
webradio016 Sempre discutindo! Os signos que costumam perder a calma no amor
Saiba se é o seu, ou do seu companheiro. Fonte: Notícias ao Minuto Brasil

r011 Centralia: a cidade que está em chamas há 60 anos, seguirá queimando por décadas e inspirou filme de terror
Em 1962, um incêndio subterrâneo se espalhou por minas de carvão e condenou a cidade do leste dos EUA. Dos mais de 1.200 moradores que viviam no local, apenas cinco permanecem. Conheça a cidade dos EUA que está pegando fogo há mais de 60 anos Era véspera do feriado do Memorial Day na pequena cidade de Centralia, a 180 km da Filadélfia, nos Estados Unidos. Dezenas de famílias se preparavam para visitar o cemitério local e homenagear soldados americanos mortos em combate, uma tradição local. Mas havia um problema: o mau cheiro de um lixão vizinho. Foi então que funcionários públicos decidiram queimar uma pilha de lixo no aterro para evitar que o fedor atrapalhasse a homenagem. Ninguém esperava que aquela chama daria início a um incêndio subterrâneo que já dura mais de 60 anos — e transformaria Centralia em uma cidade-fantasma. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A região ficou conhecida por suas minas de carvão. A extração mineral começou em 1842 e fez Centralia crescer aos poucos. Na década de 1960, cerca de 1.200 pessoas viviam na cidade, em uma comunidade pequena e pacata. Tudo começou a mudar em 1962. O fogo, iniciado para "limpar" a área antes das homenagens do Memorial Day — comemorado sempre na última segunda-feira de maio —, por si só não seria capaz de causar um desastre. Mas havia uma mina de carvão abandonada abaixo do lixão, que foi atingida pelas chamas. Isso foi o suficiente para deflagrar um desastre subterrâneo jamais controlado. Com o tempo, o fogo foi avançando pelos túneis das minas de carvão, lançando gases tóxicos, abrindo crateras e tornando a área cada vez mais instável. Centralia acabou condenada ao abandono. 📉 A população caiu de 1.200 para apenas 5 pessoas. 💸 O governo gastou mais de US$ 40 milhões para combater o incêndio e realocar os moradores. 😔 O solo rachou em diversos pontos e chegou a engolir um garoto em 1981 — ele foi salvo pelo primo, mas sofreu com traumas ao longo da vida. 🔥 O fogo continua ativo até hoje e pode queimar por mais de 200 anos, segundo estimativas. 🌡️ A temperatura no subsolo de Centralia pode ultrapassar os 500 °C. 😱 A história inspirou o filme de terror "Silent Hill", adaptação para o cinema de um videogame com o mesmo nome. O longa mostra uma cidade coberta por névoa e presa em uma realidade paralela após um incêndio em uma mina de carvão. Conheça a história de Centralia mais abaixo. Do feriado ao caos Imagem mostra o antes e o depois da cidade de Centralia, nos Estados Unidos David DeKok/Centralia Photo Archive A queima do lixo para acabar com o mau cheiro e não atrapalhar o Memorial Day é a hipótese mais provável para o desastre de Centralia, segundo o governo da Pensilvânia. A mina que estava abaixo do local havia sido abandonada em 1935 e, provavelmente, não havia sido vedada corretamente. O jornalista David DeKok, autor de dois livros sobre a história de Centralia, explica que o aterro estava sobre um antigo poço de mineração a céu aberto. "O problema era que, como muitos poços de mineração a céu aberto, havia buracos que iam para a rede de minas abandonadas sob a cidade. E então, quando eles atearam fogo ao lixo, por acidente, ele se espalhou por um desses buracos para a rede de minas abandonadas", afirma. "Em poucos dias, havia vapor branco saindo das laterais daquele poço. E eles estavam praticamente certos de que um incêndio na mina havia começado. Claro, eles não tinham ideia do tamanho que se tornaria ou da dificuldade que seria para apagar." O efeito foi devastador. O fogo avançou sobre o carvão e se espalhou rapidamente no subsolo de Centralia. A partir daí, teve início uma manobra milionária — e que fracassou — para conter o incêndio. Veja a linha do tempo da cidade de Centralia Bruna Azevedo/g1 Operação milionária Autoridades americanas iniciaram uma operação para tentar controlar as chamas. Segundo o governo da Pensilvânia, num primeiro momento, os brigadistas tentaram usar água e até mesmo argila para sufocar o fogo. Não funcionou. Em novos esforços, o governo passou a fazer escavações para isolar o incêndio, além de preencher os túneis com materiais como areia e rocha britada. Também não funcionou. DeKok afirma que as autoridades não previram o quão caro seria apagar o fogo, o que se tornou um grande problema. As operações para extinguir as chamas foram interrompidas várias vezes por falta de recursos. "Eles começavam o trabalho, começavam a escavar para conter o fogo, mas ficavam sem dinheiro e precisavam parar. E então eles voltavam cerca de um ano depois. Mas, nesse ponto, o incêndio estava ainda maior. Tornou-se uma situação impossível", explica. Em pouco mais de 15 anos, os governos estadual e federal gastaram US$ 3,3 milhões para controlar o incêndio. A administração da Pensilvânia admite que os efeitos foram limitados. "O que tornou o incêndio tão difícil de controlar foi a geologia subterrânea de Centralia. Você tem que pensar nas veias das minas de carvão. Elas meio que sobem e descem. São como tigelas empilhadas umas sobre as outras", diz DeKok. Imagem mostra fumaça saindo do chão durante incêndio subterrâneo em Centralia David DeKok/Centralia Photo Archive Escalada do perigo Em 1969, famílias que moravam em três casas precisaram abandonar seus lares. Segundo DeKok, gases tóxicos começaram a invadir as residências, tornando a permanência no local perigosa. Ainda assim, Centralia tentava levar uma vida normal. Enquanto o governo procurava conter as chamas, na década de 1970, a população seguia com sua rotina diária. Com o tempo, no entanto, o solo da cidade ficou instável, e as emissões de gases tóxicos se tornaram cada vez mais frequentes. Em 1981, uma tragédia quase aconteceu. DeKok relembra que um adolescente de 12 anos estava caminhando pelo jardim da casa da avó quando avistou o que parecia ser fumaça saindo do chão. "Ele foi investigar o que era e desapareceu de vista em um buraco aberto pelo incêndio da mina. Ele se salvou ao se agarrar à raiz de uma árvore e gritar por socorro. Por sorte, seu primo de 14 anos estava por perto. Conseguiu alcançá-lo, segurou-o pelo casaco de inverno e o puxou para fora", conta. O jornalista conta que o menino foi levado ao hospital para fazer exames e se recuperou fisicamente. Por outro lado, o trauma ficou. DeKok diz que o jovem passou a sofrer de estresse pós-traumático. "Quando o entrevistei, cerca de 20 anos depois do acidente, ele contou que tinha pesadelos recorrentes com o que aconteceu. Nos sonhos, pedalava pela calçada da cidade, que de repente se abria e o engolia. Ou seja, ele não saiu ileso daquilo." Mais tarde, já adulto, a vítima passou a se envolver com o uso de opióides e morreu aos 51 anos — provavelmente por complicações causadas pelo uso prolongado das drogas, segundo DeKok. "Eu tenho quase certeza de que há, sim, alguma ligação entre o uso de drogas e o transtorno de estresse pós-traumático que ele desenvolveu — e o fato de a vida dele, com o tempo, ter desmoronado. Então, sim, eu atribuiria isso ao acidente", afirma o jornalista. Adeus, Centralia Imagem mostra fumaça de incêndio em Centralia, nos EUA Arquivo/TV Globo Na década de 1980, a permanência em Centralia passou a ser insustentável. Naquela época, o Escritório de Mineração de Superfície estimou em US$ 663 milhões os gastos para acabar com o incêndio, e o governo optou por retirar os moradores da área. O Congresso dos Estados Unidos aprovou um repasse de US$ 42 milhões para a desapropriação de imóveis prejudicados pelo incêndio e para a realocação de famílias e comércios para outras regiões. DeKok afirma que as famílias foram assentadas num raio de cerca de 20 km de Centralia, já que muitos queriam continuar com acesso a escolas e hospitais da região. Ainda assim, a saída não foi tranquila. "A situação ficou bastante tensa por volta de 1982. Dois terços da cidade queriam ser realocados, e um terço era contra. Isso gerou muitos conflitos entre os moradores", conta. O jornalista afirma que, entre os moradores que não queriam deixar a cidade, estavam aqueles que acreditavam que o fogo não era tão grave quanto as autoridades diziam ou que viviam em áreas consideradas mais seguras. "Eventualmente, a maior parte do grupo que resistia acabou aceitando a saída, mas com relutância. Foram embora porque todos estavam indo, e porque o valor das indenizações aumentou com o tempo. Foi uma combinação de fatores, mas no fim quase todos deixaram Centralia." Atualmente, apenas cinco proprietários continuam morando em Centralia. Os imóveis abandonados foram demolidos, e a cidade passou a ser um amontoado de quadras com ruas vazias. Legado e impacto cultural A Graffiti Highway, em Centralia David DeKok/Centralia Photo Archive A decadência de Centralia despertou a curiosidade pública e teve impacto até no cinema. Em entrevista ao site francês "Ecranlarge", o diretor Christophe Gans afirmou que Centralia serviu como referência para o filme de terror "Silent Hill", lançado em 2006. Segundo Gans, o roteirista Roger Avary conhecia a história da cidade e resolveu se inspirar no que tinha acontecido para ambientar o filme. Avary, por sua vez, deu várias entrevistas falando sobre o processo de pesquisa e a ligação com Centralia. O longa é uma adaptação para o cinema de um jogo de videogame também chamado Silent Hill, lançado no fim da década de 1990. No filme de 2006, a cidade aparece isolada por uma névoa densa e coberta por cinzas que caem do céu, resultado de um grande incêndio em uma mina de carvão. A trama também mostra Rose, uma mãe que decide levar a filha até a cidade depois que a menina começa a mencionar o local durante episódios de sonambulismo. No caminho, as duas sofrem um acidente e atravessam um portal para a realidade paralela de Silent Hill. Logo após o acidente, Sharon desaparece misteriosamente, e Rose inicia uma busca desesperada pela cidade, que está repleta de criaturas sobrenaturais. Já na vida real, um dos grandes símbolos do legado do incêndio em Centralia é a chamada "Graffiti Highway" — ou "Rodovia do Grafite". O local é um trecho da Rota 61 que foi interditado após as chamas provocarem rachaduras no asfalto. DeKok diz que o governo tentou manter a estrada transitável por algum tempo, mas acabou desistindo. A região também se tornou perigosa aos motoristas por causa da fumaça que saía do chão. Anos depois, moradores e visitantes começaram a cobrir o asfalto com grafites coloridos. “Foi como um projeto de arte pública, quase como o Muro de Berlim”, descreve. O jornalista conta que, durante a pandemia de Covid-19, a região voltou a atrair visitantes em busca de espaços abertos em meio ao isolamento. O aumento no fluxo de pessoas fez com que uma empresa que controlava a área colocasse pilhas de terra ao longo da estrada. "Eles queriam impedir que motocicletas e quadriciclos passassem por ali, mas, na verdade, tornaram aquilo um desafio. Os motociclistas adoram subir e descer montanhas de terra. Mas isso fez com que a maior parte dos grafites fosse coberta", conta. Atualmente, DeKok também coordena visitas turísticas a Centralia. Os passeios são realizados apenas em áreas consideradas seguras. Segundo o jornalista, os visitantes ainda conseguem ver partes da cidade e, dependendo do clima, até fumaça saindo do solo. VÍDEOS: mais assistidos do g1 Fonte: G1


linnpy Robô que organiza a casa: pesquisa de mestrado da UFRGS usa tecnologia para ajudar idosos com mobilidade reduzida
Projeto é da Mestra em Ciência da Computação Letícia dos Santos. Robô TIAGo-135 é capaz de identificar objetos no chão, recolhê-los e colocá-los sobre uma mesa. Pesquisa da UFRGS cria robô para idosos com mobilidade reduzida Por meio de uma lembrança afetiva da infância, a Mestra em Ciência da Computação Letícia dos Santos transformou em ciência um gesto de cuidado. "A gente fazia uma bagunça, deixava os brinquedos espalhados pelo chão, e depois tinha que organizar. E meus pais falavam que uma das justificativas era porque minha avó tinha um problema de locomoção, de mobilidade", recorda Letícia. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp Anos depois, essa memória afetiva se transformou em base para um projeto científico: o desenvolvimento de um sistema autônomo para um robô chamado TIAGo-135, capaz de identificar objetos no chão, recolhê-los e colocá-los sobre uma mesa – tudo isso sem qualquer intervenção humana. A pesquisa foi realizada durante o mestrado de Letícia em um programa em conjunto entre a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Universidade de Oslo, na Noruega. Robô TIAGo-135 Imagens cedidas/ Letícia dos Santos Público-alvo A pesquisa nasceu de uma oportunidade: entre as áreas de trabalho oferecidas pela Universidade de Oslo, Letícia poderia atuar com o robô TIAGo-135 – uma plataforma desenvolvida por uma empresa europeia, usada em projetos de pesquisa científica. A instituição mantinha parceria com um centro comunitário para idosos, o que direcionava o público-alvo da pesquisa. A ideia inicial era usar o robô em um ambiente doméstico, fora do contexto hospitalar, justamente onde mais se percebem as dificuldades cotidianas enfrentadas por pessoas com mobilidade reduzida. Além de manter o ambiente limpo e organizado, a remoção de itens do chão pode prevenir quedas. "O objeto no chão também pode ser um risco do idoso pisar em cima, perder o equilíbrio e cair, por exemplo", explica. Mestra em Ciência da Computação Letícia dos Santos e o robô TIAGo-135 Imagens cedidas/ Letícia dos Santos Um robô que 'se vira sozinho' Diferente de outras abordagens científicas que se concentram em etapas específicas, como apenas a navegação ou apenas a manipulação de objetos, Letícia conta que projetou uma solução completa: "A técnica que eu propus, ela é autônoma. Ou seja, você coloca o robô no ambiente e ele se vira para fazer a tarefa. Você não precisa adaptar o ambiente para o robô", comenta. Essa autonomia foi um dos principais diferenciais da pesquisa, segundo a Mestra. Nada de etiquetas ou bandejas coloridas como pontos de referência, o robô precisa entender o ambiente como ele é, sem ajustes prévios. O TIAGo-135 é uma unidade robótica com base móvel e braço articulado com sete graus de liberdade, altura ajustável e capaz de agarrar e manipular objetos com uma carga útil de 2 kg. O sistema desenvolvido por Letícia permite que o robô identifique o próprio posicionamento, localize copos espalhados e encontre a mesa mais próxima para organizá-los, sem depender de mapas ou instruções externas. “O robô não precisa imitar o humano, ele só precisa resolver o problema”, resume. Robô TIAGo-135 Imagens cedidas/ Letícia dos Santos Precisão e segurança Durante o período de um ano que passou na Noruega, Letícia testou sua proposta com o robô real em laboratório. O espaço de testes simulava um ambiente doméstico de cerca de cinco metros quadrados, com dois copos no chão e uma mesa. "Tem várias coisas que tem que ser consideradas, principalmente no teste real. Acontece de o robô, por exemplo, derrubar o copo. Ele precisa ter uma precisão bem grande para conseguir pegar o objeto ali, porque questão de dois centímetros ele já pode fazer um movimento errado e não conseguir fazer a tarefa", diz. A pesquisa teve uma taxa de 93% de sucesso. Em um dos testes, o robô prendeu o braço por conta de um erro na detecção de obstáculos. Foi necessário então acionar o botão de emergência — um recurso comum em robôs de pesquisa, que desativa imediatamente todos os motores, como se o robô "desmaiasse", para evitar danos ao equipamento. "Se ele ficasse forçando o motor ali, ele podia estragar", explica Letícia. Robôs em rede Atualmente morando em Porto Alegre, Letícia dá continuidade à sua trajetória acadêmica no doutorado em computação da UFRGS. O foco agora é em sistemas com múltiplos robôs coordenados entre si. A ideia é estudar como diferentes robôs — com formatos, tamanhos e capacidades variadas — podem trabalhar em conjunto em tarefas como mapeamento, exploração de ambientes e cooperação em espaços domésticos ou industriais. "O doutorado tem quatro anos e eu só estou no início, então a ideia ainda pode mudar um pouco. Mas, inicialmente, eu estou trabalhando com multi-robôs, que seriam vários robôs que eles podem se coordenar para fazer uma tarefa, para construir um mapa de um ambiente, para andar junto, para várias aplicações", comenta. Futuro acessível? A pesquisadora reconhece que o custo atual dos robôs como o TIAGo ainda é alto. Segundo ela, trata-se de uma plataforma, voltada para a pesquisa e altamente customizável, com possibilidade de acoplar diversos sensores. Apesar disso, ela acredita que a tendência é de que robôs domésticos se tornem mais acessíveis nos próximos anos, ainda que não saiba prever quando isso deve ocorrer. “Não é minha área de pesquisa, eu sou mais interessada em entender como o robô funciona de fato, mas acredito que economicamente vai ficar mais viável no futuro", aposta. Orientadores do projeto do robô TIAGo-135: Orientador: Prof. Dr. Renan Maffei Co-orientador: Prof. Dr. Mariana Kolberg Co-orientador: Prof. Dr. Jim Torresen VÍDEOS: Tudo sobre o RS Fonte: G1

r011 Xand Avião exalta forró, repagina o gênero com toque pop e reforça legado nordestino em Campina Grande: ‘maior artista do São João é o forró’
No São João 2025 de Campina Grande, Xand Avião entregou um show repaginado do forró com toque pop e releituras de clássicos do gênero; Léo Foguete estreou no evento com apresentação marcada por emoção e surpresas no palco. Xand Avião no São João 2025 de Campina Grande Natasha Leoni/Arte Produções Quase duas horas de show, repertório repaginado, homenagem aos mestres do forró e carinho com o público de Campina Grande. Foi assim que Xand Avião comandou a madrugada deste domingo (8), no Parque do Povo, no São João 2025 de Campina Grande, com o espetáculo da turnê “O Forró é Pop”. A apresentação começou pouco depois da 1h da manhã e misturou tradição, inovação e sentimentos, uma assinatura já esperada por quem acompanha o artista. O início do show foi marcado por uma reverência a Luiz Gonzaga. Ao som de “A vida do viajante”, de Luiz Gonzaga, a cenografia projetada no telão e a presença de dançarinos caracterizados como cangaceiros deram o tom da homenagem. Logo em seguida, Xand deixou claro o espírito da apresentação: “Quero lembrar que o maior artista do São João é o forró, não é ninguém”, disse, antes de cantar “Eu só quero um xodó”, clássico de Dominguinhos. Confira a programação do São João 2025 de Campina Grande Saiba tudo sobre as festas juninas na Paraíba São João 2025 na Rede Paraíba: cobertura tem programas, jornais e vários conteúdos especiais O repertório seguiu valorizando a história do forró, com músicas de Luiz Gonzaga e outros ícones da música nordestina. Em um dos momentos mais marcantes da noite, Xand fez referência à apresentação do ano passado e destacou a conexão com o público. Xand Avião no São João 2025 de Campina Grande Natasha Leoni/Arte Produções Xand iniciou o show com um figurino caracterizado e dedicado ao show em Campina Grande. Nas redes sociais, o cantor já havia adiantado que preparava um figurino exclusivo para cada uma das 34 apresentações da turnê no mês de junho. Para a noite em Campina Grande, ele escolheu um figurino inspirado na sua relação com a cidade e produzido por um estilista de Campina Grande, assinado pelo estilista Roosevelt Fernandes. A proposta reforça o conceito do projeto: um forró com estética contemporânea, sem perder a essência. “Foram 34 figurinos [provados por ele para a maratona em junho], é muito figurino, e assim, o escolhido para cá, lógico, tinha que ser o que o Roosevelt fez, é um cara aqui de Campina Grande. Que gibão lindo que esse cara fez”, explicou Xand. A turnê, que vem rodando o Nordeste, eterniza momentos marcantes para Xand, como o arrastão feito na última edição do São João de Campina Grande, cena que virou símbolo da sintonia do artista com o público paraibano. A apresentação dele no evento em 2024, inclusive, foi eleita pelo público como o melhor show da edição em enquete promovida pelo g1. “Que responsabilidade subir nesse palco depois do que a gente fez no ano passado. A gente ganhou, por causa de vocês [público], uma enquete do g1 e a gente ganhou o melhor show do São João [de 2024 em Campina Grande], mas quem ganhou não fui eu, foi o forró”, disse Xand. Show de Xand Avião é eleito o melhor do São João 2024 de Campina Grande Xand Avião no São João 2025 de Campina Grande Natasha Leoni/Arte Produções Apresentando a turnê “O Forró é Pop”, Xand Avião misturou, em Campina Grande, o tradicional e o moderno, trazendo um repertório atualizado, balé próprio e coreografias que traduzem a identidade dessa nova fase da carreira. Entre as faixas que compõem “O Forró é Pop”, Xand trouxe sucessos como “Razões”, da banda Mastruz com Leite, “Me Usa”, da banda Magníficos, e “Passos na Areia”, da Cavalo de Pau, todas com arranjos renovados. Um dos pontos altos da noite foi a representação visual criada no palco: bailarinos voltaram à cena como cangaceiros, agora em uma estrada do Nordeste, ao som da sanfona, mas com uma pegada pop. Nesse momento, Xand e os dançarinos exaltaram a importância da sanfona na identidade do forró. Na reta final do show, o cantor mergulhou no próprio repertório e relembrou hits da época em que fazia parte da banda Aviões do Forró, como “Já tomei porres por você”, “Quem é o gostosão daqui?” e “Comendo água”. Cerca de 50 minutos antes do fim da apresentação, ele convidou ao palco Samara Souto, vocalista da banda Magníficos, para cantar a música “Me Usa”. A banda Magníficos não está na programação do São João 2025 de Campina Grande no Parque do Povo. Já nos minutos finais, Xand fez um momento solo com triângulo, se colocando como integrante de um trio de forró enquanto interpretava canções mais intimistas. O encerramento foi animado, com hits dançantes, e uma declaração que emocionou o público: “Se vai ser o melhor show do São João eu não sei, mas o melhor show da minha vida foi aqui!”, disse no fim da apresentação. O show terminou às 3h da madrugada, deixando o público com a certeza de que, mais uma vez, o forró foi protagonista em Campina Grande. ✅Veja todas as notícias sobre o São João na Paraíba através do canal do g1 PB Xand Avião no São João 2025 de Campina Grande Erickson Nogueira/g1 Antes de iniciar o show, em entrevista à Rede Paraíba de Comunicação, Xand comentou sobre a união entre os artistas de forró para o fortalecimento do gênero musical e unidade da comunidade forrozeira. “Quanto mais a gente estiver junto, mais o forró ganha. A gente antigamente tinha aquelas rixas, e quem mais faziam as rixas eram os fãs, mas tinha uma rixazinha, não vou mentir não. Era até bom naquele tempo, mas já passou, a gente tá ficando velho. Quanto mais a gente se unir, só quem ganha é o ritmo, e a gente tem que mostrar que o nosso forró tem qualidade como qualquer música do Brasil. Sou lutador do forró, sou nordestino, e espero que esse ritmo cresça e ganhe o mundo”, finalizou Xand. Léo Foguete chora no palco e canta em motocicleta em estreia no Parque do Povo Léo Foguete no São João 2025 de Campina Grande Erickson Nogueira/g1 Estreando no palco principal do Parque do Povo, no São João de Campina Grande, Léo Foguete entregou um dos shows mais esperados desta edição do evento. Natural de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, o cantor trouxe ao público uma apresentação intensa e marcada por emoção, mistura de ritmos e o embalo do forró romântico que o projetou nacionalmente. Hits como “Última Noite”, “Cópia Proibida” e “Dona”, esta última em parceria com Luan Santana, animaram os milhares de forrozeiros que lotaram a arena de shows. A apresentação começou por volta das 23h com um vídeo exibido no telão contando um pouco da trajetória de Léo, seguido pela canção “Última Noite”, música que se tornou um divisor de águas na carreira do artista e que já ultrapassa 137 milhões de visualizações no YouTube. Em seguida, ele emendou com “Cópia Proibida” e “Barulho do Foguete”. Logo após essa sequência de músicas iniciais do show, Léo compartilhou com o público sua trajetória de vida até chegar na apresentação do Parque do Povo. “Um pouco mais de um ano atrás, eu era ajudante de pedreiro, ajudava meu pai, eu era porteiro, era tudo e mais um pouco. Eu tenho muito orgulho de onde eu vim”. Após homenagear o pai, Léo se emocionou no palco: “Eu tinha um sonho de vencer na vida, e eu sempre sonhei em estar aqui hoje. Eu até brincava com o pai, dizendo: ‘o peso do microfone é mais leve que o da marreta’. E hoje eu tô aqui realizando um sonho”, disse, Léo Foguete, emocionado e, por vezes, chorando. Léo Foguete no São João 2025 de Campina Grande Erickson Nogueira/g1 Antes da apresentação, o cantor conversou com o g1 sobre a emoção de se apresentar pela primeira vez no Maior São João do Mundo. “É um sonho realizado em estar aqui, eu tô muito feliz e preparei um show muito especial para tocar aqui em Campina Grande. É uma loucura, porque saber que tem milhares de pessoas consumindo nossas músicas. ‘Última Noite’ tem mais de 100 milhões de visualizações, ‘Cópia Proibida’ bateu top 1 nas plataformas digitais, e eu fico muito feliz, um sonho realizado. 100 milhões de pessoas eu não consigo nem enxergar. Meu Deus, não cai a ficha”, completou. O clima no Parque do Povo variava entre emoção e energia. Ao cantar “Caso Indefinido”, Léo desceu do palco e foi em direção ao público, atravessando o corredor central enquanto o DJ fazia uma base eletrônica. A atmosfera se transformou em algo próximo a uma balada, e por instantes o show assumiu um ritmo mais voltado ao pop eletrônico. De volta ao palco, uma motocicleta Harley-Davidson surgiu como surpresa no centro do cenário. Léo subiu na moto e, ao estilo dos grandes festivais, tocou uma guitarra que disparava fogos de artifício, reforçando ainda mais o tom performático da apresentação naquele momento. O show fugiu do forró tradicional, ou até romântico como se iniciou, e deu um ar de espetáculo de rock, o que fez lembrar um clima digno de festival, como o Rock in Rio. Ainda durante o show, Léo recebeu uma homenagem simbólica: uma placa comemorativa por alcançar a marca de 1 bilhão de execuções nas plataformas digitais. Léo Foguete mostrou que chegou com força ao São João de Campina Grande, abrindo o caminho para se tornar um nome com presença frequente no circuito junino da cidade. Além de Léo Foguete, se apresentaram no Parque do Povo, neste sábado, os artistas Gegê Bismarck e Karkará. Agenda Neste domingo (8), no São João 2025 de Campina Grande sobem ao palco principal os cantores Natanzinho Lima, Taty Girl, Santanna e Forró Pegado. Os shows têm início às 19h e seguem até as 3h da madrugada. Além do palco principal, o Parque do Povo também contará com apresentações de artistas locais e grupos de forró nas quatro Ilhas, nos dois Coretos e no Palco Cultural, cujas atrações começam a partir das 18h. Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba Fonte: G1


camila.almeida Fruticultura, cura e ancestralidade: liderança do Xingu vence depressão e transforma legado do avô no primeiro chocolate indígena da região
Katyana Xipaya, líder de comunidade no médio Xingu, encontrou nas técnicas do próprio povo a oportunidade de empreender e de se dar uma nova chance para seguir em frente após a morte do avô, amigo e conselheiro. Liderança vence depressão e transforma legado do avô no 1º chocolate indígena da região Como encontrar na própria história sentido para seguir em frente? Foi desta pergunta o ponto de partida para a liderança indígena Katyana Xipaya, de 38 anos, da comunidade Jericoá 2, no médio rio Xingu, sudoeste do Pará, transformar o legado do avô com o cacau e outras frutas da floresta em novas oportunidades de negócio que a levaram a vencer a depressão após a morte do patriarca. 🍫 Com o cacau cuidado e comercializado pelo avô há décadas, vendido bruto, sem qualquer tipo de beneficiamento, a Xipaya foi além e fez das sementes da fruta a origem do primeiro chocolate indígena da região. 🍍 Na técnica ancestral dos povos indígenas da desidratação de alimentos, o qual Katyana aprendeu com o avô e que a comunidade usava apenas para consumo próprio, a líder encontrou a chance de gerar renda às famílias a partir das frutas cultivadas no território, como a banana, a pitaia, o abacaxi e o limão. Ressignificando o luto e enfrentando a depressão Katyana Xipaya e o avô, Miguel Xipaya. Arquivo pessoal Miguel Xipaya, o avô de Katyana, era o líder e representante da Jericoá 2, formada por 20 pessoas em quatro famílias e que está localizada na chamada "volta grande do Xingu", área da construção da usina de Belo Monte. Para Katyana, além de defensor do território e parte da família, o avô era o melhor amigo e conselheiro. Aos 90 anos, em 2017, Miguel morreu por complicações na saúde e mesmo tendo preparado a neta para ser sua sucessora no cuidado das famílias locais e da plantação de cacau da comunidade, sustento dos moradores, Katyana sofreu com o luto por três anos e foi diagnosticada com depressão. "Ele me mostrava o que era para fazer; como plantava, selecionava, tirava e quebrava o cacau. Ele foi me deixando com essas responsabilidades. Eu nasci e me criei nessa mata, então não tinha medo. Eu fiquei mesmo foi pensando no que estava acontecendo, que ele estava me deixando à frente tudo. Então, ele adoeceu e de repente faleceu. Acabou meu chão", relembrou Katyana em entrevista ao g1. Na época, a indígena precisou assumir a liderança da comunidade ao passo que lutava diariamente para conseguir fazer as tarefas da rotina. Até mesmo levantar da cama era um desafio. "Entrei em depressão, fiquei três anos lutando. Quando chegava alguém para trabalhar, eu não queria receber, eu me escondia [...] Eu queria ir ao túmulo do meu avô, que está enterrado na nossa terra e ficar lá com ele." A indígena iniciou o tratamento da doença com acompanhamento psiquiátrico, mas foi na ancestralidade que ela encontrou a força e a missão da própria vida para ressignificar o futuro. "Para mim ele (o avô) foi a inspiração de tudo. Eu falei: 'a partir de hoje, a cura está em mim. Eu vou. É tudo ou nada' . Fui trabalhando dia e noite, porque eu precisava ocupar minha cabeça. Era meu refúgio", contou Katyana. Nesta caminhada, a Xipaya contou especialmente com a ajuda da mãe, da companheira e do filho, Sayd Xipaya, que estuda agronomia na Universidade Federal do Pará (UFPA) para seguir na atividade e aliar outros conhecimentos à sabedoria da etnia e da agricultura familiar. ☀️ Katyana explicou que, por conta do calor, a etapa da colheita costuma ocorrer a partir da metade da tarde até o início da noite. Na época em que enfrentava a depressão, ela entrava na roça às 16h e saia por volta das 23h, sem contar a parte do dia em que fazia outros processos. Katyana e o filho Sayd Xipaya, de 19 anos. Arquivo pessoal "Coitado dos meus que tinham que ir comigo. Mas eles iam. Todo mundo junto. Nós trabalhávamos muito, muito, muito", falou em meio a risadas, relembrando os momentos com a família e comunidade. 🌳 A relação com a cultura agrícola, principalmente a cacaueira, é natural na localidade. É o que explicou a pró-reitora e professora de fruticultura a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Antônia Bronze. A pesquisadora destacou a região da Transamazônica, que engloba o médio Xingu, como o maior destaque na contribuição ao Pará enquanto maior produtor de cacau do Brasil. 👩🏽🌾 Na Jericoá 2, o sistema de cultivo das frutas é agroflorestal, o que, segundo a professora, enriquece ainda mais o solo e o produto final. "Sistemas biodiversos melhoram a qualidade do solo, reduzem o uso de fertilizantes, promovem a ciclagem de nutrientes, aumento da matéria orgânica, controle de pragas e doenças e contribui para a umidade do solo e sobrevivência do cultivo", detalhou. Katyana explicou que o cacau em sua cor dourada é o que dá origem ao chocolate fino. Hélder Lana / Divulgação Saberes ancestrais viram negócio: da desidratação ao primeiro chocolate indígena do Xingu "Em 2019 fomos reconhecidos como indígenas ribeirinhos impactados (pela construção da usina) e começamos a ser atendidos e a ter assistência da empresa, por meio do projeto Belo Monte Empreende. A gente foi vendo o que mais a comunidade tinha e o que desejávamos ser trabalhado para ter uma renda melhor", explicou a Xipaya. Desde então, a comunidade contou com o apoio de instrutores e mentores especializados na construção de negócios sustentáveis por meio da parceria entre a iniciativa e o Centro de Empreendedorismo da Amazônia (CEA). Frutas desidratadas pela comunidade. O limão vira ingrediente para drinks e chás, e a banana, chips. Capim-santo cultivado na Jericoá 2 também é comercializado. Juliana Bessa / g1 A partir das novas oportunidades, uma técnica conhecida, praticada pelo povo indígena e já tão comum no dia a dia da comunidade despertou o potencial de gerar faturamento às famílias da Jericoá 2: a desidratação de frutas cultivadas na Amazônia, como a banana, o limão e a pitaia. "Evita o desperdício [...]. É um processo que fazemos há muitos anos, vem dos nossos antepassados. Fazemos com a carne, com o peixe e com o ovo. É um produto indígena, algo que também poderia realmente dar visibilidade para a comunidade", ressaltou Katyana. A ideia saiu do papel e ganhou vida por meio da parceria feita com Cooperativa Agroindustrial da Transamazônica (Coopatrans), que, há dois anos, também acolheu o cacau da Jericoá 2. Assim, a fruta, que era vendida sem qualquer tipo de beneficiamento, passou a representar, também, o ponto de partida para novos produtos, como as amêndoas cristalizadas, o néctar e o chocolate fino. "A gente vai ter agora um chocolate indígena, um produto indígena, chocolate", relembrou o que pensou a liderança Xipaya ao entender que a memória do avô e do próprio povo ganhava novas formas e horizontes, com uma produção que segue técnicas tradicionais e respeita a floresta. "Foi daí que surgiu a Sídjä Wahiü, em 2023. Na nossa língua xipaia-kuruaya, ‘Sídjä' significa 'mulheres' e 'Wahiü', 'guerreiras'. Trazemos o fortalecimento da mulher. Não só da mulher indígena, mas da mulher na sociedade. Não é só uma marca, é um legado", destacou Katyana. “Fornecemos nossas amêndoas e nossas frutas. É o primeiro chocolate indígena da região". Depois de anos de tratamento e luta contra a depressão, a indígena disse que está curada e muito bem na nova fase da vida. Na Jericoá 2, o cacau se tornou o ponto de partida para novas formas de geração de renda. Da fruta vem o chocolate fino Sidjä Wahiü e o néctar, também conhecido como "mel do cacau". Katyana Xipaya segura ambos. Juliana Bessa / g1 📉 Como empreendedora, a líder busca se profissionalizar cada vez mais no assunto. "O Sebrae também tem contato com a gente e nos convida para alguns cursos". Uma das capacitações ocorreu na Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), na sede de Altamira, a um hora da comunidade. "Foi um dia de saberes, de conexão, em que a gente pôde entender mais sobre o universo de empreender", contou a líder. Katyana fez questão de explicar que a inspiração para o logo da Sídjä Wahiü veio de uma figura rupestre encontrada próxima a uma cachoeira da região, que lembra o sol. "Só tem o rostinho lá, um solzinho. Ele fica seis meses embaixo d'água e outros seis meses, do 'verãozão', no 'solzão'. [...] O sol, para nós indígenas, é tudo". Ao redor do lado direito, um cocar, que representa o povo Xipaya. "E as voltinhas (por trás do sol) são as margens do Xingu", explicou a líder Xipaya. 🍫 O chocolate fino da Sídjä Wahiü, com 72% de cacau e 15% de frutas secas, como pitaia, abacaxi e banana — também cultivadas na comunidade —, sem glúten e sem lactose, é a materialização da junção de técnicas ancestrais aprendidas com o avô Miguel e que se tornou exemplo e referência para outras comunidades do médio Xingu. Chocolate fino da Sidjä Wahiü tem frutas desidratadas e origem no cacau da comunidade de Katyana. Juliana Bessa / g1 🫱🏼🫲🏽 "Da Sídjä Wahiü surgiu a Iawá e, ano passado, mais três. Hoje são cinco chocolates indígenas, abrangendo outras comunidades ribeirinhas e aldeias com mais de 100 famílias. As vezes eles querem uma oficina, uma conversa, querem saber como a gente pode contribuir com os demais parentes e eu fico muito feliz." Katyana comercializa os produtos do empreendimento por encomenda e em eventos, feiras regionais e nacionais e lojas da CacauWay, negócio de impacto social que reúne os produtos da Coopatrans. "O chocolate que estou produzindo é de alta qualidade e quero levar a cultura indígena, as riquezas da Amazônia e a força da natureza para lugares que nem imagino”, pontuou. Pequeno expositor que fica na casa de Katyana com alguns dos produtos da Sidjä Wahiü. Juliana Bessa / g1 Estufa de cacau na Jericoá 2, onde as sementes passam pela secagem. Este é o terceiro passo do beneficiamento das sementes, que começa com a retirada dos frutos ao armazenamento. O processo todo, de acordo com Katyana, leva, em média, 15 dias. Juliana Bessa / g1 Cartilha mostra os cinco chocolates indígenas da volta grande do Xingu, criados a partir das contrapartidas que a concessionária de Belo Monte realiza na região por conta dos impactos socioambientais. Na foto, duas das marcas: Sidjä Wahiü e Karaum Paru. Mapa ao lado também mostra onde a Jericoá e as outras comunidades estão localizadas. Juliana Bessa / g1 Néctar do cacau deve ser consumido dentro de 12 horas, porque depois pode ganhar alto teor alcoólico por conta do processo natural de fermentação da bebida, segundo a Xipaya. Juliana Bessa / g1 VÍDEOS com as principais notícias do Pará Confira outras notícias do estado no g1 Pará. Fonte: G1

r011 Ultrassom em água morna e alimentação constante: como é o pré-natal de serpentes grávidas no Instituto Butantan, em SP
Em laboratório, esses animais contribuem tanto na produção de soro antiofídico quanto em estudos sobre toxinas. Análise de imagens de ultrassom realizado em serpente Renato Rordigues/Comunicação Butantan Referência em pesquisas com serpentes, o Instituto Butantan, na Zona Oeste de São Paulo, recebe exemplares do réptil vindos de diversas partes do país — sejam resgatados em operações contra o tráfico ilegal de animais, capturados em áreas residenciais ou envolvidos em acidentes com humanos. Em laboratório, esses seres contribuem tanto na produção de soro antiofídico quanto no desenvolvimento de estudos sobre toxinas. No caso das fêmeas, a chegada requer uma atenção especial: é preciso verificar se elas estão "grávidas", carregando o que podem ser dezenas de embriões. 🐍 Teste de gravidez Segundo especialistas do Butantan, o nascimento de serpentes costuma ocorrer em épocas mais quentes. Por isso, todas as fêmeas que chegam ao instituto entre a primavera e o verão passam por um ultrassom. 🔍 Para o aparelho deslizar melhor pelas escamas das fêmeas, elas ficam com parte do corpo mergulhado em água morna. Quatro profissionais participam do exame: um tecnologista, responsável pela contenção dos animais; um pesquisador e um médico veterinário, que atuam em conjunto nas medições e avaliações; e um auxiliar, que preenche as fichas com o histórico de cada serpente. Primeiro, os especialistas buscam a posição da vesícula biliar. É abaixo desse órgão que fica o sistema reprodutivo das serpentes; Em seguida, eles medem o depósito de gordura ao redor dos órgãos reprodutivos, isso servirá de alimento para os possíveis embriões poderem se desenvolver; Depois, observam o estágio de cada folículo. Cada um deles dá origem a um óvulo, que pode se transformar num filhote ou ovo, se for fecundado; No caso das espécies vivíparas, aquelas em que os filhotes se desenvolvem no interior do corpo das mães (como jararacas e cascavéis), quando os especialistas identificam a presença de embriões, eles analisam os batimentos cardíacos, o desenvolvimento da coluna vertebral e o tamanho dos filhotes para saber se o crescimento está ocorrendo da forma adequada. Já com as ovíparas, aquelas em que os filhotes se desenvolvem fora do corpo das mães, em ovos (a exemplo da falsa-coral), é preciso esperar que os ovos sejam postos para analisar se eles foram fecundados e se há embriões em desenvolvimento. Para isso, os profissionais encostam lanternas nas cascas. A luz permite que se identifique a presença de vasos sanguíneos e, depois, acompanhem o crescimento dos filhotes. Exame de ultrassom sendo conduzido em água morna Renato Rordigues/Comunicação Butantan Foi assim que, na primavera de 2024, a equipe do laboratório de Herpetologia do Butantan conseguiu confirmar a gravidez de cinco fêmeas: Uma jararaca-pintada (Bothrops neuwiedi) ➡ enviada pelo Departamento de Águas e Esgoto de Ouro Preto, em Minas Gerais, ela carregava dez embriões; Duas cascavéis (Crotalus durissus) ➡ uma enviada por um morador de Pinhalzinho, no interior de São Paulo, e outra pelo Departamento de Águas e Esgoto de Ouro Preto, em Minas — cada uma com seis filhotes; Duas urutu-da-serra (Bothrops fonsecai) ➡ ambas enviadas por moradores de Campos do Jordão, em São Paulo — uma com dez e outra com 11 embriões. De acordo com a pesquisadora Kathleen Fernandes Grego, esses animais, assim como seus filhotes, não poderiam ser soltos na natureza numa área diferente da que foram encontrados, por questões de segurança sanitária. “Para soltarmos serpentes de biotério [laboratório] na natureza, vários exames clínicos e laboratoriais devem ser realizados para verificar se possuem vírus, parasitas, etc, para não prejudicar as serpentes nativas”, explica. Por isso, os répteis passam a integrar a criação do laboratório do Butantan. 🐍 Rotina do pré-natal As fêmeas peçonhentas que estiverem grávidas ou sob suspeita de gravidez deixam de participar do processo de extração de veneno, utilizado na produção de soro, para reduzir a exposição a fatores de estresse. Além disso, elas passam a ter uma rotina de exames, que inclui coletas de sangue e ultrassons para acompanhar o desenvolvimento dos filhotes/ovos e a saúde das mães. Ao longo da gestação, cuja duração pode variar conforme a espécie, as serpentes realizam cerca de uma ultrassonografia por mês. Extração de sangue da veia caudal de uma serpente Renato Rordigues/Comunicação Butantan Para acompanhar os diferentes estágios da gestação, os veterinários extraem sangue da veia caudal do animal. "Sabemos que, por conta da formação dos folículos e do próprio desenvolvimento dos filhotes, as fêmeas podem apresentar uma maior concentração de cálcio e colesterol no organismo", exemplifica a veterinária Luciana Carla Rameh. 🔍 Na natureza, serpentes grávidas tendem a ficar longos períodos sem se alimentar para evitar o risco de predação. Já no laboratório, elas seguem recebendo comida normalmente durante toda a gravidez. 🐍 Parto e independência Para as vivíparas, os exames de imagem também auxiliam na previsão do nascimento dos filhotes, cujo número pode variar entre algumas unidades e dezenas, a depender da espécie. "Na maioria das vezes, as fêmeas entram em trabalho de parto durante a madrugada, e o tempo até o nascimento depende da quantidade de filhotes que cada uma carrega", diz Kathleen. Segundo a pesquisadora, nos primeiros 15 dias de vida, os filhotes tendem a ficar mais quietos, uma vez que nascem alimentados pelo vitelo (reserva de nutrientes para os embriões) e não sentem necessidade de sair em busca de comida. Após esse período, os filhotes já têm potencial de envenenamento, e podem comer normalmente. No caso das serpentes que nascem dentro do laboratório, elas são mantidas numa espécie de "berçário" até os três anos de vida. Somente depois são incluídas nas rotinas de extração de veneno. Fonte: G1


linnpy Descontos ilegais no INSS: Correios atendem a mais de 300 mil aposentados e pensionistas; veja locais
Incrível a peculiaridade da nossa burocracia. Quando foi pra retirar o dinheiro das contas dos velhinhos nem precisaram de consulta, autorização ou assinaturas, já quando é para o velhinho fur... Fonte original: https://istoedinheiro.com.br/fraude-no-inss-correios-atendem-mais-300-mil-aposentados-pensionistas