Linnpy

Entrar
User Avatar
Post Image

r011 Diego e Arnaldo estreiam na Festa do Peão de Americana com show até de manhã no estilo 'roda de viola'

Dupla subiu ao palco com o domingo já amanhecendo. Base do repertório é o projeto 'NaTora', que está exclusivo no YouTube e faz releituras de sucessos sertanejos. Diego e Arnaldo amanhecem na arena da Festa do Peão de Americana A estreia de Diego e Arnaldo na Festa do Peão de Americana foi sob a paisagem do amanhecer de domingo (8) e um mar de óculos escuros. A dupla subiu ao palco às 6h20, mas, com um repertório do projeto "NaTora", que homenageia clássicos sertanejos e a atmosfera das modas de viola, eles mantiveram o público resistente com o sol já alto. Diego e Arnaldo fazem parte da ZNEC Produções, escritório de gerenciamento de carreiras que é de Zé Neto e Cristiano, que se apresentaram em Americana na mesma noite. Show de Diego & Arnaldo na Festa do Peão de Americana de 2025 Thomaz Marostegan/g1 O "NaTora" é um álbum que está exclusivo no Youtube e contou com a participação Zé Neto e Cristiano, Mari Fernandes e Cleiton e Romário. O show causa a sensação de que o repertório foi pensado na hora, com músicas que eles gostam de verdade de cantar. Show de Diego & Arnaldo na Festa do Peão de Americana de 2025 Thomaz Marostegan/g1 O ambiente da apresentação também é semelhante ao do projeto "NaTora", com os dois sentados, bebidas em volta, violões e muita moda. Além das muitas releituras, Diego e Arnaldo também apresentaram canções autorais, como "Desconhecido", gravada ao lado de Lauana Prado, que tem 43 milhões de execuções no Spotify, "Disk Recaída", e "Relógio Parado", que abriu o show. Show de Diego & Arnaldo na Festa do Peão de Americana de 2025 Thomaz Marostegan/g1 VÍDEOS: saiba tudo sobre Campinas e Região Veja tudo sobre a região no g1 Campinas Fonte: G1

1
16
465
4258
Repostar
User Avatar
Post Image

r011 Mega-Sena e Lotofácil: apostas em Goiás levam juntas mais de R$ 160 mil

Três apostas na Mega-Sena acertaram cinco números e levaram juntas mais de R$ 133 mil. Já na Lotofácil, 14 apostas em Goiás levaram juntas mais de R$ 27 mil. Mega-Sena Marcello Casal Jr./Agência Brasil Apostas de Goiás acertaram levaram juntas mais de R$ 160 mil nos sorteios da Mega-Sena e da Lotofácil juntas. Na Mega-Sena, três apostas acertaram cinco números e levaram juntas mais de R$ 133 mil. Já na Lotofácil, 14 apostas acertaram 14 números, levando juntas o prêmio no valor de mais de R$ 27 mil. Duas apostas na Mega-Sena foram feitas em Cristalina, na Região do Entorno do Distrito Federal, e um, em Goiânia. Cada apostador está levando para casa R$ 44.356,88. Clique aqui e siga o perfil do g1 Goiás no Instagram Os números sorteados da Mega-Sena neste sábado (7) foram 04-05-17-27-52-56. Já os números da sorte na Lotofácil foram 03-04-06-07-11-12-13-14-16-17-19-21-22-23-24. As apostas foram feitas nas lotéricas Mega Sorte e pelo Internet Banking Caixa, ambas em Cristalina, e na Casa Loterica Goyana, em Goiânia. Outras 292 apostas acertaram quatro números e levam juntas o prêmio no valor de R$ 259.509,97. Como apostar na Mega-Sena Para apostar e ser o próximo ganhador da Mega-Sena, é necessário ser maior de 18 anos e fazer uma aposta em qualquer lotérica ou pelo site da Caixa até as 19h do dia do sorteio que acontece às terças, quintas e aos sábados. Quem aposta na Mega-Sena pode levar o prêmio a partir de quatro acertos no sorteio. Para quem acerta seis números, o prêmio chega a milhões de reais. Para isso, o apostador deve marcar de 6 a 20 números do volante. ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp Há ainda a possibilidade de deixar que o sistema escolher os números, na modalidade Surpresinha, e/ou concorrer com a mesma aposta por até 12 concursos consecutivos, na modalidade Teimosinha. O apostar deve selecionar, no mínimo, 6 números pelo valor de R$ 5,00. O valor da aposta aumenta se tiver mais números marcados, porém aumentam as chances de faturar o prêmio. Como apostar na Lotofácil Na Lotofácil, é possível marcar entre 15 e 20 números, dentre os 25 disponíveis na cartela. As apostas que acertar 11 a 15 números faturam os prêmios. Os apostadores podem deixar que o sistema escolha os números da aposta por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos através da Teimosinha Apostas. 📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás. VÍDEOS: últimos notícias de Goiás Fonte: G1

88
27
821
5920
Repostar
User Avatar
Post Image

r011 Som da viola encanta fãs de diferentes gerações

Viola caipira um instrumento que atravessa gerações e ajuda a contar a história do povo da roça. Leonardo e Dona Francisca, neto e avó mantêm viva a tradição da viola caipira Reprodução/TV TEM Um instrumento que conta a história do Brasil caipira através de suas dez cordas, que ao serem dedilhadas emitem um som que evoca o interior. A viola caipira não é apenas um objeto musical, mas algo que acompanha gerações. Em Itu (SP), avó e neto mantêm viva a tradição, onde gerações se reúnem à mesa e no quintal para ouvir a música de viola. Dona Francisca lembra que ficou um tempo afastada da viola, mas com a chegada do neto e a curiosidade dele pelo instrumento que estava parado no canto, ela voltou a tocar. “Ele começou a ir na minha casa e gostava da viola, chegava na sexta-feira, ia lá e pegava a viola e a sanfona e ficava tocando”, lembra a avó. Sem conhecer os instrumentos, nem como eles funcionavam, Leonardo foi ganhando gosto até aprender. “Eu não tinha contato com música antes e quando ela começou a aprender a tocar viola, eu também fui ganhando o gosto e não parei mais”, diz Leonardo. Leonardo foi além, e hoje a paixão virou profissão. Ele se formou em música, fez mestrado e doutorado, e é professor de viola. O gosto pela cultura e pela música caipira ele agora ajuda a manter vivo. Ainda em Itu (SP), dois garotos de dez e seis anos são apaixonados pela viola caipira. Thales e Conrado já desde cedo vivem em um ambiente onde a música raiz faz parte do dia a dia. E há certeza de que muitos frutos serão colhidos, um motivo de orgulho para os pais. Veja a reportagem exibida no programa em 08/06/2025: Som da viola encanta fãs de diferentes gerações VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo Fonte: G1

67
41
546
6269
Repostar
User Avatar
Post Image

r011 Caso do idoso morto após levar voadora no litoral de SP completa um ano e está 'prestes a ser julgado'

Tiago Gomes de Souza deu uma voadora em Cesar Fine Torresi na frente do neto dele, de 11 anos, em 8 de junho de 2024. Agressor foi preso em flagrante e, atualmente, aguarda o julgamento na Penitenciária Tremembé II. Preso por matar idoso com 'voadora' chora em reconstituição do crime em Santos (SP) Silvio Luiz/A Tribuna Jornal e Arquivo Pessoal O caso do idoso, de 77 anos, morto após levar uma voadora na frente do neto, de 11, aconteceu há exatamente um ano. O empresário Tiago Gomes de Souza foi detido em flagrante e, atualmente, aguarda o julgamento na Penitenciária Tremembé II, conhecida por receber presos de crimes de repercussão. Por outro lado, a família de Cesar Fine Torresi busca Justiça enquanto vive o luto. ✅Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp Em 8 de junho de 2024, Cesar e o neto atravessaram a Rua Pirajá da Silva, no bairro Aparecida, entre os carros porque o trânsito estava parado. Segundo o boletim de ocorrência, Tiago freou bruscamente o veículo e o idoso se apoiou no capô, momento em que o agressor saiu do carro e golpeou a vítima. Desde o dia do crime, o caso teve uma série de desdobramentos, que repercutiram em todo o país. Inclusive, ao decorrer da ação criminal, o juiz da Vara do Júri de Santos, Alexandre Betini, destacou a rapidez do processo, que "já está prestes a ser julgado". O júri popular ainda não foi marcado devido ao julgamento de um pedido do advogado de Tiago para que ele seja realizado em outra cidade. A defesa acredita que a repercussão do caso pode influenciar a opinião dos jurados de Santos, que devem ter uma conduta imparcial. O g1 reuniu os principais acontecimentos em uma linha do tempo. Confira abaixo: ➡️8 de junho de 2024 - Morte e prisão Vídeo mostra prisão de homem que levou idoso à morte com 'voadora' no litoral de SP O episódio gerou revolta e motivou discussões de pessoas que passavam pelo local. Diante da situação, o suspeito fugiu para um mercado nas proximidades, mas foi localizado pela Polícia Militar e preso em flagrante. O idoso estava desacordado e foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Em seguida, Cesar foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Leste, onde foi entubado, teve três paradas cardíacas e morreu. ➡️9 de junho de 2024 - Prisão convertida em preventiva Um dia após o crime, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) converteu a prisão em flagrante de Tiago em preventiva. ➡️11 de junho de 2024 - Habeas corpus negado O desembargador Hugo Maranzano, da 3ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP, negou a liminar de habeas corpus solicitada pela defesa de Tiago. No dia seguinte, a Polícia Civil indiciou o agressor pelo crime de lesão corporal seguida de morte. Ainda em 11 de junho, foi descoberto que o agressor já havia sido detido anteriormente. Em 31 de dezembro de 2021, Tiago se envolveu em uma discussão na Ponta da Praia, quando chamou policiais de "medíocres". Ele foi algemado e levado à Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos. ➡️13 de junho de 2024 - Reconstituição do crime Tiago Gomes Souza, de 39 anos, que deu a 'voadora' em idoso, chorou na reconstituição do crime em Santos (SP) Matheus Croce/TV Tribuna A reconstituição do crime foi realizada com a presença de Tiago, o advogado Eugênio Malavasi, um promotor do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e autoridades policiais. Bruno Cesar Fine Torresi, que é filho da vítima e pai do neto que presenciou a agressão, também participou. Dezenas de pessoas acompanharam a reconstrução da cena criminal no local e, em grande comoção, pediram por Justiça. Tiago se jogou no chão, chorou e se ajoelhou pedindo desculpas durante o procedimento. ➡️14 de junho de 2024 - Laudo necroscópico e 'ataque de fúria' O g1 teve acesso às informações do laudo necroscópico preliminar de Cesar. De acordo com a delegada Liliane Lopes Doretto, o idoso morreu vítima de um trauma cranioencefálico (TCE) e um edema no pericárdio (membrana que envolve o coração). Cesar sofreu o traumatismo cranioencefálico ao cair para trás, enquanto o edema causado no coração dele poderia ter estourado o órgão por conta da força do chute do agressor. No mesmo dia, Tiago confessou a agressão e relatou que faz uso de medicamentos prescritos por um psiquiatra. A defesa alegou que o acusado teve um 'ataque de fúria' diante da atitude de Cesar em adverti-lo por ter avançado com o carro. ➡️16 de junho de 2024 - Denúncia por homicídio qualificado O MP denunciou o empresário pelo crime de homicídio qualificado. O juiz Alexandre Betini recebeu a denúncia no dia 16 de junho e autorizou a expedição de ofício para que estabelecimentos próximos fornecessem imagens das câmeras de segurança. O juiz também negou a concessão de prisão domiciliar solicitada pela defesa de Tiago. ➡️18 de junho de 2024 - Vídeo da agressão Câmera de monitoramento registra homem dando a 'voadora' que matou idoso Uma câmera de monitoramento registrou o momento em que Tiago agrediu o idoso. O vídeo obtido pela equipe de reportagem foi a primeira imagem que a Polícia Civil recebeu do caso. No mesmo dia, foi divulgada a audiência de custódia do acusado. ➡️27 de junho de 2024 - Alegação de transtorno bipolar O g1 teve acesso a informações que revelavam um novo pedido da defesa de habeas corpus, que foi indeferido pelo desembargador Hugo Maranzano. Na ocasião, o advogado de Tiago solicitou a conversão da prisão preventiva em domiciliar, alegando que o cliente sofre de transtorno bipolar, depressão e é pai de três filhos, sendo um deles diagnosticado com Síndrome de Down, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e apraxia da fala. ➡️27 de março de 2025 - Júri popular confirmado O TJ-SP manteve, em segunda instância, a decisão para que Tiago seja levado a júri popular. O desembargador Hugo Maranzano destacou que o acusado aderiu à possibilidade de concretização do homicídio "numa postura de indiferença". ➡️27 de maio de 2025 - Indenização por danos morais Bruno Cesar Fine Torresi é filho do idoso morto após levar voadora em Santos, SP Arquivo pessoal O filho de Cesar processou o agressor por danos morais no dia 18 de março, solicitando uma indenização de 40 salários mínimos, o equivalente a R$ 60.720. Dois meses depois, a 2ª Vara Cível de Santos determinou que Tiago pague o valor estipulado. Cabe recurso da decisão. Bruno pretende destinar o dinheiro da indenização que receberá do agressor para as despesas médicas do filho que presenciou o crime. ➡️3 de junho de 2025 - Pedido de alteração O MP foi contra o pedido da defesa de Tiago para que o júri popular seja realizado em outra cidade. O promotor de Justiça Fabio Perez Fernandez deixou um aviso ao réu na manifestação: "Você pode correr, mas não pode se esconder!". O pedido do advogado foi feito com a justificativa de que o caso foi amplamente divulgado e gerou indignação na população. De acordo com a defesa, estes fatores podem influenciar a opinião dos jurados de Santos, que devem ter uma conduta imparcial. VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos Fonte: G1

62
27
769
5991
Repostar
User Avatar
Post Image

webradio016 Natanzinho Lima estreia no São João de Campina Grande neste domingo (8); Santanna e Taty Girl também se apresentam

Maior São João do Mundo acontece de 30 de maio a 6 de julho no Parque do Povo. Expectativa é que mais de 3 milhões de pessoas passem pela festa. Natanzinho Lima estreia no São João de Campina Grande neste domingo (8) TV Bahia O cantor Natanzinho Lima estreia no São João de Campina Grande neste domingo (8). Além dele, Santanna o Cantador e Taty Girl também sobem ao palco principal do Parque do Povo. O São João 2025 de Campina Grande acontece de 30 de maio a 6 de julho, o que totaliza cinco dias a mais que no ano anterior. Esta é a 42ª edição da festa, que recebeu em 2024 recebeu 2,93 milhões de pessoas, segundo a prefeitura da cidade. A expectativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da cidade é que mais de 3 milhões de pessoas passem pelo Parque do Povo, um aumento de cerca de 10% em relação ao quantitativo de 2024. O aumento de 10% também é esperado para a movimentação econômica do evento, que ano passado ficou de R$ 673 milhões. Os shows no palco principal do Parque do Povo acontecem de 19h às 2h, nas quartas e quintas-feiras, e das 19h às 3h nas sextas, sábados e domingos. No palco cultural, os shows começam às 18h. Ao todo, mais de 200 atrações musicais devem passar pelos palcos principal e cultural ao longo da festa. Shows do São João de Campina Grande neste domingo (8) Natanzinho Lima Taty Girl Forró Pegado Santanna 'Maior São João do Mundo' O São João de Campina Grande recebeu o título de maior festa junina do país, concedido pelo Instituto Ranking Brasil em julho de 2022. Para o instituto, os números da festa são impressionantes, o que a consolidou como a maior do país. A festa teve início no dia 4 de junho de 1983 de forma improvisada em uma palhoça montada na área, onde hoje é o Parque do Povo, para que as pessoas dançassem forró. Em cinco anos, a festa já estava incluída no calendário turístico do Brasil. Com o sucesso da festa nos três primeiros anos, em 1986 a prefeitura começou a construir o Parque do Povo, local onde a festa permanece acontecendo. Cinco anos depois da criação, o São João de Campina Grande já era uma festa de grande proporção pelo nome e pelo tempo de duração. Por isso, em 1987 o “Maior São João do Mundo” foi incluído no calendário oficial do Instituto Brasileiro de Turismo. Na última edição da festa, em 2024, mais de 2,93 milhões de pessoas passaram pelo Parque do Povo durante o evento. Do número, mais de 80 mil eram turistas, e cerca de 245 mil excursionistas que viajaram para conhecer a festa. A expectativa é que o público total do São João 2025 de Campina Grande passe de 3 milhões de pessoas. Parque do Povo, em Campina Grande, onde acontece O Maior São João do Mundo Divulgação Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba Fonte: G1

0
27
960
7808
Repostar
User Avatar
Post Image

wilson Serras Gerais: conheça destino paradisíaco no Tocantins apontado pela polícia como rota do tráfico de drogas

Veja alguns atrativos da região que fica no sudeste do estado. Operação policial cumpriu mandados no Tocantins e em outros cinco estados. Lagoa da Serra, Cânion Encantado e Lagoa do Japonês ficam na região das Serras Gerais Arte g1: Kaliton Mota/TV Anhanguera; Thiago Sá/Governo do Tocantins; Flávio Cavalera/Governo do Tocantins A região das Serras Gerais, no Tocantins, recentemente foi cenário de uma investigação que desmantelou um suposto esquema de tráfico de drogas que usava rotas aéreas. No entanto, antes de ganhar destaque por este episódio, a região já era bastante conhecida como um paraíso natural de rara beleza, que encanta turistas e amantes da natureza com suas paisagens exuberantes, praias cristalinas e cachoeiras. A operação Serras Gerais foi realizada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Tocantins (FICCO/TO), que cumpriu mandados de prisão temporária, busca e apreensão. Segundo a investigação, suspeitos compraram fazendas em locais isolados e construíram pistas de pouso clandestinas, por onde movimentavam pelo menos 500 kg de cocaína em cada viagem aérea. Os nomes dos investigados não foram divulgados e o g1 não conseguiu contato com a defesa deles. A região das Serras Gerais é composta atrativos que estão em municípios a leste e ao sul do estado, entre eles Almas, Arraias, Aurora do Tocantins, Dianópolis, Natividade, Paranã, Pindorama, Rio da Conceição e Taguatinga. Conheça algumas características e atrativos da região que deu nome à operação policial: Clique aqui e siga o perfil do g1 Tocantins no Instagram. Rio Azuis Rio Azuis, em Aurora do Tocantins Thiago Sá/Governo do Tocantins Aurora abriga um dos menores rios do Brasil, o Azuis. Possui apenas 143 metros de extensão e a característica que mais chama a atenção que de quem o conhece é a cor da água, azul-esverdeada. O atrativo recebe os turistas, diariamente, inclusive aos feriados, das 8h às 18h. Mas a entrada só é liberada até as 17h30. Crianças até 10 anos não pagam a taxa de entrada de R$ 10 por pessoa e de R$ 20 pra acessar a nascente. O pagamento é feito na portaria da Associação de Moradores (AMAA). Praia do Pequizeiro Praia do Pequizeiro, em Aurora do Tocantins Ana Paula Rehbein/TV Anhanguera A Praia do Pequizeiro do Pequizeiro também fica localizada Aurora do Tocantins. O local é formado por águas cristalinas, sendo muito procurada principalmente nos feriados prolongados. O acesso é por uma fazenda da zona rural, com horário de funcionamento das 8h às 17h. A praia também oferece área de camping e alimentação conforme agendamento. Lagoa do Japonês Lagoa do Japonês é uma atração turística em Pindorama Flávio Cavalera/Governo do Tocantins Localizada em uma fazenda de Pindorama do Tocantins, a Lagoa do Japonês também tem como característica águas cristalinas, mas também uma gruta submersa que atrai muitos turistas. Por lá, além de apreciar a bela vista, também é possível fazer diversas atividades como mergulho e tirolesa. Também há serviços de passeios de barco e redário. O atrativo funciona todos os dias, das 8h às 18h, inclusive nos feriados. Cânion Encantado Cânion Encantado fica na região sudeste do Tocantins Thiago Sá/Governo do Tocantins O Cânion Encantado, localizado no município de Almas, tem uma vista com paredões e uma cachoeira de 74 metros de altura, que realmente encantam os visitantes. Cachoeira de borda infinita Série 35 anos do Tocantins: conheça paraíso escondido nas Serras Gerais Na região de Paranã, uma cachoeira diferente atrai mais turistas pela beleza. Após percorrer aproximadamente 115 km de estrada de chão e 10 km de caminhada marcada por paredões e vegetação nativa, a cachoeira com uma 'borda infinita' revela a beleza das Serras Gerais. A região chamada complexo Águas Lindas também conta com outras cachoeiras, como a do Engenho e a Esmeralda, que como o nome diz, tem águas em tom esverdeado. Fortaleza dos Guardiões Fortaleza dos Guardiões, em Dianópolis Flávio Cavalera/Governo do Tocantins Em Dianópolis, formações rochosas formam a chamada Fortaleza dos Guardiões. De acordo com a Secretaria de Turismo, as pedras foram esculpidas ao longo do tempo e o pôr do sol é de tirar o fôlego. O acesso é pela Rodovia Joaquim Aires Cavalcante, na direção entre Dianópolis/Mateiros. Após percorrer cerca de 50 km, o visitante chegará a uma trilha para acesso ao atrativo. Conforme o governo, o local tem visita somente guiada, conforme orientação da Secretaria de Turismo. Lagoa da Serra Lagoa da Serra é um dos atrativos do Parque Estadual do Jalapão Kaliton Mota/TV Anhanguera Rio da Conceição também tem praias cristalinas e com vistas impressionantes das Serras Gerais. A Lagoa da Serra é uma delas, e o acesso é pela TO-476. O atrativo atende diariamente os visitantes. O local possui estrutura de quiosques e atividades de stand up padle e de banho. LEIA TAMBÉM: Operação cumpre 50 mandados contra suspeitos de transportar drogas em aviões usando rota das Serras Gerais Suspeitos compraram fazendas no TO e construíram pistas de pouso clandestinas para transportar drogas, aponta investigação Serras Gerais: praias cristalinas e cachoeiras atraem turistas para 'recarregar as energias' no carnaval Operação Serras Gerais Os policiais da FICCO cumpriram 35 mandados de busca e apreensão e 15 de prisão temporária no dia 29 de maio. O alvo da Operação Serras Gerais é um grupo criminoso suspeito de transportar grandes remessas de drogas em transportes aéreos. No Tocantins, os alvos eram de Palmas, Almas, Dianópolis e Formoso do Araguaia. Também houve ações em Goiás, Bahia, São Paulo, Maranhão e Pará. De acordo com a investigação, que começou em 2024, duas grandes facções criminosas movimentaram cerca de R$ 70 milhões em apenas oito meses. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados e o g1 não conseguiu contato com as defesas até a última atualização desta reportagem. A operação também cumpriu medidas cautelares de sequestro e bloqueio de bens e valores contra 35 pessoas físicas e jurídicas, totalizando R$ 64.289.476,00. Entre os bens apreendidos estão fazendas na região das Serras Gerais, que eram utilizadas como base logística para o tráfico, além de caminhões, carretas, veículos de luxo, aeronaves e embarcações. 📱 Participe do canal do g1 TO no WhatsApp e receba as notícias no celular. Operação cumpre mandados contra suspeitos de transportar drogas em aviões Veja mais notícias da região no g1 Tocantins. Fonte: G1

37
28
937
2748
Repostar
User Avatar
Post Image

linnpy Best Of Blues And Rock - shows de Deep Purple, Alice Cooper, Dave Matthews Band, Black Pantera e mais no Parque Ibirapuera, dias 7, 8, 14 e 15 de junho.

Veja mais acessando o Link Fonte original: https://guia.folha.uol.com.br/shows/2025/06/best-of-blues-and-rock-tem-shows-de-dave-matthews-band-veja-como-chegar-e-o-que-levar.shtml

71
41
941
3188
Repostar
User Avatar
Post Image

webradio016 Quadrilha evangélica? Veja como funciona celebração que troca padre por um pastor

A quadrilha Busca Fé, de Brasília, é a primeira quadrilha junina evangélica do Brasil, com 20 anos de história. Com pastor no lugar de padre, quadrilha evangélica une dança e fé A quadrilha Busca Fé, de Brasília, se prepara com até quatro ensaios por semana para o concurso estadual e uma maratona de apresentações. Mas essa não é uma quadrilha qualquer: é a primeira quadrilha junina evangélica do Brasil, com 20 anos de história. Veja no vídeo acima. “Existe uma tradição de ter o padre dentro da quadrilha. No nosso caso, não tem padre, tem pastor, que também é o marcador”, explica Bruno Anderson, pastor e fundador da quadrilha. Apesar do foco religioso, o grupo mantém o colorido, os passos e o figurino lembram as festas juninas. A diferença está na inspiração: todas as histórias encenadas vêm da Bíblia. Neste ano, o enredo da quadrilha vai abordar a vida de João Batista. “95% dos quadrilheiros não sabem quem é São João”, explica Bruno, um dos líderes do grupo. O espetáculo, segundo ele, terá até ilusionismo. “Minha cabeça vai cair no palco, literalmente”. A sede da quadrilha é a própria igreja do grupo. Durante a semana, os ensaios tomam conta do espaço. Aos domingos, tudo é limpo para receber o culto. Quadrilha evangélica? Veja como funciona celebração que troca padre por um pastor Reprodução/TV Globo Paixão que atravessa gerações Luzia Alves, de 46 anos de quadrilha, é considerada a dançarina mais antiga do movimento junino. “Todo ano eu digo que não vou mais dançar. Mas quando chega a época, estou aqui de novo. É amor mesmo”, confessa. Outro apaixonado pela quadrilha é o pastor Raí Rafael. Ele é o cantor que acompanha o grupo. Raí mora na Argentina, mas não perde uma apresentação da Busca Fé. “Cresci ouvindo Luiz Gonzaga. A música fala de amor. Por que não pode ser gospel também?”, questiona. Figurino que conta história Os figurinos também impressionam. Cheios de pedrarias e feitos à mão, demandam trabalho intenso. Fé e cultura de mãos dadas A coreógrafa Andréa Maciel, natural do Pará, leva para o grupo sua bagagem cultural do carimbó e do boi-bumbá de Parintins. “As danças conversam entre si. Essa marcaçãozinha do pé, por exemplo, é muito característica do carimbó e também está presente aqui”, explica. Confira as últimas reportagens do Globo Repórter: Fonte: G1

64
32
102
6486
Repostar
User Avatar
Post Image

linnpy Pai solo adota 5 filhos e evita separação de irmãos em SC: 'Sem esperar uma circunstância perfeita'

Francisco Luis Koch se tornou pai pela primeira vez em 2012, com a vida de duas crianças. Sete anos depois, adotou mais três irmãos em uma atitude que ele considerou "corajosa e contrarracional". Francisco Luis Koch optou pela adoção e se tornou pai solo de cinco crianças em SC Arquivo pessoal Ter filhos era um desejo antigo do empresário Francisco Luis Koch, 48 anos. Solteiro, o morador de São José, na Grande Florianópolis, recorreu à adoção e se tornou, de uma só vez, pai solo de dois. Ele só não imaginava que, sete anos depois, viraria pai novamente... de mais três. A ideia de criar sozinho cinco crianças sequer passava pela cabeça dele antes de conhecer os filhos, mas se tornou a única opção para não separar irmãos biológicos. "Foi uma das atitudes mais corajosas e contrarracionais que eu já tomei em toda a minha vida", declarou. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp O processo de adoção começou em novembro de 2011. Sem restrições de idade, gênero ou condição de saúde, ele abriu seu coração para duas crianças que precisavam de um lar: Cristiano e Cristiny passaram a fazer parte da vida dele com 14 e 9 anos, respectivamente, em junho de 2012. Em 2019, a Justiça o convidou para conhecer Mayra, uma menina de 8 anos que estava em um abrigo. Lá ele descobriu que ela tinha dois irmãos: Andriw e Iago. Mesmo com dificuldades financeiras, tomou a decisão definitiva de acolher os três e garantir que permanecessem juntos. Hoje os três têm 16, 14 e 12 anos, respectivamente. "Quando eu fui conhecer a Mayra, me falaram que ela tinha mais dois irmãos e eu os conheci também. Quando fui almoçar, eu decidi que iria adotar os três, que não iria separá-los, mesmo sabendo que teria que vender algo com certa frequência, pois a minha renda não comportava manter dois adolescentes e mais três crianças", comentou. Francisco nasceu em Curitiba (PR) e, aos 23 anos, já sabia que queria ser pai. Perto dos 30, começou a pensar em possibilidades para tornar isso possível. Viu na quantidade de crianças precisando de um lar uma oportunidade. "Como sou gay, imaginei em alugar uma barriga fora do país, ter um filho com uma amiga ou adotar. A adoção pareceu que seria o caminho mais justo e o melhor". Hoje, ele defende a importância da adoção de crianças mais velhas e da preservação de laços entre irmãos. “Minhas adoções foram a construção de uma família, com todos os desafios e alegrias que isso implica”, enfatiza. Segundo o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), há mais de 33 mil crianças e adolescentes acolhidos e 36.324 pretendentes cadastrados para adotar. A preferência de muitas famílias por bebês, no entanto, faz com que crianças e jovens passem anos em abrigos, na espera de uma adoção que às vezes não chega. Leia também: Adoção de adolescentes no Brasil: entenda como funciona o processo e quais os desafios Crianças adotadas e devolvidas por famílias em SC serão indenizadas em até R$ 30 mil "Para mim, a idade nunca foi um fator determinante — o vínculo, sim. Foi uma experiência transformadora, que me ensinou que o amor não precisa de tempo para se construir, apenas de abertura para existir. Nós como adultos mudamos o tempo todo, crianças e adolescentes conseguem mudar ainda mais e de forma mais consistente", diz. Francisco Luis Koch e seus cinco filhos Arquivo pessoal Francisco enfrentou preconceito por ser gay e ter adotado crianças mais velhas. Apesar desses desafios, que incluem também sobrecarga e limitações financeiras, ele diz que tem uma boa rede de apoio e avalia que é um ótimo pai. "Com o tempo, ficou claro que eu não precisava esperar por uma circunstância perfeita, um relacionamento ideal, ou uma vida impecavelmente planejada. Eu só precisava estar disposto a amar, a acolher, e a ser o porto seguro de alguém", disse. Dia Nacional da Adoção: duzentas crianças e adolescentes esperam por um lar em SC ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias Fonte: G1

29
9
55
3173
Repostar
User Avatar
Post Image

larissa_miranda Da aristocracia ao arraial: conheça a história inesperada das quadrilhas juninas até virarem a alma do São João

Com elementos típicos de um baile na roça, a tradição tem origem nas danças de salão das cortes europeias, e foi adaptada no Brasil com influências indígenas e africanas. Pesquisadora Cibele Barbosa, da Fundaj, explica as origens das quadrilhas juninas "Anarriê!", "alavantu!", "balancê!", "olha a cobra!", "é hora do passeio na roça!"... Mesmo quem não é do Nordeste certamente já ouviu, ao menos, uma dessas expressões que animam as festas de São João país afora (veja vídeo acima). Cada uma com seu significado, elas servem para um simples (e fundamental) objetivo: "puxar" as quadrilhas juninas. 📲 Siga o perfil do NE1 no Instagram Divididos em pares, esses grupos, que podem reunir até mais de 200 pessoas, são a "alma" de uma festa junina. Isso porque carregam todos os elementos típicos de um baile na roça, com casais fazendo vários movimentos, conduzidos por um puxador, ao som de uma batida de forró. Antes vistas como uma brincadeira de família restrita a pequenas comunidades, as quadrilhas cresceram ao longo do tempo e hoje promovem grandes espetáculos, que disputam torneios interestaduais, como o Festival de Quadrilhas Juninas da TV Globo. Mas você sabe de onde vem e como surgiu essa tradição? Faltando pouco mais de duas semanas para uma das maiores festas populares do país, o g1 ouviu especialistas e representantes de agremiações para entender o que é essa manifestação cultural e como ela evoluiu ao longo da história. O que é uma quadrilha junina? Uma quadrilha é composta por pares que se juntam num grande círculo para dançar forró de forma sincronizada. Em geral, a coreografia simula um baile de casamento matuto. A depender do tamanho e da organização do evento, há brincantes com papéis específicos, incluindo noivo, noiva e padre. Uma figura essencial em qualquer quadrilha é o puxador, que conduz os casais, dizendo quais movimentos os participantes vão fazer. Entre eles, estão: "Alavantu!" — comando para que os casais, separados em duas filas, fiquem de frente um do outro no centro do salão; "Anarriê!" — outro comando para que todos os brincantes retrocedam, retornando para onde estavam antes do "alavantu"; "Balancê!" — os pares dançam juntos, balançando o corpo; "Passeio na roça" — os casais seguem passeando em um grande círculo, com um par atrás do outro; "Olha a chuva!" — os participantes ficam de costas para o seu par e os dois dão as mãos, simulando um formato de guarda-chuva; "Olha a cobra!" — os brincantes pulam e gritam como se uma cobra tivesse entrado no arraial; "Olha a foto!" - os brincantes ficam parados por alguns segundos, como estátuas, como se estivessem se preparando para uma foto. Nas últimas décadas, a brincadeira folclórica se profissionalizou a partir de grupos que começaram a montar grandes espetáculos, disputando campeonatos com temas e enredos. Nesses festivais, as agremiações tem, geralmente, entre 25 e 30 minutos para se apresentarem ao público, numa estrutura que lembra os desfiles de escolas de samba no carnaval. "O casamento é um elemento crucial. Então, a figura do padre, o religioso, a figura oficial da noiva, do noivo, são componentes que vão dando essa identidade para a quadrilha, seja ela numa versão mais contemporânea, estilizada, seja ela mais tradicional", explica a historiadora Cibele Barbosa, pesquisadores da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Como surgiram as quadrilhas? O nome "quadrilha" tem origem na palavra "quadrille", termo francês usado para designar um conjunto de danças de salão praticadas pelas cortes europeias, como polca, valsa e mazurca. Trazidas ao Brasil pelos portugueses, elas foram adaptadas à medida que se popularizavam, ganhando releituras com influências indígenas e africanas, numa época em que havia poucas cidades e a maior parte da população vivia nas zonas rurais. "Quando a corte vem para o Brasil, com João 6º, também traz consigo seus hábitos, incluindo aí as danças da corte, no caso, a quadrilha, que era o nome. Tanto que, praticamente, todos os nomes que se usam nas quadrilhas hoje são adaptações do francês, exatamente por conta dessa origem da dança. Então, vem 'alavantu', que é 'en avant tous' ou 'todos para a frente'; 'balancê', que vem do mesmo verbo francês de balançar", afirma Cibele Barbosa. De acordo com o professor Hugo Menezes, do Departamento de Sociologia, Antropologia e Museologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), as quadrilhas se disseminaram nas festas juninas, que originalmente, na Europa, celebravam a fartura no solstício de verão no hemisfério norte e que, depois, foram incorporadas pela Igreja Católica. Daí, a homenagem a São João. "Essa quadrilha no campo é apropriada pelas bases rurais brasileiras e chega às cidades por meio da migração [...]. As cidades se urbanizam no começo do século 20 e uma leva grande da experiência rural passa a ser acionada pela nova experiência urbana, especialmente para lembrar ao povo da cidade que a experiência rural é de oposição à experiência da cidade", conta. Raio de Sol, campeã do Festival de Quadrilhas Juninas da TV Globo em 2024 Brenda Alcântara/Divulgação Identidade nordestina Mas foi somente em meados do século 20, entre as décadas de 1930 e 1960, que o forró foi incorporado às festas juninas e se popularizou, com o trabalho de artistas como Luiz Gonzaga, o que ajudou a consolidar as quadrilhas como uma marca cultural do Nordeste — região que só foi delimitada oficialmente em 1969. "Acho que a gente teve uma experiência muito peculiar na região Nordeste de processo migratório. E as quadrilhas e as festas juninas são festas de migrantes, que falam sobre a migração campo-cidade, sobre a reafirmação do campo na cidade e sobre elementos simbólicos que compõem uma identidade regional, espalhados no Brasil", afirma o professor Hugo Menezes. Como lembra o especialista, esse é um processo bastante recente do ponto de vista histórico. "Ao mesmo tempo em que o forró foi apropriado, ganhou vulto nas festas juninas, ele também compõe o Nordeste. O forró é responsável pela ideia de ser nordestino. Isso quem fala é o historiador Durval Muniz, que tem um livro chamado 'A invenção do Nordeste'. Ele fala que o forró é um vetor para essa invenção. É a partir do forró, das músicas de Luiza Gonzaga que se espalharam no Brasil inteiro, que o Brasil inteiro conhece o 'luar do Sertão' mesmo sem nunca ter ido ao Sertão", analisa o pesquisador. Lumiar traz elementos da xilogravura para apresentação no São João 2025 Viana Santos/Divulgação Tradição e inovação Ao longo dos anos, a festa recebeu inovações, adquirindo novas linguagens por meio de espetáculos cada vez mais elaborados, com mudanças que foram sendo incorporadas há, relativamente, pouco tempo. Vandré Cechinel participa há 19 anos da quadrilha Raio de Sol, de Águas Compridas, em Olinda, que foi a vencedora regional do Festival de Quadrilhas Juninas da TV Globo em 2024. Depois de vários ciclos juninos desfilando como brincante, ele é hoje um dos integrantes da direção artística da agremiação, e viu de perto as transformações. Fundada em 1996 como uma quadrilha mirim de uma escola de bairro, a Raio de Sol é um exemplo de grupo que cresceu e se "profissionalizou". "Era uma época em que tinha muito mais grupos de quadrilha junina. Os arraiais eram mais longos. Já cheguei a dançar em vários arraiais numa noite. Tanto porque os arraiais terminam mais tarde como porque os arraiais eram muito próximos um do outro [...]. As quadrilhas não eram tão aprimoradas e eram arraiais pequenos, em praças ou ruas", recorda. Outro exemplo de grupo que acompanhou essas inovações é a quadrilha Lumiar, criada no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife, em 1994, e que venceu a etapa estadual do concurso, também em 2024. Para o diretor executivo da agremiação, Fagner Valadares, esse crescimento permitiu aprimorar as apresentações do ponto de vista artístico. "Ela [a Lumiar] vem de uma quadrilha extremamente tradicional para uma quadrilha hoje dita estilizada, recriada. Ela passa por essas interfaces no período de São João, em que ela consegue desmistificar as barreiras dentro do movimento junino. Ela deixa os longos vestidos para dançar com bambolês [...], quando foram incluídas as primeiras damas trans. A Lumiar tem um comprometimento com a questão social, de inclusão do público LGBTQIA+", diz. Segundo Vandré Cechinel, da Raio de Sol, os espetáculos são maiores, porém concentrados em poucos eventos, que contam com uma estrutura mais cara. "Um aspecto positivo são espetáculos dignos de apresentações artísticas profissionais, que podem ir para o palco e serem vistas no Brasil todo. Por outro lado, houve um encarecimento das quadrilhas [...]. Mas enfrento muito o discurso de que não é mais quadrilha. Isso, para mim, é uma discussão bastante ultrapassada porque nenhuma manifestação é igual a como era 20 anos atrás. Houve apenas uma atualização, uma linguagem mais urbana", afirma. De toda forma, as modernizações, em diálogo com as tradições, ajudam a manter o movimento relevante, como atesta Fagner Valadares, da Lumiar. "Venho de quadrilhas juninas desde 1999. E lá tínhamos 100, 120 quadrilhas dentro dos festivais. E atualmente a gente não tem. A gente percebe que o brinquedo vem perdendo força, mas a gente permanece nessa situação de resistência. As quadrilhas perderam seus espaços nos bairros. Não se tem mais aquele 'palhoção' tradicional, com bandeirinhas e balões na comunidade. São pouquíssimos agora. Agora são quadras, arenas. E poucas", avalia. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias Fonte: G1

89
7
596
5524
Repostar
User Avatar
Post Image

r011 Maquiadora trans transforma preconceito em força e conquista espaço no empreendedorismo do AC: 'Protagonista da minha história'

Vitória Bogéa tem 23 anos, trabalha com maquiagem desde os 15 e para além dos cosméticos, empreendedora enxerga a ferramenta como aliada à autoestima. No último ano, ela foi a primeira mulher trans a vencer prêmio voltado aos micro e pequenos negócios no Acre. Vitória Bogéa tem 23 anos, é maquiadora e usa ferramenta de trabalho para melhorar autoestima no Acre Arquivo pessoal No país onde mais se mata trans e travestis pelo 16º ano seguido, viver, para este grupo, tem um significado ainda mais forte: é um ato de coragem, empoderamento e resistência. Ser uma mulher trans no mundo dos negócios, então, é também driblar as tristes estatísticas e fortalecer a luta por inclusão e respeito. Assim pode ser definida a trajetória de Vitória Bogéa, de 23 anos. Ela é acreana, maquiadora desde os 15 e usa esta ferramenta de trabalho como forte aliada à construção da autoestima dela e das clientes. 📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp Em entrevista ao g1, a jovem empreendedora revelou que a paixão pela maquiagem surgiu aos poucos, junto com a mãe dela, ligada ao artesanato. Àquela época, Vitória se interessava pela pintura. No entanto, com o passar do tempo, as tintas deram lugar às paletas de cosméticos. “Comecei maquiando minhas amigas e vizinhas, que gostaram e me indicaram para mais pessoas. Isso me fez fechar turmas de formatura e até começar a trabalhar em salão de beleza”, relembrou. No entanto, em razão da identidade de gênero dela, Vitória sentiu que o fato de ela ser mulher trans chegou a ser uma barreira para conquistar espaço e respeito profissional. “Percebi que a forma de me portar e falar poderia influenciar o modo como as pessoas me tratavam. Foi aí que decidi me empoderar e nunca baixar a cabeça para falas preconceituosas. Muitas pessoas ainda não compreendem a diversidade, então escolhi educar, porque acredito que a educação é a chave para transformar a sociedade”, complementou. LEIA TAMBÉM: 'O retorno vem para a sociedade', diz idealizadora de associação com mais de 300 mulheres empreendedoras no AC Jovem de 18 anos transforma projeto de ensino médio em microempresa no AC: 'Educação mudou a minha vida' No Acre, lei garante uso do nome social em órgãos da administração pública Vitória busca se capacitar e melhorar trabalho como maquiadora no Acre Arquivo pessoal Autoestima e empoderamento Trabalhar com maquiagem, segundo ela, vai além da beleza exterior. Do mais básico ao mais complexo, as cores e formas que vibram nos rostos de quem faz uso das paletas, batons, pincéis e tons de cores variadas, ajudam também na construção e restauração da autoestima. “Como uma mulher trans em processo de transição, a maquiagem foi a minha maior aliada na construção da autoestima. Ela me ajudou não só a embelezar o exterior, mas também a enxergar minha beleza interior. A maquiagem foi um instrumento essencial para eu me reconhecer e me empoderar, mostrando quem eu realmente sou, não apenas fisicamente, mas também espiritualmente”, frisou ela. Muito mais do que expressão de vaidade, a maquiagem é uma arte e o mercado é promissor no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria da Higiene Pessoal (Abihpec), o mercado de beleza no Brasil deve crescer mais de 7% ao ano, alcançando cerca de US$ 40 bilhões até o final de 2027. Além disto, o país é o 4º maior consumidor de maquiagem do mundo. 'Cadê minha vaga': saiba como é o mercado para quem trabalha com maquiagem Para Vitória, ser uma artista no ramo da maquiagem é também poder colocar um sorriso no rosto das pessoas, principalmente em momentos especiais como casamentos e formaturas. “Eu me encontrei não apenas embelezando, mas também ajudando a construir autoestima e empoderamento, especialmente entre as mulheres. Como mulher trans empreendedora, enfrentei muitos obstáculos, principalmente devido à minha identidade de gênero. Mas nunca me deixei abater. Mostrei que não sou apenas um corpo, mas uma pessoa com talento, personalidade e sonhos. Esse foi o meu diferencial: ser protagonista da minha história e não uma vítima”, destacou. Mulher de Negócios No ano passado, o trabalho de Vitória foi destaque no Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, na categoria Microempreendedora Individual (MEI). Ela foi a primeira mulher trans da região Norte a participar da honraria, a ser finalista e a conquistar o segundo lugar no pódio na etapa estadual. A iniciativa, que ocorre em âmbito local, regional e nacional, busca valorizar o empreendedorismo feminino em todo o país e fazer com que as mulheres reconheçam seu potencial, bem como recebam o apoio necessário para ser uma empreendedora de sucesso. Initial plugin text Para Vitória, a conquista representa a importância do apoio à comunidade LGBTQIA+, principalmente para driblar os altos índices de mortalidade ainda existentes no Brasil. “Esse prêmio não é só meu, ele representa a possibilidade de inspirar outras mulheres trans a acreditarem nos seus talentos e sonhos. Fico feliz por ter sido uma porta de entrada para que outras histórias e sonhos da comunidade LGBT e da diversidade possam se concretizar”, celebrou. As inscrições para a próxima edição podem ser feitas até o próximo dia 15 de junho pela internet e são divididas em cinco categorias, sendo: Pequenos Negócios, Produtora Rural, Microempreendedora Individual (MEI), Ciência e Tecnologia e Negócios Internacionais, sendo estas duas últimas inéditas. Prêmio 'Sebrae Mulher de Negócios': inscrições vão até o dia 15 de junho no site do Sebrae Resistir Vitória não venceu o Prêmio Mulher de Negócios à toa. Ela está entre as 55% das pessoas LGBTQIA+ que lideram o próprio negócio. Isto é o que indica um estudo inédito do Sebrae, publicado este ano, que mostra o cenário do empreendedorismo dentro da comunidade. A porcentagem é o equivalente a 3,7 milhões de pessoas. Além disso, dos 15 milhões de brasileiros com 16 anos ou mais e que se identificam como integrantes da comunidade, pelo menos 20% têm intenção de abrir um negócio até 2028. A jovem empreendedora é um exemplo de que, apesar do preconceito que mata, a representatividade é importante para aumentar o percentual de empreendedores LGBT+ no Brasil e no Acre, bem como permitir com que outras mulheres trans e travestis possam se espelhar nela e, para além do mundo dos negócios, que possam ser independentes e protagonistas da própria história. Vitória busca se profissionalizar para melhorar técnicas de maquiagem Arquivo pessoal “No Norte do Brasil, onde a informação sobre diversidade ainda é escassa, ser uma figura pública e mostrar que somos muito mais do que nossa identidade de gênero ou orientação sexual é essencial. Minha visibilidade ajuda a desmistificar o que significa ser trans e inspira outras mulheres trans a se lançarem no empreendedorismo. Vivemos no país que mais mata transexuais e travestis no mundo, então, mostrar nossas histórias e talentos é uma maneira de fortalecer a luta por respeito e inclusão”, complementou. Começar, segundo ela, nunca será fácil. Mas Vitória acredita que o amanhã sempre pode ser mais bonito. “Nada vem fácil, principalmente para nós, mulheres trans, mas isso não significa que não podemos sonhar e conquistar. Se uma pessoa já subiu naquele palco, empreendeu e conquistou, qualquer outra pode também. O importante é acreditar em si mesma e fazer acontecer”, finalizou. Empreendedora desde os 15, Vitória Bogéa transforma o preconceito em resistência e firma nome no mercado de beleza no Acre Arquivo pessoal VÍDEOS: g1 Fonte: G1

36
32
888
8364
Repostar
User Avatar
Post Image

wilson Pará de Minas lidera desenvolvimento no Centro-Oeste; Quartel Geral tem pior desempenho

Levantamento da Firjan, com base em saúde, educação e geração de emprego e renda, avaliou municípios de todo o Brasil. Pará de Minas tem o melhor índice de desenvolvimento na região, segundo a Firjan Prefeitura de Pará de Minas/Divulgação Pará de Minas tem o melhor índice de desenvolvimento da região Centro-Oeste de Minas. Quartel Geral tem o pior, segundo o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM). Além de Pará de Minas, apenas Formiga e Divinópolis registraram alto desenvolvimento. Nenhuma cidade da região registrou desenvolvimento crítico. O estudo leva em conta três indicadores: Saúde Educação Geração de emprego e renda ➡️ Clique aqui e siga o perfil do g1 Centro-Oeste de Minas no Instagram Criado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o IFDM mede, desde 2008, o desenvolvimento socioeconômico de todos os municípios do Brasil. O resultado do estudo divulgado em 2025 considera os dados de 2023. O Índice As cidades recebem notas de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento socioeconômico do município. Desenvolvimento Crítico: IFDM entre 0,0 e 0,4 Desenvolvimento Baixo: IFDM entre 0,4 e 0,6 Desenvolvimento Moderado: IFDM entre 0,6 e 0,8 Desenvolvimento Alto: IFDM entre 0,8 e 1,0 O estudo considera aspectos como taxa de desligamentos voluntários, taxa de pobreza (com base no Cadastro Único), PIB per capita, cobertura de pré-natal e vacinal, gravidez na adolescência, matrícula de crianças de até três anos em creches, oferta de educação integral e taxas de abandono escolar, entre outros. Veja abaixo o ranking das dez cidades da região com os melhores índices de desenvolvimento: Pará de Minas: 0.8287 Formiga: 0.8109 Divinópolis: 0.8095 Arapuá: 0.7880 Cláudio: 0.7858 Arcos: 0.7743 Igaratinga: 0.7730 Bom Despacho: 0.7709 Carmo do Cajuru: 0.7667 Itaúna: 0.7616 Veja o ranking das dez cidades com os piores índices de desenvolvimento da região: Quartel Geral: 0.5621 Onça de Pitangui: 0.6025 Doresópolis: 0.6050 Camacho: 0.6136 São Francisco de Paula: 0.6138 Pompéu: 0.6232 Biquinhas: 0.6267 Paineiras: 0.6275 Iguatama: 0.6340 Moema: 0.6356 Metodologia Atualizada em 2025, a metodologia busca retratar com mais precisão a realidade brasileira. O estudo passou a considerar problemas históricos e novos desafios, com revisão de parâmetros, pesos dos indicadores e metas. A nova estrutura também inclui indicadores que vão além de dados da gestão municipal, considerando que o desenvolvimento local depende da ação conjunta das três esferas de governo. Os dados analisados são obtidos exclusivamente de fontes oficiais, possuem periodicidade anual, recorte municipal e abrangência nacional. VEJA TAMBÉM: Ranking elege cidades brasileiras com melhor qualidade de vida Ranking elege cidades brasileiras com melhor qualidade de vida 📲 Siga o g1 Centro-Oeste MG no WhatsApp, Facebook e X VÍDEOS: veja tudo sobre o Centro-Oeste de Minas Fonte: G1

31
42
532
2987
Repostar
User Avatar
Post Image

ademar.lopes Escape room na Bienal do Livro transforma leitor em detetive; feira terá lançamento de jogo literário

Evento aposta em experiências imersivas que transformam livros em jogos e colocam o público no centro da investigação. Bienal do Livro Rio 2025 acontece entre 13 e 22 de junho, no Riocentro, na Zona Oeste. Escape room na Bienal do Livro transforma leitor em detetive Divulgação A Bienal do Livro Rio 2025, que acontece entre 13 e 22 de junho, no Riocentro, promete levar o público a um novo nível de imersão literária, transformando leitores em verdadeiros detetives. A novidade é o espaço batizado de Escape Bienal, uma experiência imersiva onde grupos vão desvendar enigmas em salas temáticas, inspiradas em grandes obras da literatura. Elaborado pela empresa Escape 60', pioneira no desenvolvimento de jogos de fuga temáticos no Brasil, o local é parte do conceito de Book Park, a grande aposta da Bienal desse ano. A ideia é apresentar um parque literário com atrações interativas, imersivas e tecnológicas. Clique aqui e siga o perfil do Bom Dia Rio no Instagram Salas inspiradas em livros de suspense No Escape Bienal, os visitantes encontrarão desafios com duração de 10 minutos, uma versão condensada dos tradicionais jogos de 60 minutos da Escape 60'. Na Bienal, o jogo terá capacidade para até 10 participantes por sessão. Cada sala foi meticulosamente criada em colaboração com editoras, convidando os participantes a mergulharem em tramas cheias de suspense, pistas intrigantes, reviravoltas surpreendentes e toda a emoção típica de um escape room. Escape Room literária na Bienal do Livro 2025 Divulgação Os cenários são realistas e as narrativas envolventes, criados por uma equipe própria de cenografia e desenvolvimento de jogos, com cada detalhe pensado para transportar os jogadores e torná-los protagonistas de sua própria aventura. Conheça as salas temáticas da Bienal: "A Empregada" (Editora Arqueiro): Os visitantes assumem o papel de Millie, uma governanta que se vê trancada em seu quarto após um dia de trabalho, tendo apenas um bilhete misterioso como pista para desvendar o quebra-cabeça. "O caso Raphael Montes" (Companhia das Letras): Uma investigação é deflagrada com o desaparecimento do renomado autor Raphael Montes, desafiando os jogadores a vasculharem sua biblioteca em busca de respostas sobre o ocorrido. Vale destacar que Raphael Montes, autor de sucessos como "Suicidas" e "Jantar Secreto", terá uma mesa de discussão sobre o gênero policial na Bienal. "Mistério em cena" (HarperCollins Brasil): O clássico detetive Hercule Poirot ganha reforços em um caso de sala trancada. Madame Scarlet foi assassinada, e o detetive precisa de ajuda para solucionar o crime. "Assassinato na família" (Editora Ediouro): Inspirado nos romances de Cara Hunter, esta sala convida os visitantes a reabrir o caso não resolvido do assassinato de Luke Ryder. Como investigadores forenses, eles terão apenas poucos minutos para desvendar os enigmas e salvar as provas, antes que o principal suspeito, que descobriu a reabertura do caso, entre em ação. Cara Hunter é uma escritora britânica de romances policiais best-sellers, com mais de um milhão de exemplares vendidos globalmente. Para Márcio Abraham, um dos responsáveis pela criação dos jogos e sócio da Escape 60', a atração será uma experiência divertida e emocionante. "Muitas vezes eu dormi pensando numa dinâmica e acordava com o jogo pronto. Quando vi a cenografia pronta pela primeira vez, fiquei muito emocionado", contou Márcio Abraham. Literatura em diferentes formatos Seguindo na linha da literatura em diferentes tipos de mídia, a Bienal do Livro também será palco para o lançamento de uma experiência interativa singular. O "Assassinato no Parque Lage" é o primeiro jogo literário de mistério da Mapa Crime, desenvolvido pela Mapa Lab. A autoria do jogo é da escritora Luciana De Gnone, conhecida por seus romances policiais que mergulham no suspense psicológico e nas ambiguidades da alma humana. O "Assassinato no Parque Lage" é o primeiro jogo literário de mistério da Mapa Crime, desenvolvido pela Mapa Lab. Divulgação Para Luciana, jogos literários e escape rooms são sinais de um novo momento da literatura, que vai além do formato tradicional do livro. "Estamos vivendo um momento muito instigante em que literatura, jogo e experiência sensorial se entrelaçam. A experiência passa a ser mais imersiva e isso não significa abrir mão do texto, mas expandi-lo", comentou a autora. "Jogos literários como Assassinato no Parque Lage exigem leitura atenta, interpretação de documentos, análise de personagens e formulação de hipóteses, todos os elementos clássicos de um bom romance policial, mas agora mediados pela participação ativa do leitor, que se torna protagonista da investigação", completou Luciana De Gnone. A escritora também reforça o conceito de 'narrativa transmídia', muito presente na Bienal do Livro desse ano. "No caso do jogo, permitir que o leitor examine provas, abra envelopes lacrados, confronte mentiras e construa sua própria linha de investigação é, para mim, literatura em estado de ação", disse Luciana. Parque Lage é o cenário O jogo é apresentado como um "livro para jogar", propondo que o leitor se torne um detetive de um crime intrigante ambientado no icônico Parque Lage, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O kit do jogo, inspirado em modelos internacionais, é composto por documentos, pistas visuais, cartas, fotos e anotações que simulam uma investigação criminal real, proporcionando uma imersão total na narrativa. "A escolha do Parque Lage como cenário foi quase inevitável quando recebi a demanda da Mapa Crime. É um espaço carregado de simbolismo, beleza e mistério. A presença da Escola de Artes, o casarão histórico, a vegetação densa e aquela piscina central tão icônica criam um palco naturalmente cinematográfico. Quis trabalhar essa ambiência para que o cenário não fosse apenas pano de fundo, mas parte ativa da trama", explicou Luciana. Parque Lage Reprodução/TV Globo O lançamento de "Assassinato no Parque Lage" na Bienal incluirá sessões interativas de demonstração, encontros com a autora e venda exclusiva da primeira tiragem no espaço da Mapa Lab, na Praça Além da Página. A coleção "mapa crime investiga" busca resgatar o prazer da leitura por meio da experimentação e da participação ativa do leitor, sendo também um tributo à tradição do romance policial, reimaginado como uma experiência coletiva e sensorial. LEIA TAMBÉM: Bienal do Livro: parque e labirinto literários, roda-gigante e 'escape room' são novidades em feira que cresce e aposta em experiências Marcelo Rubens Paiva, Cara Hunter e Lazaro Ramos estão entre os 300 participantes da edição 2025; veja a programação Bienal do Livro surfa na onda do ‘BookTok’ e prepara programação para geração de novos e ávidos leitores Bienal terá aplicativo com mapa interativo e agenda personalizada; saiba como baixar Além de ser a autora do inovador jogo "Assassinato no Parque Lage", Luciana De Gnone terá um papel central na Bienal do Livro Rio 2025 como mediadora de um painel de destaque sobre literatura policial, mistério e investigação. No dia 19 de junho, às 13h, ela estará ao lado dos autores Raphael Montes e Cara Hunter, nomes reconhecidos por prenderem leitores até a última página. Este encontro promete um mergulho nos bastidores da construção de histórias cheias de tensão e surpresas, abordando o papel da investigação, a criação de personagens ambíguos e o impacto das reviravoltas nas tramas. A escritora Luciana De Gnone é autora do livro pra jogar "O Assassinato no Parque Lage", o primeiro jogo literário de mistério da Mapa Crime, desenvolvido pela Mapa Lab. Reprodução redes sociais Autora de seis romances de ficção policial, com protagonistas femininas que enfrentam dilemas éticos, violência de gênero e crimes cercados por reviravoltas, Luciana De Gnone tem entre seus livros mais conhecidos "Evidência 7", "Crimes em Copacabana: Caçada ao Dono da Babilônia" e "Aquilo que Nunca Soube". Fonte: G1

84
18
340
4972
Repostar
User Avatar

webradio016 Sempre discutindo! Os signos que costumam perder a calma no amor

Saiba se é o seu, ou do seu companheiro. Fonte: Notícias ao Minuto Brasil

47
0
828
4365
Repostar
User Avatar
Post Image

r011 Centralia: a cidade que está em chamas há 60 anos, seguirá queimando por décadas e inspirou filme de terror

Em 1962, um incêndio subterrâneo se espalhou por minas de carvão e condenou a cidade do leste dos EUA. Dos mais de 1.200 moradores que viviam no local, apenas cinco permanecem. Conheça a cidade dos EUA que está pegando fogo há mais de 60 anos Era véspera do feriado do Memorial Day na pequena cidade de Centralia, a 180 km da Filadélfia, nos Estados Unidos. Dezenas de famílias se preparavam para visitar o cemitério local e homenagear soldados americanos mortos em combate, uma tradição local. Mas havia um problema: o mau cheiro de um lixão vizinho. Foi então que funcionários públicos decidiram queimar uma pilha de lixo no aterro para evitar que o fedor atrapalhasse a homenagem. Ninguém esperava que aquela chama daria início a um incêndio subterrâneo que já dura mais de 60 anos — e transformaria Centralia em uma cidade-fantasma. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A região ficou conhecida por suas minas de carvão. A extração mineral começou em 1842 e fez Centralia crescer aos poucos. Na década de 1960, cerca de 1.200 pessoas viviam na cidade, em uma comunidade pequena e pacata. Tudo começou a mudar em 1962. O fogo, iniciado para "limpar" a área antes das homenagens do Memorial Day — comemorado sempre na última segunda-feira de maio —, por si só não seria capaz de causar um desastre. Mas havia uma mina de carvão abandonada abaixo do lixão, que foi atingida pelas chamas. Isso foi o suficiente para deflagrar um desastre subterrâneo jamais controlado. Com o tempo, o fogo foi avançando pelos túneis das minas de carvão, lançando gases tóxicos, abrindo crateras e tornando a área cada vez mais instável. Centralia acabou condenada ao abandono. 📉 A população caiu de 1.200 para apenas 5 pessoas. 💸 O governo gastou mais de US$ 40 milhões para combater o incêndio e realocar os moradores. 😔 O solo rachou em diversos pontos e chegou a engolir um garoto em 1981 — ele foi salvo pelo primo, mas sofreu com traumas ao longo da vida. 🔥 O fogo continua ativo até hoje e pode queimar por mais de 200 anos, segundo estimativas. 🌡️ A temperatura no subsolo de Centralia pode ultrapassar os 500 °C. 😱 A história inspirou o filme de terror "Silent Hill", adaptação para o cinema de um videogame com o mesmo nome. O longa mostra uma cidade coberta por névoa e presa em uma realidade paralela após um incêndio em uma mina de carvão. Conheça a história de Centralia mais abaixo. Do feriado ao caos Imagem mostra o antes e o depois da cidade de Centralia, nos Estados Unidos David DeKok/Centralia Photo Archive A queima do lixo para acabar com o mau cheiro e não atrapalhar o Memorial Day é a hipótese mais provável para o desastre de Centralia, segundo o governo da Pensilvânia. A mina que estava abaixo do local havia sido abandonada em 1935 e, provavelmente, não havia sido vedada corretamente. O jornalista David DeKok, autor de dois livros sobre a história de Centralia, explica que o aterro estava sobre um antigo poço de mineração a céu aberto. "O problema era que, como muitos poços de mineração a céu aberto, havia buracos que iam para a rede de minas abandonadas sob a cidade. E então, quando eles atearam fogo ao lixo, por acidente, ele se espalhou por um desses buracos para a rede de minas abandonadas", afirma. "Em poucos dias, havia vapor branco saindo das laterais daquele poço. E eles estavam praticamente certos de que um incêndio na mina havia começado. Claro, eles não tinham ideia do tamanho que se tornaria ou da dificuldade que seria para apagar." O efeito foi devastador. O fogo avançou sobre o carvão e se espalhou rapidamente no subsolo de Centralia. A partir daí, teve início uma manobra milionária — e que fracassou — para conter o incêndio. Veja a linha do tempo da cidade de Centralia Bruna Azevedo/g1 Operação milionária Autoridades americanas iniciaram uma operação para tentar controlar as chamas. Segundo o governo da Pensilvânia, num primeiro momento, os brigadistas tentaram usar água e até mesmo argila para sufocar o fogo. Não funcionou. Em novos esforços, o governo passou a fazer escavações para isolar o incêndio, além de preencher os túneis com materiais como areia e rocha britada. Também não funcionou. DeKok afirma que as autoridades não previram o quão caro seria apagar o fogo, o que se tornou um grande problema. As operações para extinguir as chamas foram interrompidas várias vezes por falta de recursos. "Eles começavam o trabalho, começavam a escavar para conter o fogo, mas ficavam sem dinheiro e precisavam parar. E então eles voltavam cerca de um ano depois. Mas, nesse ponto, o incêndio estava ainda maior. Tornou-se uma situação impossível", explica. Em pouco mais de 15 anos, os governos estadual e federal gastaram US$ 3,3 milhões para controlar o incêndio. A administração da Pensilvânia admite que os efeitos foram limitados. "O que tornou o incêndio tão difícil de controlar foi a geologia subterrânea de Centralia. Você tem que pensar nas veias das minas de carvão. Elas meio que sobem e descem. São como tigelas empilhadas umas sobre as outras", diz DeKok. Imagem mostra fumaça saindo do chão durante incêndio subterrâneo em Centralia David DeKok/Centralia Photo Archive Escalada do perigo Em 1969, famílias que moravam em três casas precisaram abandonar seus lares. Segundo DeKok, gases tóxicos começaram a invadir as residências, tornando a permanência no local perigosa. Ainda assim, Centralia tentava levar uma vida normal. Enquanto o governo procurava conter as chamas, na década de 1970, a população seguia com sua rotina diária. Com o tempo, no entanto, o solo da cidade ficou instável, e as emissões de gases tóxicos se tornaram cada vez mais frequentes. Em 1981, uma tragédia quase aconteceu. DeKok relembra que um adolescente de 12 anos estava caminhando pelo jardim da casa da avó quando avistou o que parecia ser fumaça saindo do chão. "Ele foi investigar o que era e desapareceu de vista em um buraco aberto pelo incêndio da mina. Ele se salvou ao se agarrar à raiz de uma árvore e gritar por socorro. Por sorte, seu primo de 14 anos estava por perto. Conseguiu alcançá-lo, segurou-o pelo casaco de inverno e o puxou para fora", conta. O jornalista conta que o menino foi levado ao hospital para fazer exames e se recuperou fisicamente. Por outro lado, o trauma ficou. DeKok diz que o jovem passou a sofrer de estresse pós-traumático. "Quando o entrevistei, cerca de 20 anos depois do acidente, ele contou que tinha pesadelos recorrentes com o que aconteceu. Nos sonhos, pedalava pela calçada da cidade, que de repente se abria e o engolia. Ou seja, ele não saiu ileso daquilo." Mais tarde, já adulto, a vítima passou a se envolver com o uso de opióides e morreu aos 51 anos — provavelmente por complicações causadas pelo uso prolongado das drogas, segundo DeKok. "Eu tenho quase certeza de que há, sim, alguma ligação entre o uso de drogas e o transtorno de estresse pós-traumático que ele desenvolveu — e o fato de a vida dele, com o tempo, ter desmoronado. Então, sim, eu atribuiria isso ao acidente", afirma o jornalista. Adeus, Centralia Imagem mostra fumaça de incêndio em Centralia, nos EUA Arquivo/TV Globo Na década de 1980, a permanência em Centralia passou a ser insustentável. Naquela época, o Escritório de Mineração de Superfície estimou em US$ 663 milhões os gastos para acabar com o incêndio, e o governo optou por retirar os moradores da área. O Congresso dos Estados Unidos aprovou um repasse de US$ 42 milhões para a desapropriação de imóveis prejudicados pelo incêndio e para a realocação de famílias e comércios para outras regiões. DeKok afirma que as famílias foram assentadas num raio de cerca de 20 km de Centralia, já que muitos queriam continuar com acesso a escolas e hospitais da região. Ainda assim, a saída não foi tranquila. "A situação ficou bastante tensa por volta de 1982. Dois terços da cidade queriam ser realocados, e um terço era contra. Isso gerou muitos conflitos entre os moradores", conta. O jornalista afirma que, entre os moradores que não queriam deixar a cidade, estavam aqueles que acreditavam que o fogo não era tão grave quanto as autoridades diziam ou que viviam em áreas consideradas mais seguras. "Eventualmente, a maior parte do grupo que resistia acabou aceitando a saída, mas com relutância. Foram embora porque todos estavam indo, e porque o valor das indenizações aumentou com o tempo. Foi uma combinação de fatores, mas no fim quase todos deixaram Centralia." Atualmente, apenas cinco proprietários continuam morando em Centralia. Os imóveis abandonados foram demolidos, e a cidade passou a ser um amontoado de quadras com ruas vazias. Legado e impacto cultural A Graffiti Highway, em Centralia David DeKok/Centralia Photo Archive A decadência de Centralia despertou a curiosidade pública e teve impacto até no cinema. Em entrevista ao site francês "Ecranlarge", o diretor Christophe Gans afirmou que Centralia serviu como referência para o filme de terror "Silent Hill", lançado em 2006. Segundo Gans, o roteirista Roger Avary conhecia a história da cidade e resolveu se inspirar no que tinha acontecido para ambientar o filme. Avary, por sua vez, deu várias entrevistas falando sobre o processo de pesquisa e a ligação com Centralia. O longa é uma adaptação para o cinema de um jogo de videogame também chamado Silent Hill, lançado no fim da década de 1990. No filme de 2006, a cidade aparece isolada por uma névoa densa e coberta por cinzas que caem do céu, resultado de um grande incêndio em uma mina de carvão. A trama também mostra Rose, uma mãe que decide levar a filha até a cidade depois que a menina começa a mencionar o local durante episódios de sonambulismo. No caminho, as duas sofrem um acidente e atravessam um portal para a realidade paralela de Silent Hill. Logo após o acidente, Sharon desaparece misteriosamente, e Rose inicia uma busca desesperada pela cidade, que está repleta de criaturas sobrenaturais. Já na vida real, um dos grandes símbolos do legado do incêndio em Centralia é a chamada "Graffiti Highway" — ou "Rodovia do Grafite". O local é um trecho da Rota 61 que foi interditado após as chamas provocarem rachaduras no asfalto. DeKok diz que o governo tentou manter a estrada transitável por algum tempo, mas acabou desistindo. A região também se tornou perigosa aos motoristas por causa da fumaça que saía do chão. Anos depois, moradores e visitantes começaram a cobrir o asfalto com grafites coloridos. “Foi como um projeto de arte pública, quase como o Muro de Berlim”, descreve. O jornalista conta que, durante a pandemia de Covid-19, a região voltou a atrair visitantes em busca de espaços abertos em meio ao isolamento. O aumento no fluxo de pessoas fez com que uma empresa que controlava a área colocasse pilhas de terra ao longo da estrada. "Eles queriam impedir que motocicletas e quadriciclos passassem por ali, mas, na verdade, tornaram aquilo um desafio. Os motociclistas adoram subir e descer montanhas de terra. Mas isso fez com que a maior parte dos grafites fosse coberta", conta. Atualmente, DeKok também coordena visitas turísticas a Centralia. Os passeios são realizados apenas em áreas consideradas seguras. Segundo o jornalista, os visitantes ainda conseguem ver partes da cidade e, dependendo do clima, até fumaça saindo do solo. VÍDEOS: mais assistidos do g1 Fonte: G1

20
16
21
4755
Repostar
User Avatar
Post Image

linnpy Robô que organiza a casa: pesquisa de mestrado da UFRGS usa tecnologia para ajudar idosos com mobilidade reduzida

Projeto é da Mestra em Ciência da Computação Letícia dos Santos. Robô TIAGo-135 é capaz de identificar objetos no chão, recolhê-los e colocá-los sobre uma mesa. Pesquisa da UFRGS cria robô para idosos com mobilidade reduzida Por meio de uma lembrança afetiva da infância, a Mestra em Ciência da Computação Letícia dos Santos transformou em ciência um gesto de cuidado. "A gente fazia uma bagunça, deixava os brinquedos espalhados pelo chão, e depois tinha que organizar. E meus pais falavam que uma das justificativas era porque minha avó tinha um problema de locomoção, de mobilidade", recorda Letícia. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp Anos depois, essa memória afetiva se transformou em base para um projeto científico: o desenvolvimento de um sistema autônomo para um robô chamado TIAGo-135, capaz de identificar objetos no chão, recolhê-los e colocá-los sobre uma mesa – tudo isso sem qualquer intervenção humana. A pesquisa foi realizada durante o mestrado de Letícia em um programa em conjunto entre a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Universidade de Oslo, na Noruega. Robô TIAGo-135 Imagens cedidas/ Letícia dos Santos Público-alvo A pesquisa nasceu de uma oportunidade: entre as áreas de trabalho oferecidas pela Universidade de Oslo, Letícia poderia atuar com o robô TIAGo-135 – uma plataforma desenvolvida por uma empresa europeia, usada em projetos de pesquisa científica. A instituição mantinha parceria com um centro comunitário para idosos, o que direcionava o público-alvo da pesquisa. A ideia inicial era usar o robô em um ambiente doméstico, fora do contexto hospitalar, justamente onde mais se percebem as dificuldades cotidianas enfrentadas por pessoas com mobilidade reduzida. Além de manter o ambiente limpo e organizado, a remoção de itens do chão pode prevenir quedas. "O objeto no chão também pode ser um risco do idoso pisar em cima, perder o equilíbrio e cair, por exemplo", explica. Mestra em Ciência da Computação Letícia dos Santos e o robô TIAGo-135 Imagens cedidas/ Letícia dos Santos Um robô que 'se vira sozinho' Diferente de outras abordagens científicas que se concentram em etapas específicas, como apenas a navegação ou apenas a manipulação de objetos, Letícia conta que projetou uma solução completa: "A técnica que eu propus, ela é autônoma. Ou seja, você coloca o robô no ambiente e ele se vira para fazer a tarefa. Você não precisa adaptar o ambiente para o robô", comenta. Essa autonomia foi um dos principais diferenciais da pesquisa, segundo a Mestra. Nada de etiquetas ou bandejas coloridas como pontos de referência, o robô precisa entender o ambiente como ele é, sem ajustes prévios. O TIAGo-135 é uma unidade robótica com base móvel e braço articulado com sete graus de liberdade, altura ajustável e capaz de agarrar e manipular objetos com uma carga útil de 2 kg. O sistema desenvolvido por Letícia permite que o robô identifique o próprio posicionamento, localize copos espalhados e encontre a mesa mais próxima para organizá-los, sem depender de mapas ou instruções externas. “O robô não precisa imitar o humano, ele só precisa resolver o problema”, resume. Robô TIAGo-135 Imagens cedidas/ Letícia dos Santos Precisão e segurança Durante o período de um ano que passou na Noruega, Letícia testou sua proposta com o robô real em laboratório. O espaço de testes simulava um ambiente doméstico de cerca de cinco metros quadrados, com dois copos no chão e uma mesa. "Tem várias coisas que tem que ser consideradas, principalmente no teste real. Acontece de o robô, por exemplo, derrubar o copo. Ele precisa ter uma precisão bem grande para conseguir pegar o objeto ali, porque questão de dois centímetros ele já pode fazer um movimento errado e não conseguir fazer a tarefa", diz. A pesquisa teve uma taxa de 93% de sucesso. Em um dos testes, o robô prendeu o braço por conta de um erro na detecção de obstáculos. Foi necessário então acionar o botão de emergência — um recurso comum em robôs de pesquisa, que desativa imediatamente todos os motores, como se o robô "desmaiasse", para evitar danos ao equipamento. "Se ele ficasse forçando o motor ali, ele podia estragar", explica Letícia. Robôs em rede Atualmente morando em Porto Alegre, Letícia dá continuidade à sua trajetória acadêmica no doutorado em computação da UFRGS. O foco agora é em sistemas com múltiplos robôs coordenados entre si. A ideia é estudar como diferentes robôs — com formatos, tamanhos e capacidades variadas — podem trabalhar em conjunto em tarefas como mapeamento, exploração de ambientes e cooperação em espaços domésticos ou industriais. "O doutorado tem quatro anos e eu só estou no início, então a ideia ainda pode mudar um pouco. Mas, inicialmente, eu estou trabalhando com multi-robôs, que seriam vários robôs que eles podem se coordenar para fazer uma tarefa, para construir um mapa de um ambiente, para andar junto, para várias aplicações", comenta. Futuro acessível? A pesquisadora reconhece que o custo atual dos robôs como o TIAGo ainda é alto. Segundo ela, trata-se de uma plataforma, voltada para a pesquisa e altamente customizável, com possibilidade de acoplar diversos sensores. Apesar disso, ela acredita que a tendência é de que robôs domésticos se tornem mais acessíveis nos próximos anos, ainda que não saiba prever quando isso deve ocorrer. “Não é minha área de pesquisa, eu sou mais interessada em entender como o robô funciona de fato, mas acredito que economicamente vai ficar mais viável no futuro", aposta. Orientadores do projeto do robô TIAGo-135: Orientador: Prof. Dr. Renan Maffei Co-orientador: Prof. Dr. Mariana Kolberg Co-orientador: Prof. Dr. Jim Torresen VÍDEOS: Tudo sobre o RS Fonte: G1

34
4
19
1384
Repostar
User Avatar
Post Image

r011 Xand Avião exalta forró, repagina o gênero com toque pop e reforça legado nordestino em Campina Grande: ‘maior artista do São João é o forró’

No São João 2025 de Campina Grande, Xand Avião entregou um show repaginado do forró com toque pop e releituras de clássicos do gênero; Léo Foguete estreou no evento com apresentação marcada por emoção e surpresas no palco. Xand Avião no São João 2025 de Campina Grande Natasha Leoni/Arte Produções Quase duas horas de show, repertório repaginado, homenagem aos mestres do forró e carinho com o público de Campina Grande. Foi assim que Xand Avião comandou a madrugada deste domingo (8), no Parque do Povo, no São João 2025 de Campina Grande, com o espetáculo da turnê “O Forró é Pop”. A apresentação começou pouco depois da 1h da manhã e misturou tradição, inovação e sentimentos, uma assinatura já esperada por quem acompanha o artista. O início do show foi marcado por uma reverência a Luiz Gonzaga. Ao som de “A vida do viajante”, de Luiz Gonzaga, a cenografia projetada no telão e a presença de dançarinos caracterizados como cangaceiros deram o tom da homenagem. Logo em seguida, Xand deixou claro o espírito da apresentação: “Quero lembrar que o maior artista do São João é o forró, não é ninguém”, disse, antes de cantar “Eu só quero um xodó”, clássico de Dominguinhos. Confira a programação do São João 2025 de Campina Grande Saiba tudo sobre as festas juninas na Paraíba São João 2025 na Rede Paraíba: cobertura tem programas, jornais e vários conteúdos especiais O repertório seguiu valorizando a história do forró, com músicas de Luiz Gonzaga e outros ícones da música nordestina. Em um dos momentos mais marcantes da noite, Xand fez referência à apresentação do ano passado e destacou a conexão com o público. Xand Avião no São João 2025 de Campina Grande Natasha Leoni/Arte Produções Xand iniciou o show com um figurino caracterizado e dedicado ao show em Campina Grande. Nas redes sociais, o cantor já havia adiantado que preparava um figurino exclusivo para cada uma das 34 apresentações da turnê no mês de junho. Para a noite em Campina Grande, ele escolheu um figurino inspirado na sua relação com a cidade e produzido por um estilista de Campina Grande, assinado pelo estilista Roosevelt Fernandes. A proposta reforça o conceito do projeto: um forró com estética contemporânea, sem perder a essência. “Foram 34 figurinos [provados por ele para a maratona em junho], é muito figurino, e assim, o escolhido para cá, lógico, tinha que ser o que o Roosevelt fez, é um cara aqui de Campina Grande. Que gibão lindo que esse cara fez”, explicou Xand. A turnê, que vem rodando o Nordeste, eterniza momentos marcantes para Xand, como o arrastão feito na última edição do São João de Campina Grande, cena que virou símbolo da sintonia do artista com o público paraibano. A apresentação dele no evento em 2024, inclusive, foi eleita pelo público como o melhor show da edição em enquete promovida pelo g1. “Que responsabilidade subir nesse palco depois do que a gente fez no ano passado. A gente ganhou, por causa de vocês [público], uma enquete do g1 e a gente ganhou o melhor show do São João [de 2024 em Campina Grande], mas quem ganhou não fui eu, foi o forró”, disse Xand. Show de Xand Avião é eleito o melhor do São João 2024 de Campina Grande Xand Avião no São João 2025 de Campina Grande Natasha Leoni/Arte Produções Apresentando a turnê “O Forró é Pop”, Xand Avião misturou, em Campina Grande, o tradicional e o moderno, trazendo um repertório atualizado, balé próprio e coreografias que traduzem a identidade dessa nova fase da carreira. Entre as faixas que compõem “O Forró é Pop”, Xand trouxe sucessos como “Razões”, da banda Mastruz com Leite, “Me Usa”, da banda Magníficos, e “Passos na Areia”, da Cavalo de Pau, todas com arranjos renovados. Um dos pontos altos da noite foi a representação visual criada no palco: bailarinos voltaram à cena como cangaceiros, agora em uma estrada do Nordeste, ao som da sanfona, mas com uma pegada pop. Nesse momento, Xand e os dançarinos exaltaram a importância da sanfona na identidade do forró. Na reta final do show, o cantor mergulhou no próprio repertório e relembrou hits da época em que fazia parte da banda Aviões do Forró, como “Já tomei porres por você”, “Quem é o gostosão daqui?” e “Comendo água”. Cerca de 50 minutos antes do fim da apresentação, ele convidou ao palco Samara Souto, vocalista da banda Magníficos, para cantar a música “Me Usa”. A banda Magníficos não está na programação do São João 2025 de Campina Grande no Parque do Povo. Já nos minutos finais, Xand fez um momento solo com triângulo, se colocando como integrante de um trio de forró enquanto interpretava canções mais intimistas. O encerramento foi animado, com hits dançantes, e uma declaração que emocionou o público: “Se vai ser o melhor show do São João eu não sei, mas o melhor show da minha vida foi aqui!”, disse no fim da apresentação. O show terminou às 3h da madrugada, deixando o público com a certeza de que, mais uma vez, o forró foi protagonista em Campina Grande. ✅Veja todas as notícias sobre o São João na Paraíba através do canal do g1 PB Xand Avião no São João 2025 de Campina Grande Erickson Nogueira/g1 Antes de iniciar o show, em entrevista à Rede Paraíba de Comunicação, Xand comentou sobre a união entre os artistas de forró para o fortalecimento do gênero musical e unidade da comunidade forrozeira. “Quanto mais a gente estiver junto, mais o forró ganha. A gente antigamente tinha aquelas rixas, e quem mais faziam as rixas eram os fãs, mas tinha uma rixazinha, não vou mentir não. Era até bom naquele tempo, mas já passou, a gente tá ficando velho. Quanto mais a gente se unir, só quem ganha é o ritmo, e a gente tem que mostrar que o nosso forró tem qualidade como qualquer música do Brasil. Sou lutador do forró, sou nordestino, e espero que esse ritmo cresça e ganhe o mundo”, finalizou Xand. Léo Foguete chora no palco e canta em motocicleta em estreia no Parque do Povo Léo Foguete no São João 2025 de Campina Grande Erickson Nogueira/g1 Estreando no palco principal do Parque do Povo, no São João de Campina Grande, Léo Foguete entregou um dos shows mais esperados desta edição do evento. Natural de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, o cantor trouxe ao público uma apresentação intensa e marcada por emoção, mistura de ritmos e o embalo do forró romântico que o projetou nacionalmente. Hits como “Última Noite”, “Cópia Proibida” e “Dona”, esta última em parceria com Luan Santana, animaram os milhares de forrozeiros que lotaram a arena de shows. A apresentação começou por volta das 23h com um vídeo exibido no telão contando um pouco da trajetória de Léo, seguido pela canção “Última Noite”, música que se tornou um divisor de águas na carreira do artista e que já ultrapassa 137 milhões de visualizações no YouTube. Em seguida, ele emendou com “Cópia Proibida” e “Barulho do Foguete”. Logo após essa sequência de músicas iniciais do show, Léo compartilhou com o público sua trajetória de vida até chegar na apresentação do Parque do Povo. “Um pouco mais de um ano atrás, eu era ajudante de pedreiro, ajudava meu pai, eu era porteiro, era tudo e mais um pouco. Eu tenho muito orgulho de onde eu vim”. Após homenagear o pai, Léo se emocionou no palco: “Eu tinha um sonho de vencer na vida, e eu sempre sonhei em estar aqui hoje. Eu até brincava com o pai, dizendo: ‘o peso do microfone é mais leve que o da marreta’. E hoje eu tô aqui realizando um sonho”, disse, Léo Foguete, emocionado e, por vezes, chorando. Léo Foguete no São João 2025 de Campina Grande Erickson Nogueira/g1 Antes da apresentação, o cantor conversou com o g1 sobre a emoção de se apresentar pela primeira vez no Maior São João do Mundo. “É um sonho realizado em estar aqui, eu tô muito feliz e preparei um show muito especial para tocar aqui em Campina Grande. É uma loucura, porque saber que tem milhares de pessoas consumindo nossas músicas. ‘Última Noite’ tem mais de 100 milhões de visualizações, ‘Cópia Proibida’ bateu top 1 nas plataformas digitais, e eu fico muito feliz, um sonho realizado. 100 milhões de pessoas eu não consigo nem enxergar. Meu Deus, não cai a ficha”, completou. O clima no Parque do Povo variava entre emoção e energia. Ao cantar “Caso Indefinido”, Léo desceu do palco e foi em direção ao público, atravessando o corredor central enquanto o DJ fazia uma base eletrônica. A atmosfera se transformou em algo próximo a uma balada, e por instantes o show assumiu um ritmo mais voltado ao pop eletrônico. De volta ao palco, uma motocicleta Harley-Davidson surgiu como surpresa no centro do cenário. Léo subiu na moto e, ao estilo dos grandes festivais, tocou uma guitarra que disparava fogos de artifício, reforçando ainda mais o tom performático da apresentação naquele momento. O show fugiu do forró tradicional, ou até romântico como se iniciou, e deu um ar de espetáculo de rock, o que fez lembrar um clima digno de festival, como o Rock in Rio. Ainda durante o show, Léo recebeu uma homenagem simbólica: uma placa comemorativa por alcançar a marca de 1 bilhão de execuções nas plataformas digitais. Léo Foguete mostrou que chegou com força ao São João de Campina Grande, abrindo o caminho para se tornar um nome com presença frequente no circuito junino da cidade. Além de Léo Foguete, se apresentaram no Parque do Povo, neste sábado, os artistas Gegê Bismarck e Karkará. Agenda Neste domingo (8), no São João 2025 de Campina Grande sobem ao palco principal os cantores Natanzinho Lima, Taty Girl, Santanna e Forró Pegado. Os shows têm início às 19h e seguem até as 3h da madrugada. Além do palco principal, o Parque do Povo também contará com apresentações de artistas locais e grupos de forró nas quatro Ilhas, nos dois Coretos e no Palco Cultural, cujas atrações começam a partir das 18h. Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba Fonte: G1

49
40
63
7010
Repostar
User Avatar
Post Image

camila.almeida Fruticultura, cura e ancestralidade: liderança do Xingu vence depressão e transforma legado do avô no primeiro chocolate indígena da região

Katyana Xipaya, líder de comunidade no médio Xingu, encontrou nas técnicas do próprio povo a oportunidade de empreender e de se dar uma nova chance para seguir em frente após a morte do avô, amigo e conselheiro. Liderança vence depressão e transforma legado do avô no 1º chocolate indígena da região Como encontrar na própria história sentido para seguir em frente? Foi desta pergunta o ponto de partida para a liderança indígena Katyana Xipaya, de 38 anos, da comunidade Jericoá 2, no médio rio Xingu, sudoeste do Pará, transformar o legado do avô com o cacau e outras frutas da floresta em novas oportunidades de negócio que a levaram a vencer a depressão após a morte do patriarca. 🍫 Com o cacau cuidado e comercializado pelo avô há décadas, vendido bruto, sem qualquer tipo de beneficiamento, a Xipaya foi além e fez das sementes da fruta a origem do primeiro chocolate indígena da região. 🍍 Na técnica ancestral dos povos indígenas da desidratação de alimentos, o qual Katyana aprendeu com o avô e que a comunidade usava apenas para consumo próprio, a líder encontrou a chance de gerar renda às famílias a partir das frutas cultivadas no território, como a banana, a pitaia, o abacaxi e o limão. Ressignificando o luto e enfrentando a depressão Katyana Xipaya e o avô, Miguel Xipaya. Arquivo pessoal Miguel Xipaya, o avô de Katyana, era o líder e representante da Jericoá 2, formada por 20 pessoas em quatro famílias e que está localizada na chamada "volta grande do Xingu", área da construção da usina de Belo Monte. Para Katyana, além de defensor do território e parte da família, o avô era o melhor amigo e conselheiro. Aos 90 anos, em 2017, Miguel morreu por complicações na saúde e mesmo tendo preparado a neta para ser sua sucessora no cuidado das famílias locais e da plantação de cacau da comunidade, sustento dos moradores, Katyana sofreu com o luto por três anos e foi diagnosticada com depressão. "Ele me mostrava o que era para fazer; como plantava, selecionava, tirava e quebrava o cacau. Ele foi me deixando com essas responsabilidades. Eu nasci e me criei nessa mata, então não tinha medo. Eu fiquei mesmo foi pensando no que estava acontecendo, que ele estava me deixando à frente tudo. Então, ele adoeceu e de repente faleceu. Acabou meu chão", relembrou Katyana em entrevista ao g1. Na época, a indígena precisou assumir a liderança da comunidade ao passo que lutava diariamente para conseguir fazer as tarefas da rotina. Até mesmo levantar da cama era um desafio. "Entrei em depressão, fiquei três anos lutando. Quando chegava alguém para trabalhar, eu não queria receber, eu me escondia [...] Eu queria ir ao túmulo do meu avô, que está enterrado na nossa terra e ficar lá com ele." A indígena iniciou o tratamento da doença com acompanhamento psiquiátrico, mas foi na ancestralidade que ela encontrou a força e a missão da própria vida para ressignificar o futuro. "Para mim ele (o avô) foi a inspiração de tudo. Eu falei: 'a partir de hoje, a cura está em mim. Eu vou. É tudo ou nada' . Fui trabalhando dia e noite, porque eu precisava ocupar minha cabeça. Era meu refúgio", contou Katyana. Nesta caminhada, a Xipaya contou especialmente com a ajuda da mãe, da companheira e do filho, Sayd Xipaya, que estuda agronomia na Universidade Federal do Pará (UFPA) para seguir na atividade e aliar outros conhecimentos à sabedoria da etnia e da agricultura familiar. ☀️ Katyana explicou que, por conta do calor, a etapa da colheita costuma ocorrer a partir da metade da tarde até o início da noite. Na época em que enfrentava a depressão, ela entrava na roça às 16h e saia por volta das 23h, sem contar a parte do dia em que fazia outros processos. Katyana e o filho Sayd Xipaya, de 19 anos. Arquivo pessoal "Coitado dos meus que tinham que ir comigo. Mas eles iam. Todo mundo junto. Nós trabalhávamos muito, muito, muito", falou em meio a risadas, relembrando os momentos com a família e comunidade. 🌳 A relação com a cultura agrícola, principalmente a cacaueira, é natural na localidade. É o que explicou a pró-reitora e professora de fruticultura a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Antônia Bronze. A pesquisadora destacou a região da Transamazônica, que engloba o médio Xingu, como o maior destaque na contribuição ao Pará enquanto maior produtor de cacau do Brasil. 👩🏽‍🌾 Na Jericoá 2, o sistema de cultivo das frutas é agroflorestal, o que, segundo a professora, enriquece ainda mais o solo e o produto final. "Sistemas biodiversos melhoram a qualidade do solo, reduzem o uso de fertilizantes, promovem a ciclagem de nutrientes, aumento da matéria orgânica, controle de pragas e doenças e contribui para a umidade do solo e sobrevivência do cultivo", detalhou. Katyana explicou que o cacau em sua cor dourada é o que dá origem ao chocolate fino. Hélder Lana / Divulgação Saberes ancestrais viram negócio: da desidratação ao primeiro chocolate indígena do Xingu "Em 2019 fomos reconhecidos como indígenas ribeirinhos impactados (pela construção da usina) e começamos a ser atendidos e a ter assistência da empresa, por meio do projeto Belo Monte Empreende. A gente foi vendo o que mais a comunidade tinha e o que desejávamos ser trabalhado para ter uma renda melhor", explicou a Xipaya. Desde então, a comunidade contou com o apoio de instrutores e mentores especializados na construção de negócios sustentáveis por meio da parceria entre a iniciativa e o Centro de Empreendedorismo da Amazônia (CEA). Frutas desidratadas pela comunidade. O limão vira ingrediente para drinks e chás, e a banana, chips. Capim-santo cultivado na Jericoá 2 também é comercializado. Juliana Bessa / g1 A partir das novas oportunidades, uma técnica conhecida, praticada pelo povo indígena e já tão comum no dia a dia da comunidade despertou o potencial de gerar faturamento às famílias da Jericoá 2: a desidratação de frutas cultivadas na Amazônia, como a banana, o limão e a pitaia. "Evita o desperdício [...]. É um processo que fazemos há muitos anos, vem dos nossos antepassados. Fazemos com a carne, com o peixe e com o ovo. É um produto indígena, algo que também poderia realmente dar visibilidade para a comunidade", ressaltou Katyana. A ideia saiu do papel e ganhou vida por meio da parceria feita com Cooperativa Agroindustrial da Transamazônica (Coopatrans), que, há dois anos, também acolheu o cacau da Jericoá 2. Assim, a fruta, que era vendida sem qualquer tipo de beneficiamento, passou a representar, também, o ponto de partida para novos produtos, como as amêndoas cristalizadas, o néctar e o chocolate fino. "A gente vai ter agora um chocolate indígena, um produto indígena, chocolate", relembrou o que pensou a liderança Xipaya ao entender que a memória do avô e do próprio povo ganhava novas formas e horizontes, com uma produção que segue técnicas tradicionais e respeita a floresta. "Foi daí que surgiu a Sídjä Wahiü, em 2023. Na nossa língua xipaia-kuruaya, ‘Sídjä' significa 'mulheres' e 'Wahiü', 'guerreiras'. Trazemos o fortalecimento da mulher. Não só da mulher indígena, mas da mulher na sociedade. Não é só uma marca, é um legado", destacou Katyana. “Fornecemos nossas amêndoas e nossas frutas. É o primeiro chocolate indígena da região". Depois de anos de tratamento e luta contra a depressão, a indígena disse que está curada e muito bem na nova fase da vida. Na Jericoá 2, o cacau se tornou o ponto de partida para novas formas de geração de renda. Da fruta vem o chocolate fino Sidjä Wahiü e o néctar, também conhecido como "mel do cacau". Katyana Xipaya segura ambos. Juliana Bessa / g1 📉 Como empreendedora, a líder busca se profissionalizar cada vez mais no assunto. "O Sebrae também tem contato com a gente e nos convida para alguns cursos". Uma das capacitações ocorreu na Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), na sede de Altamira, a um hora da comunidade. "Foi um dia de saberes, de conexão, em que a gente pôde entender mais sobre o universo de empreender", contou a líder. Katyana fez questão de explicar que a inspiração para o logo da Sídjä Wahiü veio de uma figura rupestre encontrada próxima a uma cachoeira da região, que lembra o sol. "Só tem o rostinho lá, um solzinho. Ele fica seis meses embaixo d'água e outros seis meses, do 'verãozão', no 'solzão'. [...] O sol, para nós indígenas, é tudo". Ao redor do lado direito, um cocar, que representa o povo Xipaya. "E as voltinhas (por trás do sol) são as margens do Xingu", explicou a líder Xipaya. 🍫 O chocolate fino da Sídjä Wahiü, com 72% de cacau e 15% de frutas secas, como pitaia, abacaxi e banana — também cultivadas na comunidade —, sem glúten e sem lactose, é a materialização da junção de técnicas ancestrais aprendidas com o avô Miguel e que se tornou exemplo e referência para outras comunidades do médio Xingu. Chocolate fino da Sidjä Wahiü tem frutas desidratadas e origem no cacau da comunidade de Katyana. Juliana Bessa / g1 🫱🏼‍🫲🏽 "Da Sídjä Wahiü surgiu a Iawá e, ano passado, mais três. Hoje são cinco chocolates indígenas, abrangendo outras comunidades ribeirinhas e aldeias com mais de 100 famílias. As vezes eles querem uma oficina, uma conversa, querem saber como a gente pode contribuir com os demais parentes e eu fico muito feliz." Katyana comercializa os produtos do empreendimento por encomenda e em eventos, feiras regionais e nacionais e lojas da CacauWay, negócio de impacto social que reúne os produtos da Coopatrans. "O chocolate que estou produzindo é de alta qualidade e quero levar a cultura indígena, as riquezas da Amazônia e a força da natureza para lugares que nem imagino”, pontuou. Pequeno expositor que fica na casa de Katyana com alguns dos produtos da Sidjä Wahiü. Juliana Bessa / g1 Estufa de cacau na Jericoá 2, onde as sementes passam pela secagem. Este é o terceiro passo do beneficiamento das sementes, que começa com a retirada dos frutos ao armazenamento. O processo todo, de acordo com Katyana, leva, em média, 15 dias. Juliana Bessa / g1 Cartilha mostra os cinco chocolates indígenas da volta grande do Xingu, criados a partir das contrapartidas que a concessionária de Belo Monte realiza na região por conta dos impactos socioambientais. Na foto, duas das marcas: Sidjä Wahiü e Karaum Paru. Mapa ao lado também mostra onde a Jericoá e as outras comunidades estão localizadas. Juliana Bessa / g1 Néctar do cacau deve ser consumido dentro de 12 horas, porque depois pode ganhar alto teor alcoólico por conta do processo natural de fermentação da bebida, segundo a Xipaya. Juliana Bessa / g1 VÍDEOS com as principais notícias do Pará Confira outras notícias do estado no g1 Pará. Fonte: G1

62
46
440
9135
Repostar
User Avatar
Post Image

r011 Ultrassom em água morna e alimentação constante: como é o pré-natal de serpentes grávidas no Instituto Butantan, em SP

Em laboratório, esses animais contribuem tanto na produção de soro antiofídico quanto em estudos sobre toxinas. Análise de imagens de ultrassom realizado em serpente Renato Rordigues/Comunicação Butantan Referência em pesquisas com serpentes, o Instituto Butantan, na Zona Oeste de São Paulo, recebe exemplares do réptil vindos de diversas partes do país — sejam resgatados em operações contra o tráfico ilegal de animais, capturados em áreas residenciais ou envolvidos em acidentes com humanos. Em laboratório, esses seres contribuem tanto na produção de soro antiofídico quanto no desenvolvimento de estudos sobre toxinas. No caso das fêmeas, a chegada requer uma atenção especial: é preciso verificar se elas estão "grávidas", carregando o que podem ser dezenas de embriões. 🐍 Teste de gravidez Segundo especialistas do Butantan, o nascimento de serpentes costuma ocorrer em épocas mais quentes. Por isso, todas as fêmeas que chegam ao instituto entre a primavera e o verão passam por um ultrassom. 🔍 Para o aparelho deslizar melhor pelas escamas das fêmeas, elas ficam com parte do corpo mergulhado em água morna. Quatro profissionais participam do exame: um tecnologista, responsável pela contenção dos animais; um pesquisador e um médico veterinário, que atuam em conjunto nas medições e avaliações; e um auxiliar, que preenche as fichas com o histórico de cada serpente. Primeiro, os especialistas buscam a posição da vesícula biliar. É abaixo desse órgão que fica o sistema reprodutivo das serpentes; Em seguida, eles medem o depósito de gordura ao redor dos órgãos reprodutivos, isso servirá de alimento para os possíveis embriões poderem se desenvolver; Depois, observam o estágio de cada folículo. Cada um deles dá origem a um óvulo, que pode se transformar num filhote ou ovo, se for fecundado; No caso das espécies vivíparas, aquelas em que os filhotes se desenvolvem no interior do corpo das mães (como jararacas e cascavéis), quando os especialistas identificam a presença de embriões, eles analisam os batimentos cardíacos, o desenvolvimento da coluna vertebral e o tamanho dos filhotes para saber se o crescimento está ocorrendo da forma adequada. Já com as ovíparas, aquelas em que os filhotes se desenvolvem fora do corpo das mães, em ovos (a exemplo da falsa-coral), é preciso esperar que os ovos sejam postos para analisar se eles foram fecundados e se há embriões em desenvolvimento. Para isso, os profissionais encostam lanternas nas cascas. A luz permite que se identifique a presença de vasos sanguíneos e, depois, acompanhem o crescimento dos filhotes. Exame de ultrassom sendo conduzido em água morna Renato Rordigues/Comunicação Butantan Foi assim que, na primavera de 2024, a equipe do laboratório de Herpetologia do Butantan conseguiu confirmar a gravidez de cinco fêmeas: Uma jararaca-pintada (Bothrops neuwiedi) ➡ enviada pelo Departamento de Águas e Esgoto de Ouro Preto, em Minas Gerais, ela carregava dez embriões; Duas cascavéis (Crotalus durissus) ➡ uma enviada por um morador de Pinhalzinho, no interior de São Paulo, e outra pelo Departamento de Águas e Esgoto de Ouro Preto, em Minas — cada uma com seis filhotes; Duas urutu-da-serra (Bothrops fonsecai) ➡ ambas enviadas por moradores de Campos do Jordão, em São Paulo — uma com dez e outra com 11 embriões. De acordo com a pesquisadora Kathleen Fernandes Grego, esses animais, assim como seus filhotes, não poderiam ser soltos na natureza numa área diferente da que foram encontrados, por questões de segurança sanitária. “Para soltarmos serpentes de biotério [laboratório] na natureza, vários exames clínicos e laboratoriais devem ser realizados para verificar se possuem vírus, parasitas, etc, para não prejudicar as serpentes nativas”, explica. Por isso, os répteis passam a integrar a criação do laboratório do Butantan. 🐍 Rotina do pré-natal As fêmeas peçonhentas que estiverem grávidas ou sob suspeita de gravidez deixam de participar do processo de extração de veneno, utilizado na produção de soro, para reduzir a exposição a fatores de estresse. Além disso, elas passam a ter uma rotina de exames, que inclui coletas de sangue e ultrassons para acompanhar o desenvolvimento dos filhotes/ovos e a saúde das mães. Ao longo da gestação, cuja duração pode variar conforme a espécie, as serpentes realizam cerca de uma ultrassonografia por mês. Extração de sangue da veia caudal de uma serpente Renato Rordigues/Comunicação Butantan Para acompanhar os diferentes estágios da gestação, os veterinários extraem sangue da veia caudal do animal. "Sabemos que, por conta da formação dos folículos e do próprio desenvolvimento dos filhotes, as fêmeas podem apresentar uma maior concentração de cálcio e colesterol no organismo", exemplifica a veterinária Luciana Carla Rameh. 🔍 Na natureza, serpentes grávidas tendem a ficar longos períodos sem se alimentar para evitar o risco de predação. Já no laboratório, elas seguem recebendo comida normalmente durante toda a gravidez. 🐍 Parto e independência Para as vivíparas, os exames de imagem também auxiliam na previsão do nascimento dos filhotes, cujo número pode variar entre algumas unidades e dezenas, a depender da espécie. "Na maioria das vezes, as fêmeas entram em trabalho de parto durante a madrugada, e o tempo até o nascimento depende da quantidade de filhotes que cada uma carrega", diz Kathleen. Segundo a pesquisadora, nos primeiros 15 dias de vida, os filhotes tendem a ficar mais quietos, uma vez que nascem alimentados pelo vitelo (reserva de nutrientes para os embriões) e não sentem necessidade de sair em busca de comida. Após esse período, os filhotes já têm potencial de envenenamento, e podem comer normalmente. No caso das serpentes que nascem dentro do laboratório, elas são mantidas numa espécie de "berçário" até os três anos de vida. Somente depois são incluídas nas rotinas de extração de veneno. Fonte: G1

1
47
799
6903
Repostar
User Avatar
Post Image

linnpy Descontos ilegais no INSS: Correios atendem a mais de 300 mil aposentados e pensionistas; veja locais

Incrível a peculiaridade da nossa burocracia. Quando foi pra retirar o dinheiro das contas dos velhinhos nem precisaram de consulta, autorização ou assinaturas, já quando é para o velhinho fur... Fonte original: https://istoedinheiro.com.br/fraude-no-inss-correios-atendem-mais-300-mil-aposentados-pensionistas

78
23
955
2257
Repostar

Quer ver mais?

Crie uma conta para descobrir mais conteúdo incrível!

Criar Conta

Já tem uma conta?

Fazer Login