

webradio016 Natanzinho Lima estreia no São João de Campina Grande neste domingo (8); Santanna e Taty Girl também se apresentam
Maior São João do Mundo acontece de 30 de maio a 6 de julho no Parque do Povo. Expectativa é que mais de 3 milhões de pessoas passem pela festa. Natanzinho Lima estreia no São João de Campina Grande neste domingo (8) TV Bahia O cantor Natanzinho Lima estreia no São João de Campina Grande neste domingo (8). Além dele, Santanna o Cantador e Taty Girl também sobem ao palco principal do Parque do Povo. O São João 2025 de Campina Grande acontece de 30 de maio a 6 de julho, o que totaliza cinco dias a mais que no ano anterior. Esta é a 42ª edição da festa, que recebeu em 2024 recebeu 2,93 milhões de pessoas, segundo a prefeitura da cidade. A expectativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da cidade é que mais de 3 milhões de pessoas passem pelo Parque do Povo, um aumento de cerca de 10% em relação ao quantitativo de 2024. O aumento de 10% também é esperado para a movimentação econômica do evento, que ano passado ficou de R$ 673 milhões. Os shows no palco principal do Parque do Povo acontecem de 19h às 2h, nas quartas e quintas-feiras, e das 19h às 3h nas sextas, sábados e domingos. No palco cultural, os shows começam às 18h. Ao todo, mais de 200 atrações musicais devem passar pelos palcos principal e cultural ao longo da festa. Shows do São João de Campina Grande neste domingo (8) Natanzinho Lima Taty Girl Forró Pegado Santanna 'Maior São João do Mundo' O São João de Campina Grande recebeu o título de maior festa junina do país, concedido pelo Instituto Ranking Brasil em julho de 2022. Para o instituto, os números da festa são impressionantes, o que a consolidou como a maior do país. A festa teve início no dia 4 de junho de 1983 de forma improvisada em uma palhoça montada na área, onde hoje é o Parque do Povo, para que as pessoas dançassem forró. Em cinco anos, a festa já estava incluída no calendário turístico do Brasil. Com o sucesso da festa nos três primeiros anos, em 1986 a prefeitura começou a construir o Parque do Povo, local onde a festa permanece acontecendo. Cinco anos depois da criação, o São João de Campina Grande já era uma festa de grande proporção pelo nome e pelo tempo de duração. Por isso, em 1987 o “Maior São João do Mundo” foi incluído no calendário oficial do Instituto Brasileiro de Turismo. Na última edição da festa, em 2024, mais de 2,93 milhões de pessoas passaram pelo Parque do Povo durante o evento. Do número, mais de 80 mil eram turistas, e cerca de 245 mil excursionistas que viajaram para conhecer a festa. A expectativa é que o público total do São João 2025 de Campina Grande passe de 3 milhões de pessoas. Parque do Povo, em Campina Grande, onde acontece O Maior São João do Mundo Divulgação Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba Fonte: G1


wilson Serras Gerais: conheça destino paradisíaco no Tocantins apontado pela polícia como rota do tráfico de drogas
Veja alguns atrativos da região que fica no sudeste do estado. Operação policial cumpriu mandados no Tocantins e em outros cinco estados. Lagoa da Serra, Cânion Encantado e Lagoa do Japonês ficam na região das Serras Gerais Arte g1: Kaliton Mota/TV Anhanguera; Thiago Sá/Governo do Tocantins; Flávio Cavalera/Governo do Tocantins A região das Serras Gerais, no Tocantins, recentemente foi cenário de uma investigação que desmantelou um suposto esquema de tráfico de drogas que usava rotas aéreas. No entanto, antes de ganhar destaque por este episódio, a região já era bastante conhecida como um paraíso natural de rara beleza, que encanta turistas e amantes da natureza com suas paisagens exuberantes, praias cristalinas e cachoeiras. A operação Serras Gerais foi realizada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Tocantins (FICCO/TO), que cumpriu mandados de prisão temporária, busca e apreensão. Segundo a investigação, suspeitos compraram fazendas em locais isolados e construíram pistas de pouso clandestinas, por onde movimentavam pelo menos 500 kg de cocaína em cada viagem aérea. Os nomes dos investigados não foram divulgados e o g1 não conseguiu contato com a defesa deles. A região das Serras Gerais é composta atrativos que estão em municípios a leste e ao sul do estado, entre eles Almas, Arraias, Aurora do Tocantins, Dianópolis, Natividade, Paranã, Pindorama, Rio da Conceição e Taguatinga. Conheça algumas características e atrativos da região que deu nome à operação policial: Clique aqui e siga o perfil do g1 Tocantins no Instagram. Rio Azuis Rio Azuis, em Aurora do Tocantins Thiago Sá/Governo do Tocantins Aurora abriga um dos menores rios do Brasil, o Azuis. Possui apenas 143 metros de extensão e a característica que mais chama a atenção que de quem o conhece é a cor da água, azul-esverdeada. O atrativo recebe os turistas, diariamente, inclusive aos feriados, das 8h às 18h. Mas a entrada só é liberada até as 17h30. Crianças até 10 anos não pagam a taxa de entrada de R$ 10 por pessoa e de R$ 20 pra acessar a nascente. O pagamento é feito na portaria da Associação de Moradores (AMAA). Praia do Pequizeiro Praia do Pequizeiro, em Aurora do Tocantins Ana Paula Rehbein/TV Anhanguera A Praia do Pequizeiro do Pequizeiro também fica localizada Aurora do Tocantins. O local é formado por águas cristalinas, sendo muito procurada principalmente nos feriados prolongados. O acesso é por uma fazenda da zona rural, com horário de funcionamento das 8h às 17h. A praia também oferece área de camping e alimentação conforme agendamento. Lagoa do Japonês Lagoa do Japonês é uma atração turística em Pindorama Flávio Cavalera/Governo do Tocantins Localizada em uma fazenda de Pindorama do Tocantins, a Lagoa do Japonês também tem como característica águas cristalinas, mas também uma gruta submersa que atrai muitos turistas. Por lá, além de apreciar a bela vista, também é possível fazer diversas atividades como mergulho e tirolesa. Também há serviços de passeios de barco e redário. O atrativo funciona todos os dias, das 8h às 18h, inclusive nos feriados. Cânion Encantado Cânion Encantado fica na região sudeste do Tocantins Thiago Sá/Governo do Tocantins O Cânion Encantado, localizado no município de Almas, tem uma vista com paredões e uma cachoeira de 74 metros de altura, que realmente encantam os visitantes. Cachoeira de borda infinita Série 35 anos do Tocantins: conheça paraíso escondido nas Serras Gerais Na região de Paranã, uma cachoeira diferente atrai mais turistas pela beleza. Após percorrer aproximadamente 115 km de estrada de chão e 10 km de caminhada marcada por paredões e vegetação nativa, a cachoeira com uma 'borda infinita' revela a beleza das Serras Gerais. A região chamada complexo Águas Lindas também conta com outras cachoeiras, como a do Engenho e a Esmeralda, que como o nome diz, tem águas em tom esverdeado. Fortaleza dos Guardiões Fortaleza dos Guardiões, em Dianópolis Flávio Cavalera/Governo do Tocantins Em Dianópolis, formações rochosas formam a chamada Fortaleza dos Guardiões. De acordo com a Secretaria de Turismo, as pedras foram esculpidas ao longo do tempo e o pôr do sol é de tirar o fôlego. O acesso é pela Rodovia Joaquim Aires Cavalcante, na direção entre Dianópolis/Mateiros. Após percorrer cerca de 50 km, o visitante chegará a uma trilha para acesso ao atrativo. Conforme o governo, o local tem visita somente guiada, conforme orientação da Secretaria de Turismo. Lagoa da Serra Lagoa da Serra é um dos atrativos do Parque Estadual do Jalapão Kaliton Mota/TV Anhanguera Rio da Conceição também tem praias cristalinas e com vistas impressionantes das Serras Gerais. A Lagoa da Serra é uma delas, e o acesso é pela TO-476. O atrativo atende diariamente os visitantes. O local possui estrutura de quiosques e atividades de stand up padle e de banho. LEIA TAMBÉM: Operação cumpre 50 mandados contra suspeitos de transportar drogas em aviões usando rota das Serras Gerais Suspeitos compraram fazendas no TO e construíram pistas de pouso clandestinas para transportar drogas, aponta investigação Serras Gerais: praias cristalinas e cachoeiras atraem turistas para 'recarregar as energias' no carnaval Operação Serras Gerais Os policiais da FICCO cumpriram 35 mandados de busca e apreensão e 15 de prisão temporária no dia 29 de maio. O alvo da Operação Serras Gerais é um grupo criminoso suspeito de transportar grandes remessas de drogas em transportes aéreos. No Tocantins, os alvos eram de Palmas, Almas, Dianópolis e Formoso do Araguaia. Também houve ações em Goiás, Bahia, São Paulo, Maranhão e Pará. De acordo com a investigação, que começou em 2024, duas grandes facções criminosas movimentaram cerca de R$ 70 milhões em apenas oito meses. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados e o g1 não conseguiu contato com as defesas até a última atualização desta reportagem. A operação também cumpriu medidas cautelares de sequestro e bloqueio de bens e valores contra 35 pessoas físicas e jurídicas, totalizando R$ 64.289.476,00. Entre os bens apreendidos estão fazendas na região das Serras Gerais, que eram utilizadas como base logística para o tráfico, além de caminhões, carretas, veículos de luxo, aeronaves e embarcações. 📱 Participe do canal do g1 TO no WhatsApp e receba as notícias no celular. Operação cumpre mandados contra suspeitos de transportar drogas em aviões Veja mais notícias da região no g1 Tocantins. Fonte: G1


linnpy Best Of Blues And Rock - shows de Deep Purple, Alice Cooper, Dave Matthews Band, Black Pantera e mais no Parque Ibirapuera, dias 7, 8, 14 e 15 de junho.
Veja mais acessando o Link Fonte original: https://guia.folha.uol.com.br/shows/2025/06/best-of-blues-and-rock-tem-shows-de-dave-matthews-band-veja-como-chegar-e-o-que-levar.shtml


webradio016 Quadrilha evangélica? Veja como funciona celebração que troca padre por um pastor
A quadrilha Busca Fé, de Brasília, é a primeira quadrilha junina evangélica do Brasil, com 20 anos de história. Com pastor no lugar de padre, quadrilha evangélica une dança e fé A quadrilha Busca Fé, de Brasília, se prepara com até quatro ensaios por semana para o concurso estadual e uma maratona de apresentações. Mas essa não é uma quadrilha qualquer: é a primeira quadrilha junina evangélica do Brasil, com 20 anos de história. Veja no vídeo acima. “Existe uma tradição de ter o padre dentro da quadrilha. No nosso caso, não tem padre, tem pastor, que também é o marcador”, explica Bruno Anderson, pastor e fundador da quadrilha. Apesar do foco religioso, o grupo mantém o colorido, os passos e o figurino lembram as festas juninas. A diferença está na inspiração: todas as histórias encenadas vêm da Bíblia. Neste ano, o enredo da quadrilha vai abordar a vida de João Batista. “95% dos quadrilheiros não sabem quem é São João”, explica Bruno, um dos líderes do grupo. O espetáculo, segundo ele, terá até ilusionismo. “Minha cabeça vai cair no palco, literalmente”. A sede da quadrilha é a própria igreja do grupo. Durante a semana, os ensaios tomam conta do espaço. Aos domingos, tudo é limpo para receber o culto. Quadrilha evangélica? Veja como funciona celebração que troca padre por um pastor Reprodução/TV Globo Paixão que atravessa gerações Luzia Alves, de 46 anos de quadrilha, é considerada a dançarina mais antiga do movimento junino. “Todo ano eu digo que não vou mais dançar. Mas quando chega a época, estou aqui de novo. É amor mesmo”, confessa. Outro apaixonado pela quadrilha é o pastor Raí Rafael. Ele é o cantor que acompanha o grupo. Raí mora na Argentina, mas não perde uma apresentação da Busca Fé. “Cresci ouvindo Luiz Gonzaga. A música fala de amor. Por que não pode ser gospel também?”, questiona. Figurino que conta história Os figurinos também impressionam. Cheios de pedrarias e feitos à mão, demandam trabalho intenso. Fé e cultura de mãos dadas A coreógrafa Andréa Maciel, natural do Pará, leva para o grupo sua bagagem cultural do carimbó e do boi-bumbá de Parintins. “As danças conversam entre si. Essa marcaçãozinha do pé, por exemplo, é muito característica do carimbó e também está presente aqui”, explica. Confira as últimas reportagens do Globo Repórter: Fonte: G1


linnpy Pai solo adota 5 filhos e evita separação de irmãos em SC: 'Sem esperar uma circunstância perfeita'
Francisco Luis Koch se tornou pai pela primeira vez em 2012, com a vida de duas crianças. Sete anos depois, adotou mais três irmãos em uma atitude que ele considerou "corajosa e contrarracional". Francisco Luis Koch optou pela adoção e se tornou pai solo de cinco crianças em SC Arquivo pessoal Ter filhos era um desejo antigo do empresário Francisco Luis Koch, 48 anos. Solteiro, o morador de São José, na Grande Florianópolis, recorreu à adoção e se tornou, de uma só vez, pai solo de dois. Ele só não imaginava que, sete anos depois, viraria pai novamente... de mais três. A ideia de criar sozinho cinco crianças sequer passava pela cabeça dele antes de conhecer os filhos, mas se tornou a única opção para não separar irmãos biológicos. "Foi uma das atitudes mais corajosas e contrarracionais que eu já tomei em toda a minha vida", declarou. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp O processo de adoção começou em novembro de 2011. Sem restrições de idade, gênero ou condição de saúde, ele abriu seu coração para duas crianças que precisavam de um lar: Cristiano e Cristiny passaram a fazer parte da vida dele com 14 e 9 anos, respectivamente, em junho de 2012. Em 2019, a Justiça o convidou para conhecer Mayra, uma menina de 8 anos que estava em um abrigo. Lá ele descobriu que ela tinha dois irmãos: Andriw e Iago. Mesmo com dificuldades financeiras, tomou a decisão definitiva de acolher os três e garantir que permanecessem juntos. Hoje os três têm 16, 14 e 12 anos, respectivamente. "Quando eu fui conhecer a Mayra, me falaram que ela tinha mais dois irmãos e eu os conheci também. Quando fui almoçar, eu decidi que iria adotar os três, que não iria separá-los, mesmo sabendo que teria que vender algo com certa frequência, pois a minha renda não comportava manter dois adolescentes e mais três crianças", comentou. Francisco nasceu em Curitiba (PR) e, aos 23 anos, já sabia que queria ser pai. Perto dos 30, começou a pensar em possibilidades para tornar isso possível. Viu na quantidade de crianças precisando de um lar uma oportunidade. "Como sou gay, imaginei em alugar uma barriga fora do país, ter um filho com uma amiga ou adotar. A adoção pareceu que seria o caminho mais justo e o melhor". Hoje, ele defende a importância da adoção de crianças mais velhas e da preservação de laços entre irmãos. “Minhas adoções foram a construção de uma família, com todos os desafios e alegrias que isso implica”, enfatiza. Segundo o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), há mais de 33 mil crianças e adolescentes acolhidos e 36.324 pretendentes cadastrados para adotar. A preferência de muitas famílias por bebês, no entanto, faz com que crianças e jovens passem anos em abrigos, na espera de uma adoção que às vezes não chega. Leia também: Adoção de adolescentes no Brasil: entenda como funciona o processo e quais os desafios Crianças adotadas e devolvidas por famílias em SC serão indenizadas em até R$ 30 mil "Para mim, a idade nunca foi um fator determinante — o vínculo, sim. Foi uma experiência transformadora, que me ensinou que o amor não precisa de tempo para se construir, apenas de abertura para existir. Nós como adultos mudamos o tempo todo, crianças e adolescentes conseguem mudar ainda mais e de forma mais consistente", diz. Francisco Luis Koch e seus cinco filhos Arquivo pessoal Francisco enfrentou preconceito por ser gay e ter adotado crianças mais velhas. Apesar desses desafios, que incluem também sobrecarga e limitações financeiras, ele diz que tem uma boa rede de apoio e avalia que é um ótimo pai. "Com o tempo, ficou claro que eu não precisava esperar por uma circunstância perfeita, um relacionamento ideal, ou uma vida impecavelmente planejada. Eu só precisava estar disposto a amar, a acolher, e a ser o porto seguro de alguém", disse. Dia Nacional da Adoção: duzentas crianças e adolescentes esperam por um lar em SC ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias Fonte: G1


larissa_miranda Da aristocracia ao arraial: conheça a história inesperada das quadrilhas juninas até virarem a alma do São João
Com elementos típicos de um baile na roça, a tradição tem origem nas danças de salão das cortes europeias, e foi adaptada no Brasil com influências indígenas e africanas. Pesquisadora Cibele Barbosa, da Fundaj, explica as origens das quadrilhas juninas "Anarriê!", "alavantu!", "balancê!", "olha a cobra!", "é hora do passeio na roça!"... Mesmo quem não é do Nordeste certamente já ouviu, ao menos, uma dessas expressões que animam as festas de São João país afora (veja vídeo acima). Cada uma com seu significado, elas servem para um simples (e fundamental) objetivo: "puxar" as quadrilhas juninas. 📲 Siga o perfil do NE1 no Instagram Divididos em pares, esses grupos, que podem reunir até mais de 200 pessoas, são a "alma" de uma festa junina. Isso porque carregam todos os elementos típicos de um baile na roça, com casais fazendo vários movimentos, conduzidos por um puxador, ao som de uma batida de forró. Antes vistas como uma brincadeira de família restrita a pequenas comunidades, as quadrilhas cresceram ao longo do tempo e hoje promovem grandes espetáculos, que disputam torneios interestaduais, como o Festival de Quadrilhas Juninas da TV Globo. Mas você sabe de onde vem e como surgiu essa tradição? Faltando pouco mais de duas semanas para uma das maiores festas populares do país, o g1 ouviu especialistas e representantes de agremiações para entender o que é essa manifestação cultural e como ela evoluiu ao longo da história. O que é uma quadrilha junina? Uma quadrilha é composta por pares que se juntam num grande círculo para dançar forró de forma sincronizada. Em geral, a coreografia simula um baile de casamento matuto. A depender do tamanho e da organização do evento, há brincantes com papéis específicos, incluindo noivo, noiva e padre. Uma figura essencial em qualquer quadrilha é o puxador, que conduz os casais, dizendo quais movimentos os participantes vão fazer. Entre eles, estão: "Alavantu!" — comando para que os casais, separados em duas filas, fiquem de frente um do outro no centro do salão; "Anarriê!" — outro comando para que todos os brincantes retrocedam, retornando para onde estavam antes do "alavantu"; "Balancê!" — os pares dançam juntos, balançando o corpo; "Passeio na roça" — os casais seguem passeando em um grande círculo, com um par atrás do outro; "Olha a chuva!" — os participantes ficam de costas para o seu par e os dois dão as mãos, simulando um formato de guarda-chuva; "Olha a cobra!" — os brincantes pulam e gritam como se uma cobra tivesse entrado no arraial; "Olha a foto!" - os brincantes ficam parados por alguns segundos, como estátuas, como se estivessem se preparando para uma foto. Nas últimas décadas, a brincadeira folclórica se profissionalizou a partir de grupos que começaram a montar grandes espetáculos, disputando campeonatos com temas e enredos. Nesses festivais, as agremiações tem, geralmente, entre 25 e 30 minutos para se apresentarem ao público, numa estrutura que lembra os desfiles de escolas de samba no carnaval. "O casamento é um elemento crucial. Então, a figura do padre, o religioso, a figura oficial da noiva, do noivo, são componentes que vão dando essa identidade para a quadrilha, seja ela numa versão mais contemporânea, estilizada, seja ela mais tradicional", explica a historiadora Cibele Barbosa, pesquisadores da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Como surgiram as quadrilhas? O nome "quadrilha" tem origem na palavra "quadrille", termo francês usado para designar um conjunto de danças de salão praticadas pelas cortes europeias, como polca, valsa e mazurca. Trazidas ao Brasil pelos portugueses, elas foram adaptadas à medida que se popularizavam, ganhando releituras com influências indígenas e africanas, numa época em que havia poucas cidades e a maior parte da população vivia nas zonas rurais. "Quando a corte vem para o Brasil, com João 6º, também traz consigo seus hábitos, incluindo aí as danças da corte, no caso, a quadrilha, que era o nome. Tanto que, praticamente, todos os nomes que se usam nas quadrilhas hoje são adaptações do francês, exatamente por conta dessa origem da dança. Então, vem 'alavantu', que é 'en avant tous' ou 'todos para a frente'; 'balancê', que vem do mesmo verbo francês de balançar", afirma Cibele Barbosa. De acordo com o professor Hugo Menezes, do Departamento de Sociologia, Antropologia e Museologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), as quadrilhas se disseminaram nas festas juninas, que originalmente, na Europa, celebravam a fartura no solstício de verão no hemisfério norte e que, depois, foram incorporadas pela Igreja Católica. Daí, a homenagem a São João. "Essa quadrilha no campo é apropriada pelas bases rurais brasileiras e chega às cidades por meio da migração [...]. As cidades se urbanizam no começo do século 20 e uma leva grande da experiência rural passa a ser acionada pela nova experiência urbana, especialmente para lembrar ao povo da cidade que a experiência rural é de oposição à experiência da cidade", conta. Raio de Sol, campeã do Festival de Quadrilhas Juninas da TV Globo em 2024 Brenda Alcântara/Divulgação Identidade nordestina Mas foi somente em meados do século 20, entre as décadas de 1930 e 1960, que o forró foi incorporado às festas juninas e se popularizou, com o trabalho de artistas como Luiz Gonzaga, o que ajudou a consolidar as quadrilhas como uma marca cultural do Nordeste — região que só foi delimitada oficialmente em 1969. "Acho que a gente teve uma experiência muito peculiar na região Nordeste de processo migratório. E as quadrilhas e as festas juninas são festas de migrantes, que falam sobre a migração campo-cidade, sobre a reafirmação do campo na cidade e sobre elementos simbólicos que compõem uma identidade regional, espalhados no Brasil", afirma o professor Hugo Menezes. Como lembra o especialista, esse é um processo bastante recente do ponto de vista histórico. "Ao mesmo tempo em que o forró foi apropriado, ganhou vulto nas festas juninas, ele também compõe o Nordeste. O forró é responsável pela ideia de ser nordestino. Isso quem fala é o historiador Durval Muniz, que tem um livro chamado 'A invenção do Nordeste'. Ele fala que o forró é um vetor para essa invenção. É a partir do forró, das músicas de Luiza Gonzaga que se espalharam no Brasil inteiro, que o Brasil inteiro conhece o 'luar do Sertão' mesmo sem nunca ter ido ao Sertão", analisa o pesquisador. Lumiar traz elementos da xilogravura para apresentação no São João 2025 Viana Santos/Divulgação Tradição e inovação Ao longo dos anos, a festa recebeu inovações, adquirindo novas linguagens por meio de espetáculos cada vez mais elaborados, com mudanças que foram sendo incorporadas há, relativamente, pouco tempo. Vandré Cechinel participa há 19 anos da quadrilha Raio de Sol, de Águas Compridas, em Olinda, que foi a vencedora regional do Festival de Quadrilhas Juninas da TV Globo em 2024. Depois de vários ciclos juninos desfilando como brincante, ele é hoje um dos integrantes da direção artística da agremiação, e viu de perto as transformações. Fundada em 1996 como uma quadrilha mirim de uma escola de bairro, a Raio de Sol é um exemplo de grupo que cresceu e se "profissionalizou". "Era uma época em que tinha muito mais grupos de quadrilha junina. Os arraiais eram mais longos. Já cheguei a dançar em vários arraiais numa noite. Tanto porque os arraiais terminam mais tarde como porque os arraiais eram muito próximos um do outro [...]. As quadrilhas não eram tão aprimoradas e eram arraiais pequenos, em praças ou ruas", recorda. Outro exemplo de grupo que acompanhou essas inovações é a quadrilha Lumiar, criada no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife, em 1994, e que venceu a etapa estadual do concurso, também em 2024. Para o diretor executivo da agremiação, Fagner Valadares, esse crescimento permitiu aprimorar as apresentações do ponto de vista artístico. "Ela [a Lumiar] vem de uma quadrilha extremamente tradicional para uma quadrilha hoje dita estilizada, recriada. Ela passa por essas interfaces no período de São João, em que ela consegue desmistificar as barreiras dentro do movimento junino. Ela deixa os longos vestidos para dançar com bambolês [...], quando foram incluídas as primeiras damas trans. A Lumiar tem um comprometimento com a questão social, de inclusão do público LGBTQIA+", diz. Segundo Vandré Cechinel, da Raio de Sol, os espetáculos são maiores, porém concentrados em poucos eventos, que contam com uma estrutura mais cara. "Um aspecto positivo são espetáculos dignos de apresentações artísticas profissionais, que podem ir para o palco e serem vistas no Brasil todo. Por outro lado, houve um encarecimento das quadrilhas [...]. Mas enfrento muito o discurso de que não é mais quadrilha. Isso, para mim, é uma discussão bastante ultrapassada porque nenhuma manifestação é igual a como era 20 anos atrás. Houve apenas uma atualização, uma linguagem mais urbana", afirma. De toda forma, as modernizações, em diálogo com as tradições, ajudam a manter o movimento relevante, como atesta Fagner Valadares, da Lumiar. "Venho de quadrilhas juninas desde 1999. E lá tínhamos 100, 120 quadrilhas dentro dos festivais. E atualmente a gente não tem. A gente percebe que o brinquedo vem perdendo força, mas a gente permanece nessa situação de resistência. As quadrilhas perderam seus espaços nos bairros. Não se tem mais aquele 'palhoção' tradicional, com bandeirinhas e balões na comunidade. São pouquíssimos agora. Agora são quadras, arenas. E poucas", avalia. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias Fonte: G1

r011 Maquiadora trans transforma preconceito em força e conquista espaço no empreendedorismo do AC: 'Protagonista da minha história'
Vitória Bogéa tem 23 anos, trabalha com maquiagem desde os 15 e para além dos cosméticos, empreendedora enxerga a ferramenta como aliada à autoestima. No último ano, ela foi a primeira mulher trans a vencer prêmio voltado aos micro e pequenos negócios no Acre. Vitória Bogéa tem 23 anos, é maquiadora e usa ferramenta de trabalho para melhorar autoestima no Acre Arquivo pessoal No país onde mais se mata trans e travestis pelo 16º ano seguido, viver, para este grupo, tem um significado ainda mais forte: é um ato de coragem, empoderamento e resistência. Ser uma mulher trans no mundo dos negócios, então, é também driblar as tristes estatísticas e fortalecer a luta por inclusão e respeito. Assim pode ser definida a trajetória de Vitória Bogéa, de 23 anos. Ela é acreana, maquiadora desde os 15 e usa esta ferramenta de trabalho como forte aliada à construção da autoestima dela e das clientes. 📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp Em entrevista ao g1, a jovem empreendedora revelou que a paixão pela maquiagem surgiu aos poucos, junto com a mãe dela, ligada ao artesanato. Àquela época, Vitória se interessava pela pintura. No entanto, com o passar do tempo, as tintas deram lugar às paletas de cosméticos. “Comecei maquiando minhas amigas e vizinhas, que gostaram e me indicaram para mais pessoas. Isso me fez fechar turmas de formatura e até começar a trabalhar em salão de beleza”, relembrou. No entanto, em razão da identidade de gênero dela, Vitória sentiu que o fato de ela ser mulher trans chegou a ser uma barreira para conquistar espaço e respeito profissional. “Percebi que a forma de me portar e falar poderia influenciar o modo como as pessoas me tratavam. Foi aí que decidi me empoderar e nunca baixar a cabeça para falas preconceituosas. Muitas pessoas ainda não compreendem a diversidade, então escolhi educar, porque acredito que a educação é a chave para transformar a sociedade”, complementou. LEIA TAMBÉM: 'O retorno vem para a sociedade', diz idealizadora de associação com mais de 300 mulheres empreendedoras no AC Jovem de 18 anos transforma projeto de ensino médio em microempresa no AC: 'Educação mudou a minha vida' No Acre, lei garante uso do nome social em órgãos da administração pública Vitória busca se capacitar e melhorar trabalho como maquiadora no Acre Arquivo pessoal Autoestima e empoderamento Trabalhar com maquiagem, segundo ela, vai além da beleza exterior. Do mais básico ao mais complexo, as cores e formas que vibram nos rostos de quem faz uso das paletas, batons, pincéis e tons de cores variadas, ajudam também na construção e restauração da autoestima. “Como uma mulher trans em processo de transição, a maquiagem foi a minha maior aliada na construção da autoestima. Ela me ajudou não só a embelezar o exterior, mas também a enxergar minha beleza interior. A maquiagem foi um instrumento essencial para eu me reconhecer e me empoderar, mostrando quem eu realmente sou, não apenas fisicamente, mas também espiritualmente”, frisou ela. Muito mais do que expressão de vaidade, a maquiagem é uma arte e o mercado é promissor no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria da Higiene Pessoal (Abihpec), o mercado de beleza no Brasil deve crescer mais de 7% ao ano, alcançando cerca de US$ 40 bilhões até o final de 2027. Além disto, o país é o 4º maior consumidor de maquiagem do mundo. 'Cadê minha vaga': saiba como é o mercado para quem trabalha com maquiagem Para Vitória, ser uma artista no ramo da maquiagem é também poder colocar um sorriso no rosto das pessoas, principalmente em momentos especiais como casamentos e formaturas. “Eu me encontrei não apenas embelezando, mas também ajudando a construir autoestima e empoderamento, especialmente entre as mulheres. Como mulher trans empreendedora, enfrentei muitos obstáculos, principalmente devido à minha identidade de gênero. Mas nunca me deixei abater. Mostrei que não sou apenas um corpo, mas uma pessoa com talento, personalidade e sonhos. Esse foi o meu diferencial: ser protagonista da minha história e não uma vítima”, destacou. Mulher de Negócios No ano passado, o trabalho de Vitória foi destaque no Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, na categoria Microempreendedora Individual (MEI). Ela foi a primeira mulher trans da região Norte a participar da honraria, a ser finalista e a conquistar o segundo lugar no pódio na etapa estadual. A iniciativa, que ocorre em âmbito local, regional e nacional, busca valorizar o empreendedorismo feminino em todo o país e fazer com que as mulheres reconheçam seu potencial, bem como recebam o apoio necessário para ser uma empreendedora de sucesso. Initial plugin text Para Vitória, a conquista representa a importância do apoio à comunidade LGBTQIA+, principalmente para driblar os altos índices de mortalidade ainda existentes no Brasil. “Esse prêmio não é só meu, ele representa a possibilidade de inspirar outras mulheres trans a acreditarem nos seus talentos e sonhos. Fico feliz por ter sido uma porta de entrada para que outras histórias e sonhos da comunidade LGBT e da diversidade possam se concretizar”, celebrou. As inscrições para a próxima edição podem ser feitas até o próximo dia 15 de junho pela internet e são divididas em cinco categorias, sendo: Pequenos Negócios, Produtora Rural, Microempreendedora Individual (MEI), Ciência e Tecnologia e Negócios Internacionais, sendo estas duas últimas inéditas. Prêmio 'Sebrae Mulher de Negócios': inscrições vão até o dia 15 de junho no site do Sebrae Resistir Vitória não venceu o Prêmio Mulher de Negócios à toa. Ela está entre as 55% das pessoas LGBTQIA+ que lideram o próprio negócio. Isto é o que indica um estudo inédito do Sebrae, publicado este ano, que mostra o cenário do empreendedorismo dentro da comunidade. A porcentagem é o equivalente a 3,7 milhões de pessoas. Além disso, dos 15 milhões de brasileiros com 16 anos ou mais e que se identificam como integrantes da comunidade, pelo menos 20% têm intenção de abrir um negócio até 2028. A jovem empreendedora é um exemplo de que, apesar do preconceito que mata, a representatividade é importante para aumentar o percentual de empreendedores LGBT+ no Brasil e no Acre, bem como permitir com que outras mulheres trans e travestis possam se espelhar nela e, para além do mundo dos negócios, que possam ser independentes e protagonistas da própria história. Vitória busca se profissionalizar para melhorar técnicas de maquiagem Arquivo pessoal “No Norte do Brasil, onde a informação sobre diversidade ainda é escassa, ser uma figura pública e mostrar que somos muito mais do que nossa identidade de gênero ou orientação sexual é essencial. Minha visibilidade ajuda a desmistificar o que significa ser trans e inspira outras mulheres trans a se lançarem no empreendedorismo. Vivemos no país que mais mata transexuais e travestis no mundo, então, mostrar nossas histórias e talentos é uma maneira de fortalecer a luta por respeito e inclusão”, complementou. Começar, segundo ela, nunca será fácil. Mas Vitória acredita que o amanhã sempre pode ser mais bonito. “Nada vem fácil, principalmente para nós, mulheres trans, mas isso não significa que não podemos sonhar e conquistar. Se uma pessoa já subiu naquele palco, empreendeu e conquistou, qualquer outra pode também. O importante é acreditar em si mesma e fazer acontecer”, finalizou. Empreendedora desde os 15, Vitória Bogéa transforma o preconceito em resistência e firma nome no mercado de beleza no Acre Arquivo pessoal VÍDEOS: g1 Fonte: G1