

wilson UFPI: o dia a dia na universidade que caiu 13 posições no ranking das melhores universidades do mundo
O g1 conversou com alunos, professores e com a universidade sobre queda da instituição no levantamento do Centro para Rankings Universitários Mundiais (CWUR), divulgado no início de junho. Prédio da Universidade Federal do Piauí em 2025 Lívia Ferreira / g1 A Universidade Federal do Piauí (UFPI) caiu 13 posições no ranking das melhores universidades do mundo, publicado pelo Centro de Rankings Universitários Mundiais (CWUR) no dia 2 de junho. O g1 ouviu alunos, professores e com a instituição para entender o que essa queda representa no cotidiano. A UFPI ocupa a 1.950ª posição entre 21.462 instituições, sendo uma das 46 universidades brasileiras presentes no ranking que sofreram queda na classificação. Segundo o próprio CWUR, o principal motivo para o desempenho inferior é a falta de investimento do governo nas instituições. O ranking do CWUR considera quatro fatores qualidade da educação (25%); empregabilidade (25%); qualidade do corpo docente (10%); e pesquisa (40%). ✅ Siga o canal do g1 Piauí no WhatsApp Em nota, a UFPI afirmou que, mesmo com os constantes desafios orçamentários e estruturais enfrentados pelo sistema federal de ensino superior brasileiro, permanece na lista e compromissada com a qualidade da formação acadêmica (veja a íntegra do comunicado ao fim da reportagem). Jefferson Souza, de 25 anos, é aluno de pedagogia e diretor do Diretório Central dos Estudantes (DCE-UFPI), entrou pela primeira vez na universidade em 2017 e teve que parar o curso de biologia que fazia em 2018, pois não tinha como se manter. Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal do Piauí (UFPI) Lívia Ferreira / g1 O estudante afirmou que os cortes orçamentários que afetam a infraestrutura e os investimentos no campus refletem na dificuldade da permanência dos alunos. Ele, por exemplo, precisou escolher entre um emprego ou os estudos. "Nós que chegamos na universidade através do sistema de cotas, geralmente, precisamos da assistência para permanência na universidade. Seja a assistência de uma biblioteca com espaço para usar internet, seja uma residência universitária. Assim como as bolsas estudantis", afirmou. Douglas Barros, de 25 anos, estudante de assistência social e diretor de assistência estudantil do DCE, afirmou que os cortes levam ao sucateamento da universidade. "É uma pesquisa a menos que iria desenvolver algo que traria melhoria no âmbito socioeconômico, na redução das desigualdades regionais, sociais e econômicas", disse. Para tentar remediar a situação, o DCE procurou articulação com empresas privadas para doação de bolsas de incentivo à pesquisa para os estudantes. Grades são instaladas na Universidade Federal do Piauí (UFPI) por falta de profissionais de segurança Lívia Ferreira / g1 Não é apenas a parte da pesquisa que preocupa os alunos. A estudante Thelma Magdala, que ingressou na UFPI em 2020, no curso de letras, destaca que os cortes afetam também a segurança da instituição, principalmente à noite. Conforme a aluna, a estrutura de segurança atual é insuficiente e não há profissionais mulheres para o atendimento às vítimas de violência de gênero. Thelma também citou a situação dos banheiros da universidade, que é precária, além da falta de acessibilidade para Pessoas Com Deficiência (PCDs). "Se entra uma pessoa com a deficiência visual, por exemplo, em um determinado curso e aquele prédio não tem estrutura para receber, aí é que a reitoria vai fazer as reformas lá. Não tem estrutura nenhuma para os receber, principalmente o CCHL, o CCN, que estão totalmente esquecidos", disse. Parte de rampa de acessibilidade sem cobertura na Universidade Federal do Piauí (UFPI) Lívia Ferreira / g1 Dois pesquisadores premiados da UFPI ouvidos pelo g1 não quiseram se identificar por medo de represálias. Eles afirmaram que os cortes orçamentários dificultam o trabalho e desmotivam a comunidade acadêmica. "Uma das principais razões para estes resultados [no ranking das melhores universidades do mundo] foram os enormes cortes e desinvestimentos no ensino superior no período de 2020 a 2024 por parte do Governo Federal", explicou um. "Como se conseguem resultados 'fora da curva' sem condições de trabalho nos dias de hoje? Eu amo esta minha missão e dedico grande parte de minha vida a ela, mas para ser o cientista número um no Brasil e estar entre os melhores do mundo, é extremamente difícil", completou. Outro pesquisador afirmou que além dos cortes, a própria administração da universidade pode contribuir para piorar a situação da instituição. "A reitoria anterior permitiu uma degradação da universidade, tanto em termos de condições para pesquisa como das próprias instalações", disse. "Não quero ser mal interpretado e não quero entrar em polêmicas, apesar de me parecer bastante unanime entre a academia", completou. Bebedouro sem funcionamento e abandonado na Universidade Federal do Piauí (UFPI) Lívia Ferreira / g1 Cortes de orçamento milionários Em 2022, a Universidade Federal do Piauí (UFPI), sofreu três cortes de orçamento milionários, o ano foi marcado por bloqueios de verba nacionalmente. Nos anos seguintes, a situação se repetiu no Piauí, novos cortes em 2024 e 2025. A verba para custeio da UFPI caiu de R$ 104 milhões em 2020 para R$ 90 milhões em 2021. Outros 4 milhões para investimentos também deixaram de ser repassados pelo Ministério da Educação (MEC) e mais R$ 13 milhões foram bloqueados. Em junho de 2022, o Governo Federal anunciou o bloqueio de 7,2% da verba das universidades e institutos federais para despesas de custeio e investimento. Na UFPI, essa porcentagem representou R$ 7,7 milhões no orçamento. A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) anunciou, ainda em 2022, um novo bloqueio às universidades federais de R$ 328 milhões. O corte na universidade piauiense foi de R$ 5,5 milhões em seu orçamento. Um mês após esse corte, em 2022, a UFPI ameaçou fechar as portas, pois um novo bloqueio de mais de R$ 5,2 milhões "tornou insustentável a situação financeira da instituição, a mais grave vivenciada na história da universidade", segundo a própria administração. O Governo Federal, visando recompor um déficit orçamentário em 2024, bloqueou R$ 15 bilhões, dos quais R$ 1.28 bilhão são referentes à educação. O valor representou uma redução de 12% no orçamento da UFPI, equivalente a R$ 14,9 milhões. Para o orçamento de 2025, a Universidade Federal do Piauí informou que sofreu um corte de R$ 6,3 milhões. Em comunicado, a UFPI afirmou que a perda é referente à diferença entre o orçamento inicialmente proposto pelo Governo Federal e o que foi aprovado no Congresso Nacional. Segundo a instituição, uma emenda parlamentar de R$ 2 milhões amenizou o impacto. Contudo, o prejuízo ainda é considerado significativo. Nota da UFPI A Universidade Federal do Piauí (UFPI) reconhece a importância dos rankings universitários internacionais, como o divulgado pelo Center for World University Rankings (CWUR), que avalia instituições de ensino superior públicas e privadas, com base em critérios como qualidade de ensino, empregabilidade de egressos, produção científica e impacto da pesquisa. Sobre a recente divulgação da posição da UFPI no ranking, é fundamental contextualizar os dados: Estabilidade na posição nacional e internacional – Entre 2019 e 2025, a UFPI manteve variação média no ranking, oscilando entre a 48ª e 54ª posição no Brasil e entre a 1.867ª e 1.950ª colocação no cenário mundial. Essa estabilidade indica consistência no desempenho da nossa universidade, mesmo com constantes desafios orçamentários e estruturais enfrentados por todo o sistema federal de ensino superior brasileiro. Pontuação estável – A pontuação atribuída à UFPI pelo CWUR permaneceu praticamente constante, variando entre 66,1 e 66,4 pontos ao longo de sete anos. Isso demonstra manutenção de desempenho sólido, especialmente em critérios como publicações científicas e citações acadêmicas, que representam 40% do ranking publicado, com base em dados de períodos anteriores. Compromisso com a pesquisa e o ensino – A Universidade tem assegurado sua produção científica e mantido o impacto de suas pesquisas, mesmo diante de restrições orçamentárias severas que afetam as universidades públicas federais em todo o país. Esse cenário, naturalmente, reflete-se em limitações de infraestrutura e novos investimentos. Contextualização necessária – Movimentos ascendentes ou descendentes em classificações internacionais podem ocorrer não apenas por alterações no desempenho institucional, mas também por ajustes metodológicos de parte dos pesquisadores, expansão da base avaliada ou avanços pontuais de outras instituições. Estamos há sete meses, com diversas equipes de profissionais da UFPI desenvolvendo intensos trabalhos buscando a excelência acadêmica investindo em pesquisa, inovação, extensão e alcançando recursos por meio da aprovação de editais, emendas parlamentares, parcerias e projetos institucionais, que acreditamos vão influenciar de forma positiva diretamente as próximas pesquisas. Essas informações oficiais estão disponíveis no site da ufpi.edu.br A UFPI reitera seu compromisso com a qualidade da formação acadêmica, com a valorização do corpo de profissionais, docente e técnico, e com a excelência na produção científica que contribuem para a melhoria na qualidade de vida da comunidade. Reconhecemos as lutas vivenciadas pelos nossos alunos e servidores, muitas delas fruto de um cenário nacional de ajuste de financiamento nas universidades federais, e reafirmamos o esforço contínuo da atual gestão em buscar soluções, garantir funcionamento e manter o papel estratégico da UFPI no desenvolvimento do Piauí e do país. 📲 Confira as últimas notícias do g1 Piauí 📲 Acompanhe o g1 Piauí no Instagram e no X VÍDEOS: Assista às notícias mais vistas da Rede Clube Fonte: G1

r011 Smartphones viraram 'parasitas modernos': sobrevivem às custas de seres humanos enquanto lhes causam danos
A biologia evolutiva revela: smartphones são parasitas modernos, causam dependência e afetam a saúde mental. Pesquisadores indicam possível solução inspirada na natureza. Smartphones sobrevivem às nossas custas enquanto nos geram danos. Liam Shaw/Unsplash Ao longo da história evolutiva, a humanidade conviveu com inúmeros parasitas. No entanto, de acordo com pesquisadores da Universidade Nacional Australiana, o maior parasita da era atual não tem patas nem antenas: ele tem uma tela sensível ao toque, aplicativos sofisticados, uma conexão Wi-Fi e se esconde confortavelmente em nossos bolsos, constantemente capturando nossa atenção. Em uma análise recente publicada no Australasian Journal of Philosophy, a filósofa Rachael Brown e o biólogo Robert Brooks defendem que os smartphones atendem, em termos evolutivos, a todos os critérios para serem considerados parasitas. Não no sentido metafórico, mas real: eles sobrevivem às nossas custas enquanto nos geram danos. Como explicou Brown em um comunicado, "apesar de suas vantagens, muitos de nós somos reféns de nossos telefones, incapazes de nos desconectar completamente". E, segundo os pesquisadores, os usuários pagam o preço com falta de sono, relações sociais mais fracas e diversos transtornos de humor. Relação parasitária vs. mutualismo tecnológico Na biologia evolutiva, um parasita é definido como uma espécie que se beneficia de um relacionamento próximo com outra (seu hospedeiro), enquanto o hospedeiro sofre algum prejuízo. Um exemplo disso, citado por Brown e Brooks em um artigo no The Conversation, é o piolho, que depende inteiramente dos humanos para sobreviver e se alimenta do nosso sangue sem oferecer nada de positivo em troca. Mas nem todas as relações entre espécies são parasitárias. As bactérias intestinais, por exemplo, vivem no sistema digestivo humano, mas trazem benefícios como aumento da imunidade e melhor digestão. Essas relações mutuamente benéficas são chamadas de mutualismos. De acordo com os especialistas, foi assim que começou a relação entre humanos e smartphones, que ofereciam comunicação, navegação e informações úteis. Mas, à medida que os celulares inteligentes se tornaram quase indispensáveis, alguns de seus aplicativos mais populares começaram a servir aos interesses das empresas que os criam e de seus anunciantes com mais fidelidade do que a seus usuários. "Esses aplicativos são projetados para nos manter em movimento, nos fazer clicar em anúncios e até mesmo provocar indignação", observam Brown e Brooks em seu artigo. "O comportamento de nossos celulares frequentemente frustra nossos objetivos e desejos expressos, a fim de atingir os objetivos das empresas que os criam", acrescentam. Podemos reequilibrar essa relação? Os pesquisadores oferecem uma solução retirada da própria natureza para restabelecer o equilíbrio na relação com o smartphone. Na Grande Barreira de Coral da Austrália, por exemplo, peixes limpadores se alimentam de parasitas de outros peixes maiores. É um arranjo mutuamente benéfico. Mas, se o limpador exagera e dá uma mordida grande demais, a relação se desequilibra e pode se tornar parasitária. Então, o peixe hospedeiro reage: pune o agressor, persegue-o ou deixa de frequentar a "estação de limpeza". Esse tipo de vigilância – detectar abusos e responder – é fundamental para manter relacionamentos saudáveis. Para os pesquisadores, o mesmo deveria se aplicar à relação dos humanos com os celulares. Mas aqui a situação é mais complexa: as táticas de exploração são ocultas, os algoritmos são opacos e os recursos úteis nos tornam tão dependentes do dispositivo que "simplesmente parar de usá-lo" já não é uma opção realista. É que, segundo explicam, muitos de nós já dependem desses dispositivos para tarefas cotidianas. Por exemplo, em vez de lembrar informações, transferimos essa responsabilidade para os nossos celulares, o que altera nossa cognição e memória. Essa dependência, na perspectiva dos especialistas, simultaneamente melhora e limita nossas capacidades. Além disso, governos e empresas consolidaram a nossa dependência, transferindo a prestação de serviços para aplicativos móveis. "Quando pegamos nossos celulares para acessar nossas contas bancárias ou serviços públicos, perdemos a batalha", alertam os pesquisadores. Existe uma solução contra o vício em smartphones? Segundo os pesquisadores, não basta decisões individuais. Estamos sendo dominados pelo poder e pelas informações gerenciadas pelas grandes empresas de tecnologia. Precisamos de estratégias coletivas. Medidas como a proibição de redes sociais para menores – como proposto pelo governo australiano – ou restrições legais ao design de aplicativos viciantes e à coleta de dados podem ser um primeiro passo para restaurar o equilíbrio. "A evolução mostra que existem dois fatores-chave: a capacidade de detectar a exploração quando ela ocorre e a capacidade de responder", afirmam os pesquisadores. "No caso dos smartphones, a exploração costuma ser velada e oculta", acrescentam. Sem essas intervenções coletivas para limitar o alcance desses "parasitas digitais", alertam os especialistas, continuaremos sendo hospedeiros vulneráveis a dispositivos que parasitam o nosso tempo, atenção e informações pessoais em benefício de outros. E se quisermos que os nossos celulares voltem a ser ferramentas úteis – e não controladores de nosso comportamento –, talvez devêssemos, como sugerem os pesquisadores, aprender com os peixes. Gerações Conect@das: Celular pode atrapalhar relações pessoais Fonte: G1


webradio016 Carro invade farmácia e deixa um ferido na Avenida dos Holandeses, em São Luís
A área foi isolada para a retirada do veículo. O caso deve ser investigado. Carro invade farmácia e deixa um ferido na Avenida dos Holandeses, em São Luís Reprodução/Redes Sociais Um carro invadiu uma farmácia e atingiu uma pessoa na noite deste domingo (15), na Avenida dos Holandeses, nas proximidades da antiga rotatória do bairro Caolho, em São Luís. 📲 Clique aqui e siga o perfil do g1 Maranhão no Instagram Segundo a Polícia Militar, o motorista teria perdido o controle do veículo, subido a calçada e colidido contra a fachada do estabelecimento, que estava em funcionamento no momento do acidente. Havia clientes e funcionários no local. Uma pessoa, que não foi identificada, ficou ferida e foi socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), sendo levada para um hospital. Não há informações atualizadas sobre o estado de saúde da vítima. A área foi isolada para a retirada do veículo. Ainda não se sabe se o motorista realizou o teste do bafômetro. O caso deve ser investigado. Veja também: Jovem tem pernas amputadas depois de acidente Fonte: G1

dario_aragao Cantor sertanejo que sobreviveu a queda de avião e 24 dias na selva relembra experiência que marcou sua vida: 'Achei que ia morrer'
Tudo começou com uma paixão daquelas sem medidas. Desde os 12 anos, Matheus Soliman frequentava o aeroporto de Primavera do Leste, em Mato Grosso, para ficar perto dos aviões que sobem e descem. Após queda de avião, cantor sertanejo passou 24 dias perdido na floresta: 'foi um milagre' Tudo começou com uma paixão daquelas sem medidas. Desde os 12 anos, o cantor sertanejo Matheus Soliman frequentava o aeroporto de Primavera do Leste, em Mato Grosso, para ficar perto dos aviões que sobem e descem. “Eu vinha toda tarde, ajudava a lavar os aviões, descarregar malas", conta. Aos poucos, ele foi aprendendo a pilotar. Mesmo sem o brevê, Matheus chegou a pilotar algumas vezes, sempre acompanhado. Até que, em 2020, aceitou um trabalho arriscado: levar um avião que estava parado havia dois anos até uma fazenda em Rondônia. “Eu fui porque a gente estava passando perrengue. Na época, eu tinha minha mulher grávida de oito meses, da minha filha”, lembra. Assim, Matheus embarcou com um colega em uma aventura traumática que marcaria a vida dele para sempre. Matheus em foto antiga dentro de um avião Reprodução/TV Globo Queda e desespero O que Matheus não esperava era que o motor esquerdo da aeronave falharia em pleno voo. “Tentei reacender, mas tivemos a pane, perdemos altitude e caímos”, relata. O avião caiu no meio da floresta amazônica. A notícia chegou primeiro ao pai, caminhoneiro, por telefone: “Disseram que o avião caiu e que ninguém sobreviveu. Foram os 24 dias mais longos da nossa vida”, lembra Erlon Francisco da Silva, emocionado. Sobrevivência na selva Matheus e o colega de voo sobreviveram à queda, mas enfrentaram 24 dias de fome, sede e medo na floresta. “A gente seguiu o rio, porque pelo menos tinha água. Mas passamos por cobras, jacarés, ariranhas e até uma onça, o susto foi grande”, conta. Após cinco dias, uma árvore caída bloqueou o caminho. Eles decidiram entrar na mata e seguir o sol como bússola. “Foram três dias sem água. Aí o desespero bateu. Achei que eu ia morrer”, diz. No dia 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida, veio o primeiro milagre: uma chuva intensa que durou cerca de horas. "Eu sempre fui muito católico, né? E aí eu olhava para aquilo e falava: ‘A senhora vai deixar eu morrer bem no dia da senhora?’ E aí foi o primeiro milagre.” O segundo milagre veio em forma de sonho. “Sonhei que minha filha tinha nascido. Quando acordei, decidimos passar por cima de um tronco. Do outro lado, encontramos uma estrada.” A filha, Lívia, nasceu no mesmo dia: 24 de outubro. Foram mais quatro dias de caminhada até encontrarem ajuda. Matheus foi internado por quase uma semana, com 30 quilos a menos e feridas por todo o corpo. “A recuperação mental foi ainda mais difícil. Eu não conseguia sair de casa, nem falar.” Após queda de avião, Matheus sobreviveu 24 dias perdidos na floresta Reprodução/TV Globo Recomeço Hoje, Matheus vive com a esposa e filhos e trabalha em uma empresa de ar-condicionado automotivo. Mas não abandonou seus sonhos. Ele forma uma dupla sertaneja com o irmão, Junior, e se apresenta em bares da cidade. “Não me vejo sem música. Mas a aviação também é uma paixão. As duas estão empatadas no meu coração”, diz. Matheus tocando e cantando em bar Reprodução/TV Globo No braço, carrega uma tatuagem com o símbolo da Força Aérea e uma bússola apontando para o oeste — direção que o salvou. “Fiz dois anos antes do acidente. Quem vai explicar um negócio desse?" Matheus mostra tatuagem com o símbolo da Força Aérea e uma bússola apontando para o oeste Reprodução/TV Globo Matheus ainda sonha em voar novamente. “Mas agora, sem ser na correria, sem impulsos. É amor pela aviação.” Matheus fala sobre sonho de voar novamente Reprodução/TV Globo Confira as últimas reportagens do Globo Repórter: Fonte: G1

querubim.melo Irã ataca Israel com mísseis; ao menos oito pessoas morreram
Bombardeios atingiram Tel Aviv e outras cidades; refinaria em Haifa pegou fogo após ser atingida por projétil iraniano Fonte: Notícias ao Minuto

r011 Brasileira que mora em Israel descreve 'tensão' em meio a ataques iranianos e usa closet como refúgio
Flavia Szafir Zvi se causou com um israelense e teve dois filhos no país. A família se abriga em um “quarto de segurança” com paredes reforçadas e janelas de ferro durante conflitos no Oriente Médio. Brasileira se abriga em quarto de segurança dentro de closet durante bombardeios em Israel Arquivo Pessoal/Flavia Szafir e AP/Tomer Neuberg Em Israel, no Oriente Médio, o closet da santista Flavia Szafir Zvi se tornou o refúgio dela e da família durante os bombardeios iranianos. Isso porque o espaço foi transformado em um “quarto de segurança”, segundo ela, com paredes reforçadas e janelas de ferro para abrigo em períodos de conflito. Ao g1, a auxiliar de professora contou que não tem medo do futuro, mas o cenário é de tensão no país. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. O ataque ocorre em meio à escalada do conflito entre os dois países, intensificada após uma série de trocas de ataques aéreos e drones nos últimos dias. Desde a guerra entre Israel e o Hamas, iniciada em outubro de 2023, o Irã — aliado do grupo palestino — tem reforçado seu apoio a milícias na região, enquanto Israel passou a mirar diretamente infraestruturas militares iranianas. Flavia nasceu em Santos, no litoral de São Paulo, mas foi para Israel há 30 anos. Ela se casou com um israelense e teve os dois filhos adultos no país. Atualmente, a família mora em Ness Ziona, cidade que fica a uma distância de aproximadamente 25 km de Tel Aviv, capital israelense. Ao g1, a auxiliar de professora contou que as aulas foram suspensas e não há data para retornar. Já os filhos trabalham em home office. Desta forma, o único que precisa sair para trabalhar é o marido, que atua no ramo de alimentação. “O sentimento é de tensão e sem rotina certa. Para famílias com crianças pequenas, é mais complicado. Mas não temos medo da situação. Temos exército e artilharia e, claro, a aviação israelense”, disse, em entrevista ao g1. Flavia não chegou a fazer um estoque de comida em casa, mas reforçou as compras no supermercado para garantir alimentação da família. Apesar do cenário de incertezas, ela é otimista sobre o futuro. “O país está se defendendo e assim venceremos”, afirmou. Quarto de segurança O quarto de segurança no closet de Flavia é equipado com cadeiras para acomodar os familiares. No entanto, a brasileira também colocou bolachas e água no espaço para casos de emergência, pois a família já precisou ir ao local durante a madrugada. Segundo a auxiliar de professora, as sirenes tocam quando é o momento de se abrigar. “Entre 15 ou 20 minutos antes dos bombardeios, recebemos um aviso no celular para ficarmos perto de bunker se estivermos na rua, ou no quarto de segurança, se estivermos em casa”, ressaltou. Conflito O conflito entre os países no Oriente Médio tem o ponto de partida em abril de 2024, quando Israel bombardeou a embaixada do Irã na Síria. Depois disso, Israel executou o líder do Hezbollah, provocando uma resposta do regime iraniano que, em outubro do ano passado, lançou mais de 200 mísseis sobre o território de Israel. A escalada da tensão voltou a acontecer, dessa vez motivada pelo fortalecimento do arsenal nuclear por parte do Irã. O país prometeu aumentar "significativamente" sua produção de urânio enriquecido. O anúncio aconteceu logo após um conselho da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão regulador de energia nuclear da ONU, adotar uma resolução que condena o Irã e o acusa de violar obrigações de não proliferação nuclear pela primeira vez em quase 20 anos. Prédios de Tel Aviv ficam destruídos após ataque do Irã contra Israel Na quarta-feira (11), os Estados Unidos tinham começado a esvaziar embaixadas no Oriente Médio devido ao risco de ataques entre os dois países causarem distúrbios na região. Na noite desta quinta-feira (12), a Força Aérea Israelense realizou um ataque aéreo em direção ao Irã. O ataque matou o chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami, e o chefe das Forças Armadas do país, Mohammad Bagheri, além de dois cientistas nucleares. O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, disse que Israel iniciou uma guerra e que receberá um "destino amargo". Israel x Irã: entenda o conflito Editoria de arte do g1 VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos Fonte: G1


wilson Israel oferece à comitiva do GDF a possibilidade de sair do país pela Jordânia
> O grupo brasiliense está dividido sobre deixar Israel por terra ou esperar a liberação do espaço aéreo. Fonte original: https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2025/06/7174620-israel-comitiva-do-gdf-pode-deixar-o-pais-pela-jordania.html?utm_source=whatsapp&&utm_medium=whatsapp