provocarem rachaduras no asfalto. DeKok diz que o governo tentou manter a estrada transitável por algum tempo, mas acabou desistindo. A região também se tornou perigosa aos motoristas por causa da fumaça que saía do chão. Anos depois, moradores e visitantes começaram a cobrir o asfalto com grafites coloridos. “Foi como um projeto de arte pública, quase como o Muro de Berlim”, descreve. O jornalista conta que, durante a pandemia de Covid-19, a região voltou a atrair visitantes em busca de espaços abertos em meio ao isolamento. O aumento no fluxo de pessoas fez com que uma empresa que controlava a área colocasse pilhas de terra ao longo da estrada. "Eles queriam impedir que motocicletas e quadriciclos passassem por ali, mas, na verdade, tornaram aquilo um desafio. Os motociclistas adoram subir e descer montanhas de terra. Mas isso fez com que a maior parte dos grafites fosse coberta", conta. Atualmente, DeKok também coordena visitas turísticas a Centralia. Os passeios são realizados apenas em áreas consideradas seguras. Segundo o jornalista, os visitantes ainda conseguem ver partes da cidade e, dependendo do clima, até fumaça saindo do solo. VÍDEOS: mais assistidos do g1 Fonte: G1

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linnpy Robô que organiza a casa: pesquisa de mestrado da UFRGS usa tecnologia para ajudar idosos com mobilidade reduzida

Projeto é da Mestra em Ciência da Computação Letícia dos Santos. Robô TIAGo-135 é capaz de identificar objetos no chão, recolhê-los e colocá-los sobre uma mesa. Pesquisa da UFRGS cria robô para idosos com mobilidade reduzida Por meio de uma lembrança afetiva da infância, a Mestra em Ciência da Computação Letícia dos Santos transformou em ciência um gesto de cuidado. "A gente fazia uma bagunça, deixava os brinquedos espalhados pelo chão, e depois tinha que organizar. E meus pais falavam que uma das justificativas era porque minha avó tinha um problema de locomoção, de mobilidade", recorda Letícia. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp Anos depois, essa memória afetiva se transformou em base para um projeto científico: o desenvolvimento de um sistema autônomo para um robô chamado TIAGo-135, capaz de identificar objetos no chão, recolhê-los e colocá-los sobre uma mesa – tudo isso sem qualquer intervenção humana. A pesquisa foi realizada durante o mestrado de Letícia em um programa em conjunto entre a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Universidade de Oslo, na Noruega. Robô TIAGo-135 Imagens cedidas/ Letícia dos Santos Público-alvo A pesquisa nasceu de uma oportunidade: entre as áreas de trabalho oferecidas pela Universidade de Oslo, Letícia poderia atuar com o robô TIAGo-135 – uma plataforma desenvolvida por uma empresa europeia, usada em projetos de pesquisa científica. A instituição mantinha parceria com um centro comunitário para idosos, o que direcionava o público-alvo da pesquisa. A ideia inicial era usar o robô em um ambiente doméstico, fora do contexto hospitalar, justamente onde mais se percebem as dificuldades cotidianas enfrentadas por pessoas com mobilidade reduzida. Além de manter o ambiente limpo e organizado, a remoção de itens do chão pode prevenir quedas. "O objeto no chão também pode ser um risco do idoso pisar em cima, perder o equilíbrio e cair, por exemplo", explica. Mestra em Ciência da Computação Letícia dos Santos e o robô TIAGo-135 Imagens cedidas/ Letícia dos Santos Um robô que 'se vira sozinho' Diferente de outras abordagens científicas que se concentram em etapas específicas, como apenas a navegação ou apenas a manipulação de objetos, Letícia conta que projetou uma solução completa: "A técnica que eu propus, ela é autônoma. Ou seja, você coloca o robô no ambiente e ele se vira para fazer a tarefa. Você não precisa adaptar o ambiente para o robô", comenta. Essa autonomia foi um dos principais diferenciais da pesquisa, segundo a Mestra. Nada de etiquetas ou bandejas coloridas como pontos de referência, o robô precisa entender o ambiente como ele é, sem ajustes prévios. O TIAGo-135 é uma unidade robótica com base móvel e braço articulado com sete graus de liberdade, altura ajustável e capaz de agarrar e manipular objetos com uma carga útil de 2 kg. O sistema desenvolvido por Letícia permite que o robô identifique o próprio posicionamento, localize copos espalhados e encontre a mesa mais próxima para organizá-los, sem depender de mapas ou instruções externas. “O robô não precisa imitar o humano, ele só precisa resolver o problema”, resume. Robô TIAGo-135 Imagens cedidas/ Letícia dos Santos Precisão e segurança Durante o período de um ano que passou na Noruega, Letícia testou sua proposta com o robô real em laboratório. O espaço de testes simulava um ambiente doméstico de cerca de cinco metros quadrados, com dois copos no chão e uma mesa. "Tem várias coisas que tem que ser consideradas, principalmente no teste real. Acontece de o robô, por exemplo, derrubar o copo. Ele precisa ter uma precisão bem grande para conseguir pegar o objeto ali, porque questão de dois centímetros ele já pode fazer um movimento errado e não conseguir fazer a tarefa", diz. A pesquisa teve uma taxa de 93% de sucesso. Em um dos testes, o robô prendeu o braço por conta de um erro na detecção de obstáculos. Foi necessário então acionar o botão de emergência — um recurso comum em robôs de pesquisa, que desativa imediatamente todos os motores, como se o robô "desmaiasse", para evitar danos ao equipamento. "Se ele ficasse forçando o motor ali, ele podia estragar", explica Letícia. Robôs em rede Atualmente morando em Porto Alegre, Letícia dá continuidade à sua trajetória acadêmica no doutorado em computação da UFRGS. O foco agora é em sistemas com múltiplos robôs coordenados entre si. A ideia é estudar como diferentes robôs — com formatos, tamanhos e capacidades variadas — podem trabalhar em conjunto em tarefas como mapeamento, exploração de ambientes e cooperação em espaços domésticos ou industriais. "O doutorado tem quatro anos e eu só estou no início, então a ideia ainda pode mudar um pouco. Mas, inicialmente, eu estou trabalhando com multi-robôs, que seriam vários robôs que eles podem se coordenar para fazer uma tarefa, para construir um mapa de um ambiente, para andar junto, para várias aplicações", comenta. Futuro acessível? A pesquisadora reconhece que o custo atual dos robôs como o TIAGo ainda é alto. Segundo ela, trata-se de uma plataforma, voltada para a pesquisa e altamente customizável, com possibilidade de acoplar diversos sensores. Apesar disso, ela acredita que a tendência é de que robôs domésticos se tornem mais acessíveis nos próximos anos, ainda que não saiba prever quando isso deve ocorrer. “Não é minha área de pesquisa, eu sou mais interessada em entender como o robô funciona de fato, mas acredito que economicamente vai ficar mais viável no futuro", aposta. Orientadores do projeto do robô TIAGo-135: Orientador: Prof. Dr. Renan Maffei Co-orientador: Prof. Dr. Mariana Kolberg Co-orientador: Prof. Dr. Jim Torresen VÍDEOS: Tudo sobre o RS Fonte: G1

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r011 Xand Avião exalta forró, repagina o gênero com toque pop e reforça legado nordestino em Campina Grande: ‘maior artista do São João é o forró’

No São João 2025 de Campina Grande, Xand Avião entregou um show repaginado do forró com toque pop e releituras de clássicos do gênero; Léo Foguete estreou no evento com apresentação marcada por emoção e surpresas no palco. Xand Avião no São João 2025 de Campina Grande Natasha Leoni/Arte Produções Quase duas horas de show, repertório repaginado, homenagem aos mestres do forró e carinho com o público de Campina Grande. Foi assim que Xand Avião comandou a madrugada deste domingo (8), no Parque do Povo, no São João 2025 de Campina Grande, com o espetáculo da turnê “O Forró é Pop”. A apresentação começou pouco depois da 1h da manhã e misturou tradição, inovação e sentimentos, uma assinatura já esperada por quem acompanha o artista. O início do show foi marcado por uma reverência a Luiz Gonzaga. Ao som de “A vida do viajante”, de Luiz Gonzaga, a cenografia projetada no telão e a presença de dançarinos caracterizados como cangaceiros deram o tom da homenagem. Logo em seguida, Xand deixou claro o espírito da apresentação: “Quero lembrar que o maior artista do São João é o forró, não é ninguém”, disse, antes de cantar “Eu só quero um xodó”, clássico de Dominguinhos. Confira a programação do São João 2025 de Campina Grande Saiba tudo sobre as festas juninas na Paraíba São João 2025 na Rede Paraíba: cobertura tem programas, jornais e vários conteúdos especiais O repertório seguiu valorizando a história do forró, com músicas de Luiz Gonzaga e outros ícones da música nordestina. Em um dos momentos mais marcantes da noite, Xand fez referência à apresentação do ano passado e destacou a conexão com o público. Xand Avião no São João 2025 de Campina Grande Natasha Leoni/Arte Produções Xand iniciou o show com um figurino caracterizado e dedicado ao show em Campina Grande. Nas redes sociais, o cantor já havia adiantado que preparava um figurino exclusivo para cada uma das 34 apresentações da turnê no mês de junho. Para a noite em Campina Grande, ele escolheu um figurino inspirado na sua relação com a cidade e produzido por um estilista de Campina Grande, assinado pelo estilista Roosevelt Fernandes. A proposta reforça o conceito do projeto: um forró com estética contemporânea, sem perder a essência. “Foram 34 figurinos [provados por ele para a maratona em junho], é muito figurino, e assim, o escolhido para cá, lógico, tinha que ser o que o Roosevelt fez, é um cara aqui de Campina Grande. Que gibão lindo que esse cara fez”, explicou Xand. A turnê, que vem rodando o Nordeste, eterniza momentos marcantes para Xand, como o arrastão feito na última edição do São João de Campina Grande, cena que virou símbolo da sintonia do artista com o público paraibano. A apresentação dele no evento em 2024, inclusive, foi eleita pelo público como o melhor show da edição em enquete promovida pelo g1. “Que responsabilidade subir nesse palco depois do que a gente fez no ano passado. A gente ganhou, por causa de vocês [público], uma enquete do g1 e a gente ganhou o melhor show do São João [de 2024 em Campina Grande], mas quem ganhou não fui eu, foi o forró”, disse Xand. Show de Xand Avião é eleito o melhor do São João 2024 de Campina Grande Xand Avião no São João 2025 de Campina Grande Natasha Leoni/Arte Produções Apresentando a turnê “O Forró é Pop”, Xand Avião misturou, em Campina Grande, o tradicional e o moderno, trazendo um repertório atualizado, balé próprio e coreografias que traduzem a identidade dessa nova fase da carreira. Entre as faixas que compõem “O Forró é Pop”, Xand trouxe sucessos como “Razões”, da banda Mastruz com Leite, “Me Usa”, da banda Magníficos, e “Passos na Areia”, da Cavalo de Pau, todas com arranjos renovados. Um dos pontos altos da noite foi a representação visual criada no palco: bailarinos voltaram à cena como cangaceiros, agora em uma estrada do Nordeste, ao som da sanfona, mas com uma pegada pop. Nesse momento, Xand e os dançarinos exaltaram a importância da sanfona na identidade do forró. Na reta final do show, o cantor mergulhou no próprio repertório e relembrou hits da época em que fazia parte da banda Aviões do Forró, como “Já tomei porres por você”, “Quem é o gostosão daqui?” e “Comendo água”. Cerca de 50 minutos antes do fim da apresentação, ele convidou ao palco Samara Souto, vocalista da banda Magníficos, para cantar a música “Me Usa”. A banda Magníficos não está na programação do São João 2025 de Campina Grande no Parque do Povo. Já nos minutos finais, Xand fez um momento solo com triângulo, se colocando como integrante de um trio de forró enquanto interpretava canções mais intimistas. O encerramento foi animado, com hits dançantes, e uma declaração que emocionou o público: “Se vai ser o melhor show do São João eu não sei, mas o melhor show da minha vida foi aqui!”, disse no fim da apresentação. O show terminou às 3h da madrugada, deixando o público com a certeza de que, mais uma vez, o forró foi protagonista em Campina Grande. ✅Veja todas as notícias sobre o São João na Paraíba através do canal do g1 PB Xand Avião no São João 2025 de Campina Grande Erickson Nogueira/g1 Antes de iniciar o show, em entrevista à Rede Paraíba de Comunicação, Xand comentou sobre a união entre os artistas de forró para o fortalecimento do gênero musical e unidade da comunidade forrozeira. “Quanto mais a gente estiver junto, mais o forró ganha. A gente antigamente tinha aquelas rixas, e quem mais faziam as rixas eram os fãs, mas tinha uma rixazinha, não vou mentir não. Era até bom naquele tempo, mas já passou, a gente tá ficando velho. Quanto mais a gente se unir, só quem ganha é o ritmo, e a gente tem que mostrar que o nosso forró tem qualidade como qualquer música do Brasil. Sou lutador do forró, sou nordestino, e espero que esse ritmo cresça e ganhe o mundo”, finalizou Xand. Léo Foguete chora no palco e canta em motocicleta em estreia no Parque do Povo Léo Foguete no São João 2025 de Campina Grande Erickson Nogueira/g1 Estreando no palco principal do Parque do Povo, no São João de Campina Grande, Léo Foguete entregou um dos shows mais esperados desta edição do evento. Natural de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, o cantor trouxe ao público uma apresentação intensa e marcada por emoção, mistura de ritmos e o embalo do forró romântico que o projetou nacionalmente. Hits como “Última Noite”, “Cópia Proibida” e “Dona”, esta última em parceria com Luan Santana, animaram os milhares de forrozeiros que lotaram a arena de shows. A apresentação começou por volta das 23h com um vídeo exibido no telão contando um pouco da trajetória de Léo, seguido pela canção “Última Noite”, música que se tornou um divisor de águas na carreira do artista e que já ultrapassa 137 milhões de visualizações no YouTube. Em seguida, ele emendou com “Cópia Proibida” e “Barulho do Foguete”. Logo após essa sequência de músicas iniciais do show, Léo compartilhou com o público sua trajetória de vida até chegar na apresentação do Parque do Povo. “Um pouco mais de um ano atrás, eu era ajudante de pedreiro, ajudava meu pai, eu era porteiro, era tudo e mais um pouco. Eu tenho muito orgulho de onde eu vim”. Após homenagear o pai, Léo se emocionou no palco: “Eu tinha um sonho de vencer na vida, e eu sempre sonhei em estar aqui hoje. Eu até brincava com o pai, dizendo: ‘o peso do microfone é mais leve que o da marreta’. E hoje eu tô aqui realizando um sonho”, disse, Léo Foguete, emocionado e, por vezes, chorando. Léo Foguete no São João 2025 de Campina Grande Erickson Nogueira/g1 Antes da apresentação, o cantor conversou com o g1 sobre a emoção de se apresentar pela primeira vez no Maior São João do Mundo. “É um sonho realizado em estar aqui, eu tô muito feliz e preparei um show muito especial para tocar aqui em Campina Grande. É uma loucura, porque saber que tem milhares de pessoas consumindo nossas músicas. ‘Última Noite’ tem mais de 100 milhões de visualizações, ‘Cópia Proibida’ bateu top 1 nas plataformas digitais, e eu fico muito feliz, um sonho realizado. 100 milhões de pessoas eu não consigo nem enxergar. Meu Deus, não cai a ficha”, completou. O clima no Parque do Povo variava entre emoção e energia. Ao cantar “Caso Indefinido”, Léo desceu do palco e foi em direção ao público, atravessando o corredor central enquanto o DJ fazia uma base eletrônica. A atmosfera se transformou em algo próximo a uma balada, e por instantes o show assumiu um ritmo mais voltado ao pop eletrônico. De volta ao palco, uma motocicleta Harley-Davidson surgiu como surpresa no centro do cenário. Léo subiu na moto e, ao estilo dos grandes festivais, tocou uma guitarra que disparava fogos de artifício, reforçando ainda mais o tom performático da apresentação naquele momento. O show fugiu do forró tradicional, ou até romântico como se iniciou, e deu um ar de espetáculo de rock, o que fez lembrar um clima digno de festival, como o Rock in Rio. Ainda durante o show, Léo recebeu uma homenagem simbólica: uma placa comemorativa por alcançar a marca de 1 bilhão de execuções nas plataformas digitais. Léo Foguete mostrou que chegou com força ao São João de Campina Grande, abrindo o caminho para se tornar um nome com presença frequente no circuito junino da cidade. Além de Léo Foguete, se apresentaram no Parque do Povo, neste sábado, os artistas Gegê Bismarck e Karkará. Agenda Neste domingo (8), no São João 2025 de Campina Grande sobem ao palco principal os cantores Natanzinho Lima, Taty Girl, Santanna e Forró Pegado. Os shows têm início às 19h e seguem até as 3h da madrugada. Além do palco principal, o Parque do Povo também contará com apresentações de artistas locais e grupos de forró nas quatro Ilhas, nos dois Coretos e no Palco Cultural, cujas atrações começam a partir das 18h. Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba Fonte: G1

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camila.almeida Fruticultura, cura e ancestralidade: liderança do Xingu vence depressão e transforma legado do avô no primeiro chocolate indígena da região

Katyana Xipaya, líder de comunidade no médio Xingu, encontrou nas técnicas do próprio povo a oportunidade de empreender e de se dar uma nova chance para seguir em frente após a morte do avô, amigo e conselheiro. Liderança vence depressão e transforma legado do avô no 1º chocolate indígena da região Como encontrar na própria história sentido para seguir em frente? Foi desta pergunta o ponto de partida para a liderança indígena Katyana Xipaya, de 38 anos, da comunidade Jericoá 2, no médio rio Xingu, sudoeste do Pará, transformar o legado do avô com o cacau e outras frutas da floresta em novas oportunidades de negócio que a levaram a vencer a depressão após a morte do patriarca. 🍫 Com o cacau cuidado e comercializado pelo avô há décadas, vendido bruto, sem qualquer tipo de beneficiamento, a Xipaya foi além e fez das sementes da fruta a origem do primeiro chocolate indígena da região. 🍍 Na técnica ancestral dos povos indígenas da desidratação de alimentos, o qual Katyana aprendeu com o avô e que a comunidade usava apenas para consumo próprio, a líder encontrou a chance de gerar renda às famílias a partir das frutas cultivadas no território, como a banana, a pitaia, o abacaxi e o limão. Ressignificando o luto e enfrentando a depressão Katyana Xipaya e o avô, Miguel Xipaya. Arquivo pessoal Miguel Xipaya, o avô de Katyana, era o líder e representante da Jericoá 2, formada por 20 pessoas em quatro famílias e que está localizada na chamada "volta grande do Xingu", área da construção da usina de Belo Monte. Para Katyana, além de defensor do território e parte da família, o avô era o melhor amigo e conselheiro. Aos 90 anos, em 2017, Miguel morreu por complicações na saúde e mesmo tendo preparado a neta para ser sua sucessora no cuidado das famílias locais e da plantação de cacau da comunidade, sustento dos moradores, Katyana sofreu com o luto por três anos e foi diagnosticada com depressão. "Ele me mostrava o que era para fazer; como plantava, selecionava, tirava e quebrava o cacau. Ele foi me deixando com essas responsabilidades. Eu nasci e me criei nessa mata, então não tinha medo. Eu fiquei mesmo foi pensando no que estava acontecendo, que ele estava me deixando à frente tudo. Então, ele adoeceu e de repente faleceu. Acabou meu chão", relembrou Katyana em entrevista ao g1. Na época, a indígena precisou assumir a liderança da comunidade ao passo que lutava diariamente para conseguir fazer as tarefas da rotina. Até mesmo levantar da cama era um desafio. "Entrei em depressão, fiquei três anos lutando. Quando chegava alguém para trabalhar, eu não queria receber, eu me escondia [...] Eu queria ir ao túmulo do meu avô, que está enterrado na nossa terra e ficar lá com ele." A indígena iniciou o tratamento da doença com acompanhamento psiquiátrico, mas foi na ancestralidade que ela encontrou a força e a missão da própria vida para ressignificar o futuro. "Para mim ele (o avô) foi a inspiração de tudo. Eu falei: 'a partir de hoje, a cura está em mim. Eu vou. É tudo ou nada' . Fui trabalhando dia e noite, porque eu precisava ocupar minha cabeça. Era meu refúgio", contou Katyana. Nesta caminhada, a Xipaya contou especialmente com a ajuda da mãe, da companheira e do filho, Sayd Xipaya, que estuda agronomia na Universidade Federal do Pará (UFPA) para seguir na atividade e aliar outros conhecimentos à sabedoria da etnia e da agricultura familiar. ☀️ Katyana explicou que, por conta do calor, a etapa da colheita costuma ocorrer a partir da metade da tarde até o início da noite. Na época em que enfrentava a depressão, ela entrava na roça às 16h e saia por volta das 23h, sem contar a parte do dia em que fazia outros processos. Katyana e o filho Sayd Xipaya, de 19 anos. Arquivo pessoal "Coitado dos meus que tinham que ir comigo. Mas eles iam. Todo mundo junto. Nós trabalhávamos muito, muito, muito", falou em meio a risadas, relembrando os momentos com a família e comunidade. 🌳 A relação com a cultura agrícola, principalmente a cacaueira, é natural na localidade. É o que explicou a pró-reitora e professora de fruticultura a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Antônia Bronze. A pesquisadora destacou a região da Transamazônica, que engloba o médio Xingu, como o maior destaque na contribuição ao Pará enquanto maior produtor de cacau do Brasil. 👩🏽‍🌾 Na Jericoá 2, o sistema de cultivo das frutas é agroflorestal, o que, segundo a professora, enriquece ainda mais o solo e o produto final. "Sistemas biodiversos melhoram a qualidade do solo, reduzem o uso de fertilizantes, promovem a ciclagem de nutrientes, aumento da matéria orgânica, controle de pragas e doenças e contribui para a umidade do solo e sobrevivência do cultivo", detalhou. Katyana explicou que o cacau em sua cor dourada é o que dá origem ao chocolate fino. Hélder Lana / Divulgação Saberes ancestrais viram negócio: da desidratação ao primeiro chocolate indígena do Xingu "Em 2019 fomos reconhecidos como indígenas ribeirinhos impactados (pela construção da usina) e começamos a ser atendidos e a ter assistência da empresa, por meio do projeto Belo Monte Empreende. A gente foi vendo o que mais a comunidade tinha e o que desejávamos ser trabalhado para ter uma renda melhor", explicou a Xipaya. Desde então, a comunidade contou com o apoio de instrutores e mentores especializados na construção de negócios sustentáveis por meio da parceria entre a iniciativa e o Centro de Empreendedorismo da Amazônia (CEA). Frutas desidratadas pela comunidade. O limão vira ingrediente para drinks e chás, e a banana, chips. Capim-santo cultivado na Jericoá 2 também é comercializado. Juliana Bessa / g1 A partir das novas oportunidades, uma técnica conhecida, praticada pelo povo indígena e já tão comum no dia a dia da comunidade despertou o potencial de gerar faturamento às famílias da Jericoá 2: a desidratação de frutas cultivadas na Amazônia, como a banana, o limão e a pitaia. "Evita o desperdício [...]. É um processo que fazemos há muitos anos, vem dos nossos antepassados. Fazemos com a carne, com o peixe e com o ovo. É um produto indígena, algo que também poderia realmente dar visibilidade para a comunidade", ressaltou Katyana. A ideia saiu do papel e ganhou vida por meio da parceria feita com Cooperativa Agroindustrial da Transamazônica (Coopatrans), que, há dois anos, também acolheu o cacau da Jericoá 2. Assim, a fruta, que era vendida sem qualquer tipo de beneficiamento, passou a representar, também, o ponto de partida para novos produtos, como as amêndoas cristalizadas, o néctar e o chocolate fino. "A gente vai ter agora um chocolate indígena, um produto indígena, chocolate", relembrou o que pensou a liderança Xipaya ao entender que a memória do avô e do próprio povo ganhava novas formas e horizontes, com uma produção que segue técnicas tradicionais e respeita a floresta. "Foi daí que surgiu a Sídjä Wahiü, em 2023. Na nossa língua xipaia-kuruaya, ‘Sídjä' significa 'mulheres' e 'Wahiü', 'guerreiras'. Trazemos o fortalecimento da mulher. Não só da mulher indígena, mas da mulher na sociedade. Não é só uma marca, é um legado", destacou Katyana. “Fornecemos nossas amêndoas e nossas frutas. É o primeiro chocolate indígena da região". Depois de anos de tratamento e luta contra a depressão, a indígena disse que está curada e muito bem na nova fase da vida. Na Jericoá 2, o cacau se tornou o ponto de partida para novas formas de geração de renda. Da fruta vem o chocolate fino Sidjä Wahiü e o néctar, também conhecido como "mel do cacau". Katyana Xipaya segura ambos. Juliana Bessa / g1 📉 Como empreendedora, a líder busca se profissionalizar cada vez mais no assunto. "O Sebrae também tem contato com a gente e nos convida para alguns cursos". Uma das capacitações ocorreu na Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), na sede de Altamira, a um hora da comunidade. "Foi um dia de saberes, de conexão, em que a gente pôde entender mais sobre o universo de empreender", contou a líder. Katyana fez questão de explicar que a inspiração para o logo da Sídjä Wahiü veio de uma figura rupestre encontrada próxima a uma cachoeira da região, que lembra o sol. "Só tem o rostinho lá, um solzinho. Ele fica seis meses embaixo d'água e outros seis meses, do 'verãozão', no 'solzão'. [...] O sol, para nós indígenas, é tudo". Ao redor do lado direito, um cocar, que representa o povo Xipaya. "E as voltinhas (por trás do sol) são as margens do Xingu", explicou a líder Xipaya. 🍫 O chocolate fino da Sídjä Wahiü, com 72% de cacau e 15% de frutas secas, como pitaia, abacaxi e banana — também cultivadas na comunidade —, sem glúten e sem lactose, é a materialização da junção de técnicas ancestrais aprendidas com o avô Miguel e que se tornou exemplo e referência para outras comunidades do médio Xingu. Chocolate fino da Sidjä Wahiü tem frutas desidratadas e origem no cacau da comunidade de Katyana. Juliana Bessa / g1 🫱🏼‍🫲🏽 "Da Sídjä Wahiü surgiu a Iawá e, ano passado, mais três. Hoje são cinco chocolates indígenas, abrangendo outras comunidades ribeirinhas e aldeias com mais de 100 famílias. As vezes eles querem uma oficina, uma conversa, querem saber como a gente pode contribuir com os demais parentes e eu fico muito feliz." Katyana comercializa os produtos do empreendimento por encomenda e em eventos, feiras regionais e nacionais e lojas da CacauWay, negócio de impacto social que reúne os produtos da Coopatrans. "O chocolate que estou produzindo é de alta qualidade e quero levar a cultura indígena, as riquezas da Amazônia e a força da natureza para lugares que nem imagino”, pontuou. Pequeno expositor que fica na casa de Katyana com alguns dos produtos da Sidjä Wahiü. Juliana Bessa / g1 Estufa de cacau na Jericoá 2, onde as sementes passam pela secagem. Este é o terceiro passo do beneficiamento das sementes, que começa com a retirada dos frutos ao armazenamento. O processo todo, de acordo com Katyana, leva, em média, 15 dias. Juliana Bessa / g1 Cartilha mostra os cinco chocolates indígenas da volta grande do Xingu, criados a partir das contrapartidas que a concessionária de Belo Monte realiza na região por conta dos impactos socioambientais. Na foto, duas das marcas: Sidjä Wahiü e Karaum Paru. Mapa ao lado também mostra onde a Jericoá e as outras comunidades estão localizadas. Juliana Bessa / g1 Néctar do cacau deve ser consumido dentro de 12 horas, porque depois pode ganhar alto teor alcoólico por conta do processo natural de fermentação da bebida, segundo a Xipaya. Juliana Bessa / g1 VÍDEOS com as principais notícias do Pará Confira outras notícias do estado no g1 Pará. Fonte: G1

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r011 Ultrassom em água morna e alimentação constante: como é o pré-natal de serpentes grávidas no Instituto Butantan, em SP

Em laboratório, esses animais contribuem tanto na produção de soro antiofídico quanto em estudos sobre toxinas. Análise de imagens de ultrassom realizado em serpente Renato Rordigues/Comunicação Butantan Referência em pesquisas com serpentes, o Instituto Butantan, na Zona Oeste de São Paulo, recebe exemplares do réptil vindos de diversas partes do país — sejam resgatados em operações contra o tráfico ilegal de animais, capturados em áreas residenciais ou envolvidos em acidentes com humanos. Em laboratório, esses seres contribuem tanto na produção de soro antiofídico quanto no desenvolvimento de estudos sobre toxinas. No caso das fêmeas, a chegada requer uma atenção especial: é preciso verificar se elas estão "grávidas", carregando o que podem ser dezenas de embriões. 🐍 Teste de gravidez Segundo especialistas do Butantan, o nascimento de serpentes costuma ocorrer em épocas mais quentes. Por isso, todas as fêmeas que chegam ao instituto entre a primavera e o verão passam por um ultrassom. 🔍 Para o aparelho deslizar melhor pelas escamas das fêmeas, elas ficam com parte do corpo mergulhado em água morna. Quatro profissionais participam do exame: um tecnologista, responsável pela contenção dos animais; um pesquisador e um médico veterinário, que atuam em conjunto nas medições e avaliações; e um auxiliar, que preenche as fichas com o histórico de cada serpente. Primeiro, os especialistas buscam a posição da vesícula biliar. É abaixo desse órgão que fica o sistema reprodutivo das serpentes; Em seguida, eles medem o depósito de gordura ao redor dos órgãos reprodutivos, isso servirá de alimento para os possíveis embriões poderem se desenvolver; Depois, observam o estágio de cada folículo. Cada um deles dá origem a um óvulo, que pode se transformar num filhote ou ovo, se for fecundado; No caso das espécies vivíparas, aquelas em que os filhotes se desenvolvem no interior do corpo das mães (como jararacas e cascavéis), quando os especialistas identificam a presença de embriões, eles analisam os batimentos cardíacos, o desenvolvimento da coluna vertebral e o tamanho dos filhotes para saber se o crescimento está ocorrendo da forma adequada. Já com as ovíparas, aquelas em que os filhotes se desenvolvem fora do corpo das mães, em ovos (a exemplo da falsa-coral), é preciso esperar que os ovos sejam postos para analisar se eles foram fecundados e se há embriões em desenvolvimento. Para isso, os profissionais encostam lanternas nas cascas. A luz permite que se identifique a presença de vasos sanguíneos e, depois, acompanhem o crescimento dos filhotes. Exame de ultrassom sendo conduzido em água morna Renato Rordigues/Comunicação Butantan Foi assim que, na primavera de 2024, a equipe do laboratório de Herpetologia do Butantan conseguiu confirmar a gravidez de cinco fêmeas: Uma jararaca-pintada (Bothrops neuwiedi) ➡ enviada pelo Departamento de Águas e Esgoto de Ouro Preto, em Minas Gerais, ela carregava dez embriões; Duas cascavéis (Crotalus durissus) ➡ uma enviada por um morador de Pinhalzinho, no interior de São Paulo, e outra pelo Departamento de Águas e Esgoto de Ouro Preto, em Minas — cada uma com seis filhotes; Duas urutu-da-serra (Bothrops fonsecai) ➡ ambas enviadas por moradores de Campos do Jordão, em São Paulo — uma com dez e outra com 11 embriões. De acordo com a pesquisadora Kathleen Fernandes Grego, esses animais, assim como seus filhotes, não poderiam ser soltos na natureza numa área diferente da que foram encontrados, por questões de segurança sanitária. “Para soltarmos serpentes de biotério [laboratório] na natureza, vários exames clínicos e laboratoriais devem ser realizados para verificar se possuem vírus, parasitas, etc, para não prejudicar as serpentes nativas”, explica. Por isso, os répteis passam a integrar a criação do laboratório do Butantan. 🐍 Rotina do pré-natal As fêmeas peçonhentas que estiverem grávidas ou sob suspeita de gravidez deixam de participar do processo de extração de veneno, utilizado na produção de soro, para reduzir a exposição a fatores de estresse. Além disso, elas passam a ter uma rotina de exames, que inclui coletas de sangue e ultrassons para acompanhar o desenvolvimento dos filhotes/ovos e a saúde das mães. Ao longo da gestação, cuja duração pode variar conforme a espécie, as serpentes realizam cerca de uma ultrassonografia por mês. Extração de sangue da veia caudal de uma serpente Renato Rordigues/Comunicação Butantan Para acompanhar os diferentes estágios da gestação, os veterinários extraem sangue da veia caudal do animal. "Sabemos que, por conta da formação dos folículos e do próprio desenvolvimento dos filhotes, as fêmeas podem apresentar uma maior concentração de cálcio e colesterol no organismo", exemplifica a veterinária Luciana Carla Rameh. 🔍 Na natureza, serpentes grávidas tendem a ficar longos períodos sem se alimentar para evitar o risco de predação. Já no laboratório, elas seguem recebendo comida normalmente durante toda a gravidez. 🐍 Parto e independência Para as vivíparas, os exames de imagem também auxiliam na previsão do nascimento dos filhotes, cujo número pode variar entre algumas unidades e dezenas, a depender da espécie. "Na maioria das vezes, as fêmeas entram em trabalho de parto durante a madrugada, e o tempo até o nascimento depende da quantidade de filhotes que cada uma carrega", diz Kathleen. Segundo a pesquisadora, nos primeiros 15 dias de vida, os filhotes tendem a ficar mais quietos, uma vez que nascem alimentados pelo vitelo (reserva de nutrientes para os embriões) e não sentem necessidade de sair em busca de comida. Após esse período, os filhotes já têm potencial de envenenamento, e podem comer normalmente. No caso das serpentes que nascem dentro do laboratório, elas são mantidas numa espécie de "berçário" até os três anos de vida. Somente depois são incluídas nas rotinas de extração de veneno. Fonte: G1

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linnpy Descontos ilegais no INSS: Correios atendem a mais de 300 mil aposentados e pensionistas; veja locais

Incrível a peculiaridade da nossa burocracia. Quando foi pra retirar o dinheiro das contas dos velhinhos nem precisaram de consulta, autorização ou assinaturas, já quando é para o velhinho fur... Fonte original: https://istoedinheiro.com.br/fraude-no-inss-correios-atendem-mais-300-mil-aposentados-pensionistas

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webradio016 O que se sabe sobre morte de adolescente achado com sinais de tortura após pegar celular em loja no interior de SP

Corpo de Alex Gabriel Santos, de 16 anos, foi encontrado em rio próximo a Pontal no último sábado (6), uma semana após desaparecimento. Quatro pessoas estão presas por suspeita do crime. Corpo de adolescente agredido após pegar celular é achado no Rio Pardo em Pontal, SP A Polícia Civil investiga as circunstâncias da morte de Alex Gabriel Santos, de 16 anos, em Pontal (SP), a 40 quilômetros de Ribeirão Preto (SP). Ele desapareceu no último domingo (1) após ser levado de casa em uma caminhonete por pelo menos três homens. O corpo do adolescente foi achado na manhã deste sábado (7), às margens do Rio Pardo entre Pontal e o distrito de Cândia. Segundo um primo, ele tinha sinais de tortura. O caso gerou comoção na cidade e protestos. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Até o momento, quatro homens suspeitos do crime foram presos temporariamente por ordem da Justiça. A Polícia Civil cogita que Alex tenha sido morto por causa de um celular. Segundo a investigação, na madrugada do desaparecimento, o garoto, que não tinha celular, encontrou um telefone em um depósito de bebidas e o levou para casa. A principal hipótese da polícia é que ele tenha sido alvo de uma retaliação do dono do aparelho. Sequestro, cárcere privado, tortura e homicídio estão entre os crimes investigados pela polícia. Nesta matéria, o g1 mostra o que sabe sobre o caso. Alex Gabriel dos Santos, de 16 anos, foi morto em Pontal, SP Arquivo pessoal 1.Como Alex desapareceu Segundo a irmã de Alex, na madrugada de domingo, o jovem foi até um depósito de bebidas perto da casa dele. Ao voltar, o adolescente disse que tinha encontrado um celular. Kemily Pereira Rocha disse que ele estava feliz porque não tinha um telefone. Ela foi dormir e, pela manhã, não encontrou o irmão, mas pensou que ele tivesse ido à feira, como de costume. Os pais deles voltaram de viagem e estranharam a ausência do filho, que também não fez contato. Segundo a trabalhadora rural Evilene Pereira dos Santos, mãe de Alex, um vizinho contou à polícia que viu quando uma caminhonete parou na porta da casa na madrugada. Segundo a testemunha, o garoto foi agredido logo ao sair da residência e colocado à força no veículo. “Ele [Alex] foi no depósito durante a madrugada, viu o celular em cima do balcão, pegou o celular, pôs no bolso. O dono do celular voltou no depósito lá e pediu o celular, aí a moça [funcionária] disse que sabia com quem estava. E nisso ela trouxe esse rapaz aqui na minha casa e chamou meu filho. Quando meu filho saiu, ele já bateu no meu filho, já jogou no carro. Foi o que passaram para mim”, disse Evilene. A mãe foi à polícia e registrou um boletim de ocorrência por desaparecimento. Caminhonete usada para transportar Alex até o galpão onde foi agredido em Pontal, SP Reprodução/Câmeras de segurança 2.Como a polícia chegou aos suspeitos Com ajuda de depoimentos e de imagens de câmeras de segurança, a Polícia Civil identificou o veículo envolvido no sumiço do jovem. De acordo com o delegado Cláudio Messias Alves, quatro pessoas foram levadas à delegacia para prestar depoimento na terça-feira (3), sendo que uma delas confessou que o adolescente foi levado a um galpão e fortemente agredido. Ele também teria sido torturado. Após serem ouvidos, os suspeitos foram liberados. “O fato é que ele foi agredido lá e, segundo o dono da caminhonete, dono do celular, após alguns minutos de agressões contra o adolescente, ele teria levado ele [Alex] e deixado numa estrada de terra próximo a uma mata perto do distrito de Cândia”, disse. Policiais e a família do jovem estiveram no local, mas ele não foi encontrado. A caminhonete foi apreendida. O galpão para onde Alex foi levado passou por perícia, e o celular foi recuperado. A mãe do adolescente se mostrou esperançosa em encontrar o filho com vida. Depósito de bebidas onde Alex Gabriel Santos pegou celular antes de desaparecer em Pontal, SP Tiago Aureliano/EPTV 3.Como os suspeitos foram presos Na quinta-feira (5), cães da Guarda Civil Municipal (GCM) de Pontal farejaram o rastro de Alex às margens do Rio Pardo, o que ajudou a polícia e o Corpo de Bombeiros nas buscas pelo garoto. No mesmo dia, a pedido da Polícia Civil, a Justiça decretou a prisão temporária de quatro suspeitos de envolvimento no desaparecimento. Foram presos: Uanderson dos Santos Dias, de 19 anos, João Guilherme Moreira, de 27 anos, dono do celular, Alex Sander Benedito Ferreira, de 23 anos, e Jean Carlos Nadoly, de 28 anos. As defesas deles não foram encontradas para comentar o assunto. Uma mulher que é funcionária do depósito de bebidas é tratada pela polícia, até o momento, como testemunha. A família da vítima, no entanto, contesta, já que ela levou o dono do aparelho à casa de Alex e acompanhou o crime. A defesa dela alega que não havia como prever a ação e disse que ela tem colaborado com a investigação. Na sexta-feira (6), o delegado seccional de Sertãozinho (SP), Plaucio Fernandes, informou que novos indícios apontaram para a confirmação da morte do jovem. Investigadores também encontraram vestígios de sangue na caminhonete do dono do celular e em um ponto às margens do Rio Pardo, além de um par de tênis, que seria do adolescente. "Recebemos hoje [sexta-feira] à tarde uma informação muito relevante que confirma que o adolescente foi realmente assassinado, vítima de homicídio, e indicaram o possível local de desova do corpo na beira do rio, em um barranco". Um dos suspeitos presos por envolvimento na morte do adolescente Alex Gabriel Santos, de 16 anos, em Pontal, SP Reprodução/EPTV 4.Como o corpo foi encontrado Na manhã do último sábado, bombeiros e policiais se reuniram para as buscas em um ponto específico do Rio Pardo, entre Pontal e Cândia, próximo a uma usina. O corpo de Alex foi encontrado por volta das 10h, e a área foi isolada para o resgate e o trabalho da perícia. Familiares acompanharam o trabalho. O trabalhador rural Samuel Lopes da Silva, primo do adolescente, contou que ele tinha sinais de tortura. “Ele foi encontrado amarrado, os braços e as pernas, amarrado com arame farpado, com corda, com um saco na cabeça. Só pela situação que foi encontrado, a gente já sabe o sofrimento que ele passou. A gente não consegue imaginar a dor que ele deve ter sentido, o medo.” Policiais onde corpo do adolescente Alex Gabriel Santos, de 16 anos, foi achando neste sábado (7) em Pontal, SP Werlon Cesar/EPTV 5.Qual é a motivação do crime As investigações apontam que o crime pode ter sido motivado por uma retaliação a um suposto furto do celular por Alex. Mas, a princípio, a Polícia Civil descarta a hipótese de que ele tenha praticado um crime. “Quanto ao celular, o que mais parece é que o proprietário tenha esquecido no balcão ou até mesmo deixado cair lá no depósito e esse adolescente encontrou. Ele tinha a intenção de ficar com o aparelho, porque ele formatou e retirou o chip. Tudo isso segundo versão de um dos envolvidos”, disse o delegado Cláudio Messias Alves. A mãe de Alex afirmou que ele nunca se envolveu com drogas ou teve problemas com a polícia. Apesar de não ter falado com o filho antes do sumiço, ela acredita que ele tenha encontrado o celular no depósito de bebidas, e não furtado o aparelho. Além de esclarecer a motivação, a polícia busca identificar a participação de cada um dos suspeitos no crime. Evilene Pereira dos Santos é mãe de Alex Gabriel Santos Tiago Aureliano/EPTV Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão e Franca Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região Fonte: G1

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webradio016 Santos gastará 40% da folha prevista para 2025 com Neymar por cinco meses

Veja mais acessando o Link Fonte original: https://www.uol.com.br/esporte/futebol/colunas/rodrigo-mattos/2025/06/07/santos-gastara-40-da-folha-prevista-para-2025-com-neymar-por-cinco-meses.htm

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vanessa_cavalcanti Motorista que matou amigas na faixa de pedestre estava a 108 km/h

Veja mais acessando o Link Fonte original: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/06/07/motorista-que-atropelou-e-matou-duas-amigas-na-faixa-de-pedestre-em-sp-dirigia-a-108-kmh-conclui-laudo.ghtml

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wilson Jogo da Portuguesa é paralisado na Série D após troca de socos e chutes de atletas; assista

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wilson As palavras do português que conquistaram o mundo e foram incorporadas em outras línguas

Veja mais acessando o Link Fonte original: https://revistaforum.com.br/cultura/2025/6/6/as-palavras-do-portugus-que-conquistaram-mundo-foram-incorporadas-em-outras-linguas-180917.html

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webradio016 Barroso participa em maio de 6 eventos patrocinados por empresas com processo no STF

>Supremo diz que presidente do tribunal dialoga com todos e que participação em eventos não configura conflito de interesse Fonte original: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2025/06/barroso-participa-de-6-eventos-em-maio-patrocinados-por-empresas-com-processo-no-stf.shtml

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r011 Moraes manda Ministério da Justiça formalizar pedido de extradição de Zambelli e comunica Câmara de perda de mandato

Veja mais acessando o Link Fonte original: https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2025/06/07/moraes-formaliza-zambelli.ghtml

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webradio016 Religião e Raça em São Paulo (Estado e Capital) - Censo de 2022

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webradio016 Junho Vermelho: Hemocentros promovem campanha por doação de sangue

Hemocentros e ONGs alertam para a queda nas doações em junho, causada pelo frio e pela proximidade das férias. Junho Vermelho: Hemocentros promovem campanha por doação de sangue TV Globo Hemocentros de todo o Brasil estão fazendo campanhas — até fora dos tradicionais postos doação — para aumentar o estoque de sangue. Um gesto simples – que era um sonho para Letícia. É a primeira vez que ela doa sangue. "Eu acho que é uma coisa muito simples de fazer e pode ajudar muitas pessoas né? Tô feliz, animada de tá aqui", disse a estudante. A felicidade não era só dela: a mãe veio junto, orgulhosa de ter dado o exemplo. "Hoje foi a primeira doação, que eu espero que seja de muitas que ela venha fazer. Quem sabe se torna uma tradição de vida em família, né?", comentou Luciana Viasmai. Nos hemocentros, junho é um mês estratégico: o tempo esfria, as férias estão perto e grande parte dos doadores desaparece. A campanha "Junho Vermelho" foi criada para incentivar a doação. A hematoterapeuta da Fundação Pró-Sangue, que abastece 80 instituições públicas de São Paulo e da região metropolitana, lembra que sempre há demanda por sangue. "O sangue ele é utilizado tanto na situação de emergência. Cirurgias de grande porte que precisam do suporte transfusional, mas também a gente não pode esquecer que tem pacientes que precisam do sangue constantemente para poder viver. Não existe um remédio. É a transfusão de sangue que ele mantém vivo", alertou Cyntia Arraes. Outra estratégia para aumentar o número de doadores tem sido fazer a coleta fora dos hospitais, nos shoppings, por exemplo. Em sete horas de ação, são recolhidas de oitenta a cem bolsas, uma quantidade muito boa, segundo os hemocentros parceiros do projeto. A ONG que organiza as coletas externas tem programação o mês todo. "O shopping dá uma grande visibilidade pra para o projeto e para essa causa que é importante. As pessoas que de repente estão passando no shopping por algum motivo e quer doar, a gente também acaba encaixando e ela acaba doando ali também", explicou Adriano Oliveira, presidente do projeto Amor se Doa. "A gente pede que todos doem sangue. Um dia a gente pode precisar também do outro, então é importante a doação de sangue sempre", reforçou Rodrigo Santucci, médico hematologista do Hemocentro São Lucas. A socorrista Fátima Medeiros sabe bem. "Ninguém vai dizer 'ah, eu nunca vou precisar'. Vai precisar sim. Não só por acidente. Qualquer um precisa de doação." Com a coleta perto de casa, acabaram as desculpas do Fernando. "Sempre na correria da vida. Hoje resolvi fazer essa pausa para fazer a doação", contou o empresário Fernando Veronesi. Quinze minutos depois, ele estava liberado. "Mais tranquilo do que eu imaginava", afirmou. Repórter: Vai doar mais vezes? "Sim. Com certeza." Fonte: G1

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wilson Leoni aposta no sortimento pop em EP de baladas compostas com parceiros como Zélia Duncan e Romulo Fróes

Leoni regrava música de Ana Frango Elétrico em EP com seis baladas Divulgação ♫ OPINIÃO SOBRE DISCO Título: Baladas sortidas Artista: Leoni Cotação: ★ ★ ★ ♬ “Tenta! Lembra / Até ontem foi melhor / Tenta! Imventa / Outra tarde, um outro sol...”, receita Leoni na maciez do canto do refrão de Tenta, parceria com Henrique Portugal que integra o EP Baladas sortidas, lançado ontem, 6 de junho, pelo artista carioca. Aos 64 anos, Carlos Leoni Rodrigues Siqueira Júnior vem tentando se renovar no universo pop brasileiro e o EP Baladas sortidas é mais um passo nesse sentido, dado dez anos após o álbum Notícias de mim (2015). Há 40 anos, precisamente no binômio 1984 / 1985, o compositor alcançava a perfeição pop com safra de canções juvenis compostas em parceria com Paula Toller quando ambos integravam a banda carioca Kid Abelha e os Abóboras Selvagens. Seria injusto e cruel cobrar essa perfeição do compositor em Baladas sortidas, EP que chega ao mundo digital com duas faixas inéditas e quatro já lançadas em singles desde o fim do ano passado. O primeiro single apresentou em 1º de novembro de 2024 a canção Quem nos dera, composta e cantada por Zélia Duncan, autora da letra que vislumbra um “calendário da alegrias” nos versos solares. Das duas faixas inéditas do EP Baladas sortidas, a única total novidade é Fazia sentido no papel, canção composta e gravada por Leoni com o paulistano Romulo Fróes. A letra metalinguística versa sobre música que se sustenta mais pelo som e pelo ritmo do que pela poética. A faixa é a mais distante do universo pop de Leoni, inclusive pela trama de sintetizadores, percussões, guitarra e bateria programada por Antonio Leoni. A outra faixa inédita é regravação de Incapacidade de amar (1986), parceria de Leoni com Cazuza (1958 – 1990) lançada no primeiro álbum da banda Heróis da Resistência, capitaneada por Leoni após a ruidosa saída do artista do Kid Abelha por ruptura com Paula Toller. O atual registro de Incapacidade de amar tende para o blues com o arranjo pautado pelo trio de metais formado por Antonio Neves (trombone), Eduardo Santana (trompete) e George Israel (saxofone), autor do arranjo dos sopros. George Israel também é parceiro de Leoni em Te entendo cem por cento, música também assinada por Roberto Frejat e gravada por Leoni em dueto com Zeca Baleiro. Completa o EP a regravação da balada Nuvem vermelha (Ana Frango Elétrico, Marina Nemesio e Bruno Berle, 2023), uma das melhores músicas do terceiro álbum de Ana Frango Elétrico, Me chama de gato que eu sou sua (2023). Leoni tinge Nuvem vermelha com as cores do reggae e da timbragem eletrônica dos instrumentos pilotados por Antonio Leoni no melhor arranjo do EP. Ainda assim, a cor de Nuvem vermelha é mais viva na gravação de Ana Frango Elétrico. Enfim, Leoni aposta no sortimento pop neste disco, cuja capa expõe a foto de um baleiro típico das antigas mercearias de bairro. Contudo, faltou um colorido realmente especial e diferente a cada uma das faixas do bom EP Baladas sortidas para que fosse inventado pelo artista um outro sol... Capa do EP ‘Baladas sortidas’, de Leoni Divulgação Fonte: G1

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linnpy Veja vídeo que consta como prova no processo de PMs presos por jogar adolescente de ponte no ES

Imagens mostram Kaylan Ladário dos Santos, de 17 anos, em cima da Segunda Ponte, em Cariacica, com policiais militares. Câmera de segurança não registra momento exato da queda, mas vídeo é apontado pela mãe como prova do que aconteceu. Vídeo mostra PMs acusados de morte de adolescente em ponte Um vídeo anexado ao processo que apura a morte de Kaylan Ladário dos Santos, de 17 anos, na madrugada do dia 18 de fevereiro, mostra os três policiais militares acusados de homicídio, com o adolescente, em cima da Segunda Ponte, que liga os municípios de Vitória, Vila Velha e Cariacica. (assista acima) O g1 teve acesso às imagens neste sábado (6), quando também ocorreu a quebra do sigilo judicial sobre o processo que investiga a morte, decretada pela Justiça do Espírito Santo. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp As imagens mostram o carro da Polícia Militar parado na ponte, com Kaylan e os policiais ao redor. O adolescente aparece encostado no parapeito. Em certo momento, um objeto é lançado na água por um dos PMs. A câmera de videomonitoramento se movimenta. Quando volta a mostrar o mesmo ponto, o carro da polícia está deixando o local e adolescente não está mais na ponte. Segundo a família, o jovem foi jogado no mar. O vídeo faz parte das provas que embasaram o decreto de prisão preventiva do cabo Franklin Castão Pereira e dos soldados Luan Eduardo Pompermaier Silva e Leonardo Gonçalves Machado. O g1 não conseguiu localizar as defesas dos acusados. Vídeo mostra policiais e viatura na ponte no dia da morte de Kaylan Ladário Desde quando o caso se tornou público, nesta semana, as imagens são citadas pela mãe de Kaylan, Leicester Ladário, como uma das principais provas do que teria acontecido na madrugada do dia 18 de fevereiro. Entendimento do juiz Na decisão que manteve os policiais presos, o juiz Alexandre Pacheco Carreira ressaltou que os acusados "não agiram com a ética policial militar, consistente na preservação da ordem pública e na defesa da sociedade, com respeito aos direitos humanos e à lei". O magistrado destacou que “estamos diante de um crime de extrema relevância e periculosidade – homicídio qualificado na modalidade consumada”. Vídeo mostra policiais e viatura na ponte no dia da morte de Kaylan Ladário. Espírito Santo. Reprodução Além disso, mencionou que os fatos denotam a periculosidade e ousadia dos acusados, sobretudo por serem policiais militares no exercício da função e que se valeram desta condição para o cometimento do crime. “Segundo apurado, a vítima Kaylan Ladário dos Santos teria se debatido nas águas em uma tentativa de sobreviver, porém não conseguiu evitar o seu afogamento, vindo a óbito, e os autores nada teriam feito para salvá-lo", apontou o juiz. Interesse da sociedade A decisão favorável da Justiça à quebra de sigilo atende a um pedido da advogada da família de Kaylan, feito durante a audiência de custódia dos acusados, que argumentou que o caso, por envolver agentes públicos, deveria ser de conhecimento da sociedade. "No primeiro momento, o sigilo foi decretado por envolver um menor de idade, então a defesa de um dos acusados solicitou esse sigilo. Mas nós entendemos que o processo tem legitimidade para ser público, que é a regra, então pedimos que fosse retirado esse sigilo para que a família pudesse acompanhar mais de perto e também a sociedade, se tratando de agentes públicos entendemos é uma necessidade da sociedade de também acompanhar o caso", afirmou a advogada Hiorranna Meneguci Alves. Vídeo mostra policiais e viatura na ponte no dia da morte de Kaylan Ladário. Espírito Santo. Reprodução Indignação da mãe Leicester Ladário afirmou que as imagens confirmam o entendimento da família e da defesa de que o filho foi jogado da ponte pelos policiais. “Eles foram muito frios, foram desumanos. [...] É muita dor, muita indignação, até o momento a gente acha que não tem justiça. É insegurança, dor, perda, saudade, é difícil o tempo todo todos os dias”. Em entrevista no dia 3 de junho, a mãe já havia contado que o filho não sabia nadar. “Jogaram ele vivo de cima daquela ponte. Eles viram meu filho se debatendo e simplesmente entraram no carro e foram embora. Meu filho não sabia nadar, eles viram o desespero dele”, concluiu. Mãe conta que filho foi jogado de ponte por policiais no Espírito Santo Reprodução/ TV Gazeta Policiais respondem por homicídio O cabo Franklin Castão Pereira e os soldados Luan Eduardo Pompermaier Silva e Leonardo Gonçalves Machado estão presos desde o final de maio e respondem por homicídio com agravantes de motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e abuso de autoridade. A Polícia Civil informou que o Inquérito Policial foi presidido pela Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cariacica, com o indiciamento dos militares por homicídio qualificado, em razão da impossibilidade de defesa da vítima. O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) ofereceu denúncia nos mesmos termos, apontando que os militares teriam jogado Kaylan de uma altura de 14 metros. LEIA TAMBÉM: Avô morre prensado por trator dirigido por neto de 11 anos no ES Estudante de Medicina é encontrada morta dentro de apartamento no ES Relembre o caso Kaylan Ladário dos Santos foi encontrado morto na orla de Cariacica no dia 19 de fevereiro de 2025. Segundo a mãe do adolescente, Leicester Ladário, o filho desapareceu depois de ter sido apreendido pelos policiais. “Ele foi para a casa de um colega em Presidente Médici [bairro de Cariacica]. Às 21h30, eu mandei mensagem para ele e falei: ‘meu filho, vem embora’ e ele só me mandou relaxar. Ele foi então para o bairro Aparecida, perto do campo e foi apreendido lá”, disse a mãe. Kaylan Ladário dos Santos foi encontrado morto na orla de Cariacica, no Espírito Santo, no dia 19 de fevereiro de 2025 Reprodução/ Arquivo Pessoal Na Delegacia Especializada do Adolescente em Conflito com a Lei, foi identificado que Kaylan tinha um mandado judicial vencido. O jovem respondia a um processo por participação em um assalto em 2023. Como o mandado estava vencido, a mãe contou que o delegado orientou os militares a levarem Kaylan para casa. “Eu fui lá pessoalmente e falei que ele não tinha chegado. Eles falaram que ele esteve ali e liberaram ele, que orientou os policiais a levarem ele. Mas eles não levaram, não chegou lá em casa. No outro dia de manhã, eu fui na Polícia Civil , registrei o desaparecimento. Quando foi às 16h da quarta-feira, dia 19. A gente achou o corpo dele na orla”, completou. Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo Fonte: G1

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